Buscar

Modelos saúde-doença

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Modelos explicativos 
MODELO BIOMÉDICO 
→ Por volta do século XVII, para compreender o 
funcionamento do corpo humano como um 
todo, estudavam cada parte ou órgão 
isoladamente; 
→ Esse modelo ganhou mais força durante os 
séculos XIX e XX – sustentados pela corrente 
positivista que defendia a ciência povo única 
fonte de obtenção do conhecimento, negando 
argumentos sociais, ambientais, psicológicos e 
espirituais; 
→ A partir de uma reforma, esse modelo ficou 
conhecido como Modelo Flexneriano; 
→ Pode ser considerado reducionista por negar o 
indivíduo como um ser complexo e holístico, 
com características sociais, psicológicas e 
espirituais, como se a saúde pudesse ser 
definida apenas pela presença ou pela 
ausência de doença; 
→ A doença, nesse contexto, é encarada sempre 
como resultado de um agente causal; 
→ O enfoque da consulta, da avaliação clínica ou 
do tratamento proposto é exclusivamente 
baseado nos sinais e nos sintomas da doença, 
não levando em consideração o contexto em 
que o cliente está inserido, os aspectos 
culturais que o cercam, suas crenças e outras 
características sociais e demográficas 
importantes. 
→ DETERMINANTES: 
• Negação da saúde pública; 
• Educação como médico-sujeito e o paciente 
como objeto; 
• Só trata o doente – não promove saúde; 
• Valorização do conhecimento fragmentado; 
• Todo poder do médico; 
• Valorização da célula e da química; 
• Culpabilização individual. 
MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL DA DOENÇA 
→ Nasceu junto com um movimento 
denominado Medicina Social, ainda no século 
XIX; 
→ Afirmava que os indivíduos adoecem e 
morrem de acordo com suas condições de 
vida, de modo que eram considerados, então, 
os fatores sociais, culturais e econômicos; 
→ O modelo tem as classes sociais como 
importante pilar da investigação 
epidemiológica, ou seja, a condição social é um 
fator determinante para o conhecimento 
epidemiológico de uma população; 
→ DETERMINANTES: da saúde e da doença; 
• Nível de desenvolvimento socioeconômico; 
• Infraestrutura e serviços; 
• Acesso aos bens sociais; 
• Representatividade e participação política; 
• Desigualdade socioeconômica; 
• Estilo de vida. 
MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
→ Leva em consideração três fatores principais 
para explicar o adoecimento: agente, 
hospedeiro e meio ambiente; 
→ O reestabelecimento da saúde, nesse modelo, 
tem relação direta com a noção de prevenção 
dessas doenças por meio de ações que 
promovam saúde e previnam agravos do 
indivíduo e da coletividade; 
→ Considera fatores externos adicionais, de 
natureza social, política e cultural, que 
contribuem para o adoecimento; 
→ Ocorre em dois períodos distintos: pré-
patogênico e patogênico. 
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO 
→ Período em que há interação dos 
condicionantes sociais e ambientais com o 
suscetível (o indivíduo); 
→ Somatória das inter-relações entre os agentes 
etiológicos da doença, o indivíduo e todos os 
outros fatores envolvidos; 
→ Essa combinação poderá impactar no 
desenvolvimento da doença e em sua 
gravidade, que vai da gravidade mínima até as 
situações de alto risco; 
→ FATORES DE RISCOS: 
• Econômicos, políticos, culturais, 
psicossociais, ambientais e genéticos. 
PERÍODO PATOGÊNICO 
→ Período em que a doença se implanta e evolui 
no indivíduo – podendo evoluir para defeitos, 
que podem ser permanentes, para agravos 
crônicos, para a morte ou para a cura; 
→ Possui quatro níveis de evolução: 
• 1 - Interação estímulo-suscetível: a doença 
ainda não se desenvolveu, porém já se 
fazem presentes todos os estímulos 
necessários para que ela ocorra; 
• 2 – Alterações bioquímicas, fisiológicas e 
histológicas: a doença já está instalada, 
porém não há manifestação clínica possível 
de ser notada. Há interação bioquímica nos 
tecidos, mas não há sinais ou sintomas; 
• 3 – Sinais e sintomas: estágio clínico com 
sinais e sintomas evidentes. A doença pode 
evoluir para cura ou se tornar crônica; pode 
progredir para a invalidez ou até mesmo 
para a morte; 
• 4 – Cronicidade: a evolução progressiva da 
doença pode causar cronicidade ou levar a 
lesões físicas incapacitantes por períodos 
variáveis, além de poder culminar em 
incapacidade permanente, em morte ou, em 
alguns casos, em cura. 
PREVENÇÃO 
É necessário para adotar medidas para prevenir a 
doença e para tratá-la. A prevenção nesse modelo 
ocorre em três etapas. 
→ PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO: a prevenção 
primária se divide em promoção de saúde e 
proteção específica; 
• Condições sanitárias adequadas, acesso à 
educação, ao lazer, etc. 
→ PERÍDOTO PATOGÊNICO: prevenção 
secundária ocorre já sobre a ação do agente 
causador da doença e inclui diagnóstico, 
tratamento precoce e prevenção de 
incapacidades; 
• Investigação de casos na comunidade, 
isolamento para evitar propagação, etc; 
→ A prevenção terciária ocorre na fase de 
incapacidade residual, cujo enfoque envolve a 
reabilitação e a redução de incapacidades; 
• Fisioterapia, terapia ocupacional, emprego 
para o reabilitado. 
EDUCAÇÃO E ESTRATÉGIAS EM SAÚDE 
→ Ferramenta indispensável na Atenção Primária 
em Saúde 
→ A educação em saúde se relaciona com a 
promoção de saúde e diz respeito a processos 
que englobam toda a população e seus hábitos 
de vida do dia a dia e não somente aquelas 
pessoas sob o risco de adoecimento – busca o 
bem-estar, pautado nos aspectos físicos, 
mentais, sociais, ambientais e pessoais; 
→ Possui três atores principais: 
• Profissionais da saúde: têm papel 
fundamental nos processos educativos e 
devem se utilizar das ferramentas 
adequadas para que o processo de ensino-
aprendizagem seja eficaz e empoderador; 
• Gestores de saúde: devem dar todo suporte 
e estrutura necessários para educação em 
saúde em todo seu processo; 
• População: necessita absorver os 
conhecimentos e aumentar sua autonomia. 
→ Deve conduzir o indivíduo à autonomia e deve 
torná-lo capaz de tomar decisões que vão 
impactar, de maneira positiva, em seu estado 
de saúde.

Continue navegando