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Teníase e Cisticercose 
Introdução 
→ Classe Cestoda e Família Taenidae
 
→ Relacionada a precárias condições 
sanitárias, socioeconômicas e culturais 
→ Alterações patológicas causadas pelas 
formas adultas e larvares no hospedeiro 
→ Teníase: alteração provocada pela 
presença da forma adulta do verme no 
intestino delgado 
→ Cisticercose: alteração provocada pela 
presença da larva em tecidos 
 
 
Morfologia 
→ Formas de vida: Ovo, Larva (cisticerco), 
verme adulto 
 
Verme adulto: 
• Corpo achatado dorsoventralmente (fita) 
• Corpo dividido em: cabeça ou escólex, 
pescoço ou colo e corpo ou estróbilo 
• Possui o corpo segmentado e cada 
segmento é chamado de proglote 
• Verme hermafrodita 
• Cor: branca leitosa 
• Tamanho variado 
 
 
→ T. saginata: pode chegar até 25 metros 
 Média 4 – 12 metros 
 1.000 – 2.000 proglotes 
→ T. solium: pode chegar até 8 metros 
 Média 1,5 – 4 metros 
 700 – 900 proglotes 
 
→ Escólex: 
 Extremidade anterior 
 Órgãos de fixação a mucosa do 
intestino delgado 
 4 ventosas arredondadas e 
proeminentes 
 Taenia saginata: gruda no intestino e 
consegue se alimentar 
 Taenia solium: duas fileiras de 
espinhos, e gruda o espinho e ventosa 
para se fixar (rostro: elevação que 
contém duas fileiras de espinhos) 
 
Proglotes 
→ Taenia solium tem menor quantidade de 
ramificações em relação a Taenia saginata, 
que tem ramificações (compostas pelo 
sistema reprodutor do verme) 
 
 
→ Habitat: Verme Adulto → Intestino delgado 
do homem 
 
Ovo 
• Cerca de 30 μm de diâmetro 
• Eliminado pelas fezes 
• Esférico 
• Resistente: até 4 meses 
• São idênticos para as duas espécies 
• Casca + embrióforo (casca = quitina e 
proteína) + embrião hexacanto ou oncosfera 
(3 pares de acúleos e 2 membranas) 
 
Cisticerco 
• Vesícula trasnlúcida 
• Colo e Escolex invaginados (4 ventosas e 
acúleos – Apenas T. solium) 
• Cisticercus cellulosae 
 T. solium (porco) 
 5 – 20 mm de diâmetro 
 Agente etiológico da cisticercose 
humana 
• Cysticercus bovis 
 T. saginata (boi) 
 7-10mm de diâmetro 
 Não comprovado sua capacidade de 
causar cisticercose humana 
• Habitat: Cisticercos → Cérebro, olhos, 
musculatura e tecido subcutâneo 
 
 
 
Ciclo Biológico 
→ Verme adulto no intestino → destaca as 
proglotes grávidas (com ovos) → material 
fecal com proglote ou ovo → boi ou porco 
come o pasto e ingere junto o ovo ou 
proglote → dentro do animal o ovo eclode 
→ pH do estômago digere a casca → corpo 
favorece o ciclo (liberação do embrião 
hexacanto) → acúleos fixa-o no intestino → 
após alguns dias, por via sanguínea, a larva 
para algum órgão na musculatura do boi ou 
porco → ser humano ingere a carne crua ou 
mal passada → 
1. Se ingeriu a larva/cisticerco = teníase – 
cisticerco que estava na carne vai 
para o intestino e forma o verme 
adulto → libera ovos e proglotes → 
continua o ciclo 
2. Se ingeriu o ovo da teania = 
cisticercose – ovo chega no estômago 
→ destruição da casca → no intestino 
libera o embrião hexacanto → fixa-se 
no intestino → cai no sangue → tecidos 
(larvas nos tecidos) 
 
 
 
Teníase 
→ Transmissão: Ingestão de carne bovina ou 
suína crua ou malcozida, infectada com 
cisticerco de Taenia sp. 
 
 
Patogenia da teníase 
→ Fenômenos alérgicos: substâncias 
excretadas (antígenos destruídos por 
eosinófilos → liberação de histamina) 
→ Hemorragia: fixação na mucosa 
→ Inflamação e alterações na quantidade 
de muco: muco é rico em imunoglobulinas e 
outras substâncias → tenta dissolver o 
parasito que está ali → destruição do epitélio 
→ Obstrução intestinal: depende do 
comprimento do verme 
→ Apendicite: penetração da proglote no 
intestino 
→ Sintomas: 
• Assintomático: descoberta por exame de 
rotina 
• Efeito espoliativo: Tonturas, astenia, apetite 
excessivo, desejo de pica (vontade de se 
alimentar de substâncias estranhas – verme 
promove sangramento, e o paciente 
começa a perder ferro); Náuseas, vômito, 
alargamento do abdômen, dores 
abdominais, perda de peso, prurido anal (T. 
saginata) e até mesmo alargamento do 
abdômen dependendo do tamanho do 
verme e do processo inflamatório que ele 
está tendo (inflamação gera edema) 
 
Diagnóstico de teníase 
→ Clínico – difícil (portadores podem ser 
assintomáticos) 
→ Laboratorial: 
 EPF – Métodos tradicionais 
→ Ovos (não diferencia as espécies) 
→ Proglotes: tamisação Identificação da 
ramificação uterina 
 
Cisticercose 
→ Transmissão: Ingestão de ovos Taenia sp. 
Eliminado nas fezes de portadores do verme 
adulto 
 
 
Patogenia da cisticercose 
→ Tecidos: 
 Músculos 
 Glândulas mamárias 
 Bulbo ocular 
 Língua 
 SNC 
 
→ A gravidade dos sintomas depende: 
 Localização das larvas 
 Compressão mecânica 
 Alterações fisiológicas 
 Processo Inflamatório 
 
→ Tecido Subcutâneo e muscular 
• Assintomático 
• Confundido com cisto sebáceo pois é 
palpável e indolor 
• Quando em grande número: fadiga, doe e 
cãibras 
• Reações inflamatórias: calcificação após a 
morte do parasito 
 
 
→ Cisticercose cardíaca 
• Palpitações; 
• Ruídos anormais; 
• Insuficiência cardíaca → dispnéia 
 Quando se encontram nas válvulas 
cardíacas 
→ Neurocisticercose 
• Poucos cisticercos: assintomático 
• Cefaleia com vômitos 
• Ataques epilépticos 
• Desordem mental com delírio, alucinações, 
prostrações 
• Muitos cisticercos: Hipertensão 
intracraniana alterando visão, pulsação e 
respiração 
 
 
Diagnóstico de Cisticercose 
→ Clínico e epidemiológico 
 Procedência, hábitos de higiene e 
alimentar, saneamento básico, criação 
de suínos, diagnóstico prévio de teníase 
no paciente ou familiares 
 Presença de sintomas sugestivos 
→ Laboratorial e imagem 
 Biópsias, necropsias e cirurgias 
exploratórias 
 Cisticercose ocular: exame de fundo de 
olho 
 Neurocisticercose: 
→ Exame do LCR (pleocitose e 
eosinofilorraquia → degeneração do 
cisticerco e reação inflamatória) 
→ Neuroimagem (principalmente tomografia 
computadorizada) 
→ Detecção de anticorpos no soro 
 
Prevalência e Distribuição 
mundial 
→ Cosmopolita (2,5 milhões - T. solium e 77 
milhões – T. saginata) 
→ Neurocisticercose: Danos Neurológicos 
(pessoas incapacitadas) e 
Morte 
→ Prevalência de neurocisticercose na 
população psiquiátrica é 5 vezes maior 
→ Principais estados brasileiros: 
- Paraná 
- Santa Catarina 
- São Paulo (Ribeirão Preto: 67/casos/ mil 
habitante) 
→ Hábitos alimentares: Carne crua ou mal 
cozida 
→ Condições precárias de higiene 
Profilaxia 
→ Construção de rede de esgoto 
→ Tratamento de esgoto para evitar a 
contaminação de fontes de água 
→ Tratamento dos portadores 
→ Educação em saúde: 
- ensinar as pessoas a reconhecerem as 
proglotes expulsas e encorajar o tratamento 
- ensinar a prevenir a infecção - preparo 
adequado de alimentos, lavagem de mãos 
- promover o desenvolvimento de hábitos 
higiênicos 
→ Não comer carne crua, mal passada e 
mal cozida 
→ Inspeção rigorosa da carne e fiscalização 
dos matadouros 
→ Melhorias em suinocultura 
→ Legislação para carcaças 
 Notificação dos casos humanos 
 Obrigação de exame periódico para 
todos os funcionários da indústria de 
carne 
 Proibição do abate clandestino e sua 
comercialização 
 Construção e manutenção de 
instalações sanitárias adequadas 
 Inspeção veterinária da carne e de 
matadouros 
 
Controle da carne 
• Inspeção da carne – tratamento para a 
carne contaminada: 
• Cisticercos morrem em 10 dias a -10ºC ou 
em temperatura + baixas; 
• Salgamento também destrói os cisticercos 
(salgar por 21 dias); 
• Cisticercos morrem a temperaturas em 
torno de 60º C por um tempo de 4h 
 
Critérios para aproveitamento da carne em 
matadouro segundo a OMS: 
- 1-5 cisticerco: a carcaça pode ser 
consumida: congelada por 45 dias a -15°C 
- 6-20 cisticercos: pode ser consumida: 
tratada para enlatados e cozida a 120° por1h 
- Acima de 20 cisticercos – descarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
→ Niclosamida 
→ Praziquantel 
→ Neurocisticercose: 
 Praziquantel e albendazol 
 Antiepiléticos (para os sintomas) 
→ Tratamento cirúrgico

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