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<p>TENÍASE E</p><p>CISTICERCOSE</p><p>Profa. Me. Tábata Esperandim</p><p>TENÍASE E CISTICERCOSE</p><p>• Classe Cestoda: parasitos hermafroditas, tamanhos</p><p>variados, encontrados em animais vertebrados.</p><p>• Teníase: alteração provocada pela presença da</p><p>forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata</p><p>no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os</p><p>seres humanos.</p><p>• Cisticercose: alteração provocada pela presença da</p><p>larva “canjiquinha” nos tecidos dos hospedeiros</p><p>intermediários normais, suínos e bovinos.</p><p>CISTICERCOSE TENÍASE</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>• As tênias são encontradas em todas as partes do mundo</p><p>onde se tem o hábito de comer carne crua ou mal cozida –</p><p>hábitos alimentares.</p><p>• Ampla distribuição no Brasil:</p><p>✓ Métodos de criação dos animais;</p><p>✓ Precárias condições de higiene;</p><p>✓ Hábito de comer carne crua ou mal cozida;</p><p>✓ Contaminação de água com dejetos humanos;</p><p>✓ Disseminação de ovos através de baratas e moscas;</p><p>✓ Ausência de um serviço de inspeção de carnes.</p><p>MORFOLOGIA</p><p>• VERME ADULTO:</p><p>• Corpo achatado, em forma de fita, cor branca leitosa, dividido</p><p>em:</p><p>• Excólex ou cabeça</p><p>• Colo ou pescoço</p><p>• Estróbilo ou corpo</p><p>MORFOLOGIA</p><p>• VERME ADULTO:</p><p>• Escólex: situado na extremidade anterior,</p><p>órgão de fixação à mucosa intestinal do</p><p>humano, quatro ventosas formadas de tecido</p><p>muscular, arredondadas que facilitam a</p><p>fixação.</p><p>• T. solium possui escólex com rostelo ou rostro</p><p>situado em posição central entre as ventosas.</p><p>• T. saginata sem rostelo ou acúleos.</p><p>• Colo: porção mais delgada, situada abaixo do</p><p>escólex, é a zona de crescimento das</p><p>proglotes.</p><p>MORFOLOGIA</p><p>• VERME ADULTO:</p><p>• Estróbilo: restante do corpo do parasito, segmentado.</p><p>• Cada segmento denomina-se proglote, podendo ter de 800 a</p><p>1000 e atingir 3 metros na T. sollium ou mais de 1000 atingindo</p><p>até 8 metros na T. saginata</p><p>• Proglotes jovens: mais curtas, apresentam o início do</p><p>desenvolvimentos dos órgãos genitais masculinos</p><p>• Proglotes maduras: possui órgãos reprodutores masculinos e</p><p>femininos completos, aptos para fecundação.</p><p>• Proglotes grávidas: situadas mais distantes do escólex, são</p><p>mais compridas, órgãos reprodutores vão sofrendo involução e</p><p>o útero se ramifica cada vez mais ficando repleto de ovos.</p><p>• Proglote grávida da T. solium é</p><p>quadrangular, e útero formado por</p><p>12 pares de ramificações do tipo</p><p>dendrítico, contendo até 80 mil</p><p>ovos</p><p>• Proglote grávida da T. saginata</p><p>é retangular, apresentando até 26</p><p>ramificações do tipo dicotômico,</p><p>contendo até 160 mil ovos.</p><p>MORFOLOGIA</p><p>• OVOS: esféricos, morfologicamente indistinguíveis, 30 µm de</p><p>diâmetro.</p><p>• Casca protetora: embrióforo formado por blocos piramidais de</p><p>quitina e no interior o embrião hexacanto, provido de três</p><p>pares de acúleos e dupla membrana.</p><p>MORFOLOGIA</p><p>• CISTICERCO:</p><p>• Cysticercus cellulosae (T. solium) Larva</p><p>possui escólex com 4 ventosas, rostelo, colo e</p><p>uma vesícula membranosa com líquido.</p><p>• Cysticercis bovis (T. saginata) Apenas</p><p>ausência de rostelo.</p><p>HABITAT</p><p>• T. solium e T. saginata na fase aguda vivem</p><p>no intestino delgado humano</p><p>• Cisticerco da T. solium (Cysticercus</p><p>cellulosae) encontrado no tecido subcutâneo,</p><p>muscular, cardíaco, cerebral e no olho de</p><p>suínos e acidentalmente em humanos e cães.</p><p>• Cisticerco da T. saginata (Cysticercus bovis)</p><p>nos tecidos dos bovinos.</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>• Os seres humanos parasitados eliminam as proglotes grávidas</p><p>para o exterior, que se rompem e liberam milhares de ovos no</p><p>solo (podendo manter-se por meses).</p><p>• Um hospedeiro intermediário (suíno para T. solium e bovino para</p><p>T.saginata) ingere os ovos e no estômago os embrióforos</p><p>(casca do ovo) sofre ação da pepsina e liberam a oncosfera.</p><p>• A oncosfera penetram nas vênulas e atingem as veias e vasos</p><p>linfáticos mesentéricos, sendo transportadas a todos órgãos,</p><p>• A oncosfera se desenvolvem em cisticerco em qualquer tecido</p><p>mole (pele, músculos esqueléticos e cardíacos, olhos, cérebro).</p><p>• No interior dos tecidos cada oncosfera transforma-se em um</p><p>cisticerco (12 mm).</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>• A infecção humana ocorre pela ingestão de carne crua ou</p><p>mal cozida de porco ou bovino infectado.</p><p>• O cisticerco ingerido sofre ação do suco gástrico, evagina-se</p><p>e fixa-se (pelo escólex) na mucosa do intestino delgado,</p><p>transformando-se em tênia adulta.</p><p>• Três meses após a ingestão do cisticerco inicia-se a</p><p>eliminação de proglotes grávidas.</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>• Teníase: o hospedeiro definitivo (ser humano) infecta-se ao</p><p>ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal cozida, infectadas</p><p>pelo cisticerco de cada espécie.</p><p>• Cisticercose humana: ingestão acidental de ovos de T. solium</p><p>que foram eliminados nas fezes dos portadores de teníase.</p><p>✓ Autoinfecção externa: ovos levados à boca pelas mãos</p><p>contaminadas.</p><p>✓ Autoinfecção interna: vômitos ou movimentos retroperistalticos</p><p>do intestino</p><p>✓ Heteroinfecção: ingestão de alimentos ou água com ovos de T.</p><p>solium.</p><p>PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA</p><p>Teníase:</p><p>• Apesar de ser popularmente conhecida como solitária,</p><p>pessoas com mais de uma tênia da mesma espécie.</p><p>• Devido ao longo período no hospedeiro podem causar</p><p>fenômenos tóxicos alérgicos pelas substâncias excretadas,</p><p>hemorragias pela fixação na mucosa, destruir o epitélio e</p><p>produzir inflamação causando secreção de muco.</p><p>• Competição nutritiva entre o parasito e o hospedeiro: tonturas,</p><p>astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, perda de peso,</p><p>dores no abdome e obstrução intestinal.</p><p>PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA</p><p>Cisticercose:</p><p>• Cisticercose muscular ou subcutânea em geral é assintomática.</p><p>Com a morte do parasito há tendência de calcificação. Nos</p><p>músculos: dor, fadiga e cãibras. No tecido subcutâneo é palpável</p><p>– confundido com cisto sebáceo.</p><p>• Cisticercose cardíaca: palpitações e ruídos anormais ou dispneia</p><p>quando se instalam nas valvas.</p><p>PATOGENIA E</p><p>SINTOMATOLOGIA</p><p>Cisticercose:</p><p>• Cisticercose ocular: o</p><p>cisticerco alcança o bulbo</p><p>ocular instalando-se na</p><p>retina. Deslocamento ou</p><p>perfuração, cataratas, perda</p><p>parcial ou total da visão.</p><p>• Neurocisticercose:</p><p>PROFILAXIA</p><p>• Tratamento dos portadores de Teníase;</p><p>• Construção de redes de esgoto;</p><p>• Tratamento de esgoto, evitando a</p><p>contaminação de rios fontes de água para</p><p>os animais;</p><p>• Educação à saúde;</p><p>• Combate ao abate clandestino e inspeção</p><p>rigorosa em abatedouros;</p><p>• Não comer carne crua ou mal cozida.</p><p>Slide 0</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p>