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TRAUMATISMO 
RAQUIMEDULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
São lesões que podem acometer tanto: 
 Raízes nervosas 
 Estrutura óssea 
Então consideramos tanto a parte 
tecidual, como também a parte óssea 
da coluna vertebral. 
 
As lesões raquimedulares podem 
gerar: 
- Paraplegia 
- Tetraplegia 
- Lesão neuronal - que não retorna ao 
estado funcional novamente. 
 
DEFINIÇÃO 
Entende-se por traumatismo 
raquimedular - LESÃO de qualquer 
causa externa na COLUNA vertebral, 
incluindo ou NÃO medula ou raízes 
nervosas, em qualquer dos seus 
segmentos: 
- Cervical 
- Dorsal 
- Lombo-sacro. 
- Torácico 
 
INTRODUÇÃO 
Lesões traumáticas da coluna 
vertebral  São os locais mais 
acometidos: 
- Cervical  55% 
- Torácica  15% 
- Transição toracolombar  15% 
- Lombossacra  15% 
 
No ATLS nossa principal 
preocupação é Não fazer lesão 
secundária (Evitar lesões 
secundárias).  São manobras 
simples para garantir isso: 
 Pranchar bem o paciente 
 Fazer estabilização da coluna 
cervical (porque é a principal 
acometida). 
 Locomoção do paciente de forma 
adequada. 
 
 Manejo adequado 
 
Dessa forma, garantimos que a lesão 
que estava “incompleta” NÃO se torne 
completa. 
 
Devemos lembrar que no TRM - 
quanto mais alto a lesão, mais grave 
será o acidente, com maiores sequelas 
para o paciente  Lesões 
principalmente de C7-T1 são lesões 
muito graves. 
Uma adequada imobilização permite 
postergar o exame neurológico 
completo diante de outras prioridades 
(IRA, choque). 
 
OBS: O paciente somente pode ficar 
na prancha por 2 horas - depois disso, 
devemos tirar ele da prancha, por 
risco de formar úlcera de pressão. 
 
COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral é dividida em: 
 Coluna cervical  C1-C7 
 Coluna torácica  T1-T12 
 Coluna lombar  L1-L5 
 Coluna sacral  S1-S5 (fundidas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Lembrar que o processo 
espinhoso é posterior e o corpo da 
vértebra anterior - E no centro 
possuímos o forame vertebral, que é 
por onde passa a medula. 
 
OBS 2: Quanto mais alta a lesão - a 
chance de se possuir tetraplegia é 
maior. 
As lesões abaixo de T1 - o paciente 
evolui para paraplegia. 
A perda do tônus da bexiga e do 
intestino é COMUM em causas de 
trauma GRAVE EM QUALQUER 
PONTO - Com perda dos reflexos 
esfincterianos - É por isso que 
fazemos o toque retal, em caso de 
suspeita de lesões raquimedulares. 
 
NÍVEL DA MEDULA E A LESÃO 
GERADA 
 C1 a C5: 
- Paralisia dos músculos utilizados na 
respiração e de todos os músculos dos 
membros superiores e inferiores. 
- Geralmente é fatal 
 
 C5 a C6: 
- Pernas paralisadas: discreta 
capacidade de reflexão dos músculos 
superiores. 
 
 
 
 C6 a C7: 
- Paralisia dos membros inferiores e 
parte dos punhos das mãos. 
- Os movimentos dos ombros e a 
flexão do cotovelo estão relativamente 
preservados. 
 
 C8 a T1: 
- Paralisia dos membros inferiores e 
do tronco. 
- Ptose palpebral 
- Ausência de sudorese na fronte 
(síndrome de Homer). 
- Braços relativamente normais 
- Mãos paralisadas. 
 
 T2 a T4: 
- Paralisia dos membros inferiores 
- Paralisia do tronco 
- Perda da sensibilidade abaixo da 
caixa torácica. 
 
 T9 a T11: 
- Pernas paralisadas 
- Perda da sensibilidade abaixo da 
cicatriz umbilical. 
 
 T12 a L1: 
- Paralisia 
 
- Perda da sensibilidade abaixo da 
virilha. 
 
 L2 a L5: 
- Diferentes padrões de fraqueza 
- Diferentes padrões de 
entorpecimento dos MMII. 
 
 S1 a S2: 
- Diferentes padrões de fraqueza 
- Diferentes padrões de 
entorpecimento dos MMII. 
 
 S3 a S5: 
- Perda do controle da bexiga e dos 
intestinos. 
- Entorpecimento no períneo. 
 
OBS: A perda do controle da bexiga e 
intestino e comum no caso de trauma 
grave em qualquer ponto ao longo da 
coluna vertebral. 
 
EXAME DA SENSIBILIDADE 
Para saber em até que ponto houve a 
lesão - nós avaliamos os dermátomos: 
 Dermátomo - área de pele situada 
nos limites de uma raiz nervosa 
segmentar. 
- Pegamos uma gase ou algodão, vai 
em cada região perguntando se o 
paciente está sentindo. 
 
 Determina o nível da lesão e sua 
evolução. 
 O nível da lesão é dado pelo 
dermátomo mais baixo com 
sensibilidade preservada. 
 
Isso é protocolar no ATLS - PORÉM 
na emergência, poucas vezes fazemos 
esse teste, porque o paciente que tem 
uma lesão muito grave - possuímos 
outras prioridades. 
PORÉM se tiver tempo e o paciente 
condições clínicas para que isso possa 
ser feito  Devemos fazer (isso em 
SAMU). 
No pronto socorro é obrigatório fazer 
esse exame - Porque no momento de 
passar para o neurologista, podemos 
falar que a sensibilidade está 
preservada até tal dermátomo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA: Nós devemos lembrar de: 
- T4 - Região intermamilar 
- T10 - cicatriz umbilical 
- T12 - Sinfese púbica 
 
EX: Se o paciente até T4 (linha 
intermamilar) possui sensibilidade 
preservada - a chance dele possuir 
tetraplegia é muito pequena. 
PROVA: Se na cena do trauma, 
pedimos para o paciente levantar as 
mãos e o mesmo NÃO consegue 
levantar os braços - (a inervação de 
deltoide é C5) - ou seja, as raízes de 
C5 pode estar comprometida. 
As raízes que fazem inervação do 
frênica/diafragma são altas (C5-C4) - 
Portanto esse paciente possui risco de 
parada respiratória - então esse 
simples ato de NÃO levantar o braço, 
já nos diz que o paciente precisará de 
uma intubação precoce. 
 
DERMATOMOS MAIS 
IMPORTANTES (PROVA): 
 C5 - mm Deltóide. 
 T4 - Mamilo 
 T8 - Processo xifoide 
 T10 - Cicatriz umbilical 
 T12 - Sinfese púbica 
 
 L4 - Face medial da perna 
 S1 - Borda lateral do pé 
 S4-S5 - Região perianal 
(principalmente os que estão em 
destaque). 
 
GRADUAÇÃO DA FORÇA 
MUSCULAR 
É importante no pronto socorro 
fazemos a graduação de força 
muscular - para auxiliar ao 
especialista no momento de passar o 
caso (Principalmente força e 
sensibilidade): 
 Escore 0  Paralisia total 
 Escore 1  Contração visível ou 
palpebral 
 Escore 2  Movimentação total, 
desde que eliminada a força da 
gravidade. 
 Escore 3  Movimentação total, 
contra a força da gravidade. 
 Escore 4  Movimentação total, 
mas com força muscular 
diminuida. 
 Escore 5  Força normal. 
 NT  NÃO testável. 
EXAME DA MOTRICIDADE 
 Miotomo - cada raíz nervosa 
inerva mais de um músculo e a 
maioria dos músculos é inervada 
por mais de uma raiz nervosa. 
 Deltoide - C5 
 Tríceps - C7 
 Quadriceps - L3 
 Gastroquinêmio - S1 
 
OBS: Um grupo muscular pode ser 
inervado por mais de uma raiz - mais 
de uma raiz, inerva mais do que 1 
grupo muscular  Por isso que as 
vezes possuímos uma perda NÃO total 
do músculo em lesões nervosas. 
 
CHOQUE NEUROGENIO X 
CHOQUE MEDULAR 
CHOQUE NEUROGÊNICO 
O choque neurogênico  resulta da 
lesão das vias descendentes do sistema 
simpático da medula espinhal OU 
torácica alta, o que ocasiona a perda: 
- Do tônus motor 
- Da inervação simpática do coração 
 
O sistema simpático na periferia 
estimula a vasoconstrição - E se ele 
está lesado, NÃO haverá 
vasoconstrição. 
Quando o sistema simpático faz 
vasoconstrição, ele gera cianose + 
frialdade  No choque neurogênico 
NÃO há essa ação simpática - então o 
paciente estará chocado (´Porque a via 
simpática que vai até o coração estará 
cortada) + hiperemia (vermelhidão) + 
quente - Com extremidades bem 
perfundidas. 
 
A perda do tônus vasomotor, por sua 
vez, causa vasodilatação dos vasos 
viscerais e das extremidades 
inferiores, represamento de sangue e, 
consequentemente, hipotensão... 
 
O choque neurogênico é raro nas 
lesões medulares abaixo de T6. 
 
A perda de tônus simpático no nível 
do coração, o doente pode tornar-se: 
- Bradicárdico- Apresentar taquicardia como 
resposta a hipovolemia. 
Nessas condições a pressão sanguínea 
NÃO costuma normalizar-se através 
da infusão de líquido apenas, e o que 
é pior, esforços para normaliza-la 
podem resultar em sobrecarga hídrica 
e edema pulmonar. 
A atropina pode ser usada para 
corrigir uma bradicardia que acarrete 
repercussões hemodinâmicas 
significativas  2/3 ampolas de 3 em 
3 minutos. 
A atropina é anticolinérgica, então 
iremos reduzir a ação da acetilcolina 
sobre o receptor muscarínico 
(parassimpático) - aumentando a FC. 
 
PROVA: Vai cair choque 
neurogênico. 
 
Lembrando que a principal causa de 
choque no TRAUMA é hipovolêmico 
(de causa hemorrágica) - Na décima 
hipótese, devemos pensar em 
neurogênico - Lembrando que o 
choque neurogenio nos dá 
características que NÃO nos faz ter 
dúvidas. 
 
 
 
CASO - CHOQUE NEUROGÊNICO 
EX: Paciente que teve um acidente de 
bicicleta - e sua pressão está 8:4 
(chocado) - pensamos em choque 
hipovolêmico. 
PORÉM não conseguimos visualizar 
sangue em lugar nenhum - PORÉM 
percebemos déficit motor + dor a 
palpação da coluna OU assimetria 
motora (parte do corpo com mais 
força do que a outra). Com 
extremidades bem perfundidas e 
quentes + bradicardia  Nesse caso, 
mudamos a hipótese para um choque 
neurogênico. 
Isso fundamenta ainda mais um 
pranchamento adequado do paciente. 
Uma das nossa tendências é 
administrar volume para a pressão 
subir - MAS o problema NÃO é 
sangramento - então há um risco de 
sobrecarga hídrica COM edema 
pulmonar. 
 
CHOQUE MEDULAR 
O termo choque medular refere-se a 
flacidez (perda do tônus muscular) e 
a perda de reflexos notada após a 
lesão medular. 
O choque para a medula lesada pode 
fazer com que ela pareça totalmente 
desprovida de função, ainda que NÃO 
esteja necessariamente destruída - A 
duração deste estado é variável. 
 
- Ele ocorre devido a um processo 
inflamatório que ocorre na medular - 
e esta é reversível  Então o paciente 
terá déficit motor e neurológico 
reversível - PORÉM essa 
reversibilidade e variável de paciente 
para paciente. 
- Por meio da RM/TC conseguimos 
identificar a lesão. 
- EX: Um paciente teve um trauma 
com paralisia de ambas as pernas - 
após a ressonância NÃO foi 
encontrados focos de lesão - bem 
provável que esse seja um choque 
medular - Assim que passar o processo 
inflamatório, as sinapses ocorrem de 
forma mais eficiente - e melhora os 
reflexos. 
 
OBS: É um processo inflamatório da 
medula que faz redução dos impulsos 
 
nervosos + quadro neurológico agudo 
que diminui ou reverte quando há 
uma diminuição do processo 
inflamatório. 
 
Quadro clínico: 
- Flacidez e perda de reflexos 
- Estados de choque - perda das 
funções 
- Duração variável 
- Recuperação em tempo variável até 
ocorrer a definição do nível da lesão. 
 
CHOQUE NEUROGENIO X 
CHOQUE MEDULAR 
Medular: 
1. Pancada na medula 
2. Quadro neurológico agudo  
Flacidez + Arreflexia. 
 
Neurogênico: 
1. Hipotensão + FC normal ou 
baixa. 
2. Lesão medular que gera perda 
da aferência para os vasos do 
sistema simpático. 
3. Vasodilatação  Queda da PA 
 Choque. 
4. Coração não responde a queda 
da PA (Se a lesão for muito 
alta). 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
MEDULARES 
Quando suspeitar de lesão na coluna? 
As lesões medulares podem ser 
classificadas de acordo com: 
1. Nível  EX: sensibilidade vai 
até o mamilo, a lesão deve estar 
entre T3/T4. 
2. Gravidade do déficit 
neurológico (Teste de força e 
sensibilidade). 
3. Tipo de síndrome medular 
4. Morfologia. 
 
NÍVEL 
O nível neurológico de lesão é 
definido pelo segmento mais caudal 
da medula que se traduz através de 
funções motoras e sensoriais normais 
em ambos os lados do corpo. 
- EX: Até sínfise púbica o paciente 
está normal - então de T12 para baixo 
tem problema. 
 
 
Uma clara distinção deve ser feita 
entre as lesões acima e abaixo de T1. 
As lesões traumáticas do primeiros 8 
segmentos cervicais da medular 
resultam em  Quadriplegia. 
Enquanto as abaixo de T1 acarretam 
em  Paraplegia. 
 
O nível ósseo da lesão corresponde a 
vértebral cuja estrutura está 
danificada, resultando em lesão 
medular. 
Já o nível neurológico da lesão é 
determinado fundamentalmente pelo 
exame clínico. 
 
O nervo sai de um local MAS ele 
NÃO anda em linha reta - ele pode 
inervar estruturas mais embaixo  
EX: O plexo lombar que tem raiz 
saindo de L3-L4 que inerva o psoas - 
Então tenho um acometimento de L3-
L4 e o problema ser apresentado na 
pelve. 
 
 
 
 
GRAVIDADE DO DÉFICIT 
NEUROLÓGICO 
Lesões medulares podem ser 
categorizadas quanto a: 
 Paraplegia incompleta: lesão 
torácica incompleta. 
 Paraplegia completa (lesão 
torácica completa). 
 Quadriplegia incompleta: lesão 
cervical incompleta. 
 Quadriplegia completa: lesão 
cervical completa. 
 
Isso é importante para avalia 
qualquer sinal de preservação da 
função ao longo dos tratos da medular 
espinhal. Qualquer função motora ou 
sensorial abaixo do nível da lesão 
constitui uma lesão incompleta. 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS 
TRATOS DA MEDULA ESPINHAL 
Nossa coluna possui tratos - estradas - 
por onde passa feixe de neurônios que 
possuem funções específicas e pré-
determinandas. 
 
 
 Trato corticoespínhal: 
- Localização na medula espinhal  
No segmento posterolateral da 
medula. 
- Função  Controle da força motora 
do mesmo lado do corpo // Transmite a 
sensação de dor e temperatura do lado 
oposto do corpo. 
- Método de teste  Atrave ́s da 
contratura voluntária ou involuntária 
em reposta aos estímulos dolorosos 
(São neurônios que irão sair do córtex 
e irá descer para a medula). 
 
 Trato espinotalâmico: 
- Localização na medula espinhal  
No trajeto anterolateral da coluna. 
- Função  Transmite a sensação de 
dor e temperatura do lado oposto do 
corpo (Via externa/aferente). 
- Método de teste  Atrave ́s da 
picada de uma agulha ou um toque 
leve. 
(São neurônios que vão da coluna 
espinhal até o tálamo - todos que 
estão nessa estrada, fazem essa mesma 
função). 
Ela é do lado oposto pois a aferência 
do estímulo nervoso (chegada do feixe 
na medula) ela cruza antes de subir 
para o tálamo - E a resposta é cruzada 
no bulbo (Decussação das pirâmides) 
- Então lesões do lado direito, são 
sentidas no lado esquerdo. 
 
 Colunas dorsais: 
- Localização na medula espinhal  
No trajeto posteromedial da coluna. 
- Função  Transmite a sensação de 
posição (propriocepção), sensação de 
vibração e alguma sensação de toque 
suave no mesmo lado do corpo. 
- Método de teste  Pela sensação de 
posição nos dedos do pé ou da mão OU 
pela sensação de vibração, utilizando-
se um diapasão. 
É essa via (coluna dorsais) que está 
lesada na neurosífilis. 
 
SINDROMES MEDULARES 
Nos doentes portadores de lesão 
medular, são encontrados, com 
frequência, alguns padrões 
característicos de lesão neurológica, 
tai como: 
 Síndrome central da medula 
 Síndrome anterior da medula 
 Síndrome de Brown-Séquard. 
 
Tais padrões devem ser reconhecidos, 
pois, de outra forma, podem 
confundir o examinador. 
Isso ocorre porque a medula pode ser 
lesada somente no centro OU parte 
anterior OU somente um segmento - E 
isso gera alterações semiológicas 
dependendo do tipo de lesão. 
 
SÍNDROME CENTRO MEDULAR 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA: A síndrome central da 
medula é caracterizada pela 
desproporção entre a perda de força 
motora nas extremidades superiores, 
que é muito mais acentuada que a 
perda de força nas extremidades 
inferiores. 
- Perda maior da parte superior do 
que da inferior. 
 
Quadro clínico: 
- Comprometimento motor importante 
dos MMSS e leve/normal nos MMII. 
- Sem comprometimento sensitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na parte mais interna da medula nós 
temos saindo (C4-C5-T2-T6)e por isso 
lesões no centro pegam mais C4-T2 
que são ramos que vão inervar a parte 
superior dos membros. 
 
SÍNDROME ANTERIOR DA 
MEDULAR 
 
 
 
 
 
 
A síndrome anterior da medula 
caracteriza-se por paraplegia e por 
 
dissociação da perda sensorial com 
perda de sensibilidade a dor e a 
temperatura  Isso porque quem 
passa anteriormente é a 
espinotalâmica (PERDA 
CONTRALATERAL). 
A função da coluna posterior 
(responsável pela sensibilidade 
proprioceptiva ao posicionamento, a 
vibração e a pressão profunda). Está 
preservada. 
Usualmente, a síndrome anterior da 
medula no território suprido pela 
artéria espinhal anterior. De todas as 
lesões incompletas, é aquela que tem o 
pior prognóstico. 
 
SÍNDROME DE BROWN-
SÉQUARD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A síndrome de Brown-Séquard 
resulta da hemissecção da medula, 
geralmente por traumatismo 
penetrante  É a lesão incompleta da 
coluna. 
Embora esta síndrome seja raramente 
encontrada, as variações do padrão 
clássico NÃO são raras. 
Em sua forma mais pura, ela consiste 
em: 
- Comprometimento motor ipsilateral 
(trato corticoespínhal) 
- Perda da sensibilidade postural 
(coluna posterior). 
Concomitantes a perda contraletal da 
sensibilidade térmica e a dor 
começando um ou dois níveis baixo do 
nível da lesão (trato espinotalâmico). 
Mesmo que a síndrome seja 
decorrente de traumatismos 
penetrantes diretamente na medula - 
costuma ocorrer um algum grau de 
recuperação. 
 
EX: Imagina que o tiro pegou na 
região de T4 - A sensibilidade entra 
na coluna cruzando (então lesando 
essa região a perda da sensibilidade é 
contralateral a lesão). 
 
 Na parte motora, os neurônios 
decussão nas pirâmides (A lesão é 
sentida do mesmo lado)  Ou seja, o 
paciente terá perda de sensibilidade 
contralateral + perda de força 
ipsilateral a lesão. 
 
ATLAS - C1 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões do atlas (vértebra que sustenta 
o crânio)  São chamadas de 
“fratura de Jefferson”. 
A fratura de Jefferson consiste na 
ruptura anterior e posterior do anel 
de C1, com subsequente deslocamento 
lateral das massas lateriais. 
OBS: Muito comum em quem vai 
saltar de ponta em água rasa. 
 
 
 
ÁXIS - C2 
 Ela possui um problema, porque 
essa vértebra articula com C1 - 
através das facetas articulares 
superiores e do dente do áxis  
Esse dente do áxis pode entrar na 
medula do paciente (fratura do 
processo odontoide). 
 
 Fratura dos elementos posteriores: 
Fratura típica do enforcado 
compromete os elementos posterior 
de C2 - quebra dos dois lados. 
- São mais frequentemente 
encontrados em colisões 
automobilísticos quando o doente foi 
contido apenas pelo cinto abdominal . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As fraturas de Chance podem estar 
associados a lesões viscerais 
abdominais e retro-peritoneas - 
cinto de segurança mais colocado 
no abdomem. 
 
COMO CONFIRMAR A 
PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE 
UMA LESÃO IMPORTANTE DA 
COLUNA ESPINHAL? 
A associação de um exame clínico 
cuidadoso e uma avaliação 
radiológica completa é fundamental 
 Devemos apalpar + pedir para 
fazer os movimentos ativos e passivos 
+ Perguntar se há presença de dor. 
Na dúvida do exame - deixar o colar + 
solicitar exame de imagem 
(Principalmente em pacientes 
alcoolizados ou que utilizaram outras 
substancias - NÃO retira o colar 
cervical e nem calcula o Glasgow). 
 
COLUNA CERVICAL 
Radiografias da coluna cervical são 
indicadas para todos os doentes 
traumatizados portadores de: 
 Dor na linha média do pescoço 
 Sensibilidade a palpação 
 Défices neurológicos relacionados 
a coluna cervical. 
 
COMO TRATAR DOENTES COM 
LESÃO MEDULAR E PREVENIR 
LESÃO SECUNDÁRIA? 
O tratamento básico das lesões de 
coluna e medula espinhal inclui: 
 Imobilização 
 Infusão endovenosa de fluidos, 
medicações. 
 Transferencias. 
 
IMOBILIZAÇÃO (PROTEÇÃO DA 
COLUNA) 
O pessoal responsável pelo 
atendimento pré-hospitalar costuma 
imobilizar o doente antes de 
transportá-lo  Na letra A (via aérea 
+ colar cervical). 
 
QUANDO TIRAR O COLAR 
Doentes que estão: 
 Acordados 
 
 Alertas 
 Sóbrios 
 Neurologicamente normais 
 Sem outras lesões que desviem a 
atenção  Lesões distrativas (EX: 
perda de um braço - A dor gerada 
no braço é tão grande, que o 
paciente esquece as demais dores - 
então a coluna pode estar 
acometida e o paciente nem notar). 
 NÃO se queixam de dor no pescoço 
ou em sua linha média. 
 
É extremamente improvável que esses 
doentes apresentem fratura ou 
instabilidade da coluna cervical. 
Mantendo o doente em posição 
supina, remova o colar cervical e 
palpe a coluna. Se ele NÃO queixar de 
dor significatica, peça-lhe que 
movimente o pescoço de um lado para 
outro. 
 
NUNCA FORÇE O PESCOÇO DO 
DOENTE - Essas manobras são 
geralmente seguras quando realizadas 
voluntariamente pelo doente. 
Se continuar NÃO referindo dor, 
peça-lhe que faça movimentos 
voluntários de flexão e de extensão 
com o pescoço. Se ele ainda NÃO se 
queixar de dor, as radiografias de 
coluna cervical NÃO são necessárias. 
 
PALPAÇÃO DA COLUNA 
CERVICAL 
1) Retirar o colar com segurança 
2)Palpar delicadamente 
3) A dor é o melhor alerta 
4) Não permitir movimentos bruscos 
5) Explicar ao paciente 
6) Se tiver dúvida não retire o colar e 
peça avaliação NRL

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