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Mônica Cecília A Leptospirose, ou “Mal de Adolf Weil”, é uma doença infecciosa bacteriana, também extremamente grave, causada pela bactéria Leptospira interrogans. É considerada uma zoonose infectocontagiosa, isto é, uma doença proveniente de animais. Contudo, também afeta o ser humano, o qual se contamina pela urina do rato. Apenas as regiões polares estão livres da Leptospirose, sua maior ocorrência está nos países tropicais e subtropicais, especialmente nas em áreas com condições sanitárias precárias, propícias para a proliferação de ratos. Sendo que a incidência média em regiões tropicais é de 1 caso a cada 10 mil habitantes. Já em regiões frias, é de 1 para 100 mil. A Leptospirose pode apresentar sintomas, mas também pode ser assintomática. Quando há ocorrência de sintomas, o paciente costuma ter: - Febre alta repentina. - Mal-estar. - Dor muscular (mialgias), especialmente na panturrilha, na cabeça e no tórax. - Olhos vermelhos (hiperemia conjuntival). - Tosse. - Cansaço. - Calafrios. - Náuseas. - Faringite. - Diarreia. - Desidratação. - Exantemas (manchas vermelhas no corpo), aumento dos linfonodos, baço e fígado. - Sinais de meningite. Os sintomas também variam bastante de paciente para paciente, dependendo do caso. Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular, enquanto 50% apresentam náuseas, vômitos e diarreia. Quando a Leptospirose adquire forma grave (Doença de Weil), os seguintes podem aparecer: - Icterícia. - Hemorragias. - Complicações renais. - Coma. https://consultaremedios.com.br/crsaude/o-que-e-cefaleia-dor-de-cabeca-sintomas-tratamentos-e-tipos/problemas-de-saude/sua-saude A cura da doença é espontânea. A maioria dos pacientes apresentam melhora em 1 semana, outros tem uma evolução bifásica da doença, melhorando por um período de 2 a 3 dias e, depois, tendo uma nova piora dos sintomas. Nos casos mais graves, o paciente poderá ser internado na UTI ou nas instituições de tratamentos mais agressivos (ventilação mecânica e hemodiálise, por exemplo). - Vacina: só está disponível para ser aplicada em animais, os quais mesmo não ficando doente, não estão totalmente livres de serem infectados pela bactéria, transmitindo-a pela urina. Medicamentos que contêm ácido acetilsalicílico (aspirina, melhoral e anti- inflamatórios como Voltaren e Profenid, por exemplo) devem ser evitados, pois aumentam o risco de sangramentos. Entre os grupos e fatores de risco da Leptospirose estão: - Habitantes de regiões mais periféricas, quando a maioria das infecções ocorre através do contato com águas de chuvas e enchentes contaminadas pela urina dos roedores. - Ambientes com ineficácia ou inexistência de rede de esgoto e drenagem de águas pluviais. - Locais em que a coleta de lixo é inadequada. - Nadar em rios e lagos de água doce, caso estas estejam contaminadas. Quando não há tratamento, pode ocorrer complicações como: - Sinais de icterícia (pele e olhos amarelados) após o terceiro dia de doença. - Insuficiência renal aguda. - Hemorragias. - Icterícia bilirrubínica: icterícia mais vaso-dilatação, é uma mistura de pele amarelada e vermelha, muitas vezes de aspecto alaranjado. - Insuficiência hepática e insuficiência respiratória. - Delírios. - Morte. Essas complicações podem levar de 5 a 6 dias do aparecimento dos sintomas à internação do paciente. Algumas medidas e cuidados podem ser tomados para prevenir-se da Leptospirose: - Pratique as medidas básicas de higiene. - Embale bem o lixo. - Ferva a água ou coloque algumas gotas de hipoclorito de sódio ou de água sanitária antes de beber ou cozinhar. - Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão consumidas cruas. - Vacine seu animal e mantenha rigorosamente limpas as vasilhas em que são servidos alimentos e água. - Não deixe as caixas d’água destampadas. - Use luvas e botas de borracha se trabalhar em ambientes que possam ser reservatórios da bactéria Leptospira. - Não se automedique se suspeitar de infecção pela bactéria da leptospirose. Como esses roedores são os principais transmissores da doença, existem algumas medidas a serem tomadas para combatê-los: - Acondicionar o lixo em sacos plásticos bem fechado e em locais elevados do solo, colocando-o para coleta pouco antes do lixeiro passar. - Caso tenha animais em casa (cães, gatos e outros), retirar e lavar os vasilhames de alimento do animal todos os dias antes do anoitecer, pois ele também pode ser contaminado pela urina do rato. - Fechar os buracos de telhas, paredes e rodapés para evitar o ingresso dos ratos para dentro de sua casa. - A grama e o mato devem ser mantidos roçados, para evitar que sirvam de abrigo para os ratos. - Manter limpos e desmatados os terrenos baldios. - Manter os alimentos armazenados em vasilhames tampados e à prova de roedores. - Nunca jogar lixo à beira de córregos, pois além de atrair roedores, o lixo dificulta o escoamento das águas, agravando o problema das enchentes. - Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários fechados com tampas pesadas
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