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naturogia 2

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Conteudista: Prof.ª Esp. Priscilla Cardoso Jorge
Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin
 
Objetivo da Unidade:
Apresentar os princípios éticos norteadores, além de direitos e deveres do
profissional.
 Material Teórico
 Material Complementar
 Referências
Competências e Habilidades do Naturólogo
Código de Ética
O Código de Ética foi elaborado em outubro de 2013, a partir da iniciativa que surgiu no VI
Congresso Brasileiro de Naturologia (COBRANATU), por profissionais Naturólogos, e também
recebeu apoio de uma assessoria jurídica. 
Sua construção foi motivada pela necessidade de organizar condutas e diretrizes, assegurando
os direitos e os deveres do profissional. A sua função é garantir a preservação dos Direitos
Humanos, o respeito ao meio ambiente e às Leis que regem as normativas da atuação
profissional. A sua primeira edição foi lançada em versão impressa no VII CONBRANATU, em
2014 e, conforme a necessidade de adequação, é atualizado (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES,
2018).
TEMA 1 de 3
 Material Teórico
Importante! 
Qualquer atuação profissional deve prezar pela ética, e na área da saúde
este é um princípio fundamental. 
Observe o Código de Ética a seguir:
“PREÂMBULO
O presente Código de Ética Profissional se aplica a todo bacharel em Naturologia atuante no
Brasil e tem como objetivo apresentar os princípios ético norteadores, além dos direitos e
deveres no exercício de sua profissão.
CAPÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º. O Naturólogo:
I – É um profissional comprometido com o ser humano em toda sua complexidade. A atuação do
Naturólogo contempla ações em educação, promoção e recuperação da saúde.
II – Reconhece a si mesmo como integrante da sociedade, disponibilizando suas habilidades em
conformidade com preceitos éticos e legais, visando promover saúde e qualidade de vida de
indivíduos e das coletividades.
III – Respeita a vida, a dignidade, a autonomia e os direitos humanos.
IV – Exerce suas atividades com justiça, coragem, honestidade, competência, responsabilidade
e atua analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural em
que suas ações estão contextualizadas.
V – Zela para que o exercício de sua profissão seja efetuado com dignidade, recusando-se à
conivência com situações em que a Naturologia venha a ser aviltada.
VI – Alinha-se com as características da perspectiva transdisciplinar, respeitando a
complexidade do indivíduo.
VII – Zela pelo entendimento e conciliação entre as diferentes visões na área da saúde, sempre
em prol do interagente, contribuindo com a boa convivência e integração das ações em contexto
multiprofissional.
VIII – Posiciona-se de forma crítica e em consonância com os princípios deste Código de Ética,
respeitando os preceitos legais no exercício da profissão.
CAPÍTULO II – Das Responsabilidades Profissionais
Art. 2º. É dever do Naturólogo:
I – Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade. Respeitar a legislação vigente e
resguardar os interesses dos interagentes e/ou funcionários, sem prejudicar sua dignidade e
independência.
II – Manter atitude e comportamento adequados à dignidade da profissão e o devido respeito
pelo interagente e por seus colegas de trabalho.
III – Responsabilizar–se por danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência,
independentemente de ação individual ou em equipe.
IV – Respeitar todas as demais práticas terapêuticas de outros profissionais da saúde,
procurando integração multidisciplinar e relações de cooperação.
V – Prestar atendimento sem discriminar etnia, crença religiosa, orientação política, condição
social, idade, gênero, orientação sexual ou quaisquer outras formas de discriminação.
VI – Conservar sempre o referendo por escrito do responsável pela solicitação de seus serviços,
em centros cirúrgicos, unidades de tratamentos hospitalares ou quaisquer estabelecimentos
médicos, odontológicos, ou de responsabilidade de outro profissional de saúde.
VII – Empenhar-se no contínuo aprimoramento profissional, atualizando-se frequentemente
no conhecimento dos processos filosóficos, técnico-científicos e culturais em prol de
atendimento profissional cada vez mais eficiente e adequado, contribuindo para o
desenvolvimento da Naturologia em todos os seus âmbitos.
VIII – Encaminhar e orientar o interagente a outros profissionais da área da saúde sempre que
necessário.
IX – Denunciar ações e comportamentos não éticos, contrários aos direitos humanos, animais,
e ao meio ambiente.
X – Sugerir serviços de outros naturólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não puderem
receber continuidade de quem assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as
informações necessárias à continuidade do trabalho.
XI – Orientar seus auxiliares e discentes quanto ao respeito e sigilo profissional, zelando para
que seja por eles mantido.
Art. 3º. São proibições ao Naturólogo:
I – Utilizar em suas atividades profissionais como naturólogo, recursos terapêuticos dos quais
não é capacitado ou legalmente autorizado.
II – Ser conivente ou praticar quaisquer atos que caracterizem imprudência, discriminação,
exploração, manipulação, violência, crueldade ou opressão.
III – Prestar serviços ou vincular o título de Naturólogo a serviços de atendimento cujos
procedimentos não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão de Naturologia.
IV – Desonrar a imagem de qualquer outra atividade profissional de forma incoerente e
injustificada.
V – Prolongar desnecessariamente a prestação de serviços profissionais.
VI – Complicar a terapêutica indicando técnicas e/ou procedimentos desnecessários ao
tratamento.
VII – Negar atendimento em caso de urgência/emergência.
VIII – Fazer previsão taxativa de resultados.
IX – Aceitar cargos com atribuições fora de sua competência técnica e legal.
CAPÍTULO III – Do Sigilo Profissional
Art. 4º. O sigilo profissional é inerente à profissão, salvo grave ameaça do direito à vida, à honra,
ou quando o profissional Naturólogo tiver de prestar esclarecimentos perante a justiça, a
respeito de ação ou omissão de procedimento realizado em interagente e, em defesa própria,
tiver de revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse de causa e utilizados nos limites da
lei de defesa.
Art. 5º. Em relação ao sigilo profissional, é vedado ao Naturólogo:
I – Revelar segredo sobre confidências, dados e fatos sigilosos de que tenha conhecimento
decorrente de sua atividade profissional, como respeito e garantia à tranquilidade/privacidade
do interagente. A proibição continua prevalecendo independentemente desses fatos serem de
conhecimento público, de o interagente ter falecido ou estar envolvido em investigações
criminais, ou de o naturólogo ser convocado a testemunhar. Nesse último caso, o naturólogo
deve se apresentar e justificar seu impedimento, amparado por este Código de Ética.
II – Divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços prestados, de forma a expor
pessoas, grupos ou organizações, sem o consentimento destes.
III – Expor dados sigilosos de interagentes menores e com capacidade de discernimento,
mesmo aos pais ou representantes legais, exceto em casos em que essa informação evite danos
ao interagente.
IV – Utilizar-se de tráfico de informações como forma de tirar vantagens em detrimento de
outros profissionais ou organizações públicas ou privadas.
CAPÍTULO IV – Das Relações com o interagente
Art. 6º. O profissional de Naturologia deve oferecer ao interagente ou, no caso de incapacidade
deste, a quem de direito, informações concernentes ao trabalho a ser realizado, tais como o
objetivo do tratamento e possíveis métodos e condutas a serem empregados. Deve ainda:
I – Em seus atendimentos, garantir condições adequadas à segurança do interagente, bem
como a privacidade necessária.
II – Respeitar os direitos, à escolha, à dignidade, à privacidade, à intimidade e ao pudor do
interagente.
III – Manter o interagente informado do andamento
do tratamento, evitando promessa ou
estímulo à falsa expectativa.
IV – Respeitar o direito de autonomia de decisão do interagente acerca de sua saúde e bem-
estar.
V – Orientar, sempre que necessário, o interagente a procurar o profissional de saúde adequado
para a realização de diagnóstico e/ou avaliação especifica, respeitando nesta orientação as
atribuições legais de cada profissional de saúde.
VI – Assegurar ao interagente atendimento que seja livre de danos decorrentes de imperícia,
negligência ou imprudência.
VII – Solicitar o termo de consentimento livre e esclarecido do(s) interagente(s), por escrito,
para apresentar o seu caso terapêutico em evento de pesquisa, simpósios, congressos ou
atividades de ensino, sempre mantendo em sigilo os dados pessoais do interagente.
VIII – Evitar tratar um interagente que estiver com sua competência, capacidade ou julgamento
de valor sob efeito de/ou prejudicado por ação química, não assistida ou ainda por incapacidade
física ou mental no ato do atendimento.
Art. 7º. Ocorrendo fatos que prejudiquem a boa atuação profissional e/ou a relação com o
interagente, é assegurado ao naturólogo o direito de renúncia ao atendimento, desde que o
interagente seja devidamente encaminhado a outro profissional competente.
Art. 8º. Em relação ao interagente, é vedado ao Naturólogo:
I – Garantir procedimento terapêutico “milagroso” ou “secreto”.
II – Indicar ou realizar qualquer tratamento sem avaliação prévia.
III – Induzir o(s) interagente(s) a convicções políticas, religiosas, ideológicas, filosóficas e
morais, quando do exercício de suas funções profissionais.
IV – Abandonar o interagente sem esclarecimento e sem garantia de continuidade de
assistência ou tratamento, salvo por motivo de força maior (segundo art. 7º).
V – Estabelecer com o interagente, familiar ou terceiro que tenha vínculo com o atendido,
relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado.
VI – Utilizar ou favorecer o uso de conhecimentos e práticas como instrumentos de castigo,
agressão, tortura ou qualquer forma de violência ou manipulação.
CAPÍTULO V – Da Publicidade
Art. 9º. O profissional Naturólogo poderá utilizar os meios de comunicação para tornar público
os recursos e conhecimentos da profissão.
Art. 10º. O profissional Naturólogo, ao promover publicamente seus serviços, informará com
precisão o seu(s) número(s) de registro e habilitações.
Art. 11º. Em relação à publicidade, é vedado ao Naturólogo:
I – A participação na divulgação de serviços ou produtos em meios de comunicação em massa, a
não ser em caráter educativo e de interesse social.
II – Divulgar informações de forma sensacionalista, promocional ou que veicule conteúdo
inverídico ou duvidoso.
III – Realizar consulta, avaliação ou indicação terapêutica por qualquer meio de comunicação de
massa.
IV – Anunciar títulos que não possa comprovar a especialidade ou área de atuação devidamente
reconhecida pelo órgão competente (Conselho de Naturologia).
V – Valer-se das prerrogativas da profissão em propagandas de empresas de qualquer natureza.
VI – Apresentar como originais quaisquer ideias ou procedimentos que na realidade não o
sejam.
VII – Utilizar o preço de serviço como forma de propaganda.
VIII- Aliciar interagente mediante propaganda enganosa.
IX – Expor a identidade de interagente em anúncios publicitários mesmo com autorização dele
ou de responsável legal.
X – Divulgar propostas de honorários que caracterizem concorrência desleal.
XI – Fazer autopromoção em detrimento de outros profissionais da área.
XII – Propor atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais.
XIII – Publicar documentos sem fundamentação, sem qualidade técnico-científica, e sem a
devida indicação da(s) fonte(s).
CAPÍTULO VI – Da Relação Profissional
Art. 12º. A responsabilidade por um erro cometido por um Naturólogo em sua atuação
profissional, ainda que em conjunto com outros profissionais, deve ser diretamente
proporcional a sua participação.
Art. 13º. O Naturólogo tem o dever de respeito, consideração e solidariedade, para com seus
colegas de profissão, tendo em vista o bom conceito da categoria.
Parágrafo primeiro. Quando solicitado por outro naturólogo, deve colaborar com este, salvo
impossibilidade decorrente de motivo relevante.
Parágrafo segundo. Quando convidado a contribuir em um tratamento, deve considerar que o
interagente continua sob os cuidados de quem o solicitou.
Art. 14º. O Naturólogo deve respeitar os profissionais de outras modalidades terapêuticas,
procurar a integração com eles e desenvolver relações de cooperação, com o objetivo de
proporcionar o melhor tratamento para o interagente.
Art. 15º. O Naturólogo que recomendar ao seu interagente a assistência concomitante de outro
profissional, não deve interferir na sua conduta.
Art. 16º. O profissional Naturólogo deve denunciar ao Conselho de Ética de Naturologia,
comportamentos prejudiciais ao interagente ou à sociedade, praticados por profissionais
Naturólogos.
Art. 17º. O profissional Naturólogo prestigia pessoas, grupos, empresas, instituições ou
associações que tenham por finalidade:
I – Difundir e aprimorar a Naturologia e seus profissionais;
II – Defender a dignidade, direitos e deveres profissionais da Naturologia;
III – Integrar e harmonizar a categoria de profissionais da Naturologia.
Art. 18º. O profissional Naturólogo poderá associar-se, exercer cargos e participar das
atividades da classe, bem como, apoiar iniciativas que visem ao aprimoramento profissional,
cultural e a defesa dos legítimos interesses da profissão de naturologia.
Art. 19º. Na relação profissional, é dever do profissional Naturólogo:
I – Alertar ao colega profissional quando for observada atitude de imperícia, imprudência e/ou
negligência;
II – Abster-se de comentários ou críticas a outro colega Naturólogo decorrentes de discordância
técnica ou pessoal diante de interagente;
III – Aliciar para si ou para outros, com ou sem a participação de terceiros, interagente, ou
mesmo serviços, que estejam ou não sob os cuidados ou responsabilidade de outros
profissionais.
CAPÍTULO VII – Da Relação com a Sociedade
Art. 20º. O profissional Naturólogo deverá fazer o possível para manter os serviços acessíveis ao
público em geral.
Art. 21º. O profissional Naturólogo deverá praticar sua atividade como integrante da sociedade
em ações que visem atingir os interesses, necessidades e benefícios da saúde da população.
Art. 22º. O profissional Naturólogo sempre estará disponível à comunidade ou às autoridades
governamentais nos casos de epidemias e catástrofes, sem que com isso almeje vantagens
pessoais.
CAPÍTULO VIII – Da Relação com a Justiça
Art. 23º. O profissional Naturólogo deverá colocar o seu conhecimento à disposição da justiça,
em caso de necessidade, observando os termos da legislação e dos procedimentos pertinentes.
Art. 24º. O profissional Naturólogo não poderá atuar em perícias, avaliações e laudos técnicos
que escapem à sua competência profissional.
Parágrafo único: Nas perícias, o Naturólogo deve agir com absoluta isenção, limitando-se à
exposição do que tiver conhecimento por intermédio de seu trabalho e não ultrapassando, nos
laudos, o limite de informações necessárias para auxílio à tomada de decisão do juízo.
Art. 25º. Em relação à atuação perante a Justiça, é vedado ao profissional Naturólogo:
I – Ser cúmplice de pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal de
qualquer atividade profissional, especialmente da profissão de Naturólogo;
II – Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais
praticadas por Naturólogos e/ou outros profissionais na prestação de serviços;
III – Interferir na validade, utilidade e fidedignidade de instrumentos, informações, orientações
e técnicas terapêuticas, assim como adulterar resultados, laudos ou fazer declarações falsas;
IV – Utilizar-se de quaisquer
meios para aliciar qualquer pessoa ou organização a recorrer a
seus serviços de forma ilegal ou desonesta.
CAPÍTULO IX – Da Docência, Preceptoria, Pesquisa e Publicação
Art. 26º. O profissional Naturólogo deve zelar, quando docente ou autor de publicações
científicas, pela veracidade, clareza e imparcialidade das informações apresentadas.
Art. 27º. Em relação à docência, preceptoria, pesquisa e publicações, é vedado ao profissional
Naturólogo:
I – Participar de qualquer tipo de experiência envolvendo seres humanos com fins bélicos,
políticos, étnicos, eugênicos ou outros que atentem contra a dignidade humana;
II – Realizar qualquer tipo de pesquisa sem obter do interagente ou de seu representante legal o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme Resolução CNS 466/12 ou legislação
vigente;
III – Publicar informações que o interagente exija sigilo e/ou que atentem contra a saúde e/ou
dignidade dele;
IV – Realizar pesquisa em indivíduos que sejam direta ou indiretamente dependentes ou
subordinados ao pesquisador;
V – Publicar em seu nome trabalho científico do qual não tenha participado, ou atribuir autoria
exclusiva de trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando
executados sob sua orientação, bem como omitir do artigo científico o nome de quem dele tenha
participado;
VI – Utilizar dados, informações ou opiniões sem referência ao seu autor ou sem sua
autorização por escrito.
VII – Servir-se de posição hierárquica proveniente da relação de preceptoria ou docência como
instrumento de manipulação, chantagem, ou defesa de interesses próprios em detrimento aos
objetivos da profissão e da sociedade.
CAPÍTULO X – Dos Honorários Profissionais
Art. 28º. Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, a fim de que
representem justa retribuição aos serviços prestados pelo profissional Naturólogo, que buscará
adequá-los às condições do interagente, tornando a profissão reconhecida pela confiança e pela
aprovação da sociedade.
Art. 29º. Os honorários serão planejados de acordo com as características da atividade e serão
comunicados à pessoa ou instituição antes do início do trabalho a ser realizado, assim como
possíveis alterações e reajustes.
Art. 30º. O profissional Naturólogo deverá emitir os documentos fiscais necessários ao seu
interagente em função dos honorários recebidos, respeitando a legislação vigente.
Art. 31º. O profissional Naturólogo poderá deixar de cobrar seus honorários nos seguintes
casos:
I – Para qualquer pessoa que viva sob sua dependência econômica;
II – Para colegas ou dependentes econômicos destes;
III – Para qualquer pessoa que não disponha de recursos econômicos suficientes.
Art. 32º. Em relação à cobrança de honorários, é vedado ao profissional Naturólogo:
I – Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações, intermediar transações, e/ou obter
vantagens de qualquer espécie, além dos honorários contratados;
II – Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;
III – Comercializar produtos de qualquer natureza, cuja compra decorra da influência direta de
sua atividade profissional.
CAPÍTULO XI – Das Disposições Gerais
Art. 33º. As infrações a este código de ética profissional acarretarão em penalidades, que podem
ser: advertência, multa, censura pública, suspensão do exercício profissional e a cassação da
inscrição profissional na forma dos dispositivos legais e ou regimentais.
Políticas Públicas e Legislações que Amparam a Atuação
Profissional
Toda cultura representa um conjunto de elementos de determinado grupo social. 
É a partir das experiências culturais que os fenômenos relacionados à Saúde são vivenciados e
interpretados pela Sociedade, sejam elas científicas, sejam religiosas e filosóficas. 
Para que as práticas terapêuticas estejam amparadas por estruturas adequadas aos benefícios de
segurança e eficácia, a formação requer articulação com os processos da Educação, valendo-se
de políticas capazes de promover o devido atendimento da população em geral. Por isso, é
importante construir e conhecer as políticas de formação profissional que contribuem com a
conexão entre as instituições normativas e reguladoras, formadoras e o Sistema Único de Saúde
(MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Nos últimos anos, as transformações na Educação e no Sistema de Saúde trouxeram novas
demandas, outras necessidades sobre as ações. Nesse contexto, propõe-se uma formação
- ABRANA, Código de Ética Profissional do Naturólogo | https://bit.ly/3KA4ZT6
Art. 34º. Caberá ao profissional Naturólogo, denunciar aos Órgãos de fiscalização responsáveis,
qualquer pessoa que esteja exercendo a profissão sem a respectiva inscrição, ou infringindo a
legislação vigente.
Art. 35º. As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão resolvidos pelos
Conselhos Regionais de Naturologia, ad referendum do Conselho Federal de Naturologia.
Art. 36º. Competirá ao Conselho Federal de Naturologia firmar jurisprudência quanto aos casos
omissos e fazê-la incorporar-se a este Código.
Art. 37º. É dever do profissional Naturólogo conhecer e fazer cumprir este código.
Art. 38º. Este Código entrará em vigor a partir da data de sua publicação.”
acadêmica, pautada em competências, habilidades e atitudes, conhecimentos e experiências,
problematizados e contextualizados, garantindo a inovação científica e tecnológica, sem
desprezar as evidências científicas, valorizando o ensino-aprendizagem e a ética (MORAES;
ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
A concepção de Saúde apresentada na Constituição Federal de 1988 preconiza uma mudança dos
serviços, passando de um modelo assistencial, centrado na doença, para um modelo de atenção
integral à saúde. 
O Ministério aprovou, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), ampliando e
qualificando as ações nos serviços e gestão do SUS. 
Em maio de 2006, mediante a Portaria nº 971, é institucionalizada no SUS a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), baseada nos princípios fundamentais do SUS,
em modelo de atenção humanizada, centrada na integralidade e no cuidado em saúde. 
A formação em Naturologia vai ao encontro dessas políticas públicas, em favor da Saúde integral
e em sintonia com a necessidade de mudanças de paradigmas vigentes na área da Saúde
(MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Leitura 
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS
Sendo assim, a Naturologia assume, no cenário nacional, um dos expoentes dessas práticas de
cuidado “não convencionais”, apontada como graduação com potencial para a formação de
profissionais em Nível Superior em PICS para o SUS (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Vamos conhecer, agora, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Naturologia, que recorrem ao pilar representado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
dos Cursos de Graduação da Saúde. 
As informações descritas alinham-se a critérios internacionais de segurança e qualidade de
formação, como também às competências e às habilidades do Naturólogo para atuação
profissional.
O Naturólogo deverá ser um profissional com visão ampliada do processo vida-saúde-doença,
direcionado à promoção, à manutenção e à recuperação da saúde. 
O profissional utiliza ferramentas e recursos de suporte à mudança de estilo, modo e condições
de vida, prevenção de agravos e doenças, consoante uma abordagem vitalista, ou seja, valoriza a
força curativa intrínseca à pessoa com as suas características constitucionais, relacionando a
saúde ao ambiente em que ela está inserida, levando em consideração todo o contexto
sociocultural. Atua com abordagem multidimensional e singular do indivíduo e utiliza as práticas
integrativas e complementares, da relação de interagência, a partir do diálogo entre diferentes
saberes (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Competências e Habilidades
Abordagem Naturológica
O naturólogo deve demonstrar capacidade teórico-epistemológica adequada ao diálogo e à
relativização de conhecimentos e conceitos dos diferentes saberes em Saúde, de forma
consistente e coerente, visando a construir abordagem e avaliação complexas do processo de
vida-saúde-doença. 
Para isso, ele deve dominar diferentes epistemologias contemporâneas que possibilitem e
fundamentem esse diálogo entre saberes de forma consistente e com rigor epistemológico-
científico.
Habilidades da Abordagem Naturológica:
Utilizar o mínimo de intervenções e recursos necessários para diagnosticar e tratar,
respeitando critérios de sustentabilidade e prevenção da iatrogenia na Saúde;
Reconhecer, valorizar e fortalecer a capacidade intrínseca de recuperação da Saúde
da pessoa atendida;
Conhecer e compreender o desenvolvimento do paradigma e epistemologia
ocidentais e sua relação com os paradigmas e epistemologias não ocidentais;
Apreender conceitualmente, epistemologicamente e vivencialmente as abordagens
vitalistas dos processos de vida-saúde-doença e dos conhecimentos tradicionais
alinhados à Naturologia;
Desenvolver atitude intelectual dialógica e transdisciplinar (abertura, rigor e
tolerância);
Compreender e empreender as visões multidimensionais e integrativas na
abordagem dos processos de vida-saúde-doença;
Relacionar as diferentes abordagens de vida-saúde-doença de forma integrativa,
interdisciplinar e transdisciplinar;
Compreender e aplicar os conceitos filosóficos, antropológicos e sociológicos dos
Sistemas Terapêuticos Vitalistas, sendo capaz de relacioná-los adequadamente aos
contextos atuais de saúde.
Práticas Integrativas e Complementares
O Naturólogo deve aplicar conhecimentos técnicos e teóricos assimilados de diferentes Práticas
Integrativas e Complementares. 
Ele deve demonstrar conhecimentos e compreensão dos mecanismos de ação das diferentes
Práticas Integrativas e Complementares, com embasamento nas Racionalidades em Saúde
Vitalistas e Biomédica, de forma a utilizá-las com segurança e eficácia e deve apresentar, ainda,
habilidade técnica na aplicação das Práticas Integrativas e Complementares. 
Habilidades em Práticas Integrativas e Complementares: 
Abordagem Terapêutica em Interagência
Compreender a fundamentação de diferentes práticas terapêuticas e a relação delas
com as Racionalidades em Saúde Vitalistas e a Biomédica;
Conhecer mecanismos de ação das diferentes Práticas Integrativas e
Complementares;
Dominar as normas e os procedimentos das práticas terapêuticas do escopo da
Naturologia;
Promover, recuperar e manter a saúde por meio das Práticas Integrativas e
Complementares em intervenções clínicas ou coletivas;
Escolher e eleger a melhor ferramenta terapêutica para cada interagente e condição
de saúde;
Utilizar as Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Naturológico;
Aplicar o raciocínio dos Sistemas Terapêuticos Vitalistas aos procedimentos
clínicos das Práticas Integrativas e Complementares.
O Naturólogo deve conceber e empregar, de forma integrada, coerente e efetiva, a Visão
Naturológica dos processos de vida-saúde-doença, a diagnose e a terapêutica por meio dos
Sistemas Vitalistas, em vista da resolução de desequilíbrios na saúde de pessoas, grupos sociais
e ambientes em que estão inseridos. 
Deve apropriar-se do conceito de Interagência – em que a pessoa atendida é chamada de
“interagente” – de forma a desenvolver uma relação terapêutica transversal, dialógica e voltada
para a produção de saúde, qualidade de vida, empoderamento e autonomia. 
Habilidades quanto à Abordagem Terapêutica em Interagência: 
Empreender uma relação terapêutica baseada nos princípios da Interagência;
Avaliar pessoas e coletivos em seus processos de vida-saúde-doença com base nos
Sistemas Vitalistas e Visão Naturológica;
Empregar relação terapêutica que favoreça o restabelecimento do potencial
intrínseco de recuperação do organismo;
Formular e aplicar um plano terapêutico coerente e específico para cada interagente,
com base nas Racionalidades em Saúde Vitalistas e Práticas Integrativas e
Complementares;
Desenvolver terapêutica sujeita à Educação em Saúde, mudança de estilo de vida,
desenvolvimento do autocuidado, autoconhecimento e empoderamento quanto à
própria saúde, valorizando e incentivando as práticas culturais de autoatenção e a
autonomia das pessoas e de grupos sociais;
Utilizar terapêuticas menos invasivas e mais sustentáveis para diagnosticar e tratar
os interagentes;
Conhecer e estar alinhado às Políticas Públicas Saudáveis no Sistema Único de
Saúde;
Conhecer as especificidades do atendimento relacionado a todos os ciclos de vida;
Qualidades Humanas Necessárias ao Fazer Naturológico 
O Naturólogo deve ter perfil humanitário e comprometido com as questões sociais do campo da
Saúde.
Como qualidades profissionais, deve ser acessível e empático, habilitado para escuta acolhedora,
com capacidade dialógica e conduta ética, em qualquer ambiente e situação em que atue
profissionalmente. 
Deve promover o respeito e a proteção aos Direitos Humanos e Ambientais, repudiando qualquer
forma de discriminação, preconceito ou exploração. 
Habilidades relacionadas às qualidades humanas necessárias ao Fazer Naturológico: 
Compreender e atender as demandas sociais do país a partir da Visão Naturológica;
Estender a visão Naturológica à Sociedade por intermédio do desenvolvimento de
Relações de Interagência Sociais;
Ampliar o acesso da Naturologia aos Grupos Sociais mais vulneráveis e menos
favorecidos;
Construir, a partir de avaliação multidimensional e singular do processo de vida-
saúde-doença, um plano terapêutico integrativo.
Desenvolver capacidade de se expressar, comunicar e interagir de forma clara e
ética, com pessoas e coletivos sociais;
Conhecer e valorizar os Direitos Humanos em toda atuação profissional;
Conhecer, respeitar e valorizar as diferenças físicas, étnicas, sociais, culturais,
religiosas e de gênero das pessoas e coletivos, repudiando qualquer forma de
discriminação e preconceito;
Pesquisa Científica e Educação Permanente 
O Naturólogo deve estar atento à atualização e ao aprimoramento continuados de seu saber e
prática, bem como ser capaz de selecionar conhecimentos e formações qualificadas com base
no rigor epistemológico-científico. 
Deve conhecer, compreender e contribuir com a produção científica da área da Saúde, com
especificidade para o campo de abrangência da Naturologia. 
Deve conhecer e saber aplicar Metodologias e Tecnologias Científicas tradicionais e inovadoras,
estando apto a buscar, avaliar e aplicar o conhecimento científico quando necessário à sua
prática profissional. 
Desenvolver atitude empática, escuta ativa e acolhedora e postura dialógica da
resolução de conflitos, promovendo a cultura de paz;
Demonstrar postura flexível e aberta capaz de rever conceitos e atitudes;
Demonstrar adaptabilidade a diferentes contextos;
Gerenciar conflitos e propor soluções integrativas e inclusivas em diferentes
contextos;
Conhecer, compreender e respeitar as diversas visões de mundo e práticas
relacionadas à Saúde;
Atuar em conformidade com a versão mais atual do Código de Ética Profissional em
Naturologia, disponibilizado pelos Órgãos de Representação oficiais da profissão no
país;
Compor Equipes Multidisciplinares colaborando com comunicação compatível às
necessidades de trabalho do grupo.
Deve reconhecer que toda forma de construção do conhecimento é válida, legítima e tem
racionalidade intrínseca, evitando a assimetria entre os diversos campos de saber, a partir do
diálogo simétrico entre os saberes em saúde.
Habilidades de Pesquisa Científica e Educação Permanente:
Produzir, utilizar e transformar o conhecimento com clareza e objetividade;
Conhecer os conceitos e o desenvolvimento da prática baseada em evidências,
respeitando os critérios de segurança, eficácia e efetividade;
Saber avaliar e aplicar, de forma crítica, a prática baseada em evidências
no âmbito
das Práticas Integrativas e Complementares e da Naturologia;
Exercer a capacidade de buscar, localizar, avaliar, apreender e relativizar o conteúdo
científico;
Elaborar conceitos e técnicas de avaliação em saúde, com base na Abordagem
Naturológica;
Comprometer-se com o aprimoramento dos conhecimentos em Naturologia e
Práticas Integrativas e Complementares;
Conhecer, compreender e respeitar as diversas visões de mundo e práticas
relacionadas à Saúde;
Aplicar a Ciência na resolução das problemáticas atuais do campo da Saúde;
Demonstrar postura proativa e comprometida com o constante aprimoramento e
aprendizado voltado à prática profissional;
Ter responsabilidade e compromisso quanto à sua formação profissional e dos
futuros Naturólogos;
Conhecer e estar alinhado à Política Nacional de Educação Permanente em Saúde,
mantendo-se atualizado conforme as demandas e as necessidades do Sistema
Gerenciamento e Administração de Serviços de Saúde 
O Naturólogo deve ser apto a gerenciar equipes multidisciplinares ou interdisciplinares e
serviços de saúde, no campo das Práticas Integrativas e Complementares e Naturologia. 
Deve conhecer os mecanismos de gestão e organização dos Sistemas de Saúde atuais, nos
âmbitos públicos e privados, apropriando-se de metodologias básicas de gestão e avaliação. 
Deve aspirar a um olhar ampliado e complexo na avaliação de processos de atenção à Saúde, com
base na Abordagem Naturológica, valorizando as especificidades e potencialidades sociais,
regionais e culturais dos diferentes grupos e situações de vida-saúde-doença. 
Habilidades no gerenciamento e na administração de Serviços de Saúde:
Único de Saúde (SUS);
Conhecer pesquisas pré-clínicas, clínicas, epidemiológicas, antropológicas,
filosóficas e sociológicas no âmbito da Naturologia e das Práticas Integrativas e
Complementares;
Conhecer pesquisas do âmbito social que venham ao encontro das demandas de
Saúde contemporâneas;
Buscar e pesquisar os diversos Sistemas de Atenção à Saúde tradicionais e moderno,
valorizando e respeitando a diversidade de saberes em Saúde;
Realizar o diálogo entre saberes em Saúde de forma simétrica e coerente;
Adotar uma postura crítica em pesquisa, que possibilite a constante autoavaliação da
Naturologia e o desenvolvimento do campo de saber naturológico.
Gerenciar a força de trabalho, os recursos físicos, os materiais, intelectuais e de
informação, de forma ética e integrativa, no âmbito da Naturologia e Práticas
Integrativas e Complementares;
Regulamentação da Profissão
As Associações que representam a classe (ABRANA e APANAT) têm trabalhado para
regulamentar a profissão de naturólogo.
Gerenciar Equipes Multidisciplinares e Interdisciplinares no âmbito das Práticas
Integrativas e Complementares e Naturologia;
Conhecer os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde, bem como suas
políticas e mecanismos de gerenciamento;
Empreender, gerenciar e liderar Equipes de Trabalho no âmbito das Práticas
Integrativas e Complementares e Naturologia;
Demonstrar domínio de Princípios Básicos de Administração em Serviços Públicos e
Privados, inclusive no Terceiro Setor;
Reconhecer e usar novas Tecnologias de Gestão e Empreendedorismo que se aliem à
Visão e Princípios Naturológicos;
Conhecer os Órgãos de Representação da Profissão, bem como as demandas sociais,
políticas e legais da Naturologia (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
2005: Foi entregue o primeiro Projeto de Lei (PL 52/05), mas ele teve seu
andamento interrompido;
2009: As entidades representativas entregaram outro Projeto de Lei, ao qual
também não foi dado andamento;
2012: As associações entregaram um novo Projeto de Lei ao Deputado Federal
Giovani Cherini (PR/RS), no VII Encontro Estadual de Terapeutas e Profissionais
Holísticos, em Porto Alegre-RS. Em maio de 2012, foi apresentado pelo mesmo
Deputado o Projeto de Lei 3.804/2012, visando à regulamentação da profissão;
2015: A Comissão de Educação (CE) aprovou o Projeto de Lei na forma do substituto
com complementação de voto nos termos do parecer do relator Deputado Celso
O Projeto de Lei encontra-se atualmente na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço
Público (CTASP), com relatório do relator Deputado Leonardo Monteiro (PT/MG) pronto para a
pauta. 
As Entidades, depois de várias discussões e debates em Audiências Públicas e Seminários
realizados na Câmara dos Deputados, protocolaram um ofício, na forma do substitutivo do
PL3804 de 2012, com intuito de expressar e registrar o posicionamento diante desse processo. 
O substitutivo, pretende não só preservar os direitos de atuação do Naturólogo, mas também não
restringir o uso das Práticas Terapêuticas apenas a esses profissionais. Infelizmente não obteve
sucesso, mas as Entidades continuam lutando pela regulamentação da profissão (MORAES,
ANTÔNIO, RODRIGUES, 2018).
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ACESSE
Jacob (PMDB/RJ);
2016: A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, por unanimidade, o
Projeto de Lei na forma de substituto aprovado na CE, nos termos do parecer do
relator Deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS).
Leitura 
PL 3804/2012 
A tramitação do PL3804/2012 está disponível no site a seguir.
Veja a seguir o Ofício de Apresentação de proposta legislativa na forma do Substitutivo do
PL3804 de 2012:
Figura 1 – Ofício de Apresentação de proposta legislativa
na forma do Substitutivo do PL3804 de 2012 
Fonte: Adaptada de MORAES et al., 2018, p. 285
Papel do Naturólogo na Sociedade e no Sistema de
Saúde Público e Privado
Para um Naturólogo, a Naturologia é mais que sua profissão, é uma forma de perceber a vida e
seus processos, que preconiza o autocuidado e o autodesenvolvimento. A formação permite que
a relação terapêutica ocorra de forma transversal, facilitando a filosofia-prática profissional. O
profissional tem competências para atuar na Sociedade, no âmbito público e privado, na Atenção
à Saúde de todas as respectivas faixas etárias (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
O Naturólogo deve possuir uma visão de profissional e de pesquisador, ou seja, deve alimentar
sua prática com a evolução do conhecimento, com as constantes mudanças e transformações,
tanto da Sociedade quanto em relação as práticas desenvolvidas (MORAES; ANTÔNIO;
RODRIGUES, 2018).
Esse estudo dos métodos naturais antigos e tradicionais de cuidado que a Naturologia resgata
estão associados aos avanços da Ciência, da cultura e da tecnologia. 
Propor a Naturologia é levar em conta a necessidade de reavaliar a atenção que a Área da Saúde
presta ao ser, considerando todos os fatores determinantes e os conhecimentos. É enfatizar que
o interagente seja responsável pela manutenção de sua saúde e buscar cuidados com a saúde
quando necessário, não somente quando a doença, os sintomas se manifestam (PASCHUINO,
2014).
As Práticas Integrativas e Complementares estão cada vez mais sendo oferecidas no SUS.
No entanto, ainda são poucas as Instituições de Ensino Superior que formam profissionais
nessa área. 
A Naturologia pode representar uma resposta ao preenchimento dessa lacuna, formando
profissionais de excelência para atuação com essas práticas em diversos níveis de atenção. 
O Naturólogo pode contribuir com a atenção básica, com as Equipes do Núcleo Ampliado de
Saúde da Família (NASF-AB), tanto na parte coletiva educativa quanto na parte clínica. 
A abordagem e o olhar multidimensional contribuem com o trabalho multiprofissional em
Equipe. 
No âmbito da Saúde Pública, os espaços de atuação são múltiplos, extrapolando a atuação clínica
do Consultório, sendo considerado pelos gestores um profissional de referência capacitado para
atuar de forma segura e eficaz. 
O profissional, com seu amplo espectro de atuação tem demonstrado ser um potencial indutor
para contribuir no desenvolvimento dessas políticas e do próprio SUS (MORAES; ANTÔNIO;
RODRIGUES, 2018).
O trabalho do Naturólogo no Sistema Único de Saúde na concepção de Naturólogos
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Práticas Integrativas e Complementares: a Contribuição do Naturólogo como Integrante de
Equipes de Saúde no SUS 
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ACESSE
Esse profissional trabalha em conjunto com outros profissionais da Área da Saúde, fazendo
parte de uma Equipe Interdisciplinar. Ele tem visão integrada do ser humano no meio ambiente,
despertando a consciência de seu papel como agente transformador da Sociedade. O Naturólogo
Leituras
assume uma relação dinâmica com o interagente, que exige dele consciência e renovação de
condutas, percepção do que precisa ser abandonado para estabelecer equilíbrio, bem-estar e
qualidade de vida (PASCHUINO, 2014).
Além de uma formação profissional, o Curso também se apresenta como uma possibilidade de
reformulação interior para o próprio Naturólogo durante a sua formação. Esses profissionais
acabam também se preocupando com temas nesse mesmo sentido, como a Sustentabilidade, a
preservação do meio ambiente e terapêuticas menos invasivas (PASCHUINO, 2014).
Vídeo 
Desafio Profissão – Naturologia
Desa�o Pro�ssão -- Naturologia
Evidências e Publicações Científicas
As evidências e publicações científicas são fundamentais para o reconhecimento e a
regulamentação da profissão. 
As Entidades Representativas da Classe têm a filosofia de auxiliar os Naturólogos formados e em
processo de Graduação no reconhecimento e na regulamentação da profissão, além de atualizar
o conhecimento, por meio de Cursos, Congressos, Simpósios e Pesquisas Científicas. 
Elas organizam juntas os Congressos Brasileiros de Naturologia (CONBRANATU) desde 2008
(PASCHUINO, 2014).
Os Congressos são organizados e realizados anualmente pela Sociedade Brasileira de
Naturologia (SBNAT), com o apoio das Associações (ABRANA E APANAT), e recebe colaboração
da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e da Universidade Anhembi Morumbi (UAM)
(MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Em dezembro de 2010, lançaram a revista Natural em Dia, sendo o primeiro periódico impresso
sobre a Naturologia no Brasil, divulgando a profissão e trabalhos desenvolvidos por
profissionais. 
Em 2011, contribuindo com as Pesquisas Científicas, a Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL) produziu o volume 3 de um periódico virtual da Universidade, de cunho científico
(ISSN2175-2532), com Artigos apenas sobre Naturologia. 
Em 2012, a primeira edição impressa da revista Cadernos de Naturologia e Terapias
Complementares representou um marco para a Naturologia. 
O objetivo é divulgar semestralmente Artigos originais e inéditos, relatos de experiências e
resultados de pesquisas, tendo em vista o fortalecimento e a credibilidade (PASCHUINO, 2014).
Figura 2 – Caderno de Naturologia 
Fonte: Divulgação
Em 2017, no I Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, em
Natal/RN, aconteceu a reunião de criação do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde
Integrativa, reunindo Universidades brasileiras que desenvolvem pesquisas na área de PICS. 
Dentre os 25 pesquisadores de 19 Universidades brasileiras, três Naturólogos estavam
presentes. A missão do Consórcio é contribuir para a legitimidade científica e credibilidade das
práticas integrativas. 
O Consórcio tem o apoio do Ministério da Saúde do Brasil por meio de um Projeto de Cooperação
com a participação da BIREME, por meio do futuro desenvolvimento de uma plataforma
integrada à Base Virtual em Saúde Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas nas
Américas (MORAES; ANTÔNIO; RODRIGUES, 2018).
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Vídeo  
Desafio Profissão – Naturologia
TEMA 2 de 3
 Material Complementar
Desa�o Pro�ssão -- Naturologia
  Leitura  
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
no SUS
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PL 3804/2012
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O Trabalho do Naturólogo no Sistema Único de Saúde na
Concepção de Naturólogos
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Práticas Integrativas e Complementares: a Contribuição do
Naturólogo como Integrante de Equipes de Saúde no SUS 
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ACESSE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NATUROLOGIA. Código de Ética do Naturólogo. Disponível em:
<https: //www.abrana.org.br/codigo-de-etica-profissional-do-naturologo/>. Acesso em:
08/02/2022.
MORAES, N. L.; ANTONIO, R. L.; RODRIGUES, D. M. O. Referências em Naturologia: um Sistema
Terapêutico de Cuidado em Saúde. Palhoça: Unisul, 2018.
PASCHUINO, M. Naturologia: Reflexões Sobre Saúde, Terapias Naturais e Pessoas. Barueri:
Século, 2014.
PORTELLA, C. F. S. et al. Código de Ética Profissional do Naturólogo. Grupo de Trabalho do
Código de Ética do Profissional Naturólogo. Disponível em:
<https://www.abrana.org.br/codigo-de-etica-profissional-do-naturologo/>. Acesso em:
08/02/2022.
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