@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CASOS CLÍNICOS - Avaliação clínica da oclusão funcionalTópico:Exame da oclusão funcional: avaliação das relações intermaxilares nas posições cêntricas (repouso, oclusão habitual e oclusão em relação cêntrica) e durante os movimentos mandibulares. Determinantes da oclusãoCaso 1.Gustavo, 26 anos, compareceu à clínica odontológica da universidade para manutenção preventiva. Gustavo é estudante de pós-graduação (mestrado) e relatou estar escrevendo a sua dissertação. Questionado sobre problemas de saúde geral, não relatou nenhuma alteração de normalidade, a não ser dor de cabeça frequente. Relatou que a dor se iniciou há uns 4 a 6 meses e que não percebe alteração ao longo do dia. Disse que faz uso de analgésicos frequentemente, aos quais tem boa resposta, mas que a dor insiste em voltar. Pense sobre o caso. Ao exame clínico, como você deve avaliar as guias de desoclusão? No exame de protrusão, quais dentes deverão ter toque dental? Quais características dentais revelam bruxismo? Se alterações dentais do bruxismo estão presentes, significa que Gustavo está tendo bruxismo?Resolução: Ao exame clínico, como você pode avaliar as guias de desoclusão? O paciente deve fazer movimento de lateralidade para direita e, com uma fita de celofane ou papel carbono, observa-se quais dentes têm toque dental: se é somente canino, a guia é canina, se não, há uma função de grupo. No lado de balanceio não deve haver toques dentais; deve-se repetir o mesmo movimento para esquerda. No exame de protrusão, os dentes anteriores devem se tocar à medida que a mandíbula é levada para frente, sendo que não deve haver toque nos dentes posteriores. Se alterações dentais do bruxismo estão presentes, significa que Gustavo está tendo bruxismo? Lembre-se de que é importante observar facetas de desgaste como sinal de bruxismo, mas relembre também que esta característica pode ser de uma história passada da doença. Outra característica dental que pode ser observada é a sensibilidade no teste de percussão, onde em alguns casos de bruxismo o paciente relata desconforto.Caso 2.Sr. João das Neves é fazendeiro e procurou tratamento odontológico. Relatou que, ao sorrir, seus dentes não aparecem mais e lembra-se que, quando mais jovem, tinha dentes grandes e um belo sorriso. Hoje, com 64 anos, relata hipertensão controlada sem outros comprometimentos sistêmicos. Ao avaliálo clinicamente, observa-se que a coroa clínica dos dentes está bastante diminuída pela atrição. Ao pensar em uma reabilitação oral para Sr. João, como é possível determinar a posição dental e o comprimento das coroas clínicas para que este aumento dental não se torne danoso para o sistema musculoesquelético?Resolução: Bem, para resolver esse caso, devemos iniciar com o exame oclusal e de guias. A grande atrição dental faz com que a guia de lateralidade seja uma função em grupo e que o movimento protrusivo aconteça com a presença de toques nos dentes posteriores. Para estabelecer a altura das coroas, ou quanto espaço teremos para restaurar, precisamos reestabelecer a estabilidade articular, através da relação cêntrica. Então, uma alternativa é a confecção de um dispositivo interoclusal, como o JIG, que manterá o espaço funcional livre, podendo, então, se estabelecer a dimensão vertical pretendida após a conclusão do tratamento. Neste caso, é muito importante a confecção de provisórios para verificar a estabilidade dental e musculoesquelética, assim, o paciente pode, além de contribuir avaliando a estética, também avaliar a função, como a fala, mastigação, deglutição e perceber se há algum desconforto ou dor muscular (e até articular).