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Fisiologia Óssea Remodelagem Óssea e Regulação da Massa Óssea › Osteogênese = formação ou deposição óssea. › Osteolise = reabsorção óssea. › 0-25 anos: a atividade osteoblástica é mais intensa do que a osteoclástica. Processo de deposição óssea é mais acentuada = ganho de massa óssea. Crescimento linear, em altura, é devido a isso. › 25-35 anos: a atividade osteoblástica é de mesma intensidade da osteoclástica. Garante uma massa óssea estável. › >35 anos: a atividade osteoclástica se torna maior do que a osteoblástica. Os processos de osteolise são mais intensos do que os de formação. Há um índice de perda de massa óssea – relacionado a fisiologia do envelhecimento. Acentuação desse quadro pode evoluir para uma patologia – desenvolvimento de osteoporose! Cálcio – Algumas Funções • Ativa: liberação de neurotransmissores, contração muscular e coagulação sanguínea. • Dentro da célula: cofator de várias enzimas. • Atua como um mensageiro intracelular. Órgãos envolvidos na regulação da calcemia › Calcemia – faixa de concentração fisiológica do cálcio no sangue. › Todo o cálcio chega ao organismo através da alimentação. › O cálcio é transferido a partir do intestino delgado para o fluido extracelular. Mas também uma quantidade de cálcio pode ser secretada para a luz intestinal – parte da composição da saliva, sucos gástrico e pancreático. › Realização das funções mediadas pelo íon Ca2+. Podem aumentar e diminuir em função da ingestão de cálcio. › Isso faz com que o balanço de cálcio armazenado no tecido ósseo, o cálcio filtrado nos rins e o cálcio armazenado nas células → sofrem variações. Essas variações tem como objetivo manter a calcemia em nível homeostático. › O trânsito de cálcio pelo organismo é influenciado por vários hormônios. Hormônios envolvidos na regulação da calcemia Paratormônio (PTH) › Hormônio produzido pelas glândulas paratireoides (4) → localizadas na porção posterior e adjacente à tireóide. Essas glândulas respondem diretamente à baixa concentração de cálcio. As suas células são sensíveis à hipocalcemia -> ativando as glândulas. › Através da corrente sanguínea – age no tecido ósseo e nos rins. › Aumenta a atividade osteoclástica -> aumentando a liberação de enzimas e substâncias ácidas no espaço extracelular do tecido ósseo. Promove a degradação da matriz proteica do osso e a dissolução de sais de cálcio depoistados no osso. Possibilita que íons Ca2+ sejam desviados do tecido ósseo para o plasma sanguíneo. › O cálcio não sai sozinho – a mineralização se dá por cálcio + fosfato (cristais de hidroxiapatita). Os cristais são dissolvidos e o fosfato e o cálcio são liberados. › Nos rins: PTH tem o efeito de aumentar a reabsorção de cálcio. Transporte de cálcio da luz tubular de volta para o sangue. › Faz com que a perda de cálcio na urina diminua -> conserva o cálcio no fluido extracelular. › Esses efeitos juntos contribuem para o aumento do cálcio na corrente sanguínea. Feedback negativo – as paratireoides param de liberar o PTH. › Nos rins – o PTH contribui para que o índice de perda de fosfato pela urina aumente. O fosfato solto na corrente sanguínea pode formar sais de fosfato de cálcio -> podem se depositar nos vasos e tecido. › O PTH está envolvido no processo de absorção de cálcio a partir do intestino. O PTH age numa etapa de ativação da vitamina D -> contribui para aumentar a taxa de formação de vitamina D ativa no organismo. A vitamina D ativa exerce ação sobre o epitélio intestinal -> contribui para que a absorção de cálcio auxilie na restauração da calcemia normal. › A inibição do PTH já é suficiente para o controle da atividade osteoclástica. Automaticamente há um aumento da atividade osteoblástica. › Efeito do paratormônio nos ossos e nos rins é direto. › Efeito da estimulação da absorção de cálcio pelo intestino é dado indiretamente pelo PTH, mas diretamente pela vitamina D ativa (calcitriol)! >> calcitonina: hormônio tireoidiano que tem efeitos opostos aos do PTH -> no adulto não tem tanta importância, como o cálcio chega para nós pela alimentação, estamos mais sujeitos à hipercalcemia do que à hipocalcemia. >> a calcitonina tem um efeito mais importante nas mulheres no período de amamentação – importante para o leite materno (precisa muito de cálcio). Esse hormônio contribui para garantir a manutenção óssea, pois o cálcio e desviado dos ossos para compor o leite. Biossíntese do Calcitriol hormônio derivado da Vitamina D ou 1,25(OH)2-vitamina D • O transporte de cálcio através do intestino deve ser feito por transportadores - > que aumentam em número em resposta à vitamina D ativa. • Duas origens da vitamina D: o Na pele: precursor – 7-hidrocolesterol -> quando exposto à radiação solar, dá origem ao colecalciferol (vit D3). o Nos alimentos: componente de alguns tipos de alimentos -> não tem atividade biológica. • Os precursores precisam passar por etapas biológicas -> para a vit D estar na sua forma mais ativa. • Uma parte desse processo ocorre no fígado -> transforma o colecalciferol em 25-hidroxicolecalciferol. • A segunda etapa ocorre nos rins é dependente da ação do PTH -> permite a conversão do 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-hidroxicolecalciferol (forma mais ativa), também chamada de calcitriol. De que forma o Calciriol atua? Regula a calcemia! Durante o crescimento – contribui para a mineralização óssea. No intestino – aumenta a quantidade de carreadores de membrana envolvidos com o transporte e absorção de cálcio nas células intestinais. ▪ Faz com que a concentração de cálcio no sangue aumente. ▪ Essas proteínas ligadoras de cálcio são inseridas em determinadas porções das células intestinais. ▪ Essa absorção é do cálcio presente nos alimentos!!! Hormônios que Atuam sobre a Formação Óssea › Estimulam: GH e IGF; insulina; estrogênio e androgênio; vitamina D (mineralização); calcitonina. › Inibe: cortisol. Hormônios que Atuam sobre a Reabsorção Óssea › Estimulam: PTH; cortisol; prostaglandinas; interleucinas 1 e 6; fator de necrose tumoral. › Inibem: estrogênio e androgênio; calcitonina; óxido nítrico. >> o balanço final da remodelagem óssea vai depender do equilíbrio entre todos esses hormônios! >> por isso distúrbios de natureza endócrina também podem contribuir para a desregulação da calcemia e, consequentemente, da massa óssea.
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