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GLANDULA PARATIREOIDE E METABOLISMO DO CÁLCIO

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Ana Carolina Casali Zanette – 2º Semestre – 14/04/2021 
ANATOMIA 
• Parcialmente incrustadas na face posterior dos 
lobos direito e esquerdo da glândula tireoide, 
encontramos várias pequenas massas de tecido 
arredondadas chamadas de glândulas 
paratireoides. Cada uma pesa cerca de 40 mg 
(0,04 g). Em geral, uma glândula paratireoide 
inferior e uma superior estão fixadas em cada 
lobo da tireoide, em um total de quatro. 
O HORMÔNIO DA PARATIREOIDE AUMENTA A 
REABSORÇÃO DE CÁLCIO. 
• O hormônio da paratireoide é um dos hormônios 
reguladores de cálcio mais importantes no organismo. 
• Sua ação principal nos rins é a de elevar a reabsorção 
tubular de cálcio, especialmente nos túbulos distais e 
com muita probabilidade também nas alças de Henle. 
• O hormônio da paratireoide também tem outras 
ações, incluindo a inibição da reabsorção de fosfato 
pelo túbulo proximal e a estimulação da reabsorção de 
magnésio, pela alça de Henle. 
HISTOLOGIA 
• Microscopicamente, as glândulas paratireoides 
contêm dois tipos de células epiteliais. As células mais 
numerosas, chamadas de células principais, produzem 
o paratormônio (PTH). 
• A função do outro tipo de célula, chamado de célula 
oxifílica, não é conhecida na glândula paratireoide 
normal. No entanto, sua presença ajuda a identificar 
com clareza a glândula paratireoide do ponto de vista 
histológico devido às suas características únicas de 
coloração. Além disso, no câncer de glândulas 
paratireoides, as células oxifílicas secretam PTH em 
excesso. 
PARATORMÔNIO 
• O paratormônio representa um potente 
mecanismo para o controle das concentrações 
extracelulares de cálcio e de fosfato, mediante 
redução da reabsorção intestinal, da excreção 
renal e do intercâmbio desses íons entre o líquido 
extracelular e o osso. A atividade excessiva da 
glândula paratireoide provoca rápida liberação de 
sais de cálcio dos ossos, com a consequente 
hipercalcemia; de modo inverso, a hipofunção das 
glândulas paratireoides gera hipocalcemia, muitas 
vezes com resultante tetania. 
Glândulas da paratireoide 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º Semestre – 14/04/2021 
CONTROLE DA SECREÇÃO DA CALCITONINA E DO 
PARATORMÔNIO 
• O nível sanguíneo de cálcio controla diretamente 
a secreção de calcitonina e paratormônio por 
meio de alças de feedback negativo que não 
envolvem a glândula hipófise 
1. O nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) acima do 
normal estimula as células parafoliculares da 
glândula tireoide a liberarem mais calcitonina. 
2. A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, 
diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de 
Ca2+. 
3. O nível sanguíneo de íons cálcio (Ca2+) abaixo do 
normal estimula as células principais da glândula 
paratireoide a liberarem mais PTH. 
4. O PTH promove a reabsorção de matriz óssea 
extracelular, o que libera Ca2+ no sangue e 
retarda a perda de Ca2+ na urina, elevando o 
nível de Ca2+ no sangue. 
5. O PTH também estimula os rins a sintetizarem o 
calcitriol, que consiste na forma ativa da vitamina 
D. 
6. O calcitriol estimula a absorção mais acentuada 
de Ca2+ dos alimentos no sistema digestório, o 
que ajuda a aumentar o nível sanguíneo de Ca2+. 
A Tabela 18.7 resume o controle da secreção e as 
principais ações do paratormônio. 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIA: 
TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. edição. 
Guanabara Koogan . Rio de Janeiro, 2013. 
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora 
Elsevier. 13ª ed., 2017. 
 
 
 
 
 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º Semestre – 14/04/2021 
CONCENTRAÇÕES DE CÁLCIO NO PLASMA 
• Devido ao cálcio ser tão importante para diversas 
funções fisiológicas, a concentração plasmática de 
Ca2++ é estreitamente regulada. 
• A homeostasia do cálcio segue o princípio de balanço de 
massa: Cálcio corporal total = entrada – saída 
• Cálcio corporal total é todo o cálcio presente no corpo, 
distribuído ao longo dos três compartimentos 
 
 
 
ENTRADA DE CÁLCIO NO CORPO 
• É o cálcio ingerido na dieta e absorvido no intestino 
delgado. Somente cerca de um terço do cálcio ingerido é 
absorvido, e, diferentemente de outros nutrientes, a 
absorção de cálcio é regulada hormonalmente. Muitas 
pessoas não ingerem quantidades suficientes de 
alimentos que contêm Ca2++, no entanto, a entrada pode 
não coincidir com a saída. 
• A absorção intestinal de cálcio é aparentemente 
transcelular e paracelular (entre as células). O transporte 
transcelular é realizado pela entrada no enterócito via 
canais apicais de Ca2 (TRPV6, também chamado de 
ECaC). Uma vez dentro da célula, o Ca2++ liga-se a uma 
proteína, chamada de calbindina, que ajuda a manter 
baixa a (Ca++) livre intracelular. Isso é necessário devido 
ao papel do Ca2++, livre como uma molécula de sinalização 
intracelular. Na região basolateral da célula, o Ca2++ sai 
por um trocador de Na++-Ca2++ (NCX) e por 
transportadores Ca2++-ATPase. A absorção transcelular 
é regulada hormonalmente, a absorção paracelular não é 
regulada. 
SAÍDA DE CÁLCIO DO CORPO 
• Ocorre principalmente pelos rins, com uma 
pequena quantidade excretada pelas fezes. 
• O Ca2++ ionizado é livremente filtrado no glomérulo 
e então reabsorvido ao longo do comprimento do 
néfron. 
• A reabsorção hormonalmente regulada ocorre 
somente no néfron distal e utiliza transportadores 
similares àqueles encontrados no intestino. Não há 
transporte paracelular nos rins. 
CONTROLE DE EQUÍLIBRIO DE CÁLCIO 
• Três hormônios regulam o movimento de Ca2 
entre osso, rim e intestino: hormônio da 
paratireoide, calcitriol (vitamina D3) e 
Equilíbrio de cálcio 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º Semestre – 14/04/2021 
• calcitonina (Fig. 23.11). Destes, o hormônio da 
paratireoide o calcitriol são os mais importantes 
em seres humanos adultos. 
HORMÔNIO DA PARATIREOIDE: 
Quatro pequenas glândulas paratireoides repousam sobre 
a superfície dorsal da glândula tireoide. Elas secretam o 
hormônio da paratireoide (PTH) (também chamado de 
paratormônio), um peptídeo que possui função principal 
de aumentar as concentrações plasmáticas de Ca2++. O 
estímulo para a liberação do PTH é a diminuição das 
concentrações plasmáticas de Ca2 , monitorada por um 
receptor sensível ao Ca2++ (CaSR, do inglês, Ca2 -sensing 
receptor), localizado na membrana celular. O CaSR, um 
receptor acoplado à proteína G, foi o primeiro receptor 
de membrana identificado cujo ligante era um íon, em vez 
de uma molécula orgânica. 
O PTH atua no osso, no rim e no intestino para aumentar 
as concentrações plasmáticas de Ca2 (Fig. 23.12). O 
Ca2++ plasmático elevado atua como retroalimentação 
negativa e desliga a secreção de PTH. O hormônio da 
paratireoide aumenta o Ca2++ plasmático de três formas: 
1. O PTH mobiliza cálcio dos ossos. O aumento da 
reabsorção óssea pelos osteoclastos leva 
aproximadamente 12 horas para se tornar 
mensurável. Curiosamente, embora os 
osteoclastos sejam responsáveis por dissolver a 
matriz calcificada e serem um alvo lógico para o 
PTH, eles não possuem receptores para PTH. Em 
vez disso, os efeitos do PTH são mediados por 
um conjunto de moléculas parácrinas, incluindo a 
osteoprotegerina (OPG) e um fator de 
diferenciação de osteoclastos, chamado de 
RANKL. Esses fatores parácrinos estão sendo 
intensamente investigados como agentes 
farmacológicos em potencial. No final de 2010, 
um inibidor da RNAKL, chamado de denosumab, 
foi aprovado para o tratamento de condições 
com excessiva perda óssea. 
2. O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio. 
Como mencionamos previamente, a reabsorção 
regulada de Ca2++ ocorre no néfron distal. O PTH 
aumenta simultaneamente a excreção renal do 
fosfato, reduzindo sua reabsorção. Os efeitos 
opostos do PTH sobre o cálcio e o fosfatosão 
necessários para manter suas concentrações 
combinadas abaixo de um nível crítico. Se as 
concentrações excedem tal nível, formam-se 
cristais de fosfato de cálcio que 
3. O PTH aumenta indiretamente a absorção 
intestinalde cálcio pela sua influência na vitamina 
D3, um processo descrito adiante. 
CALCITRIOL 
• A absorção intestinal de cálcio é estimulada pela 
ação de um hormônio conhecido como 1,25-di-
hidroxicolecalciferol ou 1,25(OH)2D3, também 
conhecido como calcitriol ou vitamina D3 (FIG. 
23.13). O corpo forma calcitriol a partir da 
vitamina D que foi obtida pela dieta ou sintetizada 
na pele pela ação da luz solar sob os precursores 
formados a partir de acetil-CoA. As pessoas que 
vivem acima de 37° graus de latitude ao norte 
ou abaixo de 37° graus de latitude ao sul não 
recebem luz solar o suficiente para produzir 
quantidades adequadas de vitamina D, exceto no 
verão, e devem considerar tomar suplementos 
vitamínicos. 
• A vitamina D é modificada em dois passos – 
primeiro no fígado, e então nos rins – para 
formar a vitamina D3 ou calcitriol. 
• O calcitriol é o principal hormônio responsável 
por aumentar a absorção de Ca2 a partir do 
intestino delgado. Além disso, o calcitriol facilita a 
reabsorção renal de Ca2++ e ajuda a mobilizar 
Ca2++ para fora do osso. 
• A produção de calcitriol é regulada no rim por 
ação do PTH. Concentrações plasmáticas 
diminuídas de Ca2++ estimulam a secreção de 
PTH, que estimula a síntese de calcitriol 
• A absorção renal e intestinal de Ca2 aumenta o 
Ca2++ sanguíneo, desligando o PTH em uma alça 
de retroalimentação negativa, que diminui a 
síntese de calcitriol. 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º Semestre – 14/04/2021 
• A prolactina, o hormônio responsável pela 
produção do leite em mulheres que estão 
amamentando (lactantes), também estimula a 
síntese de calcitriol. Essa ação assegura a 
absorção máxima de Ca2++ a partir da dieta em 
um momento em que a demanda metabólica para 
Ca2 está alta. 
CALCITONINA 
• O terceiro hormônio envolvido no metabolismo de 
cálcio é a calcitonina, um peptídeo produzido 
pelas células C da tireoide. As suas ações são 
opostas às do hormônio da paratireoide. A 
calcitonina é liberada quando as concentrações 
plasmáticas de Ca2 aumentam. Experimentos 
realizados em animais mostram que a calcitonina 
diminui a reabsorção óssea e aumenta a 
excreção renal de cálcio. 
• A calcitonina aparentemente desempenha um 
papel secundário no equilíbrio diário do cálcio em 
seres humanos adultos. Os pacientes cujas 
glândulas tireoides foram removidas não 
mostram nenhum distúrbio no equilíbrio do cálcio, 
e pessoas com tumores na tireoide que 
secretam grandes quantidades de calcitonina 
também não apresentam efeitos nocivos. 
• A calcitonina tem sido utilizada medicamente para 
tratar pacientes com doença de Paget, uma 
condição ligada à genética na qual os osteoclastos 
são superativos e o osso se torna enfraquecido 
devido à reabsorção. A calcitonina nesses 
pacientes estabiliza a perda óssea anormal, 
levando os cientistas a especularem que esse 
hormônio é mais importante durante o 
crescimento na infância, quando uma deposição 
óssea líquida é necessária, e durante a gestação 
e a lactação, quando o corpo da mãe precisa de 
suprimento de cálcio para ela e para o seu filho. 
 
 
 
AS HOMEOSTASIAS DO CÁLCIO E DO FOSFATO ESTÃO 
ASSOCIADAS 
• A homeostasia do fosfato é intimamente 
relacionada à homeostasia do cálcio. O fosfato é 
o segundo ingrediente principal da hidroxiapatita 
no osso, Ca10(PO4)6(OH)2, e grande parte do 
fosfato presente no corpo humano é 
encontrado no osso. Entretanto, os fosfatos 
possuem outros importantes papeis fisiológicos, 
incluindo a transferência e o armazenamento de 
energia em ligações de fosfato de alta energia, 
e a ativação ou desativação de enzimas, 
transportadores e canais iônicos via fosforilação 
e desfosforilação. 
• Os fosfatos também fazem parte da estrutura 
do DNA e do RNA. 
• A homeostasia do fosfato é paralela à do Ca2 . 
O fosfato é absorvido no intestino, filtrado e 
reabsorvido nos rins e distribuído entre o osso, 
o LEC e os compartimentos intracelulares. 
• A vitamina D3 facilita a absorção intestinal de 
fosfato. A excreção renal é afetada tanto pelo 
PTH (que promove a excreção de fosfato) como 
pela vitamina D3 (que promove a reabsorção de 
fosfato). 
 
 
 REFERENCIA: 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª 
Edição, Artmed, 2017.

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