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Dilema ético: Paciente X., gênero masculino, X anos, viúvo, possui 1 filha, reside em X/XX. Procurou um hospital, acompanhado pela filha, com a queixa de que estava se sentindo fraco, com fadiga, estava vomitando sangue e nas últimas semanas estava perdendo muito peso sendo que continuava com a mesma rotina. Foram realizados exames que detectaram câncer no estômago, em estágio avançado, sem chances de recuperação. O médico responsável explica a situação à filha, informando que a quimioterapia poderia auxiliar, mas apenas por poucos meses. A filha pede para que o médico e nem ninguém de sua equipe multidisciplinar informe o paciente (pai) sobre o diagnóstico. O médico entrou em contato com a psicóloga e esclareceu o caso. Na conversa da psicóloga com a filha, a filha explicou que conhece muito bem o pai e sabe que “ele ficaria muito abatido e isso tiraria mais meses de vida” e a filha sendo bem religiosa, acredita que o tratamento não o curaria, e a crença de estar doente atrapalharia o processo. Prática ética em Psicologia: Conforme o Código de Ética Profissional do Psicólogo, para o dilema ético citado acima, o psicólogo: - “baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos [...] contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação”; - “Atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural [...] zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade [...] prestará serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas [...] contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica e aos serviços da profissão”; - “Considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código [...] e fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional”; Sendo vedado ao psicólogo, de acordo com o artigo 2 do Código de Ética Profissional do Psicólogo: - “Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão”; - “Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais”; - “Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional [...] Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticadas por psicólogos na prestação de serviços profissionais”; - “Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação”. Sendo assim a psicóloga deverá seguir à risca os tópicos apontados para atuar de forma ética no caso exposto acima.
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