Buscar

Código de Ética do Psicólogo - Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O QUE É ÉTICA E O QUE É MORAL ?
A ética se confunde muitas vezes com a moral, todavia, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser humano. Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros
O QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA?
Código de ética é um acordo que estabelece os direitos e deveres de uma empresa, instituição, categoria profissional, ONG e etc, a partir da sua missão, cultura e posicionamento social, e que deve ser seguido pelos funcionários no exercício de suas funções profissionais.
Este é um documento que dita e regula as normas que gerem o funcionamento de determinada empresa ou organização, e o comportamento dos seus funcionários e membros.
O SURGIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICÓLOGO E SEUS FINDAMENTOS
O Conselho Federal de Psicologia é o órgão responsável por orientar e fiscalizar as atividades exercidas pelo psicólogo. Além de zelar pela ética e contribuir para o desenvolvimento da profissão. O Código de Ética do psicólogo está em vigor desde 2005 e é o terceiro da profissão. Hoje, ele atende às novas necessidades da Psicologia, respeitando legislação e o momento do país. Confira abaixo alguns pontos fundamentais da Psicologia:
• O psicólogo deve respeitar os valores contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos (liberdade, dignidade e integridade). Assim como zelar pela integridade da psicologia, usando-a apenas para promover o bem; (princípio fundamental I)
• A psicologia tem que lutar contra a discriminação, violência e crueldade, zelando pela saúde e qualidade de vida; (princípio fundamental II)
• Aprimorar os estudos é uma obrigação do psicólogo, para que possa atuar na profissão com responsabilidade e contribuir para o desenvolvimento da psicologia como ciência; (princípio fundamental IV)
• É proibida a emissão de documentos sem fundamentação técnica e científica; (Art. 2° item – g)
• Não é considerado ético da parte do psicólogo avaliar ou atender pessoas com as quais tenha relações pessoais ou familiares, para que a qualidade de seu trabalho não seja prejudicada; (Art. 2° item g e n)
• Crianças e adolescentes só poderão ser atendidas mediante autorização de um responsável legal ou das autoridades competentes; (Art. 13 parágrafo único)
• O sigilo é inerente à profissão do psicólogo, pois é guardando-o que ele protege a integridade e a confidencialidade daqueles para os quais presta seus serviços; (Art. 9° parágrafo único)
• A participação de psicólogos em veículos de comunicação de massa deve ter a função de esclarecer para a população o papel da profissão e divulgar suas bases científicas; (Art. 19 parágrafo único)
• A punição em caso de desrespeito ao código de ética pode ser desde advertências e multas até a cassação do exercício profissional. (Art. 21)
UM POUCO MAIS A RESPEITO DO CÓDIGO
Art.1° Item d) - Devem promover ações de apoio e proteção às famílias e indivíduos atingidos por situações de emergência ou estado de calamidade pública, que se encontrem desabrigados ou desalojados (Portaria nº 90, de 3 de setembro de 2013). Cabe à(ao) psicóloga (o) garantir que os componentes de atenção psicossocial e saúde mental desse grupo atingido.
Art. 2º – Ao psicólogo é vetado: Item j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado; – Código de Ética Profissional do Psicólogo.
É permitido que o profissional mantenha uma relação de amizade com seus ex-pacientes?
Podemos tomar como base para discussão a recomendação feita pelo nosso Código de Ética, que não cita um caso como este claramente, mas é possível avaliarmos se esta relação que o psicólogo estabelece com pessoas que já foram atendidas por ele irá interferir de alguma forma no trabalho que foi realizado enquanto psicoterapeuta-paciente.
O mesmo vale o atendimento a duas ou mais pessoas da mesma família. O psicólogo deve sempre prezar pela qualidade de seu atendimento e, acima de tudo, por preservar o paciente e agir de forma ética.
Depende muito da situação, se for uma situação de atendimento familiar, geralmente com atendimentos em conjunto e possivelmente algumas sessões individuais com cada membro, é possível atender mais de uma pessoa de uma mesma família. Agora em uma situação de atendimento individual de duas pessoas da mesma família separadamente, é uma situação mais complicada, o código de ética da psicologia não proíbe esse tipo de situação, mas ele adverte que isso pode interferir no processo terapêutico dos envolvidos e o profissional deve estar atento para isso, interrompendo o processo se necessário, logo não é recomendado atender duas pessoas da mesma família separadamente.
O Código de Ética do Psicólogo aborda a questão do sigilo no seu artigo 9º - "É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional."
De acordo com o artigo 6º, do Código de Ética Profissional dos Psicólogos - "compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade de quem as recebeu de preservar o sigilo."
Na relação que se estabelece entre o terapeuta e o paciente, o sigilo é essencial, justamente por possibilitar que o paciente converse sobre sua intimidade na certeza de ser respeitado e protegido quanto à confidencialidade.
O psicólogo compreende que, para o paciente se sentir confortável ao revelar algo privado, ele precisa dar garantia de um lugar seguro para falar sobre o que quiser, sem medo de que a conversa saia daquele contexto. A este profissional, cabe a responsabilidade de transmitir essa segurança.
Porém, se houver a necessidade de transmitir informações a respeito do atendimento para outros profissionais, em relatórios ou audiências judiciais para cônjuges e até mesmo para os pais, o psicólogo ajudará oferecendo apenas as informações necessárias para a tomada de decisão que afete o paciente.
Em casos específicos, o psicólogo pode optar pela quebra de sigilo e compartilhar informações sem a concordância:
• Quando há suspeita de risco à vida do paciente ou de terceiros.
• Quando há violência doméstica em curso, negligência ou abuso de incapazes.
• Quando o psicólogo recebe uma ordem judicial, por exemplo, se a saúde mental do paciente for questionada nos processos judiciais. (Art. 11)
O Código de Ética Profissional dos Psicólogos explicita como caracterização de falta ética o envolvimento material na relação entre o profissional e aqueles a quem este presta seu serviço, para além dos honorários combinados no contrato estabelecido. Também entendemos que não deve o psicólogo interferir diretamente nas manobras financeiras ou investimentos dos atendidos, sobretudo quando movido pelo interesse de adquirir benefícios pessoais a partir dos mesmos.
Artigo 2º, item h): É vedado ao psicólogo: "pleitear comissões, doações ou vantagens outras de qualquer espécie, além dos honorários estabelecidos"
Pense em quantos profissionais enrolam os pacientes, os tornam dependentes deles para que não percam o dinheiro que as sessões proporcionam. (Art. 2° item n)
Outro fator é que a Psicologia é uma ciência, mas quantos psicólogos vocês já viram misturando psicologia com religião, com métodos não convencionais e até proibido pelo código de ética do profissional. (Art. 2° Item b)O item "e" do Artigo 2º do Código de Ética, que dispõe sobre Responsabilidades Gerais do psicólogo, prevê que a ele é vedado *"induzir a convicções políticas, filosóficas, morais ou religiosas, quando do exercício de suas funções profissionais"*
Já o item "c" do Artigo 1º determina que o profissional preste “serviços psicológicos em condições de trabalho eficientes, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional".
Ou seja, a Psicologia não pode se misturar a práticas que envolvam fé ou misticismo, uma vez que ela se propõe, através da atuação de seus profissionais, uma relação diferente da proposta por esses campos. São práticas próprias do homem desde a Antiguidade, em que o conhecimento sobre o sujeito era de domínio religioso e os problemas patológicos (que nem levavam essa denominação, mas eram considerados de possessão ou sobrenaturais) das pessoas eram levados a curandeiros, xamãs, bruxos, astrólogos ou sacerdotes de diferentes crenças.
Para se ter uma dimensão do problema, cerca de 25% dos processos no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo são relativos a denúncias contra psicólogos que inserem práticas místicas ou não reconhecidas pela profissão em suas sessões psicoterápicas, comprometendo o trabalho psicológico e a imagem da profissão no Brasil.
“Muitos psicólogos utilizam técnicas alternativas que acham que vai auxiliar na satisfação dessa demanda. Porém, muitos saberes - apesar de serem respeitosos - não são da Psicologia ". (BRONIA LIEBESNY - professora da PUC-SP)
Se isto ainda não te convence, pense nas besteiras que você ouve na televisão afirmando a violência de determinadas doenças, o que é uma irrealidade. O mais recente que vi foi no Faustão. Autistas e portadores de Síndrome de Asperger são mais violentos que os considerados “normais”? Pois tenho mais medo dos “normais”.
Tenho que falar ainda do comportamento de certos Psicólogos frente às doenças mentais. Esse é o profissional que devia ter menos preconceito, porém o que mais se vê é o preconceito constante e até risada a respeito das patologias mentais. Já ouvi casos absurdos de gente, que trabalha em manicômio, rindo de portador de transtorno mental que se masturba na rua, e ao invés de ajudar, porque ele pode ser agredido por algum marido ou namorado ciumento, ri de sua situação.
 Devo admitir que isso é falta de preparação na faculdade e até falta de moral dos profissionais. (II Princípio fundamental)
INTERVENÇÕES DO CONSELHO
Comissões de Ética dos Conselhos Regionais e pela Câmara de Ética do Conselho Federal, no sentido de sanar ou minimizar os procedimentos considerados antiéticos. Por se tratarem de denúncias as mais variadas, envolvendo desde atuação profissional sem o devido registro profissional, até questões relativas a quebra de sigilo, abusos físicos, uso inadequado de testes, demissão injusta, fornecimento de receitas por psicólogos etc.
O desenrolar de um processo dar-se ao ouvir o denunciado, o denunciante e eventuais testemunhas, podendo dessa forma analisar o ocorrido sob as diferentes perspectivas.
Como é possível que aconteça isso durante e a partir de um processo de psicoterapia ou de qualquer outro tipo de prestação de serviço profissional do psicólogo?
PENALIDADES
O artigo 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo enumera as penalidades aplicáveis decorrentes do Processo:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
REFERÊNCIAS
CONSELHO Federal de Psicologia (CFP). (2007). Orientação e Ética "processos éticos”. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/servicos/orientacao-e-etica/processos-eticos/> Acesso em 17 Abril 2020.
CONSELHO Federal de Psicologia (CFP). 27 Ago 2007. Código de Ética profissional do Psicólogo. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia. Disponível em: <http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_new.aspx>. Acesso em 17 Abril 2020.
DREWS, Cláudio. Ética x Moral. Psicologiaarg. 8 Mar 2008. Disponível em: <http://psicologiarg.blogspot.com/2008/03/tica-x-moral.html?m=1>. Acesso em: 17 Abril 2020.
MACEDO, André. Ética e antiética. Psicoquê? Ajudando a construir a Psicologia. 28 Dez 2013. Disponível em: < http://psicologia-ro.blogspot.com/2013/12/etica-e-anti-etica.html?m=1>. Acesso em: 17 Abril 2020.
OLIVEIRA, Adriele. A importância da ética na psicologia. Educa+brasil. 04 Dez 2018. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/psicologia/noticias/a-importancia-da-etica-na-psicologia. Acesso em: 17 Abril 2020.

Outros materiais