Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APG 20 – A viagem do êmbolo Faculdade de Medicina de Itajubá – 2021 Letícia Lima Abertura: 12/04/2021 Fechamento: 15/04/2021 · Termos desconhecidos: Não há · Formulação do problema: · Qual a relação do câncer com o êmbolo? · Qual a relação da nimesulida com a embolia · Brainstorming: · Alguns fármacos podem surtir efeitos indesejados, favorecer a formação de tromboelismo · Conclusão: É possível que tenha ocorrido uma embolia pulmonar pois identificou-se uma diminuição na saturação de O2 · Objetivos: 1. Estudar a fisiopatologia da embolia pulmonar e como é feito seu diagnóstico Embolia pulmonar · Substância transmitida pelo sangue se aloja em um ramo da artéria pulmonar e obstrui o fluxo sanguíneo · Sólidos – trombo, neoplasia, fragmentos da medula óssea (fratura) · Líquidos – gordura, líquido amniótico (que tenha entrado na circulação materna após a ruptura das membranas no momento do parto) · Gasosos – ar (acidentalmente injetado durante infusão, mergulho) Etiologia e patogênese · A maioria das embolias pulmonares resultam de trombos que surgem a partir de trombose venosa profunda (TVP) nos membros inferiores ou superiores · Os efeitos na circulação pulmonar estão relacionados com a obstrução mecânica da circulação pulmonar e os reflexos neuro-humorais que causam vasoconstrição. A obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar provoca: · Broncoconstrição (contração do músculo liso presente na parede brônquica levando a redução da passagem de ar pelas vias aéreas) reflexa na área afetada · Perda de ventilação · Comprometimento das trocas gasosas · Perda de surfactante alveolar (líquido que reduz a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração) · Podem se desenvolver hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca direita quando sucede vasoconstrição maciça por causa de um grande êmbolo · Dentre os fatores fisiológicos que contribuem para o desenvolvimento de TV, destaca-se a Tríade de Virchow · Estase venosa – proteínas plasmáticas ficam mais aglomeradas podendo se agregar · Lesão endotelial – ativa agregação plaquetária e coagulação · Hipercoagulabilidade – aumento da formação de trombos · Deficiência de proteínas plasmáticas que inibem formação de trombos – antitrombrina · Uso de contraceptivos e reposição hormonal aumentam coagulação · Câncer – células tumorais produzem substâncias que promovem coagulação · Interações imunológicas com células cancerosas liberam citocinas capazes de provocar dano endotelial Manifestações clínicas · Depende do tamanho e da localização da obstrução · Dor torácica, dispneia e aumento da frequência respiratória são os sinais e sintomas mais frequentes · Infarto pulmonar muitas vezes causa dor pleurítica que muda com a respiração – mais grave na inspiração e branda na expiração · Hipoxemia como resultado do comprometimento das trocas gasosas · Existência repetida de pequenos êmbolos reduz gradualmente o tamanho do leito capilar pulmonar resultando em hipertensão pulmonar · Pessoas com embolia moderada frequentemente apresentam dificuldade respiratória acompanhada de dor pleurítica, apreensão, febre baixa e tosse produtiva com expectoração de sangue · Taquicardia para compensar diminuição da oxigenação e o padrão de respiração é rápido e superficial · Embolia maciça: apresentam colapso repentino, dor subesternal no tórax, choque e, as vezes, a perda de consciência · O pulso é rápido e fraco, a P.A é baixa, as veias do pescoço se mostram distendias e a pele cianótica e diaforética · Frequentemente é fatal Diagnóstico · Deve-se basear em sinais e sintomas clínicos, determinações de gasometria sanguínea, estudos de trombose venosa, teste da troponina, dímero D, radiografias de pulmão e TC helicoidais do tórax · Exames laboratoriais e radiológicos são úteis na exclusão de outras condições · O ECG pode ser usado para detectar sinais de sobrecarga do VD, uma vez que os êmbolos podem aumentar a resistência vascular pulmonar · Como a maioria dos êmbolos se origina de uma TVP, estudos venosos são utilizados como diagnósticos iniciais · Ultrassonografia com compressão do membro inferior · Pletismografia de impedância · Venografia com contraste · Teste com dímero D – medição da concentração plasmática de Dímero – D, produto da degradação da fibrina · Níveis de troponina – mais altos devido ao estiramento do VD por um grande infarto pulmonar · Câmara gama de cintilação – digitaliza os vários segmentos do pulmão para verificar o fluxo sanguíneo e a distribuição do gás radiomarcado · Angiotomografia computadorizada helicoidal – administração de um agente de contraste radiológico por via intravenosa; é sensível para a detecção de êmbolos nas artérias pulmonares proximais · Angiografia pulmonar – maior precisão, porém muito invasivo; passagem de um cateter venoso através do coração direito e na artéria pulmonar sob fluoroscopia Tratamento · Prevenção de TVP e do desenvolvimento de tromboelismo · Terapia trombolítica com ativador de plasminogênio tecidual para pessoas com êmbolos múltiplos ou grandes · Utilização de fármacos anticoagulantes – heparina e varfarina
Compartilhar