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Artrite Reumatóide → Doença Inflamatória Sistêmica, Crônica de etiologia desconhecida caracterizada pelo acometimento de articulações sinoviais → Membrana Sinovial ou sinóvia: reveste toda a cavidade articular, com exceção da parte recoberta por cartilagem → Destruição óssea e articular → Artrite inflamatória crônica mais comum → Afeta as atividades de vida diária → Prevalência: 0,5 -1% → 3 mulheres para cada homem → 30-50 anos → Doença Autoimune: resposta exacerbada e disfuncional, contra antígenos próprios Normalmente o organismo tem uma tolerância à antígenos próprios, identificando-os e não atacando, mas, nas doenças ocorre uma falha → Imunidade celular: tolerância central (linf T no timo) e tolerância humoral (linf B na medula óssea) – linfócito imaturo vai ser exposto no timo à autoantígenos → reage à esse autoantíngeno → apoptose, mudança nos receptores (autorreativos para não- autorreativos) ou vai virar um linfócito regulatório (supressão) → Alguns linfócitos autorreativos caem na corrente sanguínea e vão para a periferia (tolerância periférica) → Sofrem anergia, apoptose ou suprimidos pelos linfócitos regulatórios (impede a ativação) Anergia: falta de resposta funcional Supressão: bloqueio na ativação do linfócito T autorreativo Deleção: apoptose → Com o passar da idade, pode ser exposto à autoantígenos que não estavam no começo do desenvolvimento → Quando os linfócitos B (que geram autoanticorpos) tem uma alta avidez à autoantígenos, sofre deleção, anergia ou mudança de receptores → Mimetismo molecular: microrganismos parecem muito estruturas do nosso corpo (autoantígenos) → corpo reage gerando anticorpos → também agem contra a estrutura que parece muito o microrganismo Como surge a doença autoimune? → Individuo geneticamente predisposto a não ter autotolerância → falha nos mecanismos de autotolerância → linfócitos autorreativos caem na sanguínea inativos → ativados por estímulos ambientais Um estimulo muito estudado são as infecções (COVID) → Estímulo ambiental apresentado para as APCs → célula dendrítica fagocita o microrganismo → segundo sinal de ativação do linfócito T autorreativo → agora vai estar funcionante → lesão tecidual → cascata inflamatória → libera mais antígenos próprios e ativa mais autoimunidade → com o passar dos anos leva a uma doença clínica → Na artrite reumatoide há a influência do tabagismo, exposição a sílica, infecções → produção de autoanticorpos como a CPA→ resposta imune e a inflamação → Toda ativação de linfócitos T que ativarão linfócitos B vão liberar citocinas pró inflamatórias → TNF, IL-1 e IL-6 → aumento dos sinoviócitos, angiogênese, protease → atividade de osteoclasto → destruição tanto da cartilagem quanto do osso → deformidades da doença → Resposta inflamatória → chama células para o tecido → membrana sinovial da articulação hiperplasiada e hipertrofiada: pannus (característica da artrite reumatoide) → Poliartrite de pequenas articulações MCF: 90-95% IFP: 75-90% Normalmente ela poupa IFD Dor, edema, calor, rubor → Aumento de volume das interfalangeanas proximais (comum da artrite reumatoide) → Paciente pode ter uma sinovite crônica em metacarpofalangeanas, deformidades e desvio ulnar → Dor do tipo inflamatória: rigidez matinal (>1h) → “Pannus” → Início insidioso → início abrupto → Acometimento simétrico (não necessariamente espelho) → Tenossinovites → Nódulos reumatoides → Compressões nervosas (mãos/pés) → Deformidades – abotoadura (subluxação dorsal das metacarpofalangeanas), dedo em garra, dedo em martelo → Dedo em pescoço de cisne: acontece uma hiperextensão das interfalangeanas proximais, o paciente fica rígido, não consegue mobilizar essa articulação → Deformidades em pés: desabamento do arco medial que gera muita dor, subluxação dorsal, hálux valgo (joanete) → perda da qualidade de vida → O que pode acontecer de mais grave pensando em articulação é uma tenossinovite do ligamento de C1 e C2 → subluxação atlantoaxial → sintomas de mielopatia cervical → disfagia, tetraparesia e paralisia → Nódulos reumatoides: podem acontecer tanto em áreas de extensão como no pulmão → indicam uma gravidade da doença (mais comum em pacientes com artrite reumatoide soropositivo – autoanticorpos positivos) Manifestações Extra Articulares → Fadiga, queda de cabelo, febre → Hematopoiéticas: Anemia de doença crônica, trombocitose, adenomegalias → Plaquetopenia ou plaquetose → Síndrome Felty: AR + esplenomegalia e leucopenia → Pulmonares: derrame pleural, doença intersticial → Pericardite, miocardite, aceleração da aterosclerose, lesões valvulares → Oculares: Ceratocojuntivite seca (10% - Sjögren), Episclerite, esclerite → Neurológicas: neuropatia periférica, subluxação atlanto-axial → Vasculites → Diagnóstico Diferencial: Osteoartrite → Levar em consideração o quadro clínico e sorologia: Avaliar a duração dos sintomas: mais de 6 semanas – critério cronológico para diferenciar com doenças agudas Presença de provas de atividades inflamatórias elevadas Sorologia (presença dos autoanticorpos) – gravidade maior Articulações acometidas → 6 pontos: alta probabilidade de AR Laboratório → VHS e PCR (provas de atividade inflamatória) → Mulher: Idade+10/2 Homem: Idade/2 → Fator reumatoide (anticorpo contra a porção FC de uma IgG – sensibilidade de 66% e especificidade de 82%) anticorpo anti-CCP (anticorpo mais especifico na artrite reumatoide) → Cálcio, vitamina D: reposição → Função hepática: medicamentos → Função Renal: nl → TSH: autoimunidade → Parcial de Urina: nl → HMG: anemia de doença crônica, plaquetose Exames de Imagem → Raio x (pacientes com a doença em curto período não tem muita alteração, vai ter mais em pacientes com 1 a 2 anos de clínica) → Em doença precoce o ideal é o US ou a ressonância magnética. → Ultrassom – diagnóstico e acompanhamento (inflamação) → Ressonância magnética: inflamação → Informação → Atividade Física → Inicio Precoce → Objetivo: remissão clínica e laboratorial Menor atividade de doença possível → Corticosteroides (Inicial → Ponte) → Drogas modificadoras de doenças (DMARD’s) → Metotrexato, Leflunomida, Hidroxicloroquina → Biológicos (anti-tnf, inibidor de proteina de fusão, inibidor de interleucina, inibidor de células B, inibidor de JAK) → Prednisona via oral na menor dose pelo menor período possível (efeitos colaterais) → Se o paciente tem poucas articulações acometidas, pode fazer também a infiltração interarticular. → Metotrexato: ação após três meses, se em o paciente não tolerar (náuseas, vômitos, aumento de transaminases), troca para outro como a sulfassalazina; se o paciente não tiver melhora, tiver uma resposta parcial, pode associar outra medicação, com leflunomida, ou associações triplas com metotrexato, sulfa e hidroxicloroquina. → Após três a seis meses se o paciente falhar novamente, troca por uma medicação imunobiológica (anti-TNF, rituximab) → Consultas a cada 3- 6 meses → VHS e PCR → Avaliação da atividade da doença DAS 28, CDAI, SDAI → Infecção → Vacinação → Atividade física - risco cardiovascular aumentado DAS28 • Edema • Dor • VHS/PCR • Escala Visual - EVA (paciente) → escala de dor na escala analógica de 0 a 10 → Deformidade articular - incapacidade → Osteoporose (calcio e vitamina D): Plano de 3m de ctc → Fraturas → Doenças Cardiovasculares → Infecções
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