@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CASOS CLÍNICOS - Diagnóstico e tratamento cirúrgico das retenções dentárias, infecções odontogênicas e alterações do rebordo ósseoTÓPICO: Infecções odontogênicasCaso 1. Silvia, de 21 anos, que procurou ajuda na urgência da faculdade, pois acordou com muita dor, inchaço no rosto do lado esquerdo e dificuldade para abrir a boca. A radiografia panorâmica mostrou que os dentes 38 e 48 estão semi-inclusos, contudo, foi o dente 38 que apresentou complicações. Ela foi medicada e orientada a retornar para dar continuidade ao tratamento. O que pode ter acontecido? Qual é a conduta clínica? Pode haver complicações mais sérias se ela não for tratadaResolução: Com base na radiografia panorâmica e nos sinais e sintomas apresentados por Silvia, que incluíam dor, inchaço e dificuldade de abrir a boca, você deve ter concluído que o quadro associado ao dente 38 é de uma pericoronarite, que é uma infecção odontogênica comum, geralmente causada pela dificuldade de higienizar o opérculo que recobre um dente semi-incluso. A infecção geralmente se dissemina pelo ligamento periodontal, uma vez que este está em comunicação com a cavidade bucal. Em um primeiro momento, a escolha foi por medicá-la e orientála, pois ela apresentava trismo, que dificulta a alimentação da paciente e, muitas vezes, impede de se realizar o procedimento cirúrgico. A orientação dada é quanto à limpeza mecânica do local e irrigação da região com soro ou água oxigenada 10 vol. e a antibioticoterapia e prescrição de analgésicos para remissão do quadro agudo. A exodontia do dente associado ao processo infeccioso é o tratamento cirúrgico de escolha e deve ser realizada assim que possível, já que, dessa forma, a causa da infecção será eliminada. Caso os dentes semi-inclusos não sejam removidos, poderá haver recorrência da pericoronarite, e a infecção odontogênica, senão controlada, pode se disseminar, afetando os espaços fasciais e causando infecções mais graves.Caso 2.Paciente do sexo masculino, 32 anos, foi levado à emergência hospitalar apresentando grande edema na região submentoniana, sublingual e submandibular bilateralmente. Apresenta-se prostrado, com febre e elevação da língua, que está impedindo a deglutição e dificultando a respiração. Qual é o diagnóstico? Qual é a conduta clínica?Resolução: O paciente está apresentando um quadro de angina de Ludwig, que é uma infecção complexa de evolução rápida. É importante ter um diagnóstico preciso e rápido para evitar a obstrução das vias áreas e que a infecção de origem odontogênica atinja espaços fasciais secundários, podendo evoluir para uma mediastinite, caso que pode levar o paciente a óbito. É necessária a incisão e drenagem dos espaços fasciais submandibular, sublingual e submentual, e a extração do foco infeccioso deve ser realizada o quanto antes. Na angina de Ludwig, durante a drenagem, nem sempre há saída de coleção purulenta ou, se há, pode ser pequena. A antibioticoterapia deve ser inicialmente empírica, com o uso de penicilina G cristalina por via intravenosa. A cultura e o antibiograma são essenciais para guiar a terapia. O paciente deve ser monitorado e, se necessário, exames complementares, como tomografia, podem ser realizados.
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