@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CASOS CLÍNICOS - Diagnóstico e tratamento cirúrgico das retenções dentárias, infecções odontogênicas e alterações do rebordo ósseoTÓPICO: Cirurgia pré-protética maxilomandibularCaso 1. Silvia, a paciente jovem, de 21 anos, que buscou ajuda na faculdade por estar com muita dor. Ao realizar seu exame clínico inicial e analisar a radiografia panorâmica, você notou que ela havia perdido alguns dentes superiores e inferiores, entretanto, fazia uso de uma prótese parcial removível provisória somente no arco superior. Avaliando os tecidos para colocação das novas próteses, nota-se crescimento de tecido na região de fundo de sulco dos pré-molares superiores do lado esquerdo, causado pela prótese mal adaptada, e que o túber desse mesmo lado é muito volumoso. O que deve ser feito para a melhora da confecção e estabilidade da nova prótese? No planejamento inicial, optou-se por uma prótese parcial removível com grampo na arcada inferior, entretanto, a paciente possui tórus mandibular bilateral. Essas estruturas podem interferir na confecção da prótese? É necessário remover?Resolução: Ela apresenta ausências múltiplas de elementos dentais e necessita passar por uma reabilitação protética. Porém, na arcada superior, notou-se crescimento tecidual na região de fundo de sulco dos pré-molares superiores do lado esquerdo, causado pela prótese mal adaptada, além de volume excessivo na área do túber desse mesmo lado. O aumento tecidual condiz com um quadro de hiperplasia fibrosa inflamatória em forma de pregas, geralmente associada a uma prótese mal adaptada. A área pode se apresentar ulcerada e avermelhada devido ao trauma mecânico. Analisando o caso, você vai determinar se a lesãoé inicial, pequena, sem muita fibrose, indicando apenas o ajuste e o uso da prótese com um condicionador de tecidos, ou se a hiperplasia é de longa duração e altamente fibrótica, sendo necessária a excisão cirúrgica, acompanhada de exame histopatológico. Com relação ao túber, é necessário avaliar se o tamanho está interferindo na estabilidade da prótese ou se dificultará sua confecção. Se optar pela redução cirúrgica, cabe ainda avaliar se será necessária apenas a plastia da mucosa ou se haverá osteoplastia combinada. Na arcada inferior, na qual optou-se por confeccionar uma prótese parcial removível com grampo, a presença do toro mandibular bilateral pode sim interferir na confecção da prótese, porém, depende de sua forma e tamanho. Em alguns casos, por exemplo, quando o toro for pequeno, é possível que a prótese não o atinja, ou que esta seja planejada desviando dele. Em outros casos, o procedimento cirúrgico de remoção do torus é necessário, por exemplo,toro volumoso, com mucosa de recobrimento delgada, ou que dificulta a moldagem, confecção, instalação ou estabilidade da prótese.Caso 2. Paciente do sexo masculino, 68 anos, faz uso de próteses total superior e parcial com grampo inferior. Será necessário confeccionar novas próteses. O arco superior está em boas condições, contudo, seus dentes anteriores inferiores estão condenados à extração. Os dentes posteriores inferiores foram perdidos há muito tempo. Na região anterior inferior, o freio labial poderá interferir na estabilidade da prótese. O que pode ser feito para beneficiar a estética e o psicológico do paciente? Quais procedimentos cirúrgicos podem ser indicados para favorecer a estabilidade da prótese inferior?Resolução: No arco inferior podemos realizar uma prótese total imediata, que traz benefícios como diminuição do sangramento, proteção da ferida cirúrgica, restabelecimento da dimensão vertical e estética. Buscamos realizar procedimentos cirúrgicos pré-protéticos quando é necessário melhorar as condições para a instalação e estabilidade de próteses. Nesse caso, após as exodontias, a manobra de Chompret pode ser realizada, complementada por uma alveoloplastia do rebordo, regularizando-o e evitando espículas ou bordas ósseas afiadas. Na região posterior, se necessário, podemos realizar o aprofundamento de sulco, para favorecer o assentamento e a estabilidade da prótese, e a frenectomia labial pode ser indicada também, caso o freio interfira, deslocando a prótese.
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