@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CASOS CLÍNICOS - Princípios do diagnóstico e tratamento imediato dos traumatismos alvéolo-dentário e trauma de faceTÓPICO: Traumatismo dentárioCaso 1. Pedro, um menino com apenas 9 anos de idade que estava correndo pelo pátio da escola, escorregou, caiu e acabou batendo a boca. Dois de seus dentes da frente, superiores, quebraram-se parcialmente, perdendo parte da coroa, sem expor a polpa. Em um deles houve sangramento gengival, mas não houve deslocamento, além de seu lábio inferior ter sofrido um pequeno corte. O que pode ter acontecido para ter sangramento gengival? O que deve ser feito para ajudar no diagnóstico? Qual é a melhor conduta? O que se deve fazer em seguida?Resolução: Após a queda, detectou-se que dois de seus dentes da frente superiores quebraram-se parcialmente, perdendo parte da coroa, sem expor a polpa. Em um deles houve sangramento gengival, mas não houve deslocamento, além de seu lábio inferior ter sofrido um pequeno corte. Inicialmente é necessário realizar uma radiografia periapical para verificar a existência de fraturas radiculares. A radiografia também mostrará o quão perto a fratura está em relação à polpa dental. O sangramento gengival indica uma subluxação dentária, representando o rompimento de algumas fibras do ligamento periodontal. Os dois dentes anteriores que sofreram apenas fratura coronária devem ser restaurados, após a proteção adequada do complexo dentino-pulpar. O alívio do contato oclusal do dente que sofreu a subluxação, desgastando o antagonista, deve ser realizado. Recomendações de dieta pastosa e líquida por sete dias e prescrição de anti-inflamatórios devem ser feitas. É importante realizar acompanhamento clínico e radiográfico dos dentes envolvidos, pois há a possibilidade de degeneração pulpar e necessidade de tratamento endodôntico. Realizar radiografias periódicas a cada três meses no primeiro ano é interessante e nos anos seguintes elas podem ser espaçadas. Alterações cromáticas dentais podem acontecer e devem servir de alerta para possíveis sequelas tardias, geradas pelo trauma. Com relação à laceração do lábio, é preciso avaliar a profundidade do corte, se há necessidade de suturá-lo e prescrever alguma pomada antibióticaCaso 2.Criança, do sexo masculino, com 5 anos de idade, sofreu queda e o dente 51 sofreu avulsão. A mãe levou-o para atendimento rapidamente. Qual é a conduta e o tratamento imediato? Qual é o prognóstico para o caso? E se fosse um dente permanente, qual seria a conduta?Resolução: O reimplante do dente 51 é contraindicado, pois é comum a reabsorção radicular externa, além disso, o paciente já está com 5 anos de idade, próximo ao início da troca dentária e erupção dos permanentes. Contudo, é importante investigar o acidente, levantando as seguintes questões: 1. Quando ocorreu o trauma? 2. Em que local? 3. Como a lesão aconteceu? 4. Algum tratamento já foi executado? Se sim, qual? 5. Dentes ou fragmentos dentais foram encontrados no local do acidente? 6. Como está o estado geral de saúde do paciente? 7. O paciente apresentou náusea, vômito, inconsciência, amnésia, cefaleia, confusão metal ou distúrbio visual após o acidente? 8. Há alterações na oclusão do paciente? Em seguida, deve-se realizar o exame clínico minuciosamente e exames radiográficos para avaliar os outros dentes, ossos e os dentes permanentes. Se necessário, medicar a criança e orientar a mãe sobre as vacinas de tétano e difteria, que devem estar em dia ou ser atualizadas. Se o dente fosse permanente, após os passos acima mencionados, o dente deveria ser reimplantado. Se esse procedimento for realizado em até duas horas após a avulsão, a chance de sucesso de tratamento será ótima. Contudo, é preciso lembrar que o sucesso do tratamento depende do tempo extra-alveolar do dente e da manutenção da vitalidade das células do ligamento periodontal. Após reimplante, deve-se realizar contenção semirrígida. O tempo de permanência desta e a necessidade de tratamento endodôntico é dependente do estágio de formação radicular. Sempre há necessidade de acompanhamento periódico. O tratamento endodôntico deve ser realizado quando houver degeneração pulpar, bem como em caso de reabsorção radicular externa ou interna.
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