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Aula 01
PM-MS (Soldado) Bizu Estratégico -
2022 (Pós-Edital)
Autor:
Aline Calado Fernandes, Elizabeth
Menezes de Pinho Alves,
Fernanda Harumi Amaral Jo,
Leonardo Mathias, Arthur Fontes
da Silva Jr
25 de Outubro de 2022
00481205101 - rodrigo J d Silva
 
 
 1 
 
BIZU ESTRATÉGICO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
(SOLDADO) – PM-MS 
 
Olá, concurseiro! Tudo certo? 
Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Administrativo para o 
concurso da PM-MS, cargo de Soldado. 
 O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de 
tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova. 
Vale lembrar que todos os bizus destinam-se àqueles que já estejam na fase final de revisão, 
ou seja, que já estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam 
revisar por algum material bem curto e objetivo. Este bizu foi elaborado com base no curso de Direito 
Administrativo do professor Herbert Almeida e Equipe Direito Administrativo. 
 
 
 Aline Calado Leonardo Mathias 
 @alinecalado.f @profleomathias 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
Aula 01
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 2 
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
No conteúdo de Direito Administrativo – PM-MS do nosso Bizu, abordaremos os pontos com maior 
incidência de cobrança em provas. A banca examinadora é a IDECAN e segue abaixo análise 
estatística dos conteúdos mais cobrados no âmbito da disciplina. Com base nessa análise, podemos 
verificar quais são os temas mais cobrados pela banca e, com isso, focar nos principais pontos para 
revisar e detonar na prova! 
 
Assunto % de cobrança 
Princípios expressos e implícitos da Administração Pública 
(constitucionais e infraconstitucionais). 
20,00% 
Agentes públicos (cargo público, emprego público, função 
pública). 
18,70% 
Poderes e deveres da Administração 14,00% 
Sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito, no exercício do mandato, cargo, emprego 
ou função na administração pública direta, indireta ou 
fundacional: Lei n. 8.429 de 2 de junho de 1992 e alterações. 
14,00% 
Serviços públicos. 11,70% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
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 3 
 
MAPA DO BIZU 
 
Segue abaixo tabela contendo a numeração dos Bizus referentes a cada tópico abordado e os 
respectivos cadernos de questões selecionadas no nosso SQ: 
Os cadernos de questões foram montados utilizando questões específicas de concursos realizados 
pela banca IDECAN nos últimos anos. 
Como jpa mencionado, neste material abordaremos apenas os temas mais importantes do edital, 
considerando tanto o percentual de incidência nas provas, quanto a extensão e complexidade do 
assunto. Veja como está estruturado o seu Bizu. 
 
Assunto Bizus 
Caderno de 
Questões 
Princípios expressos e implícitos da 
Administração Pública (constitucionais e 
infraconstitucionais). 
1 http://questo.es/txletc 
Poderes e deveres da Administração 2 http://questo.es/j46xzy 
Serviços públicos. 3 http://questo.es/rs11e9 
Agentes públicos (cargo público, emprego 
público, função pública). 
4 http://questo.es/8jtwao 
Sanções aplicáveis aos agentes públicos nos 
casos de enriquecimento ilícito, no exercício do 
mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública direta, indireta ou 
fundacional: Lei n. 8.429 de 2 de junho de 1992 e 
alterações. 
5 http://questo.es/e4krzj 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 4 
 
Apresentação 
Antes de começarmos, gostaria de me apresentar. Meu nome é Aline Calado, tenho 30 anos e 
sou natural de Pernambuco. Sou graduada em Ciências Contábeis pela UFPE e Pós-Graduanda em 
Contabilidade Pública e Auditoria. 
Atualmente, exerço o cargo de Auditora de Controle Externo (Agente da Fiscalização) no Tribunal 
de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). 
Serei a responsável pelo seu Bizu Estratégico de Direito Administrativo e, com ele, pretendo 
abordar os tópicos mais cobrados nessa disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio de uma 
linguagem bem clara! 
Espero que gostem! 
Um grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Princípios expressos e implícitos da Administração Pública 
(constitucionais e infraconstitucionais). 
 
Regime Jurídico Administrativo 
 
• Regime de direito público: normas que disciplinam a supremacia e a indisponibilidade do 
interesse público, colocando a Administração em posição de verticalidade perante os 
particulares. 
• Regime de direito privado: normas, em geral aplicáveis aos particulares, que colocam as partes 
em condições de igualdade (horizontalidade). 
• Regime jurídico administrativo: conjunto de normas formadas, por um lado, pelas prerrogativas 
(supremacia) e, de outro, pelas sujeições (restrições). Por isso que a sua base é formada pelos 
princípios da supremacia e da indisponibilidade do interesse público. 
• Regime jurídico da administração: envolve todo o regime jurídico aplicável à Administração, 
tratando tanto das regras de direito público como das regras de direito privado. 
 
Princípios da Administração Pública – Noções Gerais 
 
Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais gerais que 
orientam a elaboração das leis administrativas, direcionam a atuação da Administração Pública e 
condicionam a validade de todos os atos administrativos. 
Os princípios podem ser expressos, quando estão previstos taxativamente em uma norma jurídica 
de caráter geral; ou implícitos, quando não constam taxativamente em uma norma jurídica, 
decorrendo, portanto, de outros princípios, da jurisprudência ou da doutrina. 
 
 
Princípios Expressos 
 
Princípio da Legalidade 
 
A administração Pública somente poderá agir quando houver lei determinando ou autorizando a sua 
atuação. O princípio envolve qualquer tipo de norma, incluindo atos secundários como os decretos 
e instruções normativas. No entanto, os atos secundários não podem criar direitos e obrigações. 
• Princípio da autonomia da vontade: significa que os administrados (particulares) podem fazer 
tudo que não estiver proibido em lei. 
• Reserva legal: trata das matérias que a Constituição exige que obrigatoriamente sejam 
disciplinadas em lei em sentido estrito (lei formal). 
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• Restrições (exceções) excepcionais ao princípio da legalidade: medida provisória, estado de 
defesa e estado de sítio. 
 
Princípio da impessoalidade 
 
O princípio da impessoalidade, também apresentado expressamente na CF/88, apresenta cinco 
sentidos: 
• Princípio da finalidade: emsentido amplo, o princípio da finalidade é sinônimo de interesse 
público, uma vez que todo e qualquer ato da administração deve ser praticado visando à 
satisfação do interesse público. Por outro lado, em sentido estrito, o ato administrativo deve 
satisfazer a finalidade específica prevista em lei. 
• Validade do ato do agente de fato: os atos praticados pelos agentes públicos são imputados ao 
Estado, em virtude da impessoalidade. Como consequência, os atos praticados pelos agentes de 
fato são considerados válidos, especialmente em relação aos terceiros de boa-fé. 
• Princípio da igualdade ou isonomia: o princípio da impessoalidade se traduz na ideia de 
isonomia, pois a Administração deve atender a todos os administrados sem discriminações. Não 
se pode favorecer pessoas ou se utilizar de perseguições indevidas, consagrando assim o princípio 
da igualdade ou isonomia. 
• Vedação de promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Dessa forma, 
não poderá ocorrer a pessoalização ou promoção pessoal do agente público pelos atos realizados. 
 
Princípio da moralidade 
 
O princípio da moralidade em divide-se em três sentidos: 
• Dever de atuação ética (princípio da probidade): o agente público deve ter um comportamento 
ético, transparente e honesto perante o administrado. Assim, o agente público não pode sonegar, 
violar nem prestar informações incompletas com o objetivo de enganar os administrados. Não 
pode um agente se utilizar do conhecimento limitado que as pessoas têm sobre a administração 
para obter benefícios pessoais ou prejudicar indevidamente o administrado; 
• Concretização dos valores consagrados na lei: o agente público não deve limitar-se à aplicação 
da lei, mas buscar alcançar os valores por ela consagrados. Assim, quando a Constituição institui 
o concurso público para possibilitar a isonomia na busca por um cargo público, o agente público 
que preparar um concurso dentro desses ditames (proporcionar a isonomia) estará também 
cumprindo o princípio da moralidade; 
• Observância dos costumes administrativos: a validade da conduta administrativa se vincula à 
observância dos costumes administrativos, ou seja, às regras que surgem informalmente no 
quotidiano administrativo a partir de determinadas condutas da Administração. Assim, desde que 
não infrinja alguma lei, as práticas administrativas realizadas reiteradamente, devem vincular a 
Administração, uma vez que causam no administrado um aspecto de legalidade. 
 
Princípio da publicidade 
 
O princípio da publicidade, previsto taxativamente no artigo 37 da Constituição Federal, apresenta 
duplo sentido: 
• exigência de publicação em órgãos oficiais como requisito de eficácia: os atos administrativos 
gerais que produzirão efeitos externos ou os atos que impliquem ônus para o patrimônio público 
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devem ser publicados em órgãos oficiais, a exemplo do Diário Oficial da União ou dos estados, 
para terem eficácia (produção de efeitos jurídicos). 
• exigência de transparência da atuação administrativa: o princípio da transparência deriva do 
princípio da indisponibilidade do interesse público, constituindo um requisito indispensável para 
o efetivo controle da Administração Pública por parte dos administrados. 
 
Com efeito, a publicidade poderá se manifestar pelas seguintes formas: 
(i) direito de peticionar junto aos órgãos públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder (CF, art. 5º, XXXIV, ”a”); 
(ii) direito de obter certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal (CF, art. 5º, XXXIV, “b”); 
(iii) divulgação de ofício de informações, por intermédio de publicações na imprensa oficial, em 
jornais impressos ou pela internet. 
 
Princípio da eficiência 
 
O princípio da eficiência apresenta dois aspectos: 
• em relação ao modo de atuação do agente público: espera-se a melhor atuação possível, a fim 
de obter os melhores resultados. 
• quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública: exige-se que 
seja a mais racional possível, permitindo que se alcancem os melhores resultados na prestação 
dos serviços públicos. 
 
 
Princípios Implícitos ou Reconhecidos 
 
• Princípio da supremacia do interesse público - O princípio da supremacia do interesse público 
sobre o privado é um princípio implícito, que tem suas aplicações explicitamente previstas em 
norma jurídica. Trata-se, pois, das prerrogativas administrativas. Se fundamenta na própria 
razão de ser do Estado, na busca de sua finalidade de garantir o interesse coletivo. 
 
• Princípio da indisponibilidade do interesse público - Esse também é um princípio implícito. 
Representa o outro lado da moeda. Enquanto o princípio da supremacia representa as 
prerrogativas, o princípio da indisponibilidade do interesse público trata das sujeições 
administrativas. 
 
• Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade - Os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade exigem da administração pública a aplicação de limites e sanções dentro dos 
limites estritamente necessários para satisfazer o interesse público, sem aplicação de sanções ou 
restrições exageradas. Esses princípios não estão previstos de forma expressa na Constituição 
Federal, mas estão previstos na Lei 9.784/1999, que regula o processo administrativo na 
Administração Pública federal. 
o A razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente 
público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com 
o senso normal de pessoas equilibradas. 
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o A proporcionalidade, por outro lado, exige o equilíbrio entre os meios que a 
Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da 
sociedade, analisando cada caso concreto. 
 
 
 
 
 
 
• Princípio do controle ou da tutela - princípio do controle ou da tutela foi elaborado para 
assegurar que as entidades da Administração Indireta observem o princípio da especialidade10. 
Esse princípio é representado pelo controle da Administração Direta sobre as atividades das 
entidades administrativas, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades 
institucionais. 
 
• Princípio da autotutela - o princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possui 
o poder de controlar os seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando 
inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário 
para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente. 
 
 
• Princípio da motivação - O princípio da motivação é decorrência do Estado Democrático de 
Direito, determinando que os agentes públicos, ao decidirem, apresentem os fundamentos que 
os levaram a tal posicionamento. 
 
• Princípio da continuidade do serviço público 
 
Aline Calado Fernandes, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Arthur Fontes da Silva Jr
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• Princípio do contraditório e da ampla defesa - Determina que “aos litigantes, em processo 
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Em processo administrativo disciplinar, não é 
obrigatória a defesa técnica poradvogado. 
 
• Princípio da especialidade - O princípio reflete a ideia de descentralização administrativa, em que 
se criam entidades para o desempenho de finalidades específicas. 
 
• Princípio da segurança jurídica e proteção à confiança - Tem por objetivo assegurar a 
estabilidade das relações jurídicas já consolidadas, considerando a inevitável evolução do 
Direito, tanto em nível legislativo, jurisprudencial ou de interpretação administrativa das normas 
jurídicas. 
 
Outros princípios: Princípio da hierarquia; Princípio da precaução; Princípio da presunção de 
legitimidade ou de veracidade; Princípio da sindicabilidade; Princípio da responsividade; Princípio da 
subsidiariedade; Princípio intranscendência subjetiva das sanções. 
 
2. Poderes e deveres da Administração 
 
Deveres e Poderes Administrativos 
 
Introdução 
 
O regime jurídico administrativo é formado por um conjunto de prerrogativas e sujeições próprias 
que colocam a Administração Pública em posição de superioridade na relação com os administrados, 
ao mesmo tempo em que limitam a sua esfera de liberdade para defender os direitos individuais e 
preservar o patrimônio público. 
 
 
Poder-dever de agir 
 
Os poderes administrativos são outorgados aos agentes públicos para que eles possam atuar em prol 
do interesse público. São poderes-deveres, pois envolvem simultaneamente uma prerrogativa e uma 
obrigação de atuação. 
✓ os poderes administrativos são irrenunciáveis, devendo ser obrigatoriamente exercidos; 
✓ a omissão do agente, diante de situações que exigem sua atuação, caracteriza abuso de poder, 
podendo ensejar, inclusive, responsabilidade civil da administração pública pelos danos que 
porventura decorram da omissão ilegal. 
 
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Deveres administrativos - Dever de eficiência; dever de probidade; dever de prestar contas. 
 
 
 
Poderes Administrativos 
 
Os que mais frequentemente constam em questões de prova são os poderes: 
 
 
Poder vinculado e poder discricionário 
 
O poder vinculado ou regrado ocorre quando a lei, ao outorgar determinada competência ao agente 
público, não deixa nenhuma margem de liberdade para o seu exercício. Assim, quando se deparar 
com a situação prevista na lei, caberá ao agente decidir exatamente na forma prevista na lei. 
Diversamente, no poder discricionário, o agente público possui alguma margem de liberdade de 
atuação. No caso em concreto, o agente poderá fazer o seu juízo de conveniência e oportunidade e 
decidirá com base no mérito administrativo. Assim, haverá para a autoridade pública uma margem 
de liberdade dentro dos limites da lei e da razoabilidade e proporcionalidade. 
 
 
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Poder hierárquico 
 
 
Poder disciplinar 
 
 
Poder regulamentar ou normativo 
 
 
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==209b84==
 
 
 12 
 
 
 
 
 
Poder de polícia 
 
 
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Uso e Abuso de Poder 
 
O abuso de poder é gênero que comporta duas categorias: 
a) excesso de poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de competência; 
b) desvio de poder (desvio de finalidade): quando o agente atua dentro de sua esfera de 
competência, porém de forma contrária à finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou 
autorizou o ato. Nesse caso, será desvio de poder a tanto conduta contrária à finalidade geral 
(interesse público, finalidade mediata) quanto à finalidade específica (imediata). 
 
 
 
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3. Serviços públicos. 
 
Conceitos Iniciais sobre Serviços Públicos 
 
Noções Introdutórias 
 
A titularidade dos serviços públicos é conferida expressamente ao poder público. 
A Constituição apresenta dois tipos de serviços públicos: 
a) previstos no art. 175 – têm potencial de gerar lucro e podem ser prestados pelo Estado (direta) ou 
por meio de outorga ou delegação (indireta); 
b) serviços relacionados com a ordem social (em especial a educação e a saúde) – só são serviços 
públicos quando prestados pelo Estado. Eles são livres à iniciativa privada, mas, nesse último caso, 
são serviços privados. 
 
Conceito 
 
→ escola essencialista ou materialista - uma atividade será considerada serviço público em função 
de suas próprias características. Os essencialistas entendem que o conceito de serviço público se 
relaciona com o aspecto material da atividade. Ou seja, são serviços públicos aqueles que possuem 
uma importância crucial para a população. Assim, as atividades que buscam a satisfação das 
necessidades coletivas fundamentais devem ser consideradas serviços públicos. 
→ escola subjetivista - considera como serviço público a atividade prestada pelo Estado ou por suas 
entidades administrativas. Ela considera, portanto, o sujeito responsável pelo serviço. 
→ escola formalista. - Corrente adotada no Brasil. será serviço público a atividade que o 
ordenamento jurídico determine que seja prestada sob regime jurídico de direito público. Nesse 
caso, é a Constituição e a lei que definem o que será serviço público. 
 
Elementos constitutivos - elemento subjetivo; elemento formal; e elemento material. 
 
Princípios do serviço público 
 
• dever inescusável do Estado de promover-lhe a prestação: o Estado deve obrigatoriamente 
prestar os serviços públicos, seja direta ou indiretamente. Se não o fizer, dependendo do caso, o 
administrado poderá mover a ação judicial para compeli-lo a agir ou para responsabilizá-los por 
danos que a omissão possa ter gerado; 
• princípio da supremacia do interesse público: como pilar do regime jurídico-administrativo, deve 
prevalecer o interesse da coletividade sobre os interesses individuais. Jamais os interesses 
secundários do Estado ou de quem venha a prestar os serviços podem prevalecer sobre o 
interesse público; 
• princípio da adaptabilidade: a prestação de serviços públicos deve estar em constante 
atualização e modernização, respeitando, é claro, as possibilidades econômicas do Poder Público; 
• princípio da universalidade: o serviço deve ser aberto à generalidade do público, isto é, devem 
alcançar a maior amplitude possível de usuários; 
• princípio da impessoalidade: não pode existir nenhuma forma de discriminação entre os 
usuários; 
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 15 
 
• princípio da continuidade: representa a impossibilidade de interrupção dos serviços e o pleno 
direito dos usuários a que não seja suspenso nem interrompido. Contudo, vamos discutir, logo 
mais, que a Lei 8.987/1995 admite algumas formas de interrupçãoou paralisação, que, porém, 
não são consideradas como descontinuidade do serviço (art. 6º, §3º). Entre elas, podemos 
mencionar a interrupção por inadimplência do usuário; 
• princípio da transparência: deve-se liberar o máximo de informações possíveis sobre o serviço e 
sua prestação ao público em geral. Deste princípio decorre o seguinte: motivação; 
• princípio da motivação: o dever de motivar com largueza todas as decisões relacionadas com o 
serviço; 
• princípio da modicidade das tarifas: os serviços devem ser remunerados a preços módicos, 
devendo ser avaliado o poder econômico do usuário para evitar que as dificuldades financeiras 
deixem um universo de pessoas sem possibilidade de acesso aos serviços. Dessa forma, o Estado 
deve intervir para proporcionar tarifas acessíveis. O lucro da atividade deve decorrer da boa 
gestão e não da exploração indevida da população; 
• princípio do controle (interno e externo): a prestação dos serviços deve ser fiscalizada pelo 
Estado, seja diretamente pelos órgãos ou entidades encarregados das funções do poder 
concedente, ou por meio de órgãos de outros poderes (Ministério Público, Poder Judiciário, 
Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, etc.). 
 
Classificação dos serviços públicos 
 
→ Serviços coletivos (gerais) e singulares (individuais): essa é a mais pacífica das classificações e 
costuma ser adotada, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal. 
→ Serviços delegáveis e indelegáveis: os serviços indelegáveis são aqueles que só podem ser 
prestados pelo Estado ou pelas entidades administrativas de direito público, como o exercício do 
poder de polícia e os serviços judiciários; por outro lado, os serviços delegáveis são aqueles que 
podem ser prestados pelo Estado, pelas entidades administrativas ou por delegação de serviços 
públicos. A diferença, portanto, é que os serviços delegáveis são passíveis de delegação à iniciativa 
privada, como ocorre com os serviços de transporte público, fornecimento de energia elétrica e 
telefonia. 
→ Serviços próprios e impróprios: esse tipo de classificação pode ser analisado sob duas concepções. 
Na primeira delas, são próprios os serviços que representem comodidade material para a população, 
sendo disciplinados pelo regime de direito público quando prestados pelo Estado direta ou 
indiretamente, neste último caso por meio de concessão ou permissão de serviço público. 
 
Formas de prestação e meios de execução 
 
Considera-se como execução direta os serviços públicos prestados pela Administração Pública direta 
e indireta e como execução indireta a prestação por meio de delegação de serviço público. 
 
 
Concessão dos Serviços Públicos 
 
Podemos falar em três tipos de concessão: (a) concessão comum (ordinária); (b) concessão 
patrocinada; e (c) concessão administrativa. 
A primeira consta na Lei 8.987/1995, enquanto as duas últimas são novidades da Lei das PPPs. 
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Modalidades de delegação de serviços públicos 
 
CONCESSÃO de serviços públicos, precedida ou não de obra pública: 
• é celebrada por contrato administrativo; 
• é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; 
• exige licitação – na modalidade de concorrência ou o diálogo competitivo, exceto no caso em que 
é aplicável o leilão ou nos casos de inexigibilidade; 
• só se aplica a pessoas jurídicas e a consórcio de empresas; 
• exige lei autorizativa prévia, com exceção das hipóteses previstas no art. 2º da Lei 9.074/1995 
(saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas constituições e leis orgânicas). 
 
PERMISSÃO de serviços públicos: 
• é celebrada por contrato de adesão, de caráter precário, revogável5 a qualquer tempo pela 
Administração; 
• é necessariamente por tempo determinado, admitindo-se prorrogação; 
• sempre exige licitação, mas não necessariamente por concorrência ou diálogo competitivo; 
• pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas; 
• exige lei autorizativa prévia, exceto nas hipóteses previstas no art. 2º da Lei 9.074/1995 
(saneamento básico, limpeza urbana e hipóteses previstas nas constituições e leis orgânicas). 
 
AUTORIZAÇÃO de serviços públicos: 
• é formalizada por ato administrativo, unilateral e de caráter precário, revogável a qualquer 
momento pela Administração e sem direito à indenização; 
• pode ser feita por prazo indeterminado; 
• não exige licitação; 
• pode ser feita a pessoas físicas ou jurídicas; 
• não exige lei autorizativa prévia. 
 
Definição e modalidades de concessão 
 
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Licitação 
 
O art. 14 da Lei estabelece que 
Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto 
de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, 
moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao 
instrumento convocatório. 
 
Não existe exceção, sempre haverá necessidade de licitação para a permissão e concessão de 
serviço público. 
 
Os princípios básicos a serem aplicados à licitação de concessão são: legalidade, moralidade, 
publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento 
convocatório. 
 
A própria Lei das Concessões estabelece os critérios utilizados para julgar as propostas, são eles: 
1) o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; 
2) a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão; 
3) a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos itens 1, 2 e 7 (somente será admitida quando 
previamente prevista no edital, inclusive com regras e fórmulas precisas para a avaliação econômico-
financeira); 
4) melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; 
5) melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público 
a ser prestado com o de melhor técnica; 
6) melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão 
com o de melhor técnica; ou 
7) melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas. 
 
O art. 18 estabelece os elementos que deverão constar no edital de licitação: 
a. o objeto, metas e prazo da concessão; 
b. a descrição das condições necessárias à prestação adequada do serviço; 
c. os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato; 
d. prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e projetos 
necessários à elaboração dos orçamentos e apresentação das propostas; 
e. os critérios e a relação dos documentos exigidos para a aferição da capacidade técnica, da 
idoneidade financeira e da regularidade jurídica e fiscal; 
f. as possíveis fontes de receitas alternativas, complementares ou acessórias, bem como as 
provenientes de projetos associados; 
g. os direitos e obrigações do poder concedente e da concessionária em relação a alterações e 
expansões a serem realizadas no futuro, para garantir a continuidade da prestação do serviço; 
h. os critérios de reajuste e revisão da tarifa; 
i. os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento técnico e 
econômico-financeiro da proposta; 
j. a indicação dos bens reversíveis; 
k. as características dos bens reversíveis e as condições em que estes serão postos à disposição, nos 
casos em que houver sido extinta a concessão anterior; 
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l. a expressa indicação do responsável pelo ônus das desapropriações necessárias à execução do 
serviço ou da obra pública, ou para a instituição de servidão administrativa; 
m. as condições de liderança da empresa responsável, na hipótese em que for permitida a 
participação de empresas em consórcio; 
n. nos casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as cláusulas essenciais 
referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis; 
o. nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados 
relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena 
caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a 
cada caso e limitadas ao valor da obra; 
p. nos casos de permissão, os termos do contrato de adesão a ser firmado. 
 
Contrato de concessão 
 
Após a escolha do vencedor, a Administração deverá firmar um contrato administrativo com a 
empresa vencedora. Nos contratos administrativos a Administração se encontra em posição de 
verticalidade perante os particulares. 
 
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas: 
I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão; 
II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço; 
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço; 
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas; 
V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os 
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente 
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações; 
VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço; 
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução 
do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la; 
VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma de 
aplicação; 
IX - aos casos de extinção da concessão; 
X - aos bens reversíveis; 
XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária, 
quando for o caso; 
XII - às condições para prorrogação do contrato; 
XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder 
concedente; 
XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e 
XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais. 
 
Serviço público adequado 
 
Considera-se serviço adequado o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
 
 
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Direitos dos usuários 
 
De acordo com o art. 7º da Lei 8.987/1995. 
a) receber serviço adequado; 
b) receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses 
individuais ou coletivos; 
c) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando 
for o caso, observadas as normas do poder concedente. 
d) levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham 
conhecimento, referentes ao serviço prestado; 
e) comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação 
do serviço; 
f) contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são 
prestados os serviços. 
 
 
Encargos da concessionária 
 
Os encargos da concessionária estão previstos no art. 31 da Lei. 
Art. 31. Incumbe à concessionária: 
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no 
contrato; 
II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão; 
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos 
no contrato; 
IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão; 
V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos 
equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis; 
VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, 
conforme previsto no edital e no contrato; 
VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los 
adequadamente; e 
VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço. 
Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão regidas 
pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo qualquer 
relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente. 
 
Prerrogativas do poder concedente 
 
De acordo com o art. 2º, I, da Lei 8.987/1995, entende-se por poder concedente: “a União, o Estado, 
o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou 
não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão”. Trata-se, portanto, do ente 
político que recebe da Constituição a competência para prestar determinado serviço público. 
 
Art. 29. Incumbe ao poder concedente: 
I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação; 
II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; 
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III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei; 
IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato; 
V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes 
e do contrato; 
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da 
concessão; 
VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos 
usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas; 
VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, 
promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, 
caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; 
IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, 
os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante 
outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas 
indenizações cabíveis; 
X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e conservação; 
XI - incentivar a competitividade; e 
XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço. 
 
Extinção da concessão 
 
As hipóteses de extinção da concessão estão previstas no art. 35 da Lei, são elas: 
• advento do termo contratual; 
• encampação; 
• caducidade; 
• rescisão; 
• anulação; e 
• falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular,no caso 
de empresa individual. 
 
Política tarifária 
 
A remuneração do concessionário, bem como o seu direito a contraprestação pecuniária são 
baseados nos artigos 9º a 13º da Lei 8.987/1995. 
Contudo, essa remuneração pode ser analisada sobre três elementos: as tarifas, as fontes paralelas 
ou complementares de receita e o equilíbrio econômico-financeiro. 
 
Art. 9º [...] 
§ 2o Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio 
econômico-financeiro. 
§ 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos 
ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a 
revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. 
§ 4o Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-
financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração. 
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio 
econômico-financeiro. 
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4. Agentes públicos (cargo público, emprego público, função pública). 
 
Agentes Públicos 
 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades 
mencionadas no artigo anterior. 
 
Classificação ou espécies 
 
a) agentes políticos – Autoridades com atribuições e prerrogativas constitucionais; 
b) agentes administrativos, que se subdividem em: servidores públicos; empregados públicos e 
agentes temporários; 
c) particulares em atuação colaboradora ou agentes delegados - nessa categoria, vamos agrupar: 
o Honoríficos – cidadãos que exercem serviços relevantes, como os mesários eleitorais. 
o Credenciados – agentes credenciados para representar o Estado em eventos específicos. 
o Delegados – Particulares que exercem a função pública por delegação. 
d) militares. 
 
Cargo, emprego e função pública 
 
Os agentes públicos podem exercer cargo público, emprego público ou função pública. 
a) cargos públicos: são ocupados por servidores públicos, sob regime estatutário, nas pessoas 
jurídicas de Direito Público (administração direta, autarquias e fundações públicas); 
b) empregos públicos: são ocupados pelos empregados públicos, sob regime celetista (trabalhista e 
contratual), nas pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas e sociedades de economia 
mista) e, excepcionalmente, na administração direta (somente para agentes comunitários de saúde 
e agentes de combate a endemias) ou nos consórcios públicos. 
Para todo cargo ou emprego público corresponde uma ou mais funções públicas, isto é, o conjunto 
de atribuições conferidas aos órgãos, aos cargos, aos empregos ou diretamente aos agentes públicos. 
Dessa forma, todo cargo ou emprego público possui alguma função. Todavia, existem casos em que 
a função não é atribuída a nenhum cargo ou emprego público, ou seja, existem funções que não 
possuem cargo ou emprego público. 
 
Regime jurídico (estatutário ou celetista) 
 
Apesar de existirem inúmeras categorias de agentes públicos, o Direito Administrativo preocupa-se 
basicamente com os agentes administrativos. Por conseguinte, os regimes jurídicos de maior 
relevância são: regime estatutário e regime celetista ou trabalhista, aplicáveis, respectivamente, 
aos servidores públicos e aos empregados públicos 
 
→ regime estatutário: 
a) decorre diretamente da lei, impondo alterações na situação funcional do servidor 
independentemente de sua anuência; 
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b) prevê alguns direitos sem similar no regime celetista, que visam a conferir ao servidor um mínimo 
de autonomia funcional no exercício de suas funções, merecendo destaque a estabilidade; 
c) somente pode ser adotado por pessoas jurídicas de direito público; 
d) é o regime obrigatório para as funções típicas de Estado; e 
e) é caracterizado pela pluralidade normativa, uma vez que cada ente político goza de autonomia 
para editar o estatuto de seus servidores; 
 
→ regime celetista: 
a) tem como diploma legal básico a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas sua fonte normativa 
indireta é o contrato de trabalho, que só permite alterações na situação jurídica do empregado 
público com expressa anuência; 
b) não prevê qualquer direito que vise a assegurar a autonomia funcional ao empregado no exercício 
de suas funções, uma vez que não impede a dispensa sem justa causa; 
c) é caracterizado pela unidade normativa, pois tem por lei básica a CLT, aplicável a todos os entes 
da Federação. 
 
Efetividade, estabilidade e vitaliciedade 
 
A estabilidade é o direito de permanência no serviço público, destinado aos servidores detentores 
de cargo de provimento efetivo. 
Existem quatro requisitos para aquisição da estabilidade: 
a) aprovação em concurso público; 
b) o cargo deve ser de provimento efetivo; 
c) três anos de efetivo exercício (Estágio probatório de 36 meses); 
d) aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
A Constituição Federal apresenta quatro hipóteses em que o servidor estável poderá perder o cargo 
de forma não voluntária: 
a) sentença judicial transitada em julgado; 
b) processo administrativo com ampla defesa; 
c) insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa; 
d) excesso de despesa com pessoal, nos termos do art. 169, §4º. 
 
Deve-se destacar que não se confunde a demissão com a exoneração. A primeira possui caráter 
punitivo, decorrendo de falta grave ou como efeito de sentença penal. Por outro lado, a exoneração 
é aplicável nos demais casos, em regra, sem caráter punitivo. Por exemplo, quando o servidor, 
voluntariamente, deseja parar de trabalhar na instituição, ele faz o pedido de exoneração. 
 
Empregados públicos - Muito se discute sobre a estabilidade dos empregados públicos. Na atual 
redação da Constituição Federal, não resta dúvida, pois os empregados públicos, regidos pelas 
regras da CLT, não possuem o direito à estabilidade. 
 
Não se deve confundir a estabilidade com a efetividade. A estabilidade, como vimos, é um direito do 
servidor que cumprir os requisitos constitucionais, enquanto a efetividade é um atributo do cargo 
público, concernente a sua forma de provimento. 
 
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A vitaliciedade também é uma garantia de permanência no serviço público, porém aplicável somente 
a algumas carreiras de agentes públicos, diferenciando-se da estabilidade em razão da maior 
proteção que proporciona e da natureza dos cargos que ensejam sua aquisição. 
Os ocupantes de cargo vitalício só podem perder o cargo por meio de processo judicial 
transitado em julgado. 
 
 
Disposições Constitucionais Aplicáveis aos Agentes Públicos 
 
Acesso a funções, cargos e empregos públicos 
 
O inciso I do art. 37 da CF determina que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, bem como aos estrangeiros, na forma 
da lei. 
 
De acordo coma Constituição Federal, são privativos de brasileiros os cargos de (CF, art. 12, § 3º): 
Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do 
Senado Federal; Ministro do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças 
Armadas; Ministro de Estado da Defesa. 
 
Requisitos para o acesso a cargos e empregos públicos - eventualmente, com base no princípio da 
razoabilidade – e respeitando os princípios da isonomia e da impessoalidade –, são permitidas 
exigências que venham a limitar o amplo acesso aos cargos ou empregos públicos, como limite de 
idade, sexo, altura, formação profissional, etc. Com efeito, o art. 39, § 3º, da Constituição Federal 
estabelece que a lei poderá estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do 
cargo o exigir. 
 
Concurso Público 
 
De acordo com o inciso II do art. 37 da Constituição: 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
 
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Em resumo, são quatro as condições para que a exigência de exame psicotécnico seja válida: 
✓ previsão em lei e no edital; 
✓ compatibilidade com as atribuições normais do cargo; 
✓ o exame deve possuir um grau mínimo de objetividade, havendo rigor científico e critérios 
explícitos; 
✓ possibilidade de recurso. 
 
Direito a nomeação: 
 
 
Contratação Temporária 
 
Art. 37. [...] IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender 
a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
Segundo o STF, para que se considere válida a contratação temporária, é preciso que: 
a) os casos excepcionais estejam previstos em lei; 
b) o prazo de contratação seja predeterminado; 
c) a necessidade seja temporária; 
d) o interesse público seja excepcional; 
e) a necessidade de contratação seja indispensável, sendo vedada a contratação para os serviços 
ordinários permanentes do Estado, e que devam estar sob o espectro das contingências normais 
da Administração. 
 
Acumulação remunerada de cargos públicos 
 
 
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Responsabilidades 
 
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor público poderá responder nas esferas civil, 
penal e administrativa. 
 
 
 
5. Sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito, no 
exercício do mandato, cargo, emprego ou função na administração pública 
direta, indireta ou fundacional: Lei n. 8.429 de 2 de junho de 1992 e alterações. 
 
Improbidade Administrativa 
 
Noções gerais, previsão constitucional e sujeitos do ato 
 
 
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A Lei de Improbidade dispõe que os atos de improbidade violam a probidade na organização do 
Estado e no exercício de suas funções e a integridade do patrimônio público e social (art. 1º, 
caput). 
 
Resumidamente, podemos dizer que a improbidade administrativa é: 
a) uma ação ou omissão, dolosa, desonesta e imoral com a coisa pública, que ofende: 
(i). a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções; e 
(ii). a integridade do patrimônio público e social; 
b) cujo ilícito tem natureza civil e política, não constituindo, por si só, crime; 
c) sendo que o seu processamento é realizado pelo Poder Judiciário, em ação própria, apresentada 
pelos órgãos com legitimidade para isso. 
 
Dolo: o elemento subjetivo do ato de improbidade 
 
 
O direito administrativo sancionador 
De acordo com a L8429, aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado na LIA os princípios 
constitucionais do direito administrativo sancionador. 
 
Sujeito passivo do ato de improbidade 
Os sujeitos passivos dos atos de improbidade administrativa são todas as entidades que podem ser 
atingidas por atos dessa natureza. 
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Sujeito ativo do ato de improbidade 
O sujeito ativo é representado pelas pessoas que podem praticar os atos de improbidade 
administrativa e, por consequência, sofrer as devidas sanções previstas na Lei 8.429/1992. 
Nós podemos separar os sujeitos ativos do ato de improbidade em duas categorias: (i) agentes 
públicos; (ii) terceiros. 
 
 
 
A responsabilidade dos sucessores 
O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão 
sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio 
transferido (art. 8º). 
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Penalidades 
 
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das 
sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem 
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: [...]. 
 
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Penalidades cabíveis para cada espécie de ato de improbidade (EI – enriquecimento ilícito; LE – ato 
de causar lesão ao erário) 
 
 
Afastamento preventivo 
 
A autoridade judicial competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício 
do cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária 
à instrução processual ou para evitar a iminente prática de novos ilícitos. 
 
 
Declaração de bens e valores 
 
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de 
imposto de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria 
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Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente (art. 
13, caput). 
 
Procedimento Administrativo 
 
É facultado a qualquer pessoa representar à autoridade administrativa competente para que seja 
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade (art. 14, caput). 
 
 
Processo Judicial (Ação de Improbidade) 
 
▪ Competência para propor a ação: Ministério público +PJ interessada (conforme STF) 
▪ Procedimentocomum (CPC + LIA); 
▪ Foro: do local onde ocorrer o dano ou da pessoa jurídica prejudicada (não há foro por prerrogativa 
de função); 
▪ Natureza: repressiva, de caráter sancionatório, destinada à aplicação de sanções de caráter pessoal; 
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▪ Não é ação civil / não constitui instrumento para controle de legalidade de políticas públicas; 
▪ Não há remessa necessária (duplo grau); 
▪ Revelia: não é confissão; 
▪ É PERMITIDO acordo de não persecução civil (tanto pelo MP como pela PJ interessada). 
 
Atos de Improbidade Administrativa 
 
 
 
 
Prescrição 
 
A ação para a aplicação das sanções de improbidade prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir 
da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência 
(art. 23, caput). 
 
 
▪ 8 anos, a contar do fato; 
▪ Suspensão: instauração do inquérito civil ou processo administrativo, por até 180 dias 
▪ Interrupção: ajuizamento da ação; sentença condenatória; decisão de TJ ou TRF; decisão do STJ; 
decisão do STF. 
▪ Após a interrupção, volta a correr pela metade do prazo (4 anos): prescrição intercorrente. 
▪ Prazo de inquérito: 365 dias + 1x por igual período 
▪ Ação de ressarcimento decorrente de ato doloso de improbidade: imprescritível (STF) 
▪ Regime prescricional da L14230: não retroage (começa a contar a partir da entrada em vigor da 
L14230). 
 
Herdeiros/sucessores - Até o limite do patrimônio transferido, no caso de lesão ao erário ou 
enriquecimento ilícito. 
 
Aplica-se: princípios constitucionais do direito administrativo sancionador 
Reforma da LIA: 
▪ Ato culposo, ação transitada em julgado: NÃO retroage; 
▪ Ato culposo, ação NÃO transitou em julgado: RETROAGE. 
 
 
 
 
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Então é isso pessoal, vamos ficando por aqui. 
Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu! 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 Aline Calado Leonardo Mathias 
@alinecalado.f @profleomathias 
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