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Teoria do Crime (Objetivas)

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elaborado por @fredsmcezar 
TEORIA DO CRIME 
1. CONCEITO DE CRIME .................................................................................................................................................................. 8 
1.3.1 TEORIA QUADRIPARTIDA .......................................................................................................................................... 8 
1.3.2 TEORIA BIPARTIDA ................................................................................................................................................... 8 
1.3.3 TEORIA TRIPARTIDA .................................................................................................................................................. 9 
2. TEORIAS DA CONDUTA ............................................................................................................................................................ 11 
2.1 TEORIA CLÁSSICA - CAUSALISTA – NATURALÍSTICA – MECANICISTA - CAUSAL .......................................................... 11 
2.1.1 A TEORIA CAUSALISTA E SUAS CRÍTICAS .............................................................................................................. 12 
2.2 TEORIA CAUSAL-VALORATIVA (TELEOLÓGICA, NEOKANTISMO, BADEN, MEZGER) ...................................................... 12 
2.3 TEORIA FINALISTA (WELZEL) .......................................................................................................................................... 13 
2.4 TEORIA CIBERNÉTICA ...................................................................................................................................................... 14 
2.5 TEORIA SOCIAL ................................................................................................................................................................ 14 
2.6 TEORIA JURÍDICO-PENAL ................................................................................................................................................ 15 
2.7 TEORIA DA AÇÃO SIGNIFICATIVA ................................................................................................................................... 15 
2.8 TEORIA FUNCIONALISTA DA AÇÃO .................................................................................................................................. 15 
2.9 TEORIA PESSOAL OU PERSONALISTA DE AÇÃO ............................................................................................................ 15 
2.10 TEORIA CONSTITUCIONAL DA AÇÃO (LUIZ FLÁVIO GOMES) ...................................................................................... 15 
2.11 TEORIA NEGATIVA DA AÇÃO ....................................................................................................................................... 16 
3. AUSÊNCIA DE CONDUTA .......................................................................................................................................................... 17 
3.1 ATOS INSTINTIVOS E AUTOMÁTICOS (AÇÃO EM CURTO-CIRCUITO) ............................................................................. 17 
4. CRIME DOLOSO ........................................................................................................................................................................ 18 
4.1 REFLEXÕES ACERCA DA NATUREZA DO DOLO (PAULO CÉZAR BUSATO) ...................................................................... 18 
4.1.1 AS SUPERADAS TEORIAS ONTOLÓGICAS DO DOLO .............................................................................................. 18 
4.1.2 AS TEORIAS NORMATIVAS DO DOLO ..................................................................................................................... 19 
4.2 ELEMENTOS DO DOLO .................................................................................................................................................... 19 
4.2.1 DOLO SEM VONTADE .............................................................................................................................................. 20 
4.3 TEORIAS DO DOLO .......................................................................................................................................................... 20 
4.3.1 TEORIAS ADOTADAS PELO CÓDIGO PENAL ........................................................................................................... 20 
4.4 ESPÉCIES DE DOLO ......................................................................................................................................................... 21 
4.4.1 DOLO DIRETO DE PRIMEIRO GRAU ........................................................................................................................ 21 
4.4.2 DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU ........................................................................................................................ 21 
4.4.3 DOLO DIRETO DE TERCEIRO GRAU ........................................................................................................................ 22 
4.4.4 DOLO INDIRETO - INDETERMINADO ....................................................................................................................... 22 
4.5 CRIME PRETERDOLOSO (PRETERINTENCIONAL) ............................................................................................................ 27 
4.5.1 CRIME PRETERDOLOSO x AGRAVANTES ................................................................................................................ 29 
4.6 DOLO DE ÍMPETO ............................................................................................................................................................ 29 
4.7 DOLO DE DANO x DOLO DE PERIGO ............................................................................................................................... 29 
4.8 DOLO GENÉRICO x ESPECÍFICO ....................................................................................................................................... 29 
4.9 DOLO NORMATIVO x DOLO NATURAL ............................................................................................................................ 29 
5. CRIME CULPOSO ...................................................................................................................................................................... 31 
5.1 FUNDAMENTO DA PUNIBILIDADE DA CULPA .................................................................................................................. 31 
elaborado por @fredsmcezar 
5.2 PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE ................................................................................................................................ 31 
5.3 ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO .................................................................................................................................. 31 
5.4 MODALIDADES DE CULPA ............................................................................................................................................... 32 
5.4.1 IMPRUDÊNCIA ......................................................................................................................................................... 32 
5.4.2 NEGLIGÊNCIA .......................................................................................................................................................... 32 
5.4.3 IMPERÍCIA ............................................................................................................................................................... 32 
5.5 ESPÉCIES DE CULPA ....................................................................................................................................................... 33 
5.5.1 CULPA CONSCIENTE - COM PREVISÃO - EX LASCÍVIA ...........................................................................................33 
5.5.2 CULPA INCONSCIENTE - SEM PREVISÃO - EX IGNORANTIA .................................................................................. 33 
5.5.3 CULPA IMPRÓPRIA - CULPA POR EXTENSÃO - POR ASSIMILAÇÃO OU EQUIPARAÇÃO ........................................ 33 
5.5.4 CULPA MEDIATA OU INDIRETA ............................................................................................................................... 34 
5.5.5 CULPA PRESUMIDA: VEDADA ................................................................................................................................. 34 
5.6 COMPENSAÇÃO DE CULPAS: VEDADA ............................................................................................................................ 34 
5.7 CONCORRÊNCIA DE CULPAS ........................................................................................................................................... 34 
5.8 AGRAVANTES x CRIME CULPOSO ................................................................................................................................... 35 
5.9 CAUSAS DE AUMENTO x CRIME CULPOSO ..................................................................................................................... 35 
5.10 GRAUS DE CULPA ....................................................................................................................................................... 35 
5.11 INSTITUTOS COMPATÍVEIS E INCOMPATÍVEIS COM O CRIME CULPOSO .................................................................. 35 
5.11.1 CRIMES OMISSIVOS................................................................................................................................................ 35 
5.12 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA .......................................................................................................................................... 35 
6. CRIMES OMISSIVOS ................................................................................................................................................................. 36 
6.1 RECAPITULANDO AS TEORIAS DA AÇÃO......................................................................................................................... 36 
6.1.1 TEORIA CLÁSSICA - CAUSALISTA – NATURALÍSTICA – MECANICISTA – CAUSAL (LISZT) .................................... 36 
6.1.2 TEORIA CAUSAL-VALORATIVA (TELEOLÓGICA, NEOKANTISMO E BADEN, MEZGER) ............................................ 36 
6.1.3 FINALISMO (WELZEL) ............................................................................................................................................. 36 
6.1.4 TEORIA NEGATIVA DA AÇÃO ................................................................................................................................... 37 
6.2 TEORIAS ACERCA DA OMISSÃO ...................................................................................................................................... 37 
6.3 INTERRUPÇÃO DE ESFORÇOS DE SALVAMENTO ............................................................................................................ 37 
6.4 RELEVÂNCIA DA OMISSÃO .............................................................................................................................................. 38 
6.5 CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS .................................................................................................................................. 39 
6.5.1 A FIGURA DO GARANTIDOR .................................................................................................................................... 40 
6.5.2 HOMICÍDIOS CULPOSO POR OMISSÃO IMPRÓPRIA ............................................................................................... 42 
6.5.3 HOMICÍDIO DOLOSO POR OMISSÃO IMPRÓPRIA ................................................................................................... 42 
6.5.4 ERRO DE TIPO SOBRE A POSIÇÃO DE GARANTIDOR ............................................................................................. 42 
6.5.5 ATIPICIDADE ........................................................................................................................................................... 42 
6.6 CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS ...................................................................................................................................... 43 
6.6.1 OMISSÃO DE SOCORRO .......................................................................................................................................... 44 
6.6.2 ART. 64 DO DCD ..................................................................................................................................................... 44 
6.6.3 OMISSÃO DE CAUTELA – ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003 ................................................. 44 
6.6.4 APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA ............................................................................................................ 44 
6.6.5 ART. 68 DA LEI 9.605/98 ......................................................................................................................................... 45 
6.6.6 TORTURA MEDIANTE OMISSÃO .............................................................................................................................. 45 
6.6.7 CRIME OMISSIVO PRÓPRIO CULPOSO ................................................................................................................... 45 
6.7 COAUTORIA EM CRIMES OMISSIVOS .............................................................................................................................. 46 
6.8 PARTICIPAÇÃO EM CRIMES OMISSIVOS ......................................................................................................................... 46 
elaborado por @fredsmcezar 
6.9 ERRO MANDAMENTAL ..................................................................................................................................................... 47 
6.10 EXEMPLO FINAL SOBRE A POSSIBILIDADE DE DIFERENTES ADEQUAÇÕES TÍPICAS PARA UM MESMO FATO A 
DEPENDER DA QUALIDADE DO AGENTE ...................................................................................................................................... 47 
7. ITER CRIMINIS .......................................................................................................................................................................... 48 
7.1 COGITAÇÃO (INTERNA) .................................................................................................................................................... 48 
7.2 PREPARAÇÃO (EXTERNA) ................................................................................................................................................ 48 
7.2.1 PREPARAÇÃO PUNÍVEL (CRIMES-OBSTÁCULOS) ................................................................................................... 48 
7.3 EXECUÇÃO (EXTERNA) .................................................................................................................................................... 49 
7.3.1 TEORIA SUBJETIVA ................................................................................................................................................. 49 
7.3.2 TEORIA OBJETIVA .................................................................................................................................................. 49 
7.4 CONSUMAÇÃO (EXTERNA) .............................................................................................................................................. 49 
7.5 EXAURIMENTO ................................................................................................................................................................ 50 
7.6 PREPARAÇÃO, EXECUÇÃO E O PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃOOU ABSORÇÃO ................................................................. 50 
8. TENTATIVA – CONATUS ............................................................................................................................................................ 52 
8.1 ELEMENTOS DA TENTATIVA ............................................................................................................................................ 52 
8.2 ADEQUAÇÃO TÍPÍCA DA TENTAIVA .................................................................................................................................. 52 
8.3 TEORIAS SOBRE A PUNIBILIDADE DA TENTATIVA ......................................................................................................... 53 
8.3.1 EXCEÇÃO: TEORIA SUBJETIVA ................................................................................................................................ 54 
8.4 PENA DA TENTATIVA ....................................................................................................................................................... 54 
8.5 CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA ........................................................................................................................ 55 
8.5.1 TENTATIVA: CRIMES UNISSUBSISTENTES E PLURISSUBSISTENTES .................................................................... 56 
8.5.2 “TENTATIVA” DE CONTRAVENÇÃO PENAL E FALTA GRAVE (LEP) ......................................................................... 57 
8.5.3 “TENTATIVA” DE TRÁFICO DE DROGAS .................................................................................................................. 57 
8.5.4 CRIMES DE ATENTADO / CRIMES DE EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 58 
8.5.5 “TENTATIVA” DE ROUBO OU FURTO – APPREHENSIO / AMOTIO ........................................................................... 58 
8.6 CRIMES OMISSIVOS: TENTATIVA? .................................................................................................................................. 59 
8.7 CULPA IMPRÓPRIA E TENTATIVA .................................................................................................................................... 59 
8.8 LATROCÍNIO E TENTATIVA ............................................................................................................................................... 59 
8.9 TENTATIVA BRANCA (INCRUENTA) x VERMELHA (CRUENTA) ........................................................................................ 60 
8.10 TENTANTIVA PERFEITA x IMPERFEITA ........................................................................................................................ 60 
9. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ....................................................................................................... 62 
9.1.1 OBSERVAÇÕES (ANA PAULA VIEIRA) ..................................................................................................................... 63 
9.2 TENTATIVA QUALIFICADA ............................................................................................................................................... 64 
9.3 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ x LEI DE TERRORISMO ....................................................... 64 
10. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ...................................................................................................................................................... 65 
10.1 DA VOLUNTARIEDADE DA DESISTÊNCIA .................................................................................................................... 66 
11. ARREPENDIMENTO EFICAZ....................................................................................................................................................... 67 
12. ARREPENDIMENTO POSTERIOR [PONTE DE PRATA] ............................................................................................................... 69 
12.1 REQUISITOS DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR ....................................................................................................... 70 
12.2 EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 71 
12.3 FUNDAMENTOS ........................................................................................................................................................... 72 
12.4 COMUNICABILIDADE DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR NO CONCURSO DE PESSOAS .......................................... 72 
12.5 CRITÉRIO PARA REDUÇÃO DA PENA ........................................................................................................................... 72 
12.6 RECUSA DO OFENDIDO EM ACEITAR A REPARAÇÃO / RESTITUIÇÃO ......................................................................... 72 
12.7 ARREPENDIMENTO POSTERIOR EM CRIMES AMBIENTAIS ........................................................................................ 72 
elaborado por @fredsmcezar 
12.8 PECULATO E A REPARAÇÃO DO DANO ....................................................................................................................... 73 
12.9 JECRIM E COMPOSIÇÃO CIVIL DOS DANOS ............................................................................................................... 73 
12.10 APROPRIAÇAÕ INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA (art. 168-A) ............................................................................................. 74 
12.11 PAGAMENTO DE TRIBUTO APÓS RECEBIMENTO DA DENÚNCIA (REGRA ESPECIAL) ................................................ 74 
12.12 SÚMULA 554 STF – CHEQUE “SEM FUNDO”............................................................................................................... 74 
13. CRIMES IMPOSSÍVEL ............................................................................................................................................................... 76 
13.1 TEORIAS ...................................................................................................................................................................... 77 
13.2 ESPÉCIES DE CRIME IMPOSSÍVEL .............................................................................................................................. 77 
13.3 MOMENTO ADEQUADO PARA A AFERIÇÃO DA INIDONEIDADE .................................................................................. 78 
13.4 ASPECTOS PROCESSUAIS ........................................................................................................................................... 78 
13.5 CRIME PUTATIVO x CRIME IMPOSSÍVEL ..................................................................................................................... 78 
13.6 ESPÉCIES DE CRIMES PUTATIVOS .............................................................................................................................. 78 
13.7 SISTEMA DE VIGILÂNCIA ............................................................................................................................................. 79 
14. RESULTADO .............................................................................................................................................................................. 80 
14.1 CONCEITO .................................................................................................................................................................... 80 
14.2 RESULTADO JURÍDICO x RESULTADO NATURALÍSTICO............................................................................................. 80 
14.3 CRIMES FORMAIS, MATERIAIS E DE MERA CONDUTA ............................................................................................... 80 
14.3.1 CRIMESMATERIAIS ................................................................................................................................................ 80 
14.3.2 CRIMES FORMAIS ................................................................................................................................................... 81 
14.3.3 CRIMES DE MERA CONDUTA .................................................................................................................................. 81 
15. NEXO DE CAUSALIDADE ........................................................................................................................................................... 82 
15.1 TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS - TEORIA DA CONDITIO SINE QUA NON ........................ 82 
15.1.1 CRÍTICA ................................................................................................................................................................... 83 
15.2 TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA - TEORIA DA CONDIÇÃO QUALIFICADA – TEORIA INDIVIDUALIZADORA ..... 83 
15.3 TEORIA DA RELEVÂNCIA CAUSAL ............................................................................................................................... 83 
15.4 TEORIA DA CONDIÇÃO MAIS EFICAZ OU ATIVA .......................................................................................................... 84 
15.5 TEORIA DA QUALIDADE DO EFEITO OU DA CAUSA EFICIENTE ................................................................................... 84 
15.6 TEORIA DO EQUILÍBRIO OU DA PREPONDERÂNCIA .................................................................................................... 84 
15.7 TEORIA DA CAUSA PRÓXIMA ...................................................................................................................................... 84 
15.8 TEORIA DO ESCOPO DA NORMA JURÍDICA VIOALDA ................................................................................................. 84 
15.9 TEORIA DA CAUSA HUMANA ....................................................................................................................................... 85 
15.10 TEORIA DA CONDIÇÃO INUS OU TEORIA DA CONDIÇÃO MÍNIMA .............................................................................. 85 
15.11 TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA ............................................................................................................................. 85 
15.11.1 ROXIN (FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO/MODERADO) ...................................................................................... 87 
15.11.1.1 DIMINUIÇÃO DO RISCO.................................................................................................................................. 87 
15.11.1.2 CRIAÇÃO DE UM RISCO JURIDICAMENTE RELEVANTE ................................................................................. 88 
15.11.1.3 AUMENTO DO RISCO PERMITIDO .................................................................................................................. 88 
15.11.1.4 ESFERA DE PROTEÇÃO DA NORMA DE CUIDADO ......................................................................................... 88 
15.11.2 JAKÖBS (FUNCIONALISMO SISTÊMICO OU RADICAL) ....................................................................................... 89 
15.11.2.1 RISCO PERMITIDO ......................................................................................................................................... 89 
15.11.2.2 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA............................................................................................................................. 89 
15.11.2.3 PROIBIÇÃO DE REGRESSO ............................................................................................................................. 90 
15.11.2.4 COMPETÊNCIA OU CAPACIDADE DA VÍTIMA ................................................................................................. 90 
16. CONCAUSAS ............................................................................................................................................................................. 91 
16.1 CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE ......................................................................................................... 91 
elaborado por @fredsmcezar 
16.1.1 CAUSA PREEXISTENTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE ................................................................................... 91 
16.1.2 CAUSA CONCOMITANTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE ................................................................................. 91 
16.1.3 CAUSA SUPERVENIENTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE ................................................................................ 92 
16.2 CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE ........................................................................................................... 92 
16.2.1 CAUSA PREEXISTENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE ..................................................................................... 92 
16.2.2 CAUSA CONCOMITANTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE .................................................................................. 92 
16.2.3 CAUSA SUPERVENIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE .................................................................................. 93 
16.3 DUPLA CAUSALIDADE ................................................................................................................................................. 95 
17. TIPICIDADE ............................................................................................................................................................................... 96 
17.1 TIPICIDADE FORMAL ................................................................................................................................................... 96 
17.2 TIPICIDADE MATERIAL ................................................................................................................................................ 96 
17.2.1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ............................................................................................................................. 96 
17.2.2 INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA ....................................................................................................................... 98 
17.2.3 INAPLICABILIDADE DA INSIGNIFICÂNCIA ............................................................................................................... 99 
17.2.4 APLICABILIDADE DA INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................................................. 101 
17.3 TEORIA DA TIPICIDADE CONGLOBANTE (ZAFFARONI) .............................................................................................. 103 
17.3.1 CRÍTICA ................................................................................................................................................................. 103 
17.4 FORMAS DE ADEQUAÇÃO TÍPICA .............................................................................................................................. 103 
17.4.1 DIRETA – IMEDIATA (ADEQUAÇÃO TÍPICA DE SUBORDINAÇÃO IMEDIATA OU DIRETA) ..................................... 103 
17.4.2 INDIRETA/MEDIATA - (ADEQUAÇÃO TÍPICA DE SUBORDINAÇÃO MEDIATA OU INDIRETA OU POR DUPLA VIA) 103 
18. ILICITUDE................................................................................................................................................................................ 105 
18.1 ILICITUDE E ANTIJURICIDADE: SINÔNIMOS? ............................................................................................................ 105 
18.2 DA UNICIDADE DA ILICITUDE OU CONCEPÇÃO UNITÁRIA ........................................................................................ 105 
18.3 1ª FASE: TEORIADO TIPO AVALORADO / ACROMÁTICO - FUNÇÃO DESCRITIVA DO TIPO PENAL (BINDING. 1906) 105 
18.4 2ª FASE: TEORIA RATIO COGNOSCENDI - MAX ERNST MAYER (1915) - BRASIL ..................................................... 105 
18.5 3ª FASE: MEZGER (TEORIA DA RATIO ESSENDI) ...................................................................................................... 106 
18.6 TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO ....................................................................................................... 106 
19. CAUSAS DE EXCLUSÃO DE ILICITUDE, CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO OU DESCRIMINANTES ................................................. 107 
19.1 EFEITOS DAS EXCLUDENTES .................................................................................................................................... 108 
19.2 EXCESSO PUNÍVEL .................................................................................................................................................... 108 
19.2.1 ERRO ESCUSÁVEL (INVENCÍVEL - INEVITÁVEL) X ERRO VENCÍVEL (INESCUSÁVEL) .......................................... 109 
20. ESTADO DE NECESIDADE ....................................................................................................................................................... 110 
20.1 ELEMENTOS ............................................................................................................................................................. 111 
20.2 NATUREZA JURÍDICA DO ESTADO DE NECESSIDADE ............................................................................................. 112 
20.3 TEORIA UNITÁRIA – CÓDIGO PENAL ......................................................................................................................... 112 
20.4 TEORIA DIFERENCIADORA – CÓDIGO PENAL MILITAR ............................................................................................. 112 
20.5 ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO .................................................................................................................... 113 
20.5.1 ATAQUE DE CACHORRO: ESTADO DE NECESSIDADE x LEGÍTIMA DEFESA ......................................................... 113 
20.6 ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO ................................................................................................................... 113 
20.7 ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO ...................................................................................................................... 114 
20.8 COEXISTÊNCIA ENTRE ESTADO DE NECESSIDADE E LEGÍTIMA DEFESA ................................................................. 114 
20.9 ESTADO DE DEFESA x LEGÍTIMA DEFESA ................................................................................................................. 114 
20.10 ESTADO DE NECESSIDADE RECÍPROCO .................................................................................................................. 114 
21. LEGÍTIMA DEFESA .................................................................................................................................................................. 115 
21.1 REQUISITOS CUMULATIVOS: .................................................................................................................................... 116 
elaborado por @fredsmcezar 
21.2 ELEMENTOS OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 116 
21.3 ELEMENTOS SUBJETIVOS – REQUISITOS DA LEGÍTIMA DEFESA ............................................................................. 117 
21.4 LEGÍTIMA DEFESA AGRESSIVA OU ATIVA ................................................................................................................. 117 
21.5 LEGÍTIMA DEFESA DEFENSIVA OU PASSIVA............................................................................................................. 117 
21.6 LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA – IMAGINÁRIA ............................................................................................................ 117 
21.6.1 DESCRIMINANTES PUTATIVAS ............................................................................................................................. 118 
21.7 LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA ................................................................................................................................. 119 
21.7.1 EXCESSO INTENSIVO x EXTENSIVO ...................................................................................................................... 119 
21.8 LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA ................................................................................................................................. 120 
21.9 ABERRATIO ICTUS E LEGÍTIMA DEFESA ................................................................................................................... 120 
21.10 LEGÍTIMA DEFESA CONTRA PESSOA JURÍDICA ........................................................................................................ 120 
21.11 LEGÍTIMA CONTRA A MULTIDÃO .............................................................................................................................. 121 
21.12 INCLUSÃO DO PARÁGRAFO ÚNICO (LEI 13.964/2019) ............................................................................................. 121 
21.13 LEGÍTIMA DEFESA: COMPATIBILIDADES E INCOMPATIBILIDADES .......................................................................... 121 
22. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL .......................................................................................................................... 123 
22.1 DEVER LEGAL ............................................................................................................................................................ 123 
22.2 DESTINATÁRIO DA EXCLUDENTE .............................................................................................................................. 124 
22.3 LIMITES DA EXCLUDENTE ......................................................................................................................................... 124 
22.4 ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL E CRIMES CULPOSOS ......................................................................... 124 
22.5 COMUNICABILIDADE DA EXCLUDENTE DA ILICITUDE .............................................................................................. 124 
23. EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO ......................................................................................................................................... 125 
23.1 LESÕES EM ATIVIDADES ESPORTIVAS ..................................................................................................................... 125 
23.2 INTERVENÇÕES MÉDICAS OU CIRÚRGICAS .............................................................................................................. 125 
23.3 OFENDÍCULOS ........................................................................................................................................................... 125 
24. CAUSAS SUPRALEGAIS DE JUSTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 127 
24.1 CONSENTIMENTO DO OFENDIDO .............................................................................................................................. 127 
25. CULPABILIDADE ..................................................................................................................................................................... 129 
25.1 CULPABILIDADE ENQUANTO ELEMENTO DO CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME (JUÍZO DE REPROVABILIDADE) ... 129 
25.2 CULPABILIDADE ENQUANTO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL .........................................................................................130 
25.3 TEORIAS DA CULPABILIDADE ................................................................................................................................... 130 
25.3.1 TEORIA PSICOLÓGICA ........................................................................................................................................... 130 
25.3.2 TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA – REINHART FRANK ..................................................................................... 131 
25.3.3 TEORIA NORMATIVO PURA ................................................................................................................................... 133 
25.3.3.1 TEORIA EXTREMADA OU ESTRITA DA CULPABILIDADE .............................................................................. 134 
25.3.3.2 TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDADE (ADOTADA PELO CP) ..................................................................... 134 
25.4 IMPUTABILIDADE ...................................................................................................................................................... 135 
25.4.1 CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE........................................................................................................................... 135 
25.4.2 CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DA IMPUTABILIDADE ...................................................................................... 135 
25.4.2.1 LEI DE DROGAS ............................................................................................................................................ 136 
25.4.3 EMBRIAGUEZ ........................................................................................................................................................ 137 
25.4.3.1 TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA ........................................................................................................... 138 
25.4.4 EMOÇÃO OU PAIXÃO ............................................................................................................................................ 138 
25.5 POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE .................................................................................................................. 138 
25.5.1 ERRO DE PROIBIÇÃO............................................................................................................................................. 138 
25.6 EXIGIBILIDADE DE CONDUTA CONFORME O DIREITO .............................................................................................. 139 
elaborado por @fredsmcezar 
26. TEORIA DO TERRO .................................................................................................................................................................. 141 
26.1 ERRO DE TIPO x ERRO DE PROBIÇÃO ....................................................................................................................... 141 
26.2 ERRO DE TIPO ESSENCIAL ........................................................................................................................................ 141 
26.2.1 INVENCÍVEL, INEVITÁVEL ou ESCUSÁVEL ............................................................................................................ 143 
26.2.2 VENCÍVEL, EVITÁVEL OU INESCUSÁVEL ............................................................................................................... 143 
26.2.3 ERRO DE TIPO E A TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO.................................................................... 144 
26.2.4 ERRO DE TIPO PSIQUICAMENTE CONDICIONADO ................................................................................................ 145 
26.3 ERRO DE TIPO ACIDENTAL ........................................................................................................................................ 145 
26.3.1 ERRO NA EXECUÇÃO – ABERRATIO ICTUS ........................................................................................................... 145 
26.3.2 ERRO SOBRE A PESSOA – ERROR IN PERSONAE ................................................................................................. 147 
26.3.3 ABERRATIO CRIMINIS - ABERRATIO DELICTI (ART. 74) – RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO ................... 147 
26.3.4 ERRO SOBRE O OBJETO ...................................................................................................................................... 148 
26.3.5 ERRO SOBRE CURSO CAUSAL – ABERRATIO CAUSAE ........................................................................................ 148 
26.4 ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO (ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO) ....................................................................... 149 
26.4.1 ERRO MANDAMENTAL .......................................................................................................................................... 151 
26.5 ERRO DE PROIBIÇÃO DE INDIRETO – ERRO DE PERMISSÃO .................................................................................... 151 
26.5.1 TEORIA EXTREMADA OU ESTRITA DA CULPABILIDADE ....................................................................................... 152 
26.5.2 TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDADE (ADOTADA PELO CP) ............................................................................. 153 
26.5.3 ERRO MANDAMENTAL .......................................................................................................................................... 153 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
elaborado por @fredsmcezar 
1. CONCEITO DE CRIME 
1.1 CONCEITO MATERIAL/SUBSTANCIAL 
De acordo com esse critério, crime é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos 
penalmente tutelados. Essa fórmula leva em conta a relevância do mal produzido aos interesses e valores selecionados pelo 
legislador como merecedores da tutela penal. Destina-se a orientar a formulação de políticas criminais, funcionando como vetor ao 
legislador, incumbindo-lhe a tipificação como infrações penais exclusivamente das condutas que causarem danos ou ao menos 
colocarem em perigo bens jurídicos penalmente relevantes, assim reconhecidos pelo ordenamento jurídico. 1 
1.2 CONCEITO FORMAL/LEGAL2 
Segundo esse critério, o conceito de crime é o fornecido pelo legislador. Em que pese o Código Penal não conter nenhum 
dispositivo estabelecendo o que se entende por crime, tal tarefa ficou a cargo do art. 1.º da Lei de Introdução ao Código Penal: 
Art. 1º Considera-se: 
CRIME a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente 
com a pena de multa; 
CONTRAVENÇÃO, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou 
cumulativamente. 
A Lei de Introdução ao Código Penal fornece um conceito genérico de crime, aplicável sempre que não existir disposição especial 
em sentido contrário. Além disso, a sua finalidade precípua não é dizer sempre o que se entende por crime, mas diferenciá-lo da 
contravenção penal. O art. 1.º da Lei de Introdução ao Código Penal permite, assim, a definição de conceito diverso de crime por 
leis extravagantes, reservando-se a sua aplicação para casos omissos. 
A distinção entre crime e contravenção penal é de grau, quantitativa (quantidade da pena), e também qualitativa (qualidade da 
pena) e não ontológica. 
O Direito Penal brasileiro acolheu um sistema dicotômico, ao fracionar o gênero infração penal em duas espécies: crime ou 
delito e contravenção penal. 
INFRAÇÃO PENAL 
(gênero) 
CRIME 
CONTRAVENÇÃO 
Outros países, como Alemanha e França, adotaram um sistema tricotômico: crimes seriam as infrações mais graves, delitos as 
intermediárias e por último, as contravenções penais albergariam as de menor gravidade. 
1.3 CONCEITO ANALÍTICO/EXTRATIFICADO 
O mais importante, nesse contexto, é perceber que a estrutura analíticado crime não se liga necessariamente à adoção da 
concepção finalista, causalista, social ou funcional da ação delituosa.3 
1.3.1 TEORIA QUADRIPARTIDA 
FATO TÍPICO + ILICITUDE + CULPABILIDADE + PUNIBILIDADE 
Basileu Garcia sustentava ser o crime composto por quatro elementos: fato típico, ilicitude, culpabilidade e punibilidade. 
Essa posição quadripartida é claramente minoritária e deve ser afastada, pois a punibilidade não é elemento do crime, mas 
consequência da sua prática. Não é porque se operou a prescrição de determinado crime, por exemplo, que ele desapareceu do 
mundo fático. Portanto, o crime existe independentemente da punibilidade. 
1.3.2 TEORIA BIPARTIDA 4 
FATO TÍPICO + ILICITUDE 
Há autores que entendem o crime como fato típico e ilícito. Constam desse rol René Ariel Dotti, Damásio E. de Jesus e Julio 
Fabbrini Mirabete, entre outros. A culpabilidade deve ser excluída da composição do crime, uma vez que se trata de pressuposto 
de aplicação da pena. 
• Os partidários da teoria tripartida BIPARTIDA do delito consideram a culpabilidade como pressuposto da pena e não elemento do crime. (errada) 
VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA 
 
1 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 230 
2 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 230 
3 2020. Manual de Direito Penal - Guilherme de Souza Nucci, p. 221 
4 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 236 
elaborado por @fredsmcezar 
Juarez Tavares: “o isolamento da culpabilidade do conceito de delito representa uma visão puramente pragmática do Direito 
Penal, subordinando-o de modo exclusivo à medida penal e não aos pressupostos de sua legitimidade”.5 
A teoria bipartida do crime (típico + ilícito) é incompatível coma teoria causalista da conduta. Na teoria causalista, dolo e culpa 
estão alocados na culpabilidade. Daí concluir que adota-se, necessariamente, o conceito tripartido do crime (fato típico, ilícito e 
culpável). 
A teoria bipartida relaciona-se intimamente com a teoria finalista da conduta.6 
Claus Roxin privilegia um conceito bipartido do delito, em que se consideram seus elementos fundamentais dois juízos de valor: 
o INJUSTO PENAL (fato típico + ilicitude) e a responsabilidade, que inclui a culpabilidade.7 
Para a teoria dos elementos negativos do tipo, assim como para a teoria bipartida de fato punível, matar alguém em situação de 
legítima defesa constitui fato atípico; (certa) 2011 - MPE-PR 
Fábio Roque explica que o menor de 18 anos, segundo a teoria bipartida, cometeria crime, mas não receberia a pena por falta 
de imputabilidade. Diferentemente, na teoria tripartida, o menor de 18 anos não comete crime exatamente porque a culpabilidade é 
um elemento do crime e a menoridade significa ausência de culpabilidade. 
1.3.3 TEORIA TRIPARTIDA 
FATO TÍPICO + ILICITUDE + CULPABILIDADE 
Nélson Hungria, Aníbal Bruno, E. Magalhães Noronha, Francisco de Assis Toledo, Cezar Roberto Bitencourt e Luiz Regis Prado 
adotam a posição tripartida. 
• Os partidários da teoria tripartida do delito consideram elementos do crime a tipicidade, a antijuricidade e a punibilidade CULPABILIDADE. (errada) 
VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA 
A distinção entre os perfis clássico e finalista reside, principalmente, na alocação do dolo e da culpa, e não em um sistema 
bipartido ou tripartido relativamente à estrutura do delito. 8 
• É correto afirmar que a estrutura analítica do crime se liga, necessariamente, à adoção da concepção finalista, causalista ou social da ação 
delituosa. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA 
Na estrutura clássica, DOLO E CULPA estão alocados no campo da CULPABILIDADE. 
• O dolo, na escola clássica, deixou de ser elemento integrante da culpabilidade, deslocando-se para a conduta, já que ação e intenção são 
indissociáveis. (errada) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA 
Na estrutura finalista, DOLO E CULPA estão alocados no campo da TIPICIDADE. Nota-se que a teoria finalista da conduta coincide 
com TEORIA NORMATIVA PURA que diz respeito à CULPABILIDADE. 
A teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, desloca a análise do dolo ou da culpa para o fato típico, transformando 
a culpabilidade em um juízo de reprovação social incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre seu autor. (certa) FUMARC - 2018 - 
PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA 
• O dolo pertence à conduta, tendo como seus componentes a intencionalidade (elemento volitivo) e a previsão do resultado (elemento 
intelectual). A potencial consciência da ilicitude, que é um dos elementos normativos da culpabilidade, não integra o dolo. (certa) MPE-MG – 2010 
• Segundo a teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, ingressa-se na análise do dolo ou da culpa, que se encontram, pois, na 
tipicidade, e não, na culpabilidade. A culpabilidade, dessa forma, é um juízo de reprovação social, incidente sobre o fato típico e antijurídico 
e sobre seu autor. (certa) CESPE - 2010 – DPU 
• Conforme a teoria normativa pura, a culpabilidade não se exaure na relação de desconformidade substancial entre ação e ordenamento 
jurídico, mas fundamenta a reprovação pessoal contra o autor, no sentido de este não ter omitido a ação antijurídica quando ainda podia. 
(certa) CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ 
• A teoria normativa pura manteve no conceito de culpabilidade os elementos normativos da imputabilidade e da a exigibilidade de conduta 
diversa, sendo que o elemento psicológico da potencial consciência da ilicitude foi incluído na análise do dolo, que foi deslocado para o 
conceito de tipicidade penal. (errada) 2014 - MPE-PR 
1.4 CRITÉRIO ADOTADO PELO CÓDIGO PENAL9 
O Código Penal de 1940, em sua redação original, acolhia um conceito tripartido de crime, relacionado com o sistema clássico. 
Eram, portanto, elementos do crime o fato típico, a ilicitude e a culpabilidade. 
A situação mudou com a edição da Lei 7.209/1984, responsável pela redação da nova Parte Geral do Código Penal. A partir de 
então, fica a impressão de ter sido adotado um conceito bipartido de crime, ligado obrigatoriamente à teoria finalista da conduta. 
 
5 1980. Teorias do Delito, Juarez Tavares p. 109). 
6 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 236 
7 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 149 
8 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 236 
9 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 237 
elaborado por @fredsmcezar 
No Título II da Parte Geral o Código Penal trata “Do Crime”, enquanto logo em seguida, no Título III, cuida “Da Imputabilidade 
Penal”. Dessa forma, crime é o fato típico e ilícito, independentemente da culpabilidade, que tem a imputabilidade penal como 
um dos seus elementos. O crime existe sem a culpabilidade, bastando seja o fato típico e revestido de ilicitude. 
Em igual sentido, ao tratar das causas de exclusão da ilicitude, determina o Código Penal em seu art. 23 que “não há crime”. 
Ao contrário, ao relacionar-se às causas de exclusão da culpabilidade (arts. 26, caput, e 28, § 1.º, por exemplo), diz que o autor é 
“isento de pena” 
Assim sendo, é necessário que o fato típico seja ilícito para a existência do crime. Ausente a ilicitude, não há crime. 
Por outro lado, subsiste o crime com a ausência da culpabilidade. Sim, o fato é típico e ilícito, mas o agente é isento de pena. 
Em suma, há crime, sem a imposição de pena. O crime se refere ao fato (típico e ilícito), enquanto a culpabilidade guarda relação 
com o agente (merecedor ou não de pena). 
O art. 180, § 4.º, do Código Penal preceitua: “A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime 
de que proveio a coisa”. 
Conclui-se que, nada obstante a isenção de pena do agente e, portanto, da falta de culpabilidade (isenção da pena = exclusão 
da culpabilidade), ainda assim existe o crime do qual proveio a coisa. Em outras palavras, diz o Código Penal tratar-se o crime de 
fatotípico e ilícito, pois subsiste mesmo com a isenção da pena em relação ao autor do crime anterior. 
Em que pesem tais argumentos, há respeitados penalistas que adotam posições contrárias, no sentido de ter o Código Penal 
se filiado a um sistema TRIPARTIDO, motivo que justifica o conhecimento de todos os enfoques por parte dos candidatos a 
concursos públicos. 
O Código Penal (CP) adota a teoria psicológico-normativa da culpabilidade, para a qual a culpabilidade não é requisito do crime, 
mas, sim, pressuposto de aplicação da pena. (errada) CESPE - 2009 - PC-PB - DELEGADO DE POLÍCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
elaborado por @fredsmcezar 
2. TEORIAS DA CONDUTA 
O Direito Penal moderno é um direito penal da conduta e não do autor. A conduta é o primeiro elemento do fato típico. O 
Código Penal brasileiro não conceitua “conduta”. Duas teorias foram “importadas” para o Brasil. 
• A respeito do objeto de estudo do direito penal, do direito penal do autor e das teorias da pena, julgue o item seguinte. O d ireito penal, 
mediante a interpretação das leis penais, proporciona aos juízes um sistema orientador de decisões que contém e reduz o poder punitivo, 
para impulsionar o progresso do estado constitucional de direito. (certa) CESPE - 2015 - DPE-PE 
• A circunstância judicial da personalidade do agente, por ser própria do direito penal do autor, não foi recepcionada pela Constituição de 1988. 
(errada) FCC - 2016 - DPE-BA 
• O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da pena quando existirem circunstâncias pessoais favoráveis ao acusado. 
(certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL 
2.1 TEORIA CLÁSSICA - CAUSALISTA – NATURALÍSTICA – MECANICISTA - CAUSAL 
FRANZ VON LISZT, BELING, GUSTAV RADBRUCH 
Conduta é o comportamento humano voluntário que produz modificação no mundo exterior.10 A ação é mera causação de 
evento, provocada por impulso mecânico ou inervação muscular. 
É um modelo marcado pelo POSITIVISMO. 
• Segundo a teoria finalista CAUSALISTA, ação é a atividade neuromuscular que, produzida por energias de um impulso cerebral, provoca 
modificações no mundo exterior; ou seja, para se afirmar que existe uma ação, basta que se tenha a certeza de que o sujeito atuou 
voluntariamente. (errada) CESPE - 2012 - MPE-TO 
• Quanto à tipicidade penal, causalista, conduta é um comportamento humano voluntário no mundo exterior que consiste em fazer ou não 
fazer alguma coisa. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB 
• Na teoria naturalística, conduta é o comportamento humano voluntário que produz modificação no mundo exterior. (certa) 2021 - PC-PA - DELEGADO 
DE POLÍCIA CIVIL 
O causalismo busca ver o conceito de conduta despido de qualquer valoração, ou seja, neutro (ação ou omissão voluntária e 
consciente que exterioriza movimentos corpóreos). O dolo e a culpa estão situados na culpabilidade. Logicamente, para quem 
adota o causalismo, impossível se torna acolher o conceito bipartido de crime (fato típico e antijurídico). 11 
SISTEMA CLÁSSICO 
1º - DOLO e CULPA alocados no campo da CULPABILIDADE. 
2º - Se DOLO e CULPA estavam alocados no campo da CULPABILIDADE, o SISTEMA CLÁSSICO 
adota, necessariamente, o conceito TRIPARTIDO de crime. 
3º - No campo da CULPABILIDADE vigorava a TEORIA PSICOLÓGICA. DOLO e CULPA eram um 
vínculo psicológico 
4º - O DOLO era NORMATIVO, COLORIDO. VALORADO. (Estava impregnado com outros elementos 
de natureza normativa.) 
Segundo a teoria causal, o dolo causalista é conhecido como dolo normativo, pelo fato de existir, nesse dolo, juntamente com 
os elementos volitivos e cognitivos, considerados psicológicos, elemento de natureza normativa (real ou potencial consciência 
sobre a ilicitude do fato). (certa) CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA 
No modelo psicológico de culpabilidade, o dolo é normativo. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL 
“O dolo era considerado normativo porque tinha como pressuposto a consciência da ilicitude do fato. Logo, o dolo era 
consciência e vontade, mas essa consciência não era apenas a consciência sobre o fato, era também a consciência da ilicitude do 
fato. Isso viria a mudar no finalismo, visto que dolo/culpa são realocados para a tipicidade e a consciência da ilicitude sai de dentro 
do dolo e passa a ser um elemento autônomo da culpabilidade”.12 
A culpabilidade é concebida como o vínculo psicológico que une o autor ao fato no sistema penal clássico. (certa) 2013 - PC-GO - 
DELEGADO DE POLÍCIA 
Deve-se lembrar que no causalismo, dolo e culpa integram a culpabilidade e, assim, necessariamente adota-se o conceito 
tripartido de crime. 
• Para a teoria causalista, o dolo e a culpa estão situados na culpabilidade. Então, logicamente, para quem adota essa teoria, impossível se 
torna acolher o conceito bipartido de crime. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA 
 
10 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 273 
11 2020. Manual de Direito Penal - Guilherme de Souza Nucci, p. 221 
12 https://www.youtube.com/watch?v=rrlo6EaMjyQ – (Fábio Roque - Dolo Colorido e Dolo Acromático) 
elaborado por @fredsmcezar 
• De acordo com a teoria psicológica da culpabilidade, adotada pelo sistema causal-naturalista da ação, as duas modalidades de erro de 
permissão que acontecem nas descriminantes putativas são inescusáveis. (certa) 2011 - MPE-MG 
Para os adeptos desta teoria, conduta é “comportamento voluntário que produz modificação no mundo exterior.” [...] “Em 
síntese, a vontade é a causa da conduta, e a conduta é a causa do resultado independentemente de dolo ou culpa.” 
Ex.: “A” trafega cautelosamente com seu carro em via pública com velocidade de 40 km/h. O limite da via é 60 km/h. O veículo 
reúne perfeitas condições de uso. De repente, uma criança se solta dos braços da mãe, passa por trás de um ônibus que impedia 
a visibilidade de “A” e inesperadamente lança-se na direção do veículo. A criança morre. O agente não tinha dolo nem culpa. 
De acordo com a referida teoria, “A” teria praticado conduta penalmente relevante. A ação de dirigir ensejou resultado. Trata-
se de mera relação de causa e efeito. Presentes, assim, conduta e resultado naturalístico, bem como nexo causal, eis que a criança 
morre em razão do atropelamento.13 
A teoria clássica consagrou a responsabilidade penal objetiva? NÃO. No exemplo citado, não haveria crime por ausência de 
culpabilidade. O dolo e culpa eram analisados no campo da culpabilidade. Assim, de acordo com esta teoria, o fato seria típico, 
ilícito, mas não seria culpável por ausência de culpa ou dolo. 
Mezger criticou a teoria causalista dizendo que a referida teoria se limita a perguntar O QUE FOI CAUSADO pelo agente e não O 
QUE O AGENTE QUIS COM A SUA AÇÃO (finalidade). 
Sendo assim, conclui-se que os causalistas não se preocupavam com a finalidade. A teoria causalista separa vontade de 
finalidade. Bastava a vontade de praticar a conduta, independentemente da sua finalidade. 
2.1.1 A TEORIA CAUSALISTA E SUAS CRÍTICAS 
• TENTATIVA – Como a finalidade não era analisada, a teoria não explicava o fenômeno da tentativa. 
• CRIME OMISSIVO - Só considerava ações comissivas. 
• ESPECIAIS FINS DE AGIR - Não era analisada a finalidade da conduta. 
• INIMPUTÁVEL (CRITÉRIO BIOLÓGICO) - O inimputável não tem culpabilidade, mas age com dolo. Se o dolo do agente estava na 
culpabilidade -conforme sustentado pelos causalistas-, e o agente não tem culpabilidade, então como poderia ter dolo? 
Para determinada teoria, criticada por não conseguir explicar a culpa inconsciente, a culpabilidade deve abordar os elementos 
subjetivos dolo e culpa, sendo a imputabilidade pressuposto para sua análise. Nessa perspectiva, a culpabilidade retira o seu 
fundamento do aspecto psicológico do agente. Nesse sentido, é a relação subjetiva entre o fato e o seu autor que toma relevância, 
pois a culpabilidade reside nela.O texto precedente refere-se à teoria causal naturalista ou psicológica. (certa) CESPE - 2022 - MPE-TO 
2.2 TEORIA CAUSAL-VALORATIVA (TELEOLÓGICA, NEOKANTISMO, BADEN, MEZGER) 
Especificamente no conceito de ação, a par de seu conteúdo causal, faz-se uma aproximação a um conceito mais geral do que 
ao referente ao estrito movimento corpóreo. Propõem-se, para isso, inúmeros arranjos, definindo-se a ação simplesmente como 
conduta volitiva, realização da vontade, conduta voluntária ou conduta humana. Amplia-se, assim, a esquemática de Liszt-Beling ao 
extremo limite que possa suportar ainda um conceito objetivo-causal, a fim de possibilitar dentro do conceito de ação a compreensão 
de inúmeras formas da atividade fundamentadora de um fato punível. Isto tem particular importância no tratamento do delito 
omissivo, bem como na própria superação da forma causal-objetiva, subsistente nos autores tradicionais. 14 
A ação vem a ser causalidade juridicamente relevante, consistente em atuar no sentido de um resultado (socialmente útil ou 
danoso), juridicamente relevante.15 
Com relação à conduta, a teoria neokantista, que surgiu como reação à concepção positivista de tipo penal, propõe que o tipo 
penal não contém apenas elementos de ordem objetiva, não sendo, assim, meramente descritivo, e não podendo o fato típico 
depender de mera comparação entre o fato objetivo e a descrição legal. (certa) CESPE - 2011 - DPE-MA 
• Sobre a teoria finalista da ação, o tipo constitui um indício de antijuridicidade, característica que remonta à fase anterior ao neokantismo. 
(certa) 2012 - MPE-MG 
O neokantismo, diferentemente da teoria clássica, conseguiu explicar os crimes omissivos. Se a omissão pode ser negativamente 
valorada, ela pode ser considerada uma conduta típica. 
Para o Neokantismo, o direito positivo não possui um valor intrínseco, objetivo, que pode ser identificado e descrito, mas as 
normas jurídicas aparecem determinadas por valores que lhes são prévios e que contaminam não apenas sua edição, mas os 
próprios autores de sua elaboração, pelo que a pretensa verdade jurídica vem influenciada pela cultura.16 (certa) 2019 - MPE-PR 
O modelo Neokantista possui o mérito de ter demonstrado que toda realidade traz em seu bojo um valor preestabelecido, 
permitindo a constatação de que as normas jurídicas, como um produto cultural, possuem como pressupostos valores prévios, e o 
 
13 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 274 
14 1980. Teorias do Delito, Juarez Tavares p. 43. 
15 2019. Tratado de Direito Penal Brasileiro, Volume 1, Luiz Regis Prado, p. 723 
16 2015. Paulo César Busato, Direito Penal, p. 223. 
elaborado por @fredsmcezar 
próprio intérprete que, por mais que procure adorar certa neutralidade, não estará imune a maior ou menor influência desses valores. 
(certa) 2013 - MPE-MS 
O sistema neoclássico significa uma reaproximação dos valores, o pêndulo se reaproxima dos juízos de valores, e esse novo 
sistema é fundado na ideia de importância de elementos valorativos dentro da teoria do delito. Inspirado nesse pensamento, Frank 
introduz na culpabilidade um elemento novo: exigibilidade de conduta diversa.17 
A tipicidade, no conceito neoclássico de delito (neokantismo), foi profundamente afetada pelo descobrimento de elementos 
normativos do tipo. Os elementos subjetivos do injusto, por sua vez, somente vieram a integrar a tipicidade com o advento do 
finalismo. (errada) FUNDEP - 2019 - MPE-MG 
O modelo Neokantista, da teoria teleológica do delito, manteve o dolo natural e a culpa strictu sensu na culpabilidade, 
acrescentando a esta, apenas, o elemento exigibilidade de conduta conforme o Direito. (errada) 2021 – MPDFT 
2.3 TEORIA FINALISTA (WELZEL) 
A teoria finalista entende que, por ser o delito uma conduta humana e voluntária que tem sempre uma finalidade, o dolo e a 
culpa são abrangidos pela conduta. (certa) 2015 - MPE-SP 
Segundo a teoria finalista da ação, considera-se equivocada a ideia de ser a conduta um mero movimento corporal despido de 
finalidade, pois o que caracteriza o ser humano, ontologicamente, é, justamente, a capacidade de poder prever, dentro de certos 
limites, as consequências possíveis de sua atividade, e dirigi-la, conforme o planejado, até atingir os seus objetivos. (certa) 2013 - PGR - 
PROCURADOR DA REPÚBLICA 
Hans Welzel → “A ação humana é o exercício de uma atividade final”. Welzel acabou com a separação entre vontade e finalidade. 
Toda ação humana tem conteúdo, tem finalidade graças ao saber causal, o homem pode prever o resultado de suas condutas. 
O finalismo, de Hans Welzel, nem sempre considerou o crime como fato típico, antijurídico e culpável. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO 
DE POLÍCIA 
SISTEMA FINALISTA 
1º - DOLO e CULPA foram alocados no campo da TIPICIDADE. 
2º - O sistema finalista é compatível com o conceito BIPARTIDO ou TRIPARTIDO de crime. 
3º - No campo da CULPABILIDADE vigorava a teoria NORMATIVA PURA. 
4º - O DOLO é NATURAL, ACROMÁTICO. AVALORADO. 
A teoria finalista da ação, adotada pelo Código Penal em sua Parte Geral, concebe o crime como um fato típico e antijurídico. A 
culpabilidade diz respeito à reprovabilidade da conduta. O dolo, que integrava o juízo de culpabilidade, para esta teoria é elemento 
estruturante do fato típico. Essa adoção pretende corrigir contradições na teoria da causalidade normativa. (certa) FCC - 2015 - DPE-MA 
• Segundo a teoria finalista, a imputabilidade, a consciência acerca da ilicitude do fato e da exigibilidade de conduta diversa são elementos 
normativos da culpabilidade. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA 
• O dolo pertence à conduta, tendo como seus componentes a intencionalidade (elemento volitivo) e a previsão do resultado (elemento 
intelectual). A potencial consciência da ilicitude, que é um dos elementos normativos da culpabilidade, não integra o dolo. (certa) 2010 - MPE-
MG 
• A teoria finalista da ação adota o dolo como um dolo normativo, que é a vontade consciente de praticar a conduta típica, acompanhada da 
consciência de praticar um ato ilícito. (errada) 2010 - PGE-RS 
• De acordo com a teoria finalista, a ação é o comportamento humano voluntário, dirigido à atividade final lícita ou ilícita. (certa) 2011 - PC-MG - 
DELEGADO DE POLÍCIA 
• Em Direito Penal, o erro de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista, integra o dolo e a culpa. (errada) 
FCC - 2012 - DPE-SP 
• De acordo com a visão finalista do tipo, a concepção material de ilicitude permite a construção de causas supralegais de just ificação. (certa) 
CESPE - 2013 - MPE-RO 
• No conceito finalista de delito, dolo e culpabilidade têm como característica comum a sua natureza normativa. (errada) 2013 – MPDFT 
• Para o finalismo, é erro de tipo PROIBIÇÃO o que incide sobre a consciência da ilicitude, que pode ser meramente potencial. (errada) 2013 – MPDFT 
• Quanto à tipicidade penal, finalista, conduta é a atividade humana conscientemente dirigida a uma finalidade. (certa) FCC - 2014 - DPE-PB 
• A transformação realizada pelo finalismo na teoria do delito consiste, principalmente, na relevância atribuída à vontade e aos aspectos 
subjetivos da culpabilidade. (errada) FCC - 2016 - DPE-BA 
• Consoante a doutrina finalista, os conceitos de dolo de culpabilidade são conceitos normativos. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL 
 
17 Aula – Ana Paula Vieira (Curso Ênfase) 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-mpe-ro-promotor-de-justica
elaborado por @fredsmcezar 
• Doutrinadores nacionais admitem que a reforma de 1984 da Parte Geral do Código Penal, especialmente no que concerne ao “conce ito de 
crime”, aderiu ao “finalismo”. Hans Welzel é considerado o criador de tal sistema jurídico-penal. (certa) VUNESP - 2017 - DPE-RO 
• Sobre a doutrina da ação finalista, tal qual formulada por Hans Welzel, é correto afirmar que a direção final de uma ação se dá emduas fases, 
que nas ações simples se entrecruzam, a saber, uma que ocorre na esfera do pensamento, com a antecipação do fim a realizar, a seleção 
dos meios necessários à sua realização e a consideração dos efeitos simultâneos decorrentes dos fatores causais eleitos; e a concretização 
da ação no mundo real, de acordo com a projeção mental. (certa) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL 
• Nos moldes do finalismo penal, pode a inexigibilidade de conduta diversa ser considerada causa supralegal de exclusão de ilicitude CULPABILIDADE. 
(errada) FUMARC - 2018 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO 
• Para Welzel, a culpabilidade é a reprovabilidade de decisão da vontade, sendo uma qualidade valorativa negativa da vontade de ação, e não a 
vontade em si mesma. O autor aponta a incorreção de doutrinas segundo as quais a culpabilidade tem caráter subjetivo, porquanto um estado 
anímico pode ser portador de uma culpabilidade maior ou menor, mas não pode ser uma culpabilidade maior ou menor. Essa definição de 
culpabilidade está relacionada à teoria normativa pura, ou finalista. (certa) CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO 
• O dolo, segundo a teoria finalista, constitui elemento normativo SUBJETIVO do tipo. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto 
• Para o finalismo, o juízo de culpabilidade deve recair sobre o fato AGENTE. (errada) 2021 - MPDFT 
Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e desenvolvida sob o domínio 
da vontade do agente, razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida em estado de inconsciência, como no caso de quem, 
durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme ao seu lado. Para esta 
mesma teoria, a culpabilidade não é psicológica, nem psicológico-normativa. (certa) 2017 - MPE-RS 
No erro de tipo, o erro recai sobre o elemento intelectual do dolo – a consciência –, impedindo que a conduta do autor atinja 
corretamente todos os elementos essenciais do tipo. É essa a razão pela qual essa forma de erro sempre exclui o dolo, que, no 
finalismo, encontra-se no fato típico e não na culpabilidade. (certa) 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA 
A consciência atual da ilicitude é elemento do dolo, conforme a teoria finalista da ação. (errada) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO 
DE POLÍCIA FEDERAL. No finalismo, basta a consciência potencial e esta está alocada no campo da culpabilidade. 
O finalismo, de Hans Welzel (que, aliás, sempre considerou o crime fato típico, antijurídico e culpável, em todas as suas obras), 
crendo que a conduta deve ser valorada, porque se trata de um juízo de realidade, e não fictício, deslocou o dolo e a culpa da 
culpabilidade para o fato típico. Assim, a conduta, sob o prisma finalista, é a ação ou omissão voluntária e consciente, que se volta 
a uma finalidade. Ao transferir o dolo para a conduta típica, o finalismo despiu-o da consciência de ilicitude, que continuou fixada 
na culpabilidade.18 
2.4 TEORIA CIBERNÉTICA 
Também conhecida como “ação biociberneticamente antecipada”, leva em conta o controle da vontade, presente tanto nos 
crimes dolosos como nos crimes culposos. busca compatibilizar o finalismo penal com os crimes culposos.19 
O modelo da conduta biociberneticamente antecipada foi concebido como a última etapa de evolução do neokantismo. Nesse 
modelo, o conceito de ação deixa de ser apenas naturalista para ser, também, normativo, redefinido como comportamento humano 
voluntário. E, por levar em conta o controle da vontade, presente tanto nos crimes dolosos como nos crimes culposos, a teoria da 
ação cibernética serviu de inspiração para a elaboração do sistema finalista. (errada) 2014 - MPE-GO 
2.5 TEORIA SOCIAL20 
Para essa teoria, os ideais clássico e finalista são insuficientes para disciplinar a conduta, porque desconsiderariam uma nota 
essencial do comportamento humano: o seu aspecto social. Nesse contexto, Johannes Wessels, na tentativa de equacionar esse 
problema, criou a teoria social da ação. Assim, socialmente relevante seria a conduta capaz de afetar o relacionamento do agente 
com o meio social em que se insere. Essa teoria não exclui os conceitos causal e final de ação. Deles se vale, acrescentando-lhes 
o caráter da relevância social. 
• Segundo a teoria social da ação, considera-se que a conduta pode constituir-se em uma atividade final, pode restringir-se a uma causação 
involuntária de consequências relevantes previsíveis ou pode manifestar-se por intermédio da inatividade frente a uma expectativa de ação, 
sendo sempre irrelevante a existência de um sentido social. (errada) 2013 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA 
Para os seus defensores, a vantagem dessa teoria consiste no fato de o elemento sociológico cumprir a missão de permitir ao 
Poder Judiciário a supressão do vácuo criado pelo tempo entre a realidade jurídica e a realidade social. 
Um fato não pode ser tipificado pela lei como infração penal e, simultaneamente, ser tolerado pela sociedade, caso em que 
estaria ausente um elemento implícito do tipo penal, presente em todo modelo descritivo legal, consistente na repercussão social 
da conduta. 
• Para a teoria social da ação, um fato considerado normal, correto, justo e adequado pela coletividade, ainda que formalmente enquadrável 
em um tipo incriminador, pode ser considerado típico pelo ordenamento jurídico, devendo, no entanto, ser excluída a culpabilidade do 
agente. (errada) CESPE - 2009 - MPE-RN 
 
18 2020. Manual de Direito Penal - Guilherme de Souza Nucci, p. 221 
19 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 277 
20 2019. Direito Penal. Vol. 1 Parte Geral. Cleber Masson, p. 278 
elaborado por @fredsmcezar 
Por corolário, para que o agente pratique uma infração penal é necessário que, além de realizar todos os elementos previstos 
no tipo penal, tenha também a intenção de produzir um resultado socialmente relevante. 
A principal crítica que se faz a essa teoria repousa na extensão do conceito de transcendência ou relevância social, que se presta 
a tudo, inclusive a fenômenos acidentais e da natureza. A morte de uma pessoa provocada por uma enchente, por exemplo, possui 
relevância social, na medida em que enseja o nascimento, modificação e extinção de direitos e obrigações. Com efeito, ao mesmo 
tempo em que não se pode negar relevância social ao delito, também se deve recordar que tal qualidade é inerente a todos os fatos 
jurídicos, e não apenas aos pertencentes ao Direito Penal. 
2.6 TEORIA JURÍDICO-PENAL21 
É a teoria sustentada por Francisco de Assis Toledo para superar os entraves travados entre as vertentes clássica, finalista e 
social. “Ação é o comportamento humano, dominado ou dominável pela vontade, dirigido para a lesão ou para a exposição a 
perigo de um bem jurídico, ou, ainda, para a causação de uma previsível lesão a um bem jurídico”. 
A palavra “ação” é empregada por Assis Toledo em sentido amplo, como sinônimo de conduta, englobando, assim, a ação 
propriamente dita e a omissão. 
2.7 TEORIA DA AÇÃO SIGNIFICATIVA 22 
Com base nas lições filosóficas de Ludwig Wittgenstein e Jürgen Habermas, o penalista espanhol Tomás Salvador Vives Antón 
desenvolveu a teoria da ação significativa (ou conceito significativo de ação), com substrato normativo, apresentando uma nova 
definição de conduta penalmente relevante. 
As ações não são meros acontecimentos, têm um sentido (significado) e, por isso, não basta descrevê-las, é necessário entendê-
las, interpretá-las. Diante dos fatos, que podem explicar-se segundo as leis físicas, químicas, biológicas ou matemáticas, as ações 
humanas devem ser interpretadas de acordo com as regras ou normas. 
Portanto, não existe um conceito universal e ontológico de ação. Não há um modelo matemático ou uma fórmula lógica que 
permita oferecer um conceito de ação humana válido para todas as diferentes espécies de ações que o ser humano pode realizar.

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