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Caso clínico X Achados de TB
Broncoscopia
A broncoscopia é um procedimento essencial para o médico que trata de pacientes com doenças respiratórias, sendo versátil e altamente efetivo no diagnóstico e no tratamento. Formas com exames micobacteriológicos iniciais negativos;
Suspeita de outra doença pulmonar que não a tuberculose;
Presença de doença que acometa difusamente o parênquima pulmonar (ex. TB miliar);
Suspeita de tuberculose endobrônquica;
Pacientes imunodeprimidos, particularmente os infectados pelo HIV (maior risco de formas não cavitárias e, portanto, menor positividade do escarro).
As indicações mais frequentes são relacionadas a infecções, como pneumonias, bronquites, bronquiectasias, tuberculose. A broncoscopia tem o papel não somente de limpeza e eventual desobstrução por retirada das secreções, mas também de diagnóstico, com identificação do agente patogênico. A broncoscopia e os procedimentos a ela associados, como lavado brônquico, lavado broncoalveolar, escovado brônquico, biópsia brônquica, biópsia transbrônquica e punção aspirativa com agulha, podem ser úteis no diagnóstico da tuberculose nas seguintes situações:
Resultado: No caso, Dona Antônia obteve lavado bronco-alveolar positivo para bar, observando-se então a presença do bacilo e a positividade diagnóstica para tuberculose.
Teste Rápido De Tuberculose
O TRM-TB está indicado, prioritariamente, para o diagnóstico de tuberculose pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes. O TRM-TB é um teste de amplificação de ácidos nucleicos utilizado para detecção de DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas resistentes à rifampicina pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real. O teste apresenta o resultado em aproximadamente duas horas em ambiente laboratorial, sendo necessária somente uma amostra de escarro. A sensibilidade do TRM-TB em amostras de escarro de adultos é de cerca de 90% sendo superior à da baciloscopia. O teste também detecta a resistência à rifampicina, com uma sensibilidade de 95%. Atualmente, no Brasil, o TRM-TB representa o método de escolha para a pesquisa de tuberculose.
Resultado: No caso, dona Antônia não realizou o teste, não sendo possível obter resultados a partir desse teste.
Cultura De Escarro Para Baar + Teste De Sensibilidade
A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença. Os métodos para cultura de micobactérias utilizam a semeadura da amostra em meios de cultura sólidos e líquidos. Os meios de cultura mais comumente utilizados são os sólidos à base de ovo, Löwenstein-Jensen e Ogawa-Kudoh. Eles têm a vantagem de serem de menor custo e de apresentarem um baixo índice de contaminação. A desvantagem do meio sólido é o tempo de detecção do crescimento bacteriano, que varia de 14 a 30 dias, podendo estenderse por até oito semanas. O meio líquido é utilizado nos métodos automatizados disponíveis no Brasil, entre eles MGIT®, no qual o tempo de resultado varia entre 5 a 12 dias, quando positivo; e 42 dias, quando negativo. A identificação da espécie é feita por métodos bioquímicos e fenotípicos ou por meio de técnicas moleculares. O resultado da cultura confirma o diagnóstico de micobacteriose, já que a cultura é o padrão ouro, sendo necessária a identificação de espécie para caracterizar se é um caso de TB ou outra micobactéria. 
Resultado: No caso, dona Antônia teve resultado positivo para a cultura, indicador de tuberculose.
Obs: Todos os exames (baciloscopia, TRM-TB ou cultura) deverão ser realizados, preferencialmente, na mesma amostra de escarro. Caso o volume seja insuficiente, deve-se coletar uma segunda amostra.
A cultura para BK possui elevada sensibilidade e especificidade, podendo ser realizada em meios sólidos ou líquidos. As principais vantagens desses meios são o baixo custo e a menor chance de contaminação, sendo sua grande desvantagem a demora para o crescimento micobacteriano (14 a 30 dias, podendo se estender até 60 dias). Com a cultura positiva (como foi o do caso), a identificação da espécie deve ser feita por técnicas bioquímicas, fenotípicas e/ou biomoleculares. Toda cultura positiva deve ser submetida ao TSA (Teste de Sensibilidade Antimicrobiana) para verificação de resistência aos fármacos. Por padrão, os fármacos inicialmente testados são: estreptomicina, isoniazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida. O TSA deverá ser pedido sempre que uma população de risco for o paciente com suspeita de tuberculose.
Resultado: No caso, dona Antônia teve resultado de sensibilidade a: r, z, h, e. 
Obs: Para todo paciente com coinfecção tuberculose/HIV, deve ser realizada cultura com teste de sensibilidade em amostra de escarro.
BACILOSCOPIA 2ª AMOSTRA
A baciloscopia consiste na pesquisa direta do bacilo de Koch através do exame microscópico. O método de Ziehl-Neelsen é a técnica de coloração mais utilizada. A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de TB pulmonar em adultos, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos com baciloscopia positiva são os maiores responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão. deve ser realizada em duas amostras: uma por ocasião do primeiro contato com a pessoa que tosse e outra, independentemente do resultado da primeira, no dia seguinte, com a coleta do material sendo feita preferencialmente ao despertar. Nos casos em que houver indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentarem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais.
Além disso a baciloscopia é o exame de escolha para acompanhar a resposta terapêutica na TB pulmonar bacilífera, uma vez que sua negativação representa o parâmetro mais confiável para demonstrar a eficácia do tratamento.
Resultado: No caso, dona Antônia teve resultado negativo, podendo seguir as recomendações acima. O resultado negativo também pode ter como explicação uma imunodeficiência grave.
Prova Tuberculínica: 5 Mm
A prova tuberculínica (PT) é utilizada para diagnóstico de ILTB e pode também auxiliar o diagnóstico de tuberculose ativa em crianças. Consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico purificado do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a esses antígenos. 
Ela identifica os indivíduos infectados pelo bacilo de Koch, seja infecção latente (ILTB) ou infecção-doença (TB). Pessoas infectadas pelo BK desenvolvem, após 2 a 10 semanas, uma memória imunológica pela seleção de linfócitos T helper (CD4+) específicos contra o BK. A partir desse momento, ao injetarmos o PPD na derme do paciente surge uma lesão indurada e eritematosa cerca de 48-72h após a injeção. O que aconteceu? Os linfócitos T helper específicos contra o BK determinaram uma reação tipo IV (hipersensibilidade tardia) naquele local. A prova tuberculínica é feita com a administração intradérmica de 2 UT (Unidades Tuberculínicas) no 1/3 médio da face anterior do antebraço esquerdo, equivalente a 0,1 ml da solução padrão utilizada no Brasil (PPD-RT 23). A leitura é feita 48-72h após (podendo estender o prazo até 96h, caso o paciente não compareça na data marcada) medindo-se o tamanho da induração, e não do eritema! 
Não há evidências para utilização de PT como método auxiliar no diagnóstico de TB pulmonar ou extrapulmonar no adulto. Uma PT positiva não confirma o diagnóstico de TB ativa, assim como uma PT negativa não o exclui. 
Indivíduos com PT documentada e resultado ≥ 5 mm não devem ser retestados, mesmo diante de uma nova exposição ao M. tuberculosis. Considerar positivo quando ≥ a 5mm e negativa quando < a 5 mm.
Resultado: No caso, dona Antônia e os filho tiveram resultado ≥ 5mm, sendo positivo. 
Cultura Para Fungos E Cultura De Bactérias No Escarro + Pesquisa De Fungos No Escarro 
O exame de escarro detecta bactérias ou fungos que podem causar infecçãonos pulmões.
Resultado: No caso, dona Antônia teve resultado negativo para ambos.
SOROLOGIA PARA PARACOCCIDIOIDOMICOSE NEGATIVA
A paracoccidioidomicose (PCM), também conhecida como doença de Lutz, blastomicose sul-americana, blastomicose brasileira, moléstia de Lutz-Splendore-Almeida e micose de Lutz. A PCM é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis (Pb) que, na temperatura ambiente (25ºC), cresce na forma de filamentos septados que dão origem ao micélio, forma encontrada no solo como saprofítica permanente. O diagnóstico considerado por muitos autores padrão-ouro para a PCM é o encontro de células fúngicas sugestivas de Paracoccidioides brasiliensis no Exame Microscópico Direto (EMD) de escarro ou outro espécime clinico (raspado de lesão, aspirado de linfonodos) ou fragmento de biopsia. Os testes sorológicos mais utilizados no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes de PCM são: fixação do complemento (CF), contraimunoeletroforese (CIE), imunofluorescência, radioimunoensaio, inibição passiva da hemoaglutinação, imunodifusão dupla (IDD), ensaio imunoenzimático (ELISA e MELISA), dot blot, Western Blot e mais recentemente ELISA de competição.
Resultado: No caso, dona Antônia teve resultado negativo, excluindo PCM.
TOMOGRAFIA DE TORAX
O acometimento de múltiplos lobos pulmonares é habitualmente relatado na forma pós primaria também podendo ocorrer na forma primária. Os segmentos apical e posterior do lobo superior direito, apicoposterior do lobo superior esquerdo superiores dos lobos inferiores são os mais envolvidos. Esses achados são frequentes na tuberculose pós-primaria. Os sinais de disseminação broncogênica foram os nódulos do espaço aéreo, os nódulos centrolobulares e o aspecto de árvore em brotamento. Os nódulos do espaço aéreo são nódulos centrolobulares que crescem e coalescem, e que após a instituição de antibioticoterapia se tornam menores e com limites definidos. Além disso, nas tomografias seqüenciais realizadas, a resolução da consolidação pulmonar iniciava-se pela periferia, com aparecimento de nódulos do espaço aéreo e, posteriormente, nódulos centrolobulares. Portanto, a freqüência elevada dos nódulos do espaço aéreo observada neste trabalho pode estar relacionada ao tempo de doença em atividade e de antibioticoterapia instituída. O espessamento de paredes brônquicas, pode ser normalmente observado em associação com outros sinais de disseminação broncogênica. A opacidade em vidro fosco pode ser encontrada e sua baixa frequencia poderia ser explicada pelo tempo de antibioticoterapia. O espessamento dos septos inter e intralobulares pode ser explicado pela presença de material caseoso nos septos e/ou pela redução da drenagem linfática, causada pela presença de linfonodomegalias centrais, que desaparecem com a antibioticoterapia. A ausência de massas, linfonodos aumentados descarta a ideia de alguma malignidade.
Resultado: No caso, dona Antônia teve consolidação confirmada (que é comum na TB pulmonar), sem massas, sem linfonos aumentados que excluem malignidade.
GENOTIPAGEM
A genotipagem pré-tratamento está indicada para todas as gestantes infectadas pelo HIV, de forma a orientar o esquema terapêutico se houver necessidade de mudança deste, e obter dados epidemiológicos a respeito de resistência transmitida. A realização de genotipagem para gestantes deve ser considerada uma prioridade dentro da rede de assistência. Contudo, ressalta-se que o início da TARV não deve ser retardado até a obtenção do resultado desse exame. A genotipagem pré-tratamento (para PVHIV virgens de TARV) está indicada para todos os pacientes coinfectados com TB e HIV, de forma a orientar o esquema terapêutico se houver necessidade de mudança deste (avaliação de resistência primária transmitida aos ARV do esquema inicial). Contudo, ressalta-se que o início do tratamento não deve ser retardado até obtenção do resultado desse exame.
Resultado: No caso, dona Antônia teve genotipagem sensível a todos retrovirais logo uma vez detectadas mutações de resistência, é muito provável que o medicamento não apresente ação ou tenha ação reduzida in vivo Vale ressaltar que os ITRN têm importante atividade residual, isto é, mantêm atividade antiviral mesmo na presença de mutações de resistência.
filhos
Resultado: No caso RX normal em ambos filhos, possuem PPD positivo, mas sem nenhum acometimento pulmonar até o momento. HIV negativo, se atentar pra transmissão vertical!
medidas de controle e prevenção
MEDIDAS DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE EM SERVIÇOS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA (SAE) 
Todo ambiente onde circulam pacientes que produzam aerossóis contendo Mycobacterium tuberculosis (bacilo da tuberculose) oferece algum risco de transmissão. Para diminuí-lo é preciso considerar alguns pressupostos: 
A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com TB ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções. 
Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no ambiente e quanto menor a ventilação desse ambiente, maior será a probabilidade de infectar os circunstantes. 
Com o inicio do tratamento adequado e o uso correto de medicamentos antiTB, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas. Portanto, deve-se priorizar ações preventivas para os pacientes com maior risco de transmissibilidade, aqueles não diagnosticados (sintomático respiratório) ou nas primeiras duas semanas de tratamento.
Ocorrendo infecção pelo bacilo da TB, as pessoas com maior risco de adoecer são aquelas com a imunidade comprometida.
Dentre as ações de controle da coinfecção TB-HIV direcionadas ao SAE, as medidas de controle da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis representam uma prioridade, já que o desenvolvimento de TB ativa pode ocorrer mesmo em pessoas que já estão em acompanhamento clínico nos SAE. 
O Sintomático Respiratório No SAE 
A definição de sintomático respiratório (SR) utilizada nacionalmente é: pessoa com tosse por tempo igual ou superior a três semanas. No entanto, considerando-se as especificidades da PVHA, recomenda-se o período de duas semanas para definição de SR. 
A busca ativa de SR é uma atividade de saúde pública que deve ser realizada permanentemente por todos os serviços de saúde, uma vez que tem grande impacto na interrupção precoce da cadeia de transmissão da tuberculose. Os SAE precisam viabilizar todas as etapas da estratégia operacional de busca ativa descritas a seguir:
Interrogar sobre a presença e duração da tosse, independentemente do motivo da procura.
Orientar os SR na coleta do escarro para realização de baciloscopias e cultura com identificação de espécie e teste de sensibilidade (TS). 
Coletar duas amostras de escarro, uma no momento da identificação e outra no dia seguinte. 
Registrar as atividades nos instrumentos padronizados (pedido de baciloscopia e Livro de Registro de Sintomático Respiratório – PNCT). Estabelecer fluxo para conduta nos casos positivos e negativos à baciloscopia.
· Avaliar rotineiramente a atividade da busca por meio dos indicadores sugeridos: proporção de sintomáticos respiratórios examinados, proporção de baciloscopias positivas e proporção da meta alcançada. 
As medidas de controle de transmissão dividem-se em três categorias: administrativas (gerenciais), de controle ambiental (ou de engenharia) e de proteção individual. 
Medidas administrativas 
As medidas administrativas, isoladamente, são as mais efetivas na prevenção da transmissão da tuberculose e devem ser priorizadas. Essas medidas estão relacionadas a rotinas e protocolos e previnem a geração de partículas infectantes na unidade, reduzindo assim a exposição de profissionais de saúde e usuários do serviço. Tendo em vista que não é possível eliminar completamente a geração e a exposição às partículas infectantes, as medidas de controle ambiental e proteção individual são complementares a essas ações. São relacionadas à prática do trabalho cotidiano e fazem parte da primeiralinha na prevenção da disseminação da TB em unidades de saúde. Considerando o percurso e o tempo de permanência do paciente com TB nos diferentes locais da unidade, devem-se propor mudanças na organização do serviço, no treinamento dos profissionais e na reorganização do atendimento. Essas providências, além de pouco onerosas, têm grande efeito na redução do risco de transmissão da doença. As medidas administrativas visam: 
Desenvolver e implementar políticas escritas e protocolos para assegurar rápida identificação, isolamento respiratório, diagnóstico e tratamento de pessoas com provável TB pulmonar. 
Proporcionar educação permanente dos profissionais de saúde para diminuir o retardo no diagnóstico de TB e promover seu adequado tratamento. 
Para prevenção da transmissão da tuberculose nas unidades de saúde, devem ser implementadas as seguintes etapas:
Recomenda-se designar uma ou mais pessoas para elaborar e monitorar o plano de controle da TB, adaptado às condições da instituição.
Medidas de controle ambiental 
Esse grupo de medidas inclui adaptação de mobiliário, adaptação dos espaços de atendimento com eventuais reformas ou construção de espaços adequados com o objetivo de melhorar a ventilação e iluminação de locais de atendimento e espera. 
A adequação de unidades já existentes deve ser considerada. Na maioria das vezes, é possível obter soluções que diminuam o risco de transmissão de TB somente a partir da adaptação dos locais e do mobiliário existentes, sem a necessidade de obras ou investimentos maiores. Para cumprir seus objetivos, o SAE deve ser projetado e construído com infraestrutura adequada às atividades desenvolvidas, de acordo com as normas vigentes (RDC no 50/2002; Lei nº 6.360/1976, e suas atualizações). Inicialmente é preciso observar e escolher ambientes de permanência bem ventilados. Havendo condições, devem ser designadas áreas externas para espera de consultas, como varandas com proteção do sol e da chuva. Exaustores ou ventiladores devem ser posicionados de forma que o ar dos ambientes potencialmente contaminados se dirija ao exterior e não aos demais cômodos da instituição. 
Especial cuidado deve ser observado nas áreas de coleta de escarro. De preferência esta ação deve ocorrer em área externa da unidade, resguardando a privacidade do paciente. Nunca utilizar cômodos fechados, como banheiros, para esse procedimento. O escarro induzido só deve ser realizado em salas com condições adequadas de biossegurança. É um procedimento que estimula a produção de aerossóis. Esses locais devem dispor de renovação do ar de pelo menos seis vezes por hora, em unidades antigas, e 12 a 15 vezes em unidades recém-projetadas, além de pressão negativa em relação aos ambientes contíguos. 
Em geral, a pressão negativa pode ser obtida apenas com exaustores. A descarga do ar exaurido deve ser direcionada para o exterior da unidade, para locais afastados de outros pacientes, dos profissionais de saúde e de sistemas de captação de ar. Para isso, se necessário, o exaustor pode ser conectado a um duto, para que a descarga de ar se faça a, pelo menos, 9m de qualquer abertura externa do ambiente (como janelas, vãos de entrada de pessoas etc.) e a uma altura de 3m acima do teto da construção, levando-se em consideração a direção dos ventos predominantes.
Caso não seja viável esse direcionamento, uma alternativa é a utilização de filtros de alta eficiência para ar particulado (filtros Hepa – High Efficiency Particulate Air), que eliminam os bacilos em suspensão, permitindo que o ar seja descarregado em ambientes onde circulem pessoas. A manutenção de filtros e exaustores deve ser estabelecida e monitorada pelo plano de controle local. Consultórios precisam ser arejados, com entrada de luz solar e janelas abertas. Ventiladores direcionados para janelas podem contribuir para criar um direcionamento do fluxo de ar para área externa. Exaustores exercem essa função de forma mais eficaz. Quando adquiridos, devem levar em consideração a capacidade do equipamento e o volume de ar da sala que deve ser trocado cerca de seis a 15 vezes por hora. 
A instalação de aparelhos de ar condicionado em consultórios dificulta a obtenção de exaustão adequada. Em locais muito quentes, cuja utilização de aparelhos de ar condicionado proporciona conforto adicional, estudo de fluxo e adequação do exaustor, com trocas adequadas ao condicionador de ar, pode ser feito por profissionais qualificados. Alternativamente, o aparelho de ar condicionado pode ser utilizado nas salas comuns, reservando-se uma sala com ventilação natural, bem iluminada ou com exaustores e ventiladores, direcionando o fluxo para o atendimento do paciente com suspeita de TB, identificado na busca ativa.
Os projetos para construção ou adaptação de ambientes para atendimento de PVHA, levando em consideração os riscos de transmissão de tuberculose, devem envolver profissionais de arquitetura/engenharia e profissionais de saúde que conheçam o fluxo e o tipo de paciente atendido. 
Medidas de proteção individual 
As medidas de proteção individual consistem no uso correto de máscaras adequadas, por profissionais de saúde, em situações e ambientes de maior risco. O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes com TB deve ser feito de forma criteriosa. Muitos profissionais dedicam a esse item valor prioritário, negligenciando medidas administrativas e de controle ambiental, que certamente têm maior impacto na sua proteção e dos demais pacientes. 
Somente as máscaras tipo PFF2– padrão brasileiro e da União Europeia –, ou N95 – padrão dos Estados Unidos –, são eficazes para a proteção de profissionais de saúde. As máscaras devem ser utilizadas somente em áreas de alto risco de transmissão, como quartos de isolamento respiratório, sala de escarro induzido, ambulatório para atendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB, com suspeita de resistência ou resistência comprovada aos medicamentos da tuberculose.
No SAE, a máscara deve ser usada por profissionais que assistem pacientes na sala de escarro induzido e podem ser utilizadas na sala em que o paciente com TB pulmonar ainda infectante ou SR será atendido. No entanto, o uso de máscaras pelos profissionais de saúde somente durante o atendimento é de pouca utilidade. Isso ocorre porque, quando o paciente deixa o local de atendimento, os bacilos permanecem no ambiente por até mais de oito horas, dependendo da ventilação e iluminação. 
É necessário treinamento especial para uso das máscaras PFF2 ou N95, uma vez que devem ser perfeitamente adaptadas ao rosto do trabalhador. Essas máscaras podem ser reutilizadas desde que estejam íntegras e secas. Para melhor conservação, elas devem ser guardadas após o uso em envelopes de tecido (tipo panos de limpeza com poros) ou de papel, nunca em sacos plásticos. Além disso, não se deve escrever nas máscaras ou amassá-las.
Controle De Infecção Pelo M. Tuberculosis No Domicílio E Em Outros Ambientes
A recomendação para a necessidade de ventilação adequada dos ambientes de moradia e de trabalho, considerando os riscos de aglomeração de pessoas em locais pouco ventilados, deve fazer parte das orientações gerais de saúde e se aplica tanto na prevenção de tuberculose quanto de outras doenças de transmissão aérea e por gotículas. Levar o braço ou lenço à boca e ao nariz quando tossir e espirrar também faz parte dessas orientações gerais. Ambientes públicos e de trabalho devem seguir regras de ventilação e de refrigeração estabelecidas pela vigilância sanitária. Na visita domiciliar realizada por agente comunitário ou outro profissional de saúde, algumas recomendações devem ser observadas: 
orientar sobre medidas gerais – o SR ou a pessoa com TB deve cobrir a boca com o braço ou o lenço ao tossir e manter o ambiente arejado, com luz solar; 
esclarecer que o compartilhamento de objetos em geral e/ou de uso pessoal não transmite a TB; 
sempre questionar sobre a presença de SR no domicílio e, em caso positivo, proceder conforme preconizado no capítulo Detecçãode Casos de Tuberculose; 
orientar coleta de escarro em local ventilado; fazer a observação da tomada dos medicamentos (TDO) em local bem ventilado (jardim, varanda, próximo da janela etc.), principalmente no primeiro mês de tratamento. Em casos excepcionais, como na impossibilidade de atendimento do paciente em ambiente externo por dificuldade de deambulação ou situações de moradia que não propiciem a atuação do profissional em local ventilado, após avaliação criteriosa da equipe da ESF, o agente comunitário ou qualquer outro profissional de saúde que proceda à visita domiciliar pode usar máscaras PFF2 ou N95. Nessas situações, o uso de máscara se dará na entrada do profissional no ambiente, e ele deverá com ela permanecer até sua saída. Esse procedimento deve ser descontinuado assim que o paciente tiver baciloscopia negativa na progressão do tratamento.
Controle Dos Contatos
Todos os contatos dos doentes de tuberculose, prioritariamente dos pacientes pulmonares positivos, devem comparecer à unidade de saúde para exame. Quando diagnosticada a tuberculose em crianças, a equipe de sáude deverá examinar os contatos adultos para busca do possível caso fonte. Após serem examinados e não sendo constatada tuberculose-doença, deve-se orientá-los a procurarem a unidade de saúde, em caso de aparecimento de sintomatologia respiratória. 
Vacinação 
A vacina previne especialmente as formas graves da doença, como TB miliar e meníngea na criança. É uma das mais utilizadas em todo mundo e sua incorporação nos programas de imunização teve impacto na redução da mortalidade infantil por TB em países endêmicos. A meta de cobertura vacinal preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para BCG é a vacinação de 90% das crianças menores de um ano de idade. Nos últimos anos, o Brasil tem apresentado resultados de cobertura vacinal acima da meta preconizada. A BCG não protege indivíduos já infectados pelo M. tuberculosis e nem evita o adoecimento por reativação endógena ou reinfecção exógena. 
Indicações 
A vacina BCG está, prioritariamente, indicada para crianças de 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, para: 
recém-nascidos com peso ≥ 2 kg devem ser vacinados o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, logo após o nascimento. 
Para crianças expostas ao HIV, a vacinação BCG deve ser feita conforme as recomendações a seguir:
administrar ao nascimento ou o mais precocemente possível; 
crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias que chegam ao serviço, ainda não vacinadas, poderão receber BCG se assintomáticas e sem sinais de imunodepressão; 
a revacinação não é indicada; 
a partir dos 5 (cinco) anos de idade, crianças vivendo com HIV não devem ser vacinadas, mesmo que assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência. 
Não se indica a realização prévia de teste tuberculínico para a administração da vacina BCG. A partir dos cinco anos de idade, nenhuma pessoa deve ser vacinada com BCG (mesmo profissionais de saúde e/ou grupos com maior vulnerabilidade), exceto pessoas contatos de hanseníase. 
Contraindicações 
Além das contraindicações gerais a todos os imunobiológicos, a vacina BCG está contraindicada nas seguintes condições: 
crianças com neoplasias malignas; 
crianças em tratamento com corticosteroides em dose elevada (equivalente à dose de prednisona de 2 mg/Kg/dia, para crianças até 10 kg de peso ou de 20 mg/dia ou mais, para indivíduos acima de 10 kg de peso) por período superior a duas semanas; 
crianças em uso de outras terapias imunossupressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, dentre outros).
Adiamento da vacinação 
Recomenda-se o adiamento da vacinação nas situações listadas a seguir: 
recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da TB ou da quimioprofilaxia primária. Nesses casos, deve-se considerar os algoritmos de prevenção da infecção latente ou quimioprofilaxia primária; 
até três meses após o uso de imunossupressores ou corticosteroides em dose elevada; 
recém-nascidos com menos de 2Kg de peso até que atinjam este peso; 
pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral, até a resolução do quadro clínico. 
Esquema de vacinação BCG, dose e via de administração 
O esquema de vacinação corresponde à dose única administrada o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. A vacina BCG é administrada por via intradérmica, na inserção do músculo deltoide direito. Essa localização permite a fácil verificação da existência da cicatriz vacinal e limita as reações ganglionares à região axilar. Além disso, essa vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. A comprovação da vacinação com BCG é feita por meio do registro da vacinação no cartão ou caderneta de vacinação, da identificação da cicatriz vacinal ou da palpação de nódulo no deltoide direito, na ausência de cicatriz.
Princípios Para Adequada Atenção Às DST 
Os princípios básicos para atenção às DST, como em qualquer processo de controle de epidemias, são os seguintes: 
interromper a cadeia de transmissão: atuando objetivamente nos “elos” que formam essa corrente, ou seja, detectando precocemente os casos, tratando os infectados, e seus parceiros, adequada e oportunamente. 
prevenir novas ocorrências: por meio de aconselhamento específico, durante o qual as orientações sejam discutidas conjuntamente, favorecendo a compreensão e o seguimento das prescrições, contribuindo, assim, de forma mais efetiva, para a adoção de práticas sexuais mais seguras.
As atividades de aconselhamento das pessoas com DST e seus parceiros durante o atendimento são fundamentais, no sentido de buscar que os indivíduos percebam a necessidade de maior cuidado, protegendo a si e a seus parceiros, prevenindo assim a ocorrência de novos episódios. Deve-se sempre enfatizar a associação existente entre as DST e a infecção pelo HIV. Deve-se, ainda, estimular a adesão ao tratamento, explicitando a existência de casos assintomáticos ou pouco sintomáticos, também suscetíveis a graves complicações. A promoção e disponibilização de preservativos deve ser função de todos os serviços, desta forma, a assistência pode se constituir em um momento privilegiado de prevenção.
Prevenção 
A prevenção, estratégia básica para o controle da transmissão das DST e do HIV, dar-se-á por meio da constante informação para a população geral e das atividades educativas que priorizem: a percepção de risco, as mudanças no comportamento sexual e a promoção e adoção de medidas preventivas com ênfase na utilização adequada do preservativo. As atividades de aconselhamento das pessoas com DST e seus parceiros durante o atendimento são fundamentais, no sentido de buscar que os indivíduos percebam a necessidade de maior cuidado, protegendo a si e a seus parceiros, prevenindo assim a ocorrência de novos episódios. É muito importante procurar conversar com o companheiro ou companheira sexual sobre a situação e levá-lo até uma unidade básica de saúde. Deve-se sempre enfatizar a associação existente entre as DST e a infecção pelo HIV. Deve-se, ainda, estimular a adesão ao tratamento, explicitando a existência de casos assintomáticos ou pouco sintomáticos, também suscetíveis a graves complicações. A promoção e disponibilização de preservativos deve ser função de todos os serviços, desta forma, a assistência pode se constituir em um momento privilegiado de prevenção. Os soropositivos podem e devem viver normalmente, conservando as mesmas atividades físicas, profissionais e sociais de anteriores ao diagnóstico, contanto que sejam seguidas as recomendações da equipe de saúde: 
O preservativo precisa ser usado em todas as relações sexuais, mesmo nas relações onde ambos os parceiros estejam infectados, uma vez que existe mais de um tipo de vírus do HIV e durante a relação sem preservativo acontece a contaminação por outros vírus, atrapalhando o tratamento pela resistência que pode ser obtida aos medicamentos; 
Não é recomendado compartilharagulhas e seringas nem mesmo com outras pessoas sabidamente infectadas pelos motivos já mencionados; 
Não doar sangue; 
Comparecer regularmente à unidade básica de saúde para avaliação; 
É importante orientar a família e a comunidade que o convívio com uma pessoa portadora do HIV deve ser tranquila. Beijos, abraços, manifestações de amor e afeto e dividir o mesmo espaço físico são atitudes a serem incentivadas e que não oferecem nenhum risco
DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E TUBERCULOSE NA PERSPECTIVA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Direitos fundamentais
Os direitos fundamentais proclamados pela Constituição da República traduzem em forma de normativa constitucional os princípios internacionais de direitos humanos, cujo objetivo primordial é a proteção da dignidade da pessoa humana em todas as suas dimensões. Desdobram-se para resguardar a liberdade, a partir dos direitos e garantias individuais, também as necessidades apresentadas pela sociedade (dimensão da igualdade), aquelas relativas aos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais, bem como a sua preservação, por meio dos direitos à fraternidade e à solidariedade.
(CF/88, art. 5º) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Para as pessoas que vivem com tuberculose, esse tema se mostra essencial. Não havendo determinação legal que as obriguem a revelar para terceiros informações sobre sua doença ou mesmo sobre seu tratamento, estes temas são assuntos privados, da ordem da intimidade da pessoa, daí que podem ficar reservadas e ser compartilhadas apenas com quem interessar. No caso de violação à intimidade, com eventual exposição a situações vexatórias passíveis de causar danos à dignidade da pessoa, mostra-se possível a reparação do direito violado, desde que a pessoa afetada pela tuberculose não tenha contribuído de alguma forma com a situação. Esta questão está prevista na Constituição, que garante o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem (CF/88, art. 5º, V), dispositivo que pretende garantir a reparação do direito lesado, seja por meio de ressarcimento econômico, seja por meio de direito de resposta, inclusive prevendo acumulação da reparação moral e material, se for o caso. No entanto, esse direito possui exceções, pois não se pode alegar exercício do direito como garantia de impunidade de crimes ou atos ilícitos. Dessa forma prevê-se a possibilidade de violação de domicílio em casos de flagrante delito, desastres ou socorro.
Direitos Sociais
A Constituição da República elenca e consagra um conjunto de direitos sociais que norteiam a formulação e implementação de políticas públicas, a partir do dever atribuído ao Poder Público de provê-los à população por meio de programas, projetos e ações cuja execução é competência dos estados, municípios e da União. Ainda que alguns desses direitos não estejam acessíveis a todos, o fato de terem sido elevados à condição de normas constitucionais lhes revestem com o caráter de exigibilidade, isto é, qualquer cidadão pode se utilizar dos mecanismos de pressão e de ação para reivindicar, junto ao Poder Público, a sua realização de maneira adequada:
(CF/88) Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Acesso À Justiça
Importante destacar que a pessoa com tuberculose possui garantia de prioridade na tramitação dos processos judiciais do qual seja parte, pois o Código de Processo Civil (CPC), em seu art. 1.211, garante prioridade de tramitação em todas as instâncias aos procedimentos judiciais em que figure como parte ou interessado pessoa portadora de doença grave. A legislação reconhece a urgência da prestação jurisdicional para pessoas que apresentem patologia considerada grave, tendo em vista o seu quadro de saúde e as implicações que uma possível demora na resposta a reivindicações de direitos pode representar. O cidadão deve requerer essa prioridade à autoridade judicial, que determinará as providências cabíveis em cada caso (CPC, art. 1.211). Também nesse sentido a Lei 9.784/99, alterada pela Lei 12.008/09, garante prioridade nos processos administrativos em trâmite na Justiça Federal, nos quais figurem como parte ou interessado pessoa portadora de tuberculose ativa, que deve solicitar essa priorização a autoridade competente. Essas normas buscam efetivar a celeridade da Justiça, que a Constituição impõe como dever do Estado e direito do cidadão, seguindo o princípio da equidade, ou seja, a garantia da igualdade de direitos na medida da necessidade de cada cidadão, pois a todos são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, em âmbito judicial e administrativo (art. 5º, LXXVII, CF/88).
Benefícios da Previdência Social para pessoas com tuberculose 
Especificamente para pessoas com tuberculose ativa, destacam-se dentre os benefícios previdenciários o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez, sempre observadas as exigências estabelecidas em lei.
Auxílio-doença 
O auxílio-doença é um benefício previdenciário para os contribuintes e funciona como um seguro. O segurado terá direito de recebê-lo caso fique incapaz para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos em razão de adoecimento. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, ficando a Previdência Social responsável pelo seu pagamento a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados, inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. 
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que tem a competência para avaliar a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma atividade ou ocupação (em caráter permanente ou temporário), como consequência de alterações na saúde do segurado provocadas por doenças ou acidentes. Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses (prazo de carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora deste) ou de doença profissional ou do trabalho, listada pela Portaria Interministerial nº 2.998/2001 que define o rol de doenças isentas de carência, dentre elas a tuberculose ativa. 
O segurado que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e, se for constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar do programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso. Caso seja constatado que o segurado não tem mais condições de trabalhar, será encaminhada sua aposentadoria por invalidez. 
Aposentadoria por invalidez 
A aposentadoria por invalidez é um benefício previdenciário para os segurados que, por motivo de doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica do INSS incapacitados para exercerem suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes garanta o sustento e quando não for indicada a reabilitação para o exercício de outra atividade, portanto, configura-se quando a incapacidade para o trabalho for avaliada como total e definitiva pela perícia médica competente. 
A carência exigida para obtenção de aposentadoria por invalidez é de 12 meses, exceto nos casos de incapacidade em decorrência de acidente ou quando o segurado que, após afiliar-se ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), for acometido de alguma das doenças ou afecções listada pela Portaria Interministerial nº 2.998/2001, dentre elas a tuberculose ativa. A concessão de aposentadoria por invalidezdependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, podendo o segurado ser acompanhado de médico de sua confiança, desde que arque com o custeio dessa despesa. 
A aposentadoria por invalidez corresponderá a uma renda mensal de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, caso o segurado não esteja recebendo auxílio-doença, não podendo ser inferior ao salário mínimo e nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição, que é a base de cálculo da contribuição do segurado. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. O aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo do INSS, bem como a processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, a depender do caso. Se retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. 
Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) 
O Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) da Assistência Social está coberto pela Lei nº 8.742/93 – LOAS – inserido no Capítulo IV, artigos 20 e 21. Trata-se de um benefício devido de forma sucessiva, mensal e continuamente a todos aqueles que comprovarem a sua necessidade, preenchendo os requisitos exigidos pela lei. O BPC objetiva oferecer proteção social a segmentos da população em situação de vulnerabilidade social, mediante pagamento mensal, no valor de um salário mínimo. Estão incluídos como potenciais beneficiários do BPC as pessoas idosas e/ou pessoas com deficiência que comprovarem não ter meios de prover a sua subsistência, cuja renda familiar seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente no país e, também, que não recebam nenhum outro tipo de benefício proveniente da Seguridade Social, como, por exemplo, auxílio-doença, aposentadoria, auxílio-reclusão, dentre outros. Já os serviços públicos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e utilizados pelo cidadão não representam impedimento para acesso a esse benefício. Embora não seja um benefício específico para pessoas com tuberculose, estas podem acessá-lo, desde que cumpridas as exigências legais: 
(LOAS) Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. 
§ 1º.  Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como família o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto. 
§ 2º. Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. 
§ 3º. Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo. 
§ 4º. O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo o da assistência médica. 
§ 5º. A situação de internado não prejudica o direito do idoso ou do portador de deficiência ao benefício. 
§ 6º.  A concessão do benefício ficará sujeita a exame médico pericial e laudo realizados pelos serviços de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
A partir da edição da Lei nº 10.741/03, para ser beneficiário do BPC a pessoa precisa ter idade a partir de 65 anos, e não mais 70 anos (art. 33). Dessa forma passa a ser requisito para o beneficiário do BPC ser a pessoa idosa ou ser portador de deficiência que a incapacite para a vida independente e para o trabalho, além de não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. As condições estabelecidas pela lei são cumulativas, ou seja, seja a idade ou a deficiência deverá estar sempre associada à carência econômica para que o benefício seja concedido
Direito à saúde
O acesso ao tratamento da tuberculose é universal e deve ser disponibilizado a todas as pessoas com a doença, independente do local onde a doença tenha sido diagnosticada, seja setor público ou privado.
Direito ao transporte 
Não existe lei de âmbito nacional que garanta a gratuidade de transporte para aqueles acometidos por tuberculose, ainda que para realização do tratamento. No entanto, no caso de transporte intermunicipal existem leis próprias, de âmbito local, que concedem o benefício às pessoas em tratamento de tuberculose, fato que deve ser verificado na legislação editada por cada estado, a exemplo do estado do Rio de Janeiro, cuja gratuidade foi garantida as pessoas com tuberculose.
Direito ao trabalho e Direito do trabalho 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo XXIII, estabelece que toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Complementa ainda informando que toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho, de forma justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana. Por seu turno, a Resolução nº 34/46, de 1979, da Assembléia Geral da ONU, enuncia claramente que: “a fim de garantir cabalmente os direitos humanos e a plena dignidade pessoal, é necessário garantir o direito ao trabalho”.
Como todo e qualquer cidadão, o manto protetivo dessas leis que, via de regra, apresentam abrangência universal. Em razão de situações específicas que tendem a tornar vulneráveis algumas pessoas, como a manifestação de doenças, acidentes e outros eventos incapacitantes, transitórios ou permanentes, as leis trabalhistas prevêem exceções que concretizam o princípio da equidade, autorizando o tratamento desigual àqueles que dele necessita, de modo a garantir a todos a igualdade material de direitos. Nesse sentido, o adoecimento do trabalhador e seu conseqüente afastamento do emprego por motivo de saúde, reclama proteção especial, sendo vedada a sua dispensa enquanto persistir o agravo e estiver em gozo do benefício previdenciário auxílio-doença. Essa proteção lhe é devida na medida em que o contrato de trabalho encontra-se suspenso por força da licença não remunerada (art. 476 da CLT). 
A suspensão do contrato de trabalho impede a demissão do trabalhador, funcionando como um mecanismo legal de proteção à situação de vulnerabilidade na qual o empregado se encontra, oferecendo-lhe uma estabilidade temporária. Todavia, tal proteção cessa a partir do momento em que o motivo que lhe deu causa desaparece. 
Pode-se cogitar a extensão da estabilidade em casos específicos nos quais seja possível comprovar que a doença possui contornos de acidente de trabalho. Nestes casos, a estabilidade se estende para 12 meses apos o retorno do empregado ao trabalho. Para se aplicar essa regra, em se tratando de tuberculose, deverá ser comprovado que a infecção pelo bacilo causador da doença tenha sido ocasionada em razão de ambiente de trabalho insalubre ou por situação de exposição relacionada ao exercício profissional e, por certo, durante a jornada de trabalho do empregado.
O ambiente sadio do trabalho é um direito transindividual por ser um direito de todo trabalhador, indistintamente, e reconhecido como uma obrigação social constitucional do Estado, ao mesmo tempo em que se trata de um interesse difuso, ou mesmo coletivo quando se tratar de determinado grupo de trabalhadores. Ainda que a tuberculose não possa ser identificada a priori como uma doença laboral, a ausência de observância de cuidados relativos à manutenção de ambiente de trabalho sadio pode resultar em transmissão do bacilo da tuberculose e, portanto, pode ser inquirido o seu estatuto acidentário parafins de licença médica do empregado. 
O caráter acidentário se configura mais facilmente em ambientes nos quais o contato com portadores de tuberculose é mais constante ou, ao menos, potencial, como em hospitais e serviços de saúde. Porém, por se tratar de uma doença de transmissão aérea, ambientes fechados, pouco arejados e sem luz natural demandam atenção especial, sobretudo após a identificação de caso de tuberculose entre os empregados que compartilham o mesmo espaço. 
O empregador que por inobservância das normas de segurança do trabalho não fornecer aos seus empregados um ambiente de trabalho sadio e, consequentemente, vier a causar-lhes danos poderá sofrer ação civil pública para que adapte seu estabelecimento e/ou pague multa, poderá ter seu estabelecimento fechado judicialmente, além de eventualmente ter que responder criminalmente. Estará ainda sujeito a multas administrativas (art. 201, da CLT), interdição do estabelecimento ou equipamento (art.161, da CLT). Além disso, o empregador poderá responder por indenização, ao se constatar sua culpa e dano ao trabalhador, apuráveis por meio da respectiva ação de indenização (art. 7º, XXVIII, da CF e arts. 186/927 do Código Civil). 
Diante de casos confirmados de tuberculose em local de trabalho, os comunicantes, ou seja, as pessoas que compartilham diretamente o mesmo ambiente com a pessoa infectada possuem o direito de serem diagnosticadas e acompanhadas pelo serviço de saúde, seja este próprio da empresa, conveniado ou público. 
Por sua vez, a Lei nº 9.029/1995 proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego ou sua manutenção. No caso de demissão do trabalhador que contraiu tuberculose, ocasionada por preconceito e discriminação em razão da sua doença, o cidadão poderá se defender na esfera judicial, com base no que dispõe a referida lei. Caso comprovado o ato discriminatório, o empregado poderá optar entre: a readmissão com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais; ou a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
O Decreto nº 5.860/06 autoriza e regulamenta o saque do FGTS pelos trabalhadores, ou seus dependentes, portadores de doenças graves em estágio terminal. Entretanto, nem todas as doenças graves estão listadas na lei, caso da tuberculose, que não encontra previsão legal de saque do FGTS para o seu tratamento. Porém, a jurisprudência vem se consolidando no sentido de que a restrição relativa às demais doenças não elencadas originalmente na lei contrariam a razão de ser dessa normativa e, sobretudo, ofende princípios constitucionais, pois limitam a possibilidade de fruição do direito pelos pacientes em estágio terminal de sua doença, momento em que o gozo pleno desse direito estaria prejudicado. 
Sendo assim, enquanto a pessoa com tuberculose não obtiver amparo legal para o saque do saldo de seu FGTS (com sua patologia devidamente listada na lei), terá que acionar o Judiciário para reivindicar o seu direito. Nos casos dos pacientes com aids ou câncer este procedimento é mais simples, pois já amparado na lei acima, de forma que podem requerer a liberação na esfera administrativa, junto a Caixa Econômica Federal, sem necessidade de procedimento judicial.
Direitos de crianças e adolescentes
Cabe ao Estado promover programas de atenção integral voltados para crianças, adolescentes e jovens (CF/88, art. 227 § 1º). Por sua vez, a responsabilidade da família como garantidora da saúde daqueles que se encontram sob seus cuidados e proteção é inegável. Por isso, diante de suspeita de qualquer alteração na saúde de crianças e adolescentes, os responsáveis deverão procurar uma unidade de saúde para providências quanto aos cuidados médicos que o caso demandar. Em se tratando de confirmação de diagnóstico positivo para tuberculose, o tratamento deve ser levado a termo, até a sua cura completa, o que exige o envolvimento de todos da família para garantir a recuperação da saúde da criança e do adolescente. O mesmo se aplica ao cuidado de não expor crianças e adolescentes ao risco de transmissão do bacilo, no caso de convivência, em uma mesma residência, de pessoas com tuberculose. Isso não implica afastamento do convívio, mas tão-somente a atenção às normas de segurança para se diminuir os riscos de transmissão, bem como o pronto reconhecimento do direito ao diagnóstico e ao tratamento, inclusive o profilático, se indicado às crianças.
Pessoas vivendo com HIV/Aids 
Entre as intervenções preconizadas pelo Ministério da Saúde para controle da coinfecção TB-HIV, destaca-se a testagem oportuna para o HIV em todos os casos de tuberculose, por meio do teste rápido. Esta estratégia visa garantir o início precoce da terapia antirretroviral, que impacta diretamente na mortalidade. Recomenda-se também que todos os casos diagnosticados com TB-HIV sejam manejados nos serviços de atenção especializada para HIV/Aids (SAE), visando à atenção integral do indivíduo. Para isso, estes serviços devem disponibilizar medicamentos para ambos os agravos. Deve-se reforçar a adesão, considerando a maior proporção de abandono, falha ao tratamento e ocorrência de eventos adversos nestes casos. As PVHA devem ser investigadas para tuberculose em todas as consultas, mediante o questionamento sobre a existência de um dos quatro sintomas: febre, tosse, sudorese noturna e emagrecimento. A presença de qualquer um dos sintomas pode ser indicativo de tuberculose e evidencia a necessidade de investigação do caso. Uma vez excluída tuberculose ativa, deve-se pesquisar a presença da infecção latente (ILTB) através da realização da prova tuberculínica, radiografia de tórax e pesquisa de comunicantes. O tratamento da ILTB com isoniazida deve ser indicado sempre que indicado.
Isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física
Os portadores de doenças graves, como tuberculose ativa, são isentos do Imposto de Renda, com base na Lei nº 7.713/88. A isenção incide sobre os rendimentos relativos à aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo a  complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia (art. 6º da Lei nº 7.713/88).
Evolução da lesão vacinal 
Desde que as técnicas de reconstituição, conservação e administração da vacina sejam realizadas corretamente, a lesão vacinal 
evolui da seguinte forma: De 3 a 4 semanas, após a administração, surge um nódulo (caroço) n o local; entre 4 a 5 semanas, o 
nódulo evolui para uma pústula (ferida com pus); em seguida, evolui para uma úlcera (ferida aberta) de 4 a 10 mm de diâmetro; 
entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta (ferida com casca em processo de cicatrizaçã o). Em alguns casos, essa 
cicatrização é mais demorada, podendo prolongar -se até o quarto mês e, raramente, ultrapassa o sexto mês. Pessoas previamente 
sensibilizadas com o Mycobacterium tuberculosis apresentam evolução mais acelerada e cicatrizes de maior es dimensões. 
Não se deve colocar qualquer medicamento nem cobrir a úlcera resultante da evolução normal, apenas mantê -la limpa, usando 
água e sabão. O enfartamento ganglionar axilar não supurado pode ocorrer durante a evolução normal da lesão vacinal, 
desaparecendo espontaneamente, sem necessidade de tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico (drenagem). 
Eventos adversos 
A vacina BCG pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, que podem ser decorrentes do tipo de cepa utilizad a, 
da quantidade de bacilos atenuados administrada, da técnica de administração da vacina e da presença de imunodeficiência 
congênita ou adquirida. As lesões locais e regionais são as mais frequentes e são, em geral: 
 úlcera com diâmetro maior que 1 cm; 
 abscesso subcutâneo frio ou quente; 
 linfadenopatia regional supurada; 
 granuloma; 
 linfadenopatia regional não supurada maior que 3 
cm; 
 cicatriz queloide 
 reação lupoide. 
A úlcera com diâmetromaior que 1 cm e os abscessos podem estar associados à técnica incorreta de administração da vacina e, 
quando frequentes, deve-se reavaliar o procedimento juntamente com o profissional de saúde responsável. Na presença de 
quaisquer eventos adversos, os mesmos devem ser not ificados dentro das primeiras 24 horas após a sua ocorrência, em qualquer 
unidade de saúde, de acordo com as recomendações do Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós -Vacinação 
do Ministério da Saúde. 
Exclusão de DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS OU DOENÇAS OPORTUNISTAS 
Lembre-se que essas doenças são TORCH e podem passar pro bebê dela! 
CMV 
Resultado: No caso, dona Antônia não teve imunidade e teve suscetibilidade para CMV, que pode ser uma das doenças que 
podem ser oportunistas. 
Toxoplasmose 
Resultado: No caso, dona Antônia teve imunidade para Toxoplasmose, que pode ser uma das doenças que podem ser 
oportunistas. 
Rubéola 
Resultado: No caso, dona Antônia tem imunidade para Rubéola, que pode ser uma das doenças que podem ser oportunistas. 
Chagas 
Resultado: No caso, dona Antônia não teve imunidade e teve suscetibilidade para Chagas, que pode ser uma das doenças que 
podem ser oportunistas. 
HLTV 
Resultado: No caso, dona Antônia deu negativo excluindo HLTV, que pode ser uma das doenças que podem ser oportunistas. 
VDRL 
Resultado: No caso, dona Antônia deu negativo excluindo sífilis , que pode ser uma das doenças que podem ser oportunistas. 
Hepatite B 
Resultado: No caso, dona Antônia tem imunidade para Hepatite B, que pode ser uma das doenças que podem ser oportunistas. 
Hepatite C 
Resultado: No caso, dona Antônia deu negativo excluindo Hepatite C, que pode ser uma das doenças que podem ser 
oportunistas. 
Clamídia 
Resultado: No caso, dona Antônia deu negativo excluindo Clamídia, que pode ser uma das doenças que podem ser oportunistas.

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