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ET720 - Sistemas de energia ele´trica I Cap´ıtulo 3 – Gerador s´ıncrono Exerc´ıcios 3.1 Dois geradores s´ıncronos esta˜o montados no mesmo eixo e devem fornecer tenso˜es em 60 Hz e 50 Hz, respectivamente. Determine o nu´mero de po´los de cada ma´quina para que as mesmas sejam acionadas na maior velocidade poss´ıvel. 3.2 Um turbogerador trifa´sico apresenta os seguintes paraˆmetros: reataˆncia s´ıncrona xs = 1,0 pu reataˆncia de dispersa˜o xℓ = 0,1 pu resisteˆncia de armadura ra → desprezada e opera sob as seguintes condic¸o˜es: tensa˜o terminal de fase Et = 1,0∠0 pu corrente de armadura Ia = 1,0∠ (−30 ◦) pu Obtenha a queda de tensa˜o devido a` reac¸a˜o de armadura, a tensa˜o de fase em vazio e as poteˆncias ativa e reativa fornecidas pelo gerador. 3.3 Repeta o problema 3.2 para uma corrente de armadura igual a 1,0∠30◦ pu. Compare os resultados. 3.4 Um gerador de po´los salientes apresenta xd = 100% e xq = 60%. A ma´quina opera de forma que o mo´dulo da tensa˜o terminal seja igual ao mo´dulo da sua tensa˜o em vazio (1 pu) e o aˆngulo de poteˆncia e´ igual a 45◦. Calcule a porcentagem da poteˆncia entregue pelo gerador que se deve a` componente de relutaˆncia. 3.5 Considere um turbogerador de po´los lisos conectado a uma rede que pode ser considerada infinita, ou seja, a rede e´ vista pelo gerador como uma barra cuja tensa˜o permanece constante independentemente do que ocorra com o gerador. A tensa˜o da barra infinita (tensa˜o terminal do gerador) e´ igual a 1 pu. Admita que o gerador opere sobreexcitado, com tensa˜o de excitac¸a˜o do campo igual a 1,5 pu e a poteˆncia ativa entregue e´ de 0,25 pu. Sua reataˆncia s´ıncrona e´ de 1 pu e a resisteˆncia pode ser desprezada. Considere ainda que as poteˆncias ativa e reativa entregues pela ma´quina sa˜o: PG = VtVf Xs sen δ e QG = VtVf Xs cos δ − V 2t Xs (a) Para a condic¸a˜o de operac¸a˜o descrita, calcule o aˆngulo de poteˆncia e as poteˆncias reativa e aparente entregues pelo gerador. (b) O gerador e´ sujeito ao controle de conjugado. A va´lvula de vapor e´ acionada aumentando o conjugado em 100%, resultando em um aumento de 100% na poteˆncia ativa entregue (acoplamento forte entre conjugado do eixo e poteˆncia ativa). Calcule o novo aˆngulo de poteˆncia e as novas poteˆncias reativa e aparente. Verifique que para um aumento de 100% no conjugado a poteˆncia reativa diminui de 15% indicando um acoplamento fraco entre conjugado e poteˆncia reativa. (c) O gerador e´ sujeito ao controle de excitac¸a˜o de campo. Partindo do estado inicial (item (a)), a corrente de campo e´ aumentada de 20%. Admitindo que na˜o haja saturac¸a˜o, a tensa˜o de excitac¸a˜o tambe´m aumenta de 20%. Calcule o novo aˆngulo de poteˆncia e as novas poteˆncias reativa e aparente. Verifique que um aumento de 20% na excitac¸a˜o de campo resulta em um aumento de 63% na poteˆncia reativa entregue, indicando um acoplamento forte entre a tensa˜o de excitac¸a˜o e a poteˆncia reativa. – 1 – 3.6 Um gerador s´ıncrono conectado a um barramento infinito esta´ funcionando sobreexcitado com uma tensa˜o de excitac¸a˜o de 150%. A reataˆncia s´ıncrona vale 120% e a ma´quina fornece uma poteˆncia ativa de 0,4 pu. A tensa˜o terminal e´ de 1 pu. O conjugado de acionamento do eixo e´ enta˜o aumentado de 1%. Determine as variac¸o˜es percentuais das poteˆncias ativa e reativa fornecidas pela ma´quina. 3.7 Um gerador trifa´sico de po´los lisos de 16 kV, 200 MVA, apresenta perdas oˆhmicas desprez´ıveis e uma reataˆncia s´ıncrona de 1,65 pu. O gerador esta´ conectado a um barramento infinito de 15 kV. A fem interna e o aˆngulo de poteˆncia do gerador sa˜o iguais a 24 kV (de linha) e 27,4◦, respectivamente. (a) Determine a corrente de linha e as poteˆncias ativa e reativa trifa´sicas fornecidas pelo gerador a` rede. (b) O conjugado do eixo e a corrente de campo do gerador sa˜o alterados de forma que a corrente de linha seja reduzida de 25% mantendo o mesmo fator de poteˆncia do item (a). Calcule os novos valores da fem interna e do aˆngulo de poteˆncia. (c) O conjugado do eixo e a corrente de campo do gerador sa˜o alterados de forma que a corrente de linha mantenha-se no mesmo valor do item (b), pore´m, com fator de poteˆncia unita´rio. Calcule os novos valores da fem interna e do aˆngulo de poteˆncia. 3.8 O gerador s´ıncrono do problema 3.7 esta´ conectado a um barramento infinito de 15 kV e fornece 100 MVA de poteˆncia com um fator de poteˆncia de 0,80 atrasado. (a) Determine a fem interna, o aˆngulo de poteˆncia e a corrente de linha do gerador. (b) A corrente de campo e´ reduzida de 10% e o conjugado de eixo e´ mantido constante. Determine o novo aˆngulo de poteˆncia e a poteˆncia reativa entregue a` rede. (c) O conjugado do eixo e´ ajustado de forma a atender uma variac¸a˜o de carga e o novo fator de poteˆncia visto pelo gerador e´ unita´rio. A excitac¸a˜o de campo na˜o e´ alterada. Determine o novo aˆngulo de poteˆncia e a poteˆncia fornecida pelo gerador. (d) Determine a ma´xima poteˆncia reativa que a ma´quina pode fornecer a` rede para a mesma condic¸a˜o de excitac¸a˜o dos itens (b) e (c). 3.9 Um gerador de po´los lisos com uma reataˆncia s´ıncrona de 0,90 pu e´ ligado a uma barra remota por meio de uma linha de transmissa˜o. A tensa˜o na barra remota e´ de 1,0 pu (constante) e a impedaˆncia da linha e´ de j 0,15 pu por fase. A tensa˜o interna do gerador e´ mantida constante em 1,35 pu. Todos os valores em por unidade foram calculados com base nos valores nominais do gerador. Considere a condic¸a˜o de operac¸a˜o que corresponde ao limite de estabilidade do conjunto gerador/linha. (a) Calcule a poteˆncia ativa fornecida pelo gerador a uma carga conectada na barra remota. (b) Determine se a ma´quina esta´ sobrecarregada com relac¸a˜o a` corrente de armadura. (c) Calcule as poteˆncias reativas fornecida pelo gerador e consumida na barra remota. (d) Calcule a tensa˜o terminal da ma´quina. (e) Calcule o aˆngulo de poteˆncia do gerador e seu carregamento percentual em relac¸a˜o ao seu limite de estabilidade. 3.10 Considere a rede ele´trica de duas barras mostrada a seguir. x G LT C 1 2 ∼ – 2 – A poteˆncia da carga C, Sc = 5+ j 4 pu, e´ suprida pelo gerador G e transportada pela linha de transmissa˜o LT. A linha de transmissa˜o e´ representada pelo seu modelo pi mostrado abaixo, em que a reataˆncia se´rie x e´ igual a 0,05 pu (a resisteˆncia se´rie r e´ desprezada) e o carregamento shunt total bsh e´ de 2/3 pu. A reataˆncia s´ıncrona do gerador vale 18%. A tensa˜o da barra 2 deve ser mantida igual a 1 pu. r j x j bsh/2j bsh/2 1 2 (a) Determine a tensa˜o da barra 1. (b) Calcule a poteˆncia fornecida pelo gerador. (c) Calcule a tensa˜o interna do gerador. Verifique que a ma´quina opera sobreexcitada. (d) Calcule o limite de estabilidade do gerador. (e) Trace o diagrama fasorial completo para a rede, inclu´ındo a tensa˜o interna do gerador. (f) Repita os itens de (a) a (e) para o caso em que a carga da barra 2 seja nula (hora´rio noturno). Verifique que o limite de estabilidade neste caso sera´ reduzido consideravelmente e que a ma´quina operara´ subexcitada. 3.11 Um gerador s´ıncrono de po´los salientes alimenta uma barra infinita cuja carga tem poteˆncia aparente de 1,2 pu, fator de poteˆncia de 90% atrasado e tensa˜o de 1,05 pu. A tensa˜o de excitac¸a˜o do campo e´ de 1,4 pu quando o aˆngulo de poteˆncia e´ 15◦. Calcule as reataˆncias s´ıncronas de eixo direto e quadratura da ma´quina. Despreze a resisteˆncia de armadura. 3.12 Considere a rede ele´trica mostrada a seguir. 1 2 V1 = 1 pu V2 = 0,9 pu PG1 + j QG1 PG2 + j QG2 SD1 = 1∠ (−30 ◦) pu SD2 = 1∠ (−30 ◦) pu xℓ = 0,4 pu Os paraˆmetros (em pu) dos circuitos equivalentes dos geradores conectados a`s barras sa˜o os seguintes: G1 G2xd = 1,1 xs = 1,0 xq = 0,7 r = 0,1 O gerador 2 fornece uma poteˆncia ativa de 1 pu a` rede. (a) Calcule a abertura angular da linha de transmissa˜o. (b) Calcule as poteˆncias fornecidas pelos geradores. (c) Calcule os fluxos de poteˆncia S12 e S21. (d) Calcule as perdas de poteˆncia na transmissa˜o. – 3 – (e) Calcule as correntes de armadura dos geradores. (f) Calcule as fem internas dos geradores. Sugesta˜o: para o ca´lculo da fem interna do gerador 1, ver: A.E. Fitzgerald, C. Kingsley, S.D. Umans, Electric Machinery, 2nd. ed., Mc-Graw Hill, 1990, cap.5. 3.13 Um gerador s´ıncrono de po´los lisos apresenta as seguintes caracter´ısticas: reataˆncia s´ıncrona de 1,67 pu, tensa˜o de excitac¸a˜o ma´xima de 1,67 pu e tensa˜o de excitac¸a˜o m´ınima de 0,2 pu. O gerador esta´ conectado a uma turbina cuja poteˆncia ma´xima admiss´ıvel e´ 1,0 pu. Sabe-se ainda que a poteˆncia aparente nominal da ma´quina e´ a ma´xima poss´ıvel tal que ela na˜o apresente problemas de estabilidade esta´tica teo´rica (para δ = 90◦). (a) Trace a curva de capacidade do gerador para uma tensa˜o terminal de 1, 0 pu. Considere uma margem pra´tica de estabilidade esta´tica correspondente a 10% da poteˆncia nominal. (b) Determine o aˆngulo de poteˆncia ma´ximo poss´ıvel e as respectivas poteˆncias ativa e reativa. 3.14 Um gerador trifa´sico de po´los lisos, 24 kV, 60 Hz, 635 MVA, fator de poteˆncia 0,90, 3600 rpm, reataˆncia s´ıncrona igual a 172,41% possui um diagrama de capacidade mostrado a seguir. P [pu] Q [pu] 0,8 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,2 0,20−0,2−0,4−0,6 1,0 O gerador fornece 508 MW e 127 Mvar em 24 kV a uma barra infinita. Calcule a fem interna utilizando: (a) o circuito equivalente do gerador. (b) o diagrama de capacidade do gerador. 3.15 Um gerador trifa´sico de po´los lisos esta´ conectado a uma rede de grande porte que conte´m outros geradores. Ele possui as seguintes caracter´ısticas: Caracter´ıstica Valor [pu] tensa˜o terminal 1,0 fem interna ma´xima 2,15 fem interna m´ınima 0,2 poteˆncia aparente nominal 1,9 reataˆncia s´ıncrona 0,8 poteˆncia da ma´quina prima´ria 1,8 (a) Trace a curva de capacidade do gerador, considerando uma margem de estabilidade pra´tica de 80◦. (b) Determine o fator de poteˆncia nominal do gerador. – 4 – (c) O gerador fornece uma poteˆncia aparente igual a 2 pu, com fator de poteˆncia 0,8 atrasado a` rede. Obtenha o aˆngulo de poteˆncia do gerador e a fem interna. (d) Fac¸a uma ana´lise da condic¸a˜o de operac¸a˜o do gerador com base no item (c). Caso ele esteja operando com sobrecarga, discuta maneiras de alivia´-lo de forma a atender a demanda de poteˆncia. 3.16 Uma ma´quina s´ıncrona de po´los lisos esta´ conectada a um sistema ele´trico de poteˆncia e opera como um compensador s´ıncrono. Esta e´ uma situac¸a˜o de operac¸a˜o em que a ma´quina na˜o gera nem consome poteˆncia ativa. Dependendo da sua excitac¸a˜o de campo, ela podera´ fornecer ou absorver poteˆncia reativa. Considere que o restante do sistema ele´trico seja representado por um barramento infinito cuja tensa˜o e´ de 1 pu. A reataˆncia s´ıncrona e´ de 0,5 pu. O modelo do compensador s´ıncrono e´ mostrado na figura a seguir. + − + − Ef Et jxs I CS Sistema ∼ ∼ medidor O medidor de poteˆncia reativa junto ao barramento indicou os seguintes valores para duas situac¸o˜es distintas de operac¸a˜o do sistem ele´trico: Situac¸a˜o Medida [pu] Observac¸a˜o Carga pesada 0,4 fornece poteˆncia reativa Carga leve −0,4 consome poteˆncia reativa Para cada uma das situac¸o˜es descritas, calcule o valor da fem interna do compensador e mostre o respectivo diagrama fasorial. 3.17 Considere o sistema de poteˆncia mostrado a seguir. 1 2 ∼ ∼ x Gerador Carga Compensador s´ıncrono A linha de transmissa˜o apresenta uma reataˆncia se´ria de 0,5 pu. Os dados das barras sa˜o mostrados na tabela a seguir. Tensa˜o Gerac¸a˜o Carga Barra Tipo V [pu] θ [◦] P [pu] Q [pu] P [pu] Q [pu] 1 Slack 1,0 0,0 – – – – 2 PV 1,0 – 0,0 – 1,0 0,0 (a) Considerando que o gerador e o compensador s´ıncrono na˜o apresentam limites de gerac¸a˜o ou consumo de poteˆncia reativa, obtenha as tenso˜es nodais e as poteˆncias ativas e reativas injetadas pelos mesmos. Obtenha tambe´m as perdas de poteˆncia ativa e reativa na linha de transmissa˜o. (b) Obtenha as tenso˜es nodais e as poteˆncias ativas e reativas injetadas pelo gerador e pelo compensador s´ıncrono considerando agora que o compensador s´ıncrono apresenta um limite de gerac¸a˜o de poteˆncia reativa de 0,2 pu. Obtenha tambe´m as perdas de poteˆncia ativa e reativa na linha de transmissa˜o. – 5 – Respostas 3.1 10 e 12 po´los 3.2 0,9∠60◦ pu; 1,732∠30◦ pu; 0,866 pu; 0,5 pu 3.3 0,9∠120◦ pu; 1,0∠60◦ pu; 0,866 pu; −0,5 pu 3.4 32% 3.5 x (a) 9,6◦; 0,48 pu; 0,54 pu (b) 19,5◦; 0,41 pu; 0,65 pu (c) 8,0◦; 0,78 pu; 0,82 pu 3.6 1%; −0,4% 3.7 x (a) 3,5 kA; 78,4 MW; 44,8 Mvar (b) 21,4 kV; 22,78◦ (c) 17,8 kV; 32,46◦ pu 3.8 x (a) 3,85 kA; 26,1 kV; 25,66◦ (b) 28,76◦; 39,3 Mvar (c) 50,51◦; 127,7 MW (d) 60 Mvar 3.9 x (a) 1,2857 pu (b) Ha´ sobrecarga (c) −0,57 pu; −0,95 pu (d) 0,8785∠12,7◦ pu (e) 77,3◦; 97,5% – 6 – 3.10 x (a) 1,2094∠11,93◦ pu (b) 5 pu; 5,1 pu (c) 2,1045∠32,64◦ pu (d) 14,1372 pu (e) x (f) 4,7215 pu (poteˆncia ma´xima) 3.11 0,3143 pu; 0,5162 pu 3.12 x (a) 3,41◦ (b) SG2 = 1− j 0,72 pu; SG1 = 0,732− j 0,25 pu (c) −0,134 + j 0,25 pu; 0,134− j 0,22 pu (d) 0; 0,03 pu (e) 0,7735∠18,86◦ pu; 1,3691∠39,16◦ pu (f) 1,2097∠83,35◦ pu; 1,0407∠31,85◦ pu 3.13 x (a) x (b) 63,7◦; 0,475 pu; −0,365 pu 3.14 x (a) 46,2 kV (b) 46,3 kV 3.15 x (a) x (b) 0,897 (c) 33,1◦; 2,32 pu (d) A ma´quina esta´ sobrecarregada 3.16 1,2 pu; 0,8 pu 3.17 x (a) E1 = 1,0∠0 ◦ pu; E2 = 1,0∠− 30 ◦ pu; S1 = 1,0 + j 0,2679 pu; S2 = −1,0 + j 0,2679 pu; Sperdas = 0 + j 0,5358 pu (b) E1 = 1,0∠0 ◦ pu; E2 = 0,957∠− 31,49 ◦ pu; S1 = 1,0 + j 0,3674 pu; S2 = −1,0 + j 0,20 pu; Sperdas = 0+ j 0,5874 pu – 7 –
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