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aula 13

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DIREITO CIVIL I
AULA 13 – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Prescrição e Decadência são efeitos jurídicos do decurso de tempo, cujo prazo é fixado em lei, aliado ao desinteresse ou inércia do titular do direito, nas relações jurídicas. 
Objetivo: servir de instrumento à consecução do objetivo maior: a resolução de conflitos, com a conseqüente pacificação social. 
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Tema da Apresentação
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PRAZO
Para 
exigir ou exercer 
o direito
Passagem do tempo
Direito subjetivo patrimonial
PRESCRIÇÃO
Direito potestativo
DECADÊNCIA
DIREITO
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Tema da Apresentação
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VIOLAÇÃO DO DIREITO
A PRETENSÃO nasce no momento da violação do direito e se EXTINGUE pelo transcurso do tempo, previsto em lei, sem que o titular exerça o direito de exigir a reparação, pela PRESCRIÇÃO.
Linha do tempo
PRETENSÃO
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Tema da Apresentação
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Art. 189, CC. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
A prescrição extingue a pretensão
Pretensão é a exigência de subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio.
De acordo com o art.189 do Código Civil de 2002, o direito material violado dá origem à pretensão, que é deduzida em juízo por meio da ação. Extinta a pretensão, não há ação. Portanto, a prescrição extingue a pretensão, extinguindo também e indiretamente a ação.
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Tema da Apresentação
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A prescrição é a perda da pretensão de reparação de algum direito violado, em razão da inércia do seu titular, durante o lapso temporal estipulado pela lei. 
REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO
violação de um direito, com o nascimento da pretensão.
Inércia do titular
O decurso do tempo fixado em lei.
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Tema da Apresentação
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PRESCRIÇÃO - ações condenatórias – direitos subjetivos
DECADÊNCIA – ações constitutivas ou desconstituvas – direitos potestativos.
NÃO ESTÃO SUJEITAS NEM A PRESCRIÇÃO NEM A DECADÊNCIA – ações meramente declaratórias (exceto se possuírem prazo decadencial previsto em lei).
IMPRESCRITÍVEL - ações constitutivas que não têm prazo especial fixado em lei, assim como as ações meramente declaratórias
CRITÉRIO CIENTÍFICO DE AGNELO AMORIM FILHO
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Tema da Apresentação
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O DIREITO SUBJETIVO é um direito a uma prestação. Assim, quando se tem o direito de exigir de alguém que cumpra uma prestação, tem-se um direito subjetivo. Ao direito subjetivo, portanto, corresponde, um dever. Conseqüentemente, de um lado haverá o direito e de outro um dever. Os direitos subjetivos podem ser violados, pois a prestação pode não ser cumprida. Por conseguinte, a realização, a concretização do direito subjetivo do credor depende da cooperação do devedor.
DIREITO POTESTATIVO (também chamado de formativo) é um direito a formação de uma nova situação jurídica. O que o caracteriza é que a ele não corresponde um dever. Por conseqüência, não pode ser violado, pois da outra parte não corresponde um dever e sim uma sujeição. O que corresponde a esse direito de obter um pronunciamento favorável é uma sujeição. 
Exemplo: direito assegurado ao empregador de despedir um empregado; cabe a ele apenas aceitar esta condição; como também num caso de divórcio, uma das partes aceitando ou não, o divórcio terá desfecho positivo.
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Tema da Apresentação
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Os direitos subjetivos são defendidos por meio de ação condenatória, pois a parte contrária deverá se sujeitar a cumprir uma obrigação; 
Os direitos potestativos são protegidos por ação constitutiva, por meio da qual haverá a modificação, formação ou extinção de estado jurídico, independentemente da vontade da parte contrária. É a prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício. 
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a) As ações condenatórias, correspondentes às pretensões, possuem prazos prescricionais 
b) As ações constitutivas, correspondentes aos direitos potestativos, possuem prazos decadenciais;
c) As ações meramente declaratórias, que só visam obter certeza jurídica, não estão sujeitas nem à decadência nem à prescrição, em princípio, sendo perpétuas, mas sujeitas a prazos decadenciais quando estes são previstos em lei.
São imprescritíveis as ações constitutivas que não têm prazo especial fixado em lei, assim como as ações meramente declaratórias
Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO
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Tema da Apresentação
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EXTINTIVA: Como o próprio nome indica, faz desaparecer direitos – extingue situações jurídicas.
É a prescrição propriamente dita, tratada no novo Código Civil, na parte geral, aplicada a todos os direitos. 
AQUISITIVA - Corresponde ao usucapião, previsto no novo Código Civil, na parte relativa ao direito das coisas, mais precisamente no tocante aos modos originários de aquisição do direito de propriedade. Está prevista também nos arts. 183 e 191 da Constituição Federal de 1988, continuando restrita a direitos reais.
Nessa espécie, além do tempo e da inércia ou desinteresse do dono anterior, é necessária a posse do novo dono
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Tema da Apresentação
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INTERCORRENTE: É a prescrição extintiva que ocorre no decurso do processo, ou seja, já tendo o autor provocado a tutela jurisdicional por meio da ação. 
É a que se verifica “durante a tramitação do feito na Justiça, paralisado por negligência do autor na prática de atos de sua responsabilidade.
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Tema da Apresentação
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ESPECIAL: Os prazos prescricionais são pontualmente previstos. o Código Civil de 2002 disciplina a prescrição especial no art. 206, merecendo destaque o prazo prescricional de três anos (§ 3°) relativo à pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa (inciso IV) e à pretensão de reparação civil (inciso V).
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Tema da Apresentação
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Logo, poderá ser argüida em qualquer fase, na segunda ou primeira instância, mesmo que não levantada na contestação. Porém, se não alegar de imediato, ao réu não caberá honorários advocatícios em seu favor, ex vi art. 22 do Código de Processo Civil.
Alegação da Prescrição
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
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Tema da Apresentação
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O ministério público, em nome do incapaz ou dos interesses que tutela, e o curador da lide, em favor do curatelado, ou o curador especial, também poderão invocar a prescrição. Entretanto o ministério público não poderá argüi-la, em se tratando de interesse patrimonial, quando atuar como fiscal da lei.
A prescrição só poderá era argüida pelas partes, exceto se for reconhecida no interesse de absolutamente incapazes, quando poderá fazê-lo o juiz, de ofício. 
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Tema da Apresentação
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Impedimento, Suspensão e Interrupção
As causas que impedem ou suspendem estão elecandas nos arts. 197 a 201 e as que interrompem nos arts. 202 a 204, todos do Código Civil de 2002. 
E aplicam-se tanto à prescrição extintiva, quanto à aquisitiva.
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Tema da Apresentação
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Ambos fazem cessar, temporariamente, o curso da prescrição. Uma vez desaparecida a causa de impedimento ou da suspensão, a prescrição retoma seu curso normal.
Se o prazo existiu, computa-se o tempo anteriormente decorrido, (suspensão) 
Se o prazo ainda não começou a fluir, a causa ou obstáculo impede que comece (impedimento).
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Tema da Apresentação
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SUSPENSÃO, nos quais a causa é superveniente ao início do decurso do prazo prescricional, uma vez desaparecida esta, o prazo prescricional retoma seu curso normal, computando-se o tempo verificado antes da prescrição.
IMPEDIMENTO, mantém-se o prazo prescricional íntegro, pelo tempo de duração do impedimento, para que seu curso somente tenha início com o término da causa impeditiva.
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Tema da Apresentação
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No IMPEDIMENTO – o prazo não começou a correr por conta de um dos fatores elencados no art 197,CC.
Na SUSPENSÃO – o prazo começou a correr mas é suspenso por um evento superveniente. Findo o motivo de suspensão, oprazo recomeça de onde parou.
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Tema da Apresentação
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Interrupção
A interrupção da prescrição, que se dará apenas uma única vez, de acordo com o art. 202 do Código Civil de 2002, quando houver qualquer comportamento ativo do credor.
Qualquer ato de exercício ou proteção ao direito interrompe a prescrição, extinguindo o tempo já decorrido, que volta a correr por inteiro, diversamente da suspensão cujo prazo volta a fluir somente pelo tempo restante.
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Tema da Apresentação
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PRAZO PRESCRICIONAL PRAZO PRESCRICIONAL 
MOTIVO QUE SUSPENDE A PRESCRIÇÃO
O prazo volta a contar de onde parou
PRAZO PRESCRICIONAL PRAZO PRESCRICIONAL 
MOTIVO QUE INTERROMPE A PRESCRIÇÃO
O prazo recomeça como se nunca tivesse existido
SUSPENSÃO
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Tema da Apresentação
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A prescrição considerar-se-á interrompida na data do despacho do juiz (ainda que incompetente), que ordenar a citação.
Lei 8.950 a 8.953/94 – A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação ou à data da distribuição da ação onde houver mais de uma vara).
Citação válida: promover a citação é providenciar a extração do mandado de citação, com o recolhimento das custas devidas, inclusive despesas de condução do oficial de justiça.
A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado – Art. 203,CC.
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Tema da Apresentação
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DECADÊNCIA
É a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período determinado em lei.
Seu objeto são os direitos potestativos de qualquer espécie, disponíveis ou indisponíveis, que nascem, por vontade da lei ou do homem, subordinado à condição de seu exercício em limitado lapso de tempo.
O prazo começa a fluir, no momento em que o direito nasce.
No mesmo instante em que o agente adquire o direito, começa a correr o prazo decadencial.. 
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Tema da Apresentação
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Na decadência, que é instituto do direito substantivo, há a perda de um direito previsto em lei. O legislador estabelece que certo ato terá que ser exercido dentro de um determinado tempo. O tempo age em relação à decadência, como um requisito do ato, pelo que a própria decadência é a sanção consequente da inobservância de um termo.
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Tema da Apresentação
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Exemplos de prazos decadenciais
É de decadência o prazo de dez dias para que a minoria vencida impugne ao M.P. a deliberação da maioria alterando o estatuto de uma fundação - art.67,CC.
Também é de decadência o prazo de quatro anos (art.178) para que o interessado proponha ação de anulação de negócio jurídico quando ocorrer vício de consentimento ou vício social.
PRAZOS DECADENCIAIS
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Tema da Apresentação
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DECADÊNCIA LEGAL: advém de expressa previsão de lei, sendo de ordem pública e irrenunciável;
DECADÊNCIA CONVENCIONAL: ou contratual, possui caráter de ordem privada, originada das partes em negócios jurídicos, sendo renunciável (depois de consumada). Ex. prazos de garantias de produtos em contrato de compra e venda.
ESPÉCIES DE DECADÊNCIA
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Tema da Apresentação
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ALEGAÇÃO DA DECADÊNCIA
 O juiz pode (deve) reconhecer de ofício a decadência legal, não ocorrendo o mesmo com a decadência convencional que somente poderá ser alegada pela parte interessada.
Obs.: Art. 207 CC -Não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Em princípio, os prazos decadenciais são fatais e peremptórios, pois não se suspendem, nem se interrompem.
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Tema da Apresentação
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PRAZOS DECADENCIAIS NO CDC
O CDC nos apresenta alguns prazos, como:
30 dias: para reclamar de vícios aparentes e de fácil constatação no fornecimento de serviços e produtos não duráveis. (art. 26, I) 
90 dias: na mesma hipótese para serviços e produtos duráveis. (art. 26, II) 
A expressão "direito de reclamar", se refere ao direito de reclamar judicialmente.
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Tema da Apresentação
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O CDC utiliza dois critérios para a fixação do prazo de reclamação: a facilidade de constatação do vício (oculto ou aparente) e a durabilidade do serviço ou produto.
O inciso I do artigo 26, estabelece o prazo de :
Trinta dias para produtos e serviços não-duráveis, tais como alimentos, no caso de produtos, e de organização de festas, no caso de serviços. Já o inciso II, coloca o prazo de 
Noventa dias para reclamações referentes a produtos duráveis (eletrodomésticos, veículos, máquinas, imóveis etc) e serviços duráveis (temos como exemplo aqueles que se renovam ou que são cobrados periodicamente, como televisão por assinatura, assinatura de revistas e serviços bancários, entre outros). 
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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INSTITUTOS ASSEMELHADOS
PEREMPÇÃO
O instituto processual que extingue somente o direito de ação é a perempção, decorrente da contumácia do autor que deu causa a três arquivamentos sucessivos (art. 268, parágrafo único, CPC).
Restam conservados o direito material e a pretensão, que só podem ser opostos em defesa ou exceção.
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Tema da Apresentação
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Preclusão
É a perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio, impedindo nova discussão em questões já decididas, dentro do mesmo processo.
Ex.: revisão de prova na aula posterior à sua realização. Se o aluno não comparece, não pode mais exigir pois perdeu sua faculdade de ingressar com recurso de revisão de prova.

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