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6-PDF_Unidade 6 - Projeção das Demonstrações Contábeis

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Orçamento Empresarial
Projeção das Demonstrações 
Contábeis
Desenvolvimento do material
Henrique Martins Rocha
1ª Edição
Copyright © 2022, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Projeção das Demonstrações Contábeis
Para início de conversa… ................................................................................ 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. Balanço Patrimonial .................................................................................... 4
2. Demonstração do Resultado do Exercício .......................................... 6
3. Aplicação Prática ......................................................................................... 7
Referências ......................................................................................................... 13
Para início de conversa…
O orçamento é um relevante instrumento de gestão, aplicável tanto 
ao aspecto de planejamento de toda a estrutura e norteamento das 
decisões das organizações, como significativo elemento de orientação 
e monitoramento do dia a dia, permitindo o controle e suportando 
todos os processos de decisão dos gestores.
As previsões de volumes e mix de produtos e serviços a serem 
produzidos e comercializados, bem como os resultados subsequentes, 
em termos de operações e resultados financeiros, provê aos gestores 
um valioso painel de comando das atividades empresariais.
E, nesse sentido, a geração de demonstrações contábeis faz parte das 
atividades de gestão, permitindo não somente o uso dos mesmos pelos 
tomadores internos de decisão, mas, também viabilizando a análise de 
acionistas, credores, instituições financeiras, fornecedores, etc. Ainda 
que a versão final de tais demonstrações só possa ser gerada após o 
período analisado concluído. Desta forma, após as projeções de vendas, 
receitas, gastos, investimentos e financiamentos, podemos desenvolver 
o orçamento de caixa e as projeções das demonstrações contábeis.
Objetivo
Elaborar a projeção das demonstrações contábeis.
Orçamento Empresarial 3
1. Balanço Patrimonial
Ainda que a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial e de 
Custos tenham finalidades distintas, elas, obviamente, compartilham 
conceitos, relatórios e indicadores. Nesse sentido, sendo o orçamento 
um instrumento de gestão, ele tem forte vinculação com a Contabilidade 
Gerencial. Mas sua utilização não se limita a tal dimensão, compartilhando 
técnicas e instrumentos da Contabilidade Financeira, em especial, as 
demonstrações contábeis: peças orçamentárias que propiciam a previsão 
de vendas, receitas, gastos, investimentos e financiamentos, bem como o 
fluxo de caixa, o orçamento permite prover informações suficientes para 
gerar previsões das demonstrações contábeis, visto que, como inferido 
por Norton e Kaplan (1997), os resultados financeiros são consequência 
de aspectos internos na operação da empresa (processos internos 
desenvolvidos e executados por pessoas qualificadas, motivadas e com 
condições adequadas de trabalho) e fatores externos, referentes ao 
mercado.
Como parte do processo orçamentário, a elaboração das projeções das 
demonstrações contábeis é usualmente denominada “etapa financeira”, 
que prevê a tradução das decisões da fase operacional do processo em 
elementos monetários. Por exemplo, o plano de vendas se traduz em 
faturamento líquido e bruto, a necessidade de contratação de novos 
funcionários em gastos necessários para tal, etc. (FREZATTI, 2017).
Também, de acordo com a lógica do PDCA, a gestão deve ocorrer em 
um ciclo que se inicia pelo planejamento, seguido da execução, controle 
e, a partir daí, a ação, na forma de tomada de decisão. Assim sendo, 
como cita Hoji (2017, p.448), “Antes de apurar os resultados econômico e 
financeiro com base em quadros orçamentários, é necessário analisar as 
movimentações financeiras das diversas contas patrimoniais e contas de 
resultados”.
A elaboração das projeções das demonstrações contábeis tem como 
benefício a possibilidade de utilizar relatórios padrão, compreendidos 
pelas partes interessadas pelo fato de serem aderentes à legislação 
específica, bem como às práticas contábeis geralmente aceitas, ao 
contrário do que pode acontecer quando se faz uso de relatórios 
customizados da Contabilidade Gerencial, que são únicos para cada 
empresa. Por exemplo, a utilização de relatórios financeiros padronizados 
quando da solicitação de financiamento de capital de giro junto a 
uma instituição financeira é, como regra geral, obrigatório, ainda que, 
de acordo com Frezatti (2017), seja comum que o plano de contas das 
demonstrações contábeis projetadas seja mais sumarizado do que o 
utilizado para demonstrações das informações históricas. 
Alguns conceitos e definições necessitam ser dimensionados no 
orçamento, bem como utilizados no dia a dia da organização: 
Orçamento Empresarial 4
 ▪ demonstrativos contábeis projetados que proporcionam condições da 
consolidação das decisões; 
 ▪ indicadores financeiros que permitem a análise de vários fatores dos 
resulta- dos projetados; 
 ▪ conceitos de gastos, investimentos, custos, despesas e perdas para 
que os demonstrativos possam ser elaborados; 
 ▪ tratamento dos custos em termos de sistemas de acumulação, sistema 
de custeio e métodos de custeio para que seja possível projetar e 
acompanhar os custos dos produtos; 
 ▪ centros de responsabilidade. 
As demonstrações contábeis permitem uma análise mais abrangente do 
processo de planejamento, pelo fato de que nelas existe a possibilidade 
de informações comparativas para validação do plano estratégico, visto 
que as demonstrações financeiras projetadas indicam a adequação 
financeira de todas as decisões planejadas. 
‘‘ Por meio de simulações, apuram-se o superávit ou déficit de caixa, o lucro do 
exercício, necessidade de capital de giro etc., e, com esses dados, é possível 
determinar a capacidade de expansão dos negócios e direcionar os recursos 
disponíveis para maximizar o resultado operacional (HOJI, 2017, p.448).’’
O ideal seria que tais relatórios já estivessem disponíveis quando da 
elaboração do plano estratégico. No entanto, como sua elaboração 
depende das demais peças orçamentárias, as quais, por sinal, dependem 
das definições estratégicas, isso não é possível. Assim sendo, os processos 
orçamentários mais sofisticados (geralmente empresas mais avançadas 
em suas práticas gerenciais e que dispõem de módulos específicos em 
seus sistemas de gestão integrados) utilizam planilhas de projeção em 
tempo real, em que as projeções são atualizadas a partir da alimentação 
de dados ao longo do processo.
Desta forma, evita-se a situação em que tais demonstrações surjam 
muito tardiamente, após a elaboração do plano estratégico, já como 
último passo do processo orçamentário, o que é tardio e inadequado no 
gerenciamento de negócio como um todo.
Ainda que tal lógica se aplique a todos os relatórios financeiros, nosso 
foco será o de estudar os relatórios mais relevantes, quais sejam, o 
Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE). Vamos iniciar nossos estudos pelo BP, que é o relatório que 
representa uma fotografia da situação financeira da empresa em 
determinado momento (usualmente no fechamento do exercício).
O balanço patrimonial agrupa as principais contas, de acordo com sua 
natureza: o ativo representa as aplicações dos recursos, isto é, bens e 
direitos, como, por exemplo, caixa, estoques, máquina e equipamentos, 
etc., enquanto o passivo e o patrimônio líquido indica as origens dos 
recursos, próprios ou de terceiros. As contas do ativo e passivo, junto ao 
patrimônio líquido, são apresentadas em ordem decrescente de liquidez 
Orçamento Empresarial 5para o ativo e de exigibilidade para o passivo e patrimônio líquido. O 
balanço patrimonial reflete as mudanças dos ativos e a exigibilidade, 
resultantes das atividades planejadas, enquanto o balanço patrimonial 
projetado é o último estágio da projeção dos resultados orçados da 
posição financeira da empresa no final do exercício, sendo “consequência 
natural de todos os orçamentos previamente estudados” (COELHO; 
PONTES, 2018, p.62). O balanço patrimonial projetado:
 ▪ ajuda a conferência da montagem das demais peças orçamentárias;
 ▪ possibilita uma análise econômico-financeira da empresa;
 ▪ fornece dados para análise da administração do capital de giro da 
empresa.
2. Demonstração do Resultado do Exercício 
Se o Balanço Patrimonial pode ser comparado com uma fotografia, isto é, 
um relato estático e instantâneo em determinado momento da empresa, 
a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), também chamada 
de Demonstrativo dos Resultados do Exercício, pode ser entendido 
como um filme que cobre determinado período de tempo (o exercício), 
apresentando, em linhas gerais, o que aconteceu com a organização no 
que diz respeito a ganhos e perdas. Ou seja, sendo colocado de uma 
forma simplória, a DRE indica se houve lucro ou prejuízo no exercício.
‘‘ A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil 
que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou 
redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de 
forma dedutiva, isto é, inicia-se com a Receita bruta operacional e dela deduzem-
se custos e despesas, para apurar o lucro líquido (HOJI, 2017, p.260).’’
Desta forma, segundo o autor, a DRE é uma das peças mais importantes 
do Orçamento, visto que ela reflete o resultado final das operações, 
indicando o lucro líquido (ou prejuízo) do período das operações. Assim, 
a elaboração do demonstrativo de resultado do exercício projetado visa 
possibilitar a projeção do resultado econômico da empresa.
Baseado nas peças orçamentárias anteriores, a DRE projetada possibilita 
estimar resultados futuros, considerando diferentes alternativas para 
custos e despesas. Para tanto, parte-se do DRE anterior e os resultados 
das diversas peças orçamentárias são considerados (inseridos), para 
atualizá-lo.
De acordo com Frezatti (2017) recomenda-se a projeção da demonstração 
de resultados, do balanço patrimonial e do fluxo de caixa. As razões 
para que as entidades não se limitem à projeção da demonstração de 
resultados são as seguintes:
 ▪ separação e identificação do resultado econômico proporcionado pela 
demonstração de resultados do resultado financeiro proporcionado 
pelo fluxo de caixa. São visões complementares gerenciadas por áreas/
Orçamento Empresarial 6
pessoas diferentes na organização e devem receber o foco necessário. 
A posição de saldos proporcionada pelo balanço patrimonial permite 
analisar uma parte das ocorrências e seu sequenciamento; 
 ▪ integridade de informações proporcionada pela projeção de um valor 
e ele não deixar de ser considerado. Caso uma receita seja projetada 
(Demonstração de Resultados) e não recebida, poderá ser encontrada 
no contas a receber (Balanço Patrimonial). Caso seja recebida 
no mesmo período, entrará no fluxo de caixa projetado. Idem ao 
que refere a juros que, sem a projeção do balanço, não podem ser 
calculados de forma apropriada.
 ▪ condições de gerenciamento, pois as consequências das ações podem 
ser apresentadas tanto como resultado quanto como investimento/
fonte de recursos e podem ser atribuídas a um gestor. Essa é a base 
do accountability esperado pelas organizações. 
3. Aplicação Prática 
Vamos seguir o passo a passo de um processo orçamentário, o qual 
culminará na Projeção das Demonstrações Contábeis. Para tanto, vamos 
utilizar os dados disponibilizados por Coelho e Pontes (2018) para uma 
empresa fictícia comercial, para a qual foi desenvolvido o orçamento 
trimestral de sua única loja. Uma visão geral do processo é mostrado no 
fluxo da Figura 01.
Figura 1. Fluxo orçamentário. Fonte: Adaptado de Coelho e Pontes (2018, p.106)
Como política da empresa, o saldo de caixa deve ser de R$8.000,00, 
sendo que qualquer excesso de caixa deve ser investido em aplicações 
financeiras e qualquer falta de caixa (isto é, abaixo de R$8.000,00) deve 
ser captada por meio de empréstimo. 
Como as aplicações só podem ser resgatadas ao fim do trimestre, 
qualquer saldo que haja de empréstimos deve ser pago no final do 
trimestre pelo montante de aplicações financeiras.
Fluxo econômico
Fluxo financeiro
Orçamento da 
receita
Política de compra 
e estoque
Orçamento 
das despesas 
operacionais
Orçamento dos 
investimentos e 
financiamentos
Previsão do 
CMV
Política de 
recebimento
Política de 
pagamento
Demonstração 
do fluxo de caixa 
projetado
Balanço 
patrimonial 
projetado
Demonstração 
de resultado 
projetada
Despesas 
e receitas 
financeiras
Orçamento Empresarial 7
Dados adicionais:
 ▪ Remuneração do investimento: 1% a.m. do saldo no início do mês 
(deve compor o lucro para cálculo do IR). 
 ▪ Taxa de juros compostos do empréstimo: 2% a.m. do saldo do mês 
anterior (deverá ser paga no final do trimestre).
 ▪ O imposto de renda é de 20% do lucro. Os impostos do último trimestre 
deverão ser pagos no início do trimestre seguinte. O imposto sobre a 
receita bruta é de 10% e deverá ser pago no mês seguinte.
 ▪ Política de recebimento: 20% à vista, 60% em 30 dias e 20% em 60 
dias.
 ▪ Desconsiderar devedores duvidosos.
 ▪ Os custos das mercadorias vendidas correspondem a 60% da receita.
 ▪ A política de pagamentos prevê 30 dias de prazo.
 ▪ A política de estoques determina que os estoques finais de julho, 
agosto e setembro serão respectivamente, R$90.000,00. R$150.000,00 
e R$100.000,00.
 ▪ Projeção das despesas e seus pagamentos:
 ▪ despesas variáveis:
 ▪ comissão de vendas: 10% da venda – paga no mês 
 seguinte;
 ▪ outras despesas operacionais: 4% da venda – pagas no 
mês em que ocorrem;
 ▪ despesas fixas:
 ▪ aluguel, salários etc.: R$20.000,00 por mês – pagos no 
início do mês;
 ▪ depreciação das instalações: R$2.000,00 por mês – não 
envolve saída de caixa.
 ▪ Deseja-se fazer uma campanha de marketing, em agosto, a um custo 
de R$10.000,00, com pagamento no próprio mês de agosto. Caso 
ocorra lucro, este será transferido para reserva de lucros.
 ▪ Também é previsto um investimento para aquisição de imobilizado 
em setembro, pago à vista (R$30.000,00).
Projeção de vendas:
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
R$300.000 R$200.000 R$200.000 R$180.000 R$350.000 R$200.000 R$200.000 R$100.000
Balanço Patrimonial em 30/jun.
Ativo Passivo
Caixa R$8.000 Contas a pagar R$8.000
Aplicações R$200.000 Comissões R$200.000
Contas a Receber R$200.000 Impostos R$200.000
Estoques R$70.000 Empréstimos R$70.000
Orçamento Empresarial 8
Instalações fixas R$100.000 Capital próprio R$100.000
(-) Depreciação 
acumulada
-R$25.000 Reserva de Lucro -R$25.000
Total R$553.000 Total R$553.000
Os R$200.000,00 de contas a receber do balanço de 30 de junho 
compreendem somente as contas das vendas a prazo de maio e junho, 
ou seja, 20% das vendas de maio (R$40.000,00) que serão recebidos em 
junho e 80% das vendas de junho (R$160.000,00) que serão recebidos 
em julho e agosto.
Como a política de pagamentos prevê 30 dias de prazo – o valor de 
contas a pagar de julho refere-se aos 60% do valor das compras de 
junho de R$75.000,00.
Os impostos a pagar, no valor de R$30.000,00, referem-se ao imposto 
de R$20.000,00 sobre a receita de junho, que será pago em julho, e 
ao imposto sobre o lucro de R$10.000,00, referente a 20% do lucro do 
trimestre anterior de R$50.000,00.
Construindo o orçamento da receita e dos recebimentos.
Mês Vendas
Recebimentos
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
abr R$300.000 R$180.000 R$60.000
mai R$200.000 R$40.000 R$120.000 R$40.000
jun R$200.000 R$40.000 R$120.000 R$40.000
jul R$180.000 R$36.000 R$108.000 R$36.000
ago R$350.000 R$70.000R$210.000
set R$200.000 R$40.000 R$70.000
vendas 
trimestre
R$730.000
R$196.000 R$218.000 R$286.000 R$120.000 R$40.000
R$700.000
Totalização dos 
recebimentos no trimestre 
seguinte
Cabe lembrar que, com relação à receita de julho, 20% serão recebidos 
em julho, 60% em agosto e 20% em setembro, e assim sucessivamente. 
Percebe-se que a receita do período foi de R$730.000,00, enquanto os 
recebimentos foram de R$700.000,00. O total a ser recebido após esse 
trimestre corresponde a 20% das vendas de agosto (que serão recebidos 
em outubro) e 80% das vendas de setembro (que serão recebidos em 
outubro e novembro), perfazendo R$230.000,00. 
Construindo o Orçamento dos impostos sobre receita
Orçamento Empresarial 9
Valores pagos
Jul Ago Set Total
R$20.000 R$18.000 R$35.000 R$73.000
Os impostos pagos em julho (R$20.000,00) são referentes à 10% da 
receita de junho, e assim sucessivamente. 
Construindo o Orçamento dos custos das mercadorias vendidas, compras 
e pagamentos
Cálculo Jun Jul Ago Set
Total
Estoque final R$70.000 R$90.000 R$150.000 R$100.000
+ CMV
(-) Estoque inicial
= Compras
R$108.000 R$210.000 R$120.000 R$438.000
R$70.000 R$90.000 R$150.000
R$128.000 R$270.000 R$70.000
Contas a pagar R$45.000 R$128.000 R$270.000 R$70.000
pagamento R$45.000 R$128.000 R$270.000
Cabe lembrar que os estoques finais dos meses foram definidos pelo 
departamento de compras, que o estoque final do mês anterior será o 
estoque inicial do mês subsequente, que as compras deverão ser pagas 
no mês seguinte e que o CMV foi definido como 60% da receita. Foi, 
então calculado quanto deverá ser comprado no período.
Construindo o Orçamento das despesas e seus pagamentos, iniciando 
pelas despesas ocorridas no período, as quais serão utilizadas no DRE.
Despesa Jul Ago Set Total
Comissão (10%) R$18.000 R$35.000 R$20.000 R$73.000
Outras (4%) R$7.200 R$14.000 R$8.000 R$29.200
Campanha de 
marketing R$10.000 R$10.000
Aluguel, salários, etc. R$20.000 R$20.000 R$20.000 R$60.000
Depreciação R$2.000 R$2.000 R$2.000 R$6.000
Total R$47.200 R$81.000 R$50.000 R$178.200
E as despesas pagas que irão compor o fluxo de caixa, onde se constata 
a diferença devido à calendarização dos pagamentos, bem como pelo 
fato de a depreciação não influenciar diretamente o fluxo de caixa.
Despesa Jul Ago Set Total
Comissão (10%) R$20.000 R$18.000 R$35.000 R$73.000
Outras (4%) R$7.200 R$14.000 R$8.000 R$29.200
Campanha de 
marketing R$10.000
R$10.000
Orçamento Empresarial 10
Aluguel, salários, etc. R$20.000 R$20.000 R$20.000 R$60.000
Depreciação R$47.200 R$62.000 R$2.000 R$172.200
E, finalmente, o orçamento de caixa do trimestre da empresa:
Lançamentos Jul Ago Set Total
Caixa inicial R$8.000 R$8.000 R$8.000
+ Entradas R$196.000 R$218.000 R$286.000
= Subtotal(A) R$204.000 R$226.000 R$294.000
Compras R$45.000 R$128.000 R$270.000
Imposto sobre 
vendas R$20.000 R$18.000 R$35.000 R$73.000
Imposto sobre lucro R$10.000
Despesas R$47.200 R$62.000 R$63.000
Subtotal 
pagamentos(B) R$122.200 R$208.000 R$368.000
Saldo caixa 
operacional(A-B) R$81.800 R$18.000 -R$74.000
Aquisição 
imobilizado -R$30.000
Aplicações finaceiras R$73.800 R$10.000
Subtotal decisão de 
investimento R$73.800 R$10.000 -R$30.000
decisão de 
financiamento R$112.000
Saldo final R$8.000 R$8.000 R$8.000
A decisão de investir R$73.800,00 de deveu a ser o valor necessário para 
manter R$8.000,00 em caixa (idem R$10.000,00). Por conseguinte, a 
decisão de financiar R$112.000,00 teve a mesma finalidade.
No entanto, no final do trimestre, o valor do empréstimo contraído 
(R$112.000,00) foi integralmente pago pelas aplicações financeiras 
disponíveis, não gerando, portanto, incidência de juros. Por outro lado, 
como a empresa possuía recursos aplicados, houve rendimentos das 
aplicações, como mostrado a seguir.
Lançamentos Jul Ago Set Total
Inicial R$200.000 R$275.800 R$288.558
+ Aplicações R$73.800 R$10.000
+ Juros(1%) R$2.000 R$2.758 R$2.886 R$7.644
- Pagamentos R$112.000
Orçamento Empresarial 11
= Total R$275.800 R$288.558 R$179.444
Podemos, assim, elaborar a DRE projetada, a qual é mostrada a seguir.
Receita R$ 730.000
(-)Impostos sobre vendas(10%) R$ 73.000
= Receita Líquida R$ 657.000
(-) CMV R$ 438.000
= Lucro Bruto R$ 219.000
(-) Despesas operacionais R$ 178.000
+ Receitas financeiras R$ 7.644
(-)Despesas financeiras R$ 0
= Lucro operacional R$ 48.444
(-) Impostos sobre Lucros(20%) R$ 9.689
= Lucro Líquido R$ 38.755
Em seguida, elaboramos o Balanço Patrimonial projetado.
Ativo Passivo
Caixa R$8.000 Contas a pagar R$70.000
Aplicações R$179.444 Comissões R$20.000
Contas a receber R$230.000 Impostos R$29.689
Estoques R$100.000 Empréstimos R$0
Instalações fixas R$130.000 Capital próprio R$458.000
(-) Depreciação 
acumulada -R$31.000 Reserva de lucro R$38.755
Total R$616.444 Total R$616.444
Completamos, assim, a dinâmica das projeções do orçamento de uma 
empresa comercial, chegando às projeções das demonstrações contábeis.
Como você percebeu, a geração das projeções das demonstrações 
contábeis não é um exercício de adivinhação, nem uma simples lista de 
desejos, mas sim uma atividade com razoável grau de complexidade, 
pautada em análises dos aspectos estratégicos, táticos e operacionais da 
empresa.
A estrutura lógica do processo orçamentário prevê que sejam geradas 
previsões de demanda, de receitas, de gastos, de investimentos e 
financiamentos e de fluxo de caixa e cada uma das peças orçamentárias 
se comunica com as demais, por meio de relações de causa e efeito, 
Orçamento Empresarial 12
isto é, com as informações de uma peça alimentando dados para outra 
e assim sucessivamente, até que as estratégias da organização sejam 
transformadas em elementos quantitativos, monetários.
A partir de tais peças, é possível, também, como último passo de tal 
percurso lógico, projetar os resultados finais da organização, na forma 
de seus demonstrativos contábeis. Desta forma, tem-se com o processo 
orçamentário, a possibilidade de elaborar um sofisticado instrumento 
de gestão, que perpassa pelas atividades de planejamento e controle 
empresarial.
Referências
COELHO, F. S.; PONTES, R. M. Orçamento e Controle. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 2018.
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 
6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira 
aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12. ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
LOBATO, D. M.; AZEVEDO, H. M. Orçamento Empresarial. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 1994.
NORTON, D.; KAPLAN, R. Estratégia em Ação: Balanced Scorecard, Rio de 
Janeiro: Campus, 1997.
Orçamento Empresarial 13
	Projeção das Demonstrações Contábeis
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. Balanço Patrimonial
	2. Demonstração do Resultado do Exercício 
	3. Aplicação Prática 
	Referências

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