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16 Introdução e Base Matemática autor J A M Felippe de Souza

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J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 1 
 
 
1 – Introdução e 
Base Matemática 
 
 
 
 Introdução 2 
 Base Matemática 3 
1.1 – O número imaginário 3 
1.2 – Números complexos 4 
1.3 – Operações com números complexos 9 
1.4 – O seno e o co-seno 12 
1.5 – A equação de Euler 15 
1.6 – A tangente 17 
1.7 – As inversas de seno, co-seno e tangente 19 
1.8 – Exponenciais e logaritmos 22 
1.9 – Derivadas 23 
1.10 – Integrais 30 
1.11 – Decibéis (dB) 38 
 
 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
Quando se fala em sinais geralmente é associado à medição ou ao registo de algum 
fenómeno físico ou, em outras palavras, de um sistema. Portanto, sinais e sistemas 
são conceitos bastante interligados. 
 
No presente capítulo 1 faremos uma breve revisão de diversos tópicos básicos da 
matemática que serão úteis para os capítulos seguintes. Recapitularemos vários resul-
tados, expressões e fórmulas da álgebra, da álgebra linear, da análise, do cálculo dife-
rencial e integral e da trigonometria que serão de certa forma usado neste texto. 
 
Nos capítulos 2 e 3 trataremos da descrição e da terminologia dos sinais enquanto 
que no capítulo 4 trataremos de sistemas. 
 
Nos demais capítulos trataremos de algumas ferramentas de análise de sinais: 
Transformadas de Laplace (capítulo 5), Transformadas z (capítulo 6), Séries e 
Transformadas de Fourier (capítulos 7 e 8, respectivamente) e Diagramas de Bode 
(capítulo 9). 
 
 
 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Base Matemática 
 
 
1.1 – O número imaginário 
 
 
O número imaginário “ j ” é definido como: 
 
1j −= . 
 
Na literatura de matemática é muito comum usar-se “ i ” (de “imaginário”) para o 
número imaginário: 
1i −= . 
 
Entretanto, em engenharia a letra “ i ” é normalmente reservada para a corrente eléc-
trica (medida em Ampères) enquanto que para o número imaginário usa-se a letra 
“ j ”. 
 
Logo, 
 1j
2 −= 1j3 −−= 1j4 = 
 
Portanto, 
 1jjjj
145 −==⋅= 
 1jjjj
2246 −==⋅= 
 1jjjj
3347 −−==⋅= 
 111jjj
448 =⋅=⋅= 
 
e assim por diante. 
 
Além disso: 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 4 
 
j
)1(
j
jj
j
j
1
j 1 −=
−
=
⋅
==− 
ou seja, 
 jj
1 −=− . 
 
Semelhantemente, 
 1j
2 =− 
 jj
3 =− 
 1j
4 −=− 
 
Alguns exemplos imediatos deste resultado 
j
j
1 −=
: 
 
 j2j
2 −= j3j
3
3
−=− 
 
 ( ) 4
1
j2
1
2 −= 5j
5
4
−=− 
 
 
 
1.2 – Números complexos 
 
Um número complexo z ∈ ℂ é expresso por: 
 
jz β+α= 
 
onde α e β ∈ R (números reais) e j é o número imaginário puro conforme definido 
acima. 
 
α e β são chamados de: 
 
 α = parte real de z, e 
 β = parte imaginária de z 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 5 
e são representados por 
 
α = Re (z) 
β = Im (z). 
 
Um número complexo z ∈ ℂ escrito na forma acima é dito estar na forma “cartesiana” 
ou “algébrica”. 
 
 
Fig. 1.1 – O plano s, a representação cartesiana (à esquerda) e a representação 
polar (à direita). 
 
 
Um número complexo z ∈ ℂ pode ser escrito de forma equivalente como 
 
θ⋅ρ= jez 
 
onde ρ e θ são números reais, sendo que ρ > 0 e θ (em radianos) é um arco. 
 
A expressão acima é muito comummente abreviada (especialmente em textos de 
engenharia) para 
 
θ∠⋅ρ=z . 
 
por uma questão de simplicidade. Além disso, neste caso, quando se usa esta notação 
para z, é comum se denotar o ângulo θ em graus em vez de radianos. 
 
ρ e θ são chamados de: 
 
 ρ = módulo de z, e 
 θ = ângulo ou fase de z 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 6 
 
e são representados por 
ρ = |z| 
θ = ∠z. 
 
Um número complexo z escrito nesta forma acima é dito estar na forma “polar” ou 
“ trigonométrica”. 
 
A representação gráfica de um número complexo z ∈ ℂ feita no plano complexo (ou 
plano s) em termos de α, β, ρ e θ é dada nas figuras 1.1 e 1.2. 
 
 
Fig. 1.2 – O plano s, as coordenadas cartesianas e polares 
 
 
A transformação da forma cartesiana para polar assim como da forma polar para car-
tesiana são facilmente obtidas pelas relações básicas da geometria (teorema de Pitá-
goras) e da trigonometria (senos e co-senos). 
 
As relações que permitem transformar da forma cartesiana para a forma polar são: 
 
 
22|z| β+α==ρ 




=∠=
α
βθ arctgz 
 
e as relações que permitem transformar da forma polar para a forma cartesiana são: 
 
 θ⋅ρ==α cos)zRe( θ⋅ρ==β sen)zIm( 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 7 
Alguns exemplos: 
 
j1732,1
2
º1502
º2102z
618,2j
1
−−=
⋅=
−∠⋅=
∠⋅=
−e 
)7854,0(j
)4/(j
2
8284,2
22
º31522
º4522
j22z
−
π−
⋅=
⋅=
∠=
−∠=
−=
e
e
 
 
 
 
j707,0707,0
j
2
2
2
2
º451z
785,0j
3
+=
+=
=
∠⋅=
e
 
)57,1(j
)2/(j
4
º901
j10
jz
e
e
=
=
∠=
+=
=
π 
 
 
 
Fig. 1.3 – A representação gráfica dos números complexos z1, z2, z3 e z4. 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 8 
O conjugado de um número complexo z ∈ ℂ 
 
jz β+α= 
é o número complexo z ou *z 
 
z z* j= = α − β 
 
ou seja, z ou *z é o rebatimento do ponto z no plano s em relação ao eixo real. 
 
 
Fig. 1.4 – O conjugado z ou *z de um número complexo z. 
 
 
Em termos da forma polar o conjugado z ou *z de um número complexo: 
 
θ⋅ρ= jz e 
é dado por: 
* jz z − θ= = ρ ⋅e . 
 
Note que 
* *z (z ) z= = 
 
e, além disso, se x é um número real (x ∈ R), ou seja, x é um número complexo com 
a parte imaginária igual a zero, então: 
 
* *x (x ) x= = . 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 9 
1.3 – Operações com números complexos 
 
A forma cartesiana é mais apropriada para operações de soma (z1 + z2) e subtracção 
(z1 – z2) de números complexos, 
 
( ) ( ) ( ) ( ) jjj 21212211 ⋅β+β+α+α=⋅β+α+⋅β+α 
 
( ) ( ) ( ) ( ) jjj 21212211 ⋅β−β+α−α=⋅β+α−⋅β+α 
 
enquanto que a forma polar é mais apropriada para operações de multiplicação 
(z1 ⋅ z2) e divisão (z1 / z2) de números complexos: 
 
( ) ( ) ( )2121 j21j2j1 θ+θ⋅θθ ⋅ρ⋅ρ=⋅ρ⋅⋅ρ eee 
 
( )
( )
( )21
2
1
j
2
1
j
2
j
1 θ−θ⋅
θ
θ
⋅
ρ
ρ=
⋅ρ
⋅ρ
e
e
e
 
 
ou, equivalentemente: 
 
( ) ( ) )( 2121j2j1 21 θ+θ∠⋅ρ⋅ρ=⋅ρ⋅⋅ρ θθ ee 
 
( )
( ) )( 212
1
j
2
j
1
2
1
θ−θ∠⋅
ρ
ρ=
⋅ρ
⋅ρ
θ
θ
e
e
 
 
 
Um resultado bastante útil é dado pela equação abaixo: 
 
( ) ( ) 22jj β+α=β−α⋅β+α 
 
ou seja, o produto zz⋅ de um número complexo z pelo seu conjugado z é um 
número real (um número complexo sem a parte imaginária) e cujo valor é a soma do 
quadrado da parte real de z com o quadrado da parte imaginária de z. 
 
Este resultado permite que se escreva uma fracção z/z’, onde z e z’ são 2 números 
complexos 
 
 z = α + j⋅β e z’ = σ + j⋅ω 
 
na forma cartesiana A + j⋅B, ou seja, 
 
BjA
j
j
z
z ⋅+=
ω+σ
β+α=
′ 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 10
Note que, multiplicando-se ambos o numerador e o denominador de z/z’ pelo conju-
gado do denominador z′ temos 
 
( )( )
( )( )
( ) ( )
22
j
jj
jj
zz
zz
z
z
ω+σ
αω−βσ⋅+βω+ασ=
ω−σω+σ
ω−σβ+α=
′′
′
=
′ 
 
ou seja, 
( )
( )
( )
( )2222 jz
z
ω+σ
αω−βσ⋅+
ω+σ
βω+ασ=
′ 
 
e portanto, 
 
 
( )
( )22A ω+σ
βω+ασ= e 
( )
( )22B ω+σ
αω−βσ= 
 
Alguns exemplos: 
 
a) 2j1
5j2
z
z
+−
−=
′ 
 
então, α = 2, β = –5, σ = –1, e ω = 2, logo 
 
( ) ( )
2,0j4,2
5
45
j
5
102
z
z ⋅+−=−⋅+−−=
′ 
 
b) 
j1
j23
z
z
+
−=
′ 
 
então, α = 3, β = –2, σ = 1, e ω = 1, logo 
 
( ) ( )
5,2j5,0
2
32
j
2
23
z
z ⋅−=−−⋅+−=
′ 
 
c) 
j
3
z
z =
′ 
 
então, α = 3, β = 0, σ = 0, e ω = 1, logo 
 
( ) ( )
j33j0
)j)(j(
30
j
)j)(j(
00
z
z −=⋅−=
−
−⋅+
−
+=
′ 
Neste último caso observe que seria mais simples e imediato se fosse utilizadoo 
resultado 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 11
j
j
1 −= 
que já vimos mais acima. 
 
 
 
Outro resultado bastante útil é o seguinte: 
 
θ∀=θ ,1je 
 
ou seja, θ= jz e é um ponto da circunferência de raio 1 centrada na origem do plano s. 
 
Na verdade θ= jz e é o ponto desta circunferência cujo ângulo com o eixo real posi-
tivo é θ. 
 
Fig. 1.5 – Circunferência de raio 1 centrada na origem do plano s. 
 
 
Logo, é fácil de verificar que 
 10j =e j2
j
=
π
e 
 1j −=πe j2
j
−=
π−
e 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 12
1.4 – O seno e o co-seno 
 
O seno e o co-seno de um ângulo θ de um triângulo rectângulo são definidos como: 
 
hipotenusa
opostocateto
a
c
)(sen ==θ 
 
hipotenusa
adjacentecateto
a
b
)(cos ==θ 
 
 
Fig. 1.6 – Triângulo rectângulo. 
 
Usando o Teorema de Pitágoras 
222 cba += 
 
pode-se facilmente encontrar os seguintes senos e co-senos conhecidos: 
 ( ) 00sen)º0(sen == ( ) 10cos)º0(cos == 
 
2
2
4
sen)º45(sen =




 π= 
2
2
4
cos)º45(cos =




 π= 
 1
2
sen)º90(sen =




 π= 0
2
cos)º90(cos =




 π= 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 13
Outros senos e co-senos notáveis: 
 
2
1
6
sen)º30(sen =




 π= 
2
3
6
cos)º30(cos =




 π= 
 
2
3
3
sen)º60(sen =




 π= 
2
1
3
cos)º60(cos =




 π= 
 
 
Se θ = ωt, onde 
 –∞ < t < ∞, e ω > 0, 
então sen (θ) e cos (θ) se transformam em funções de t, 
x(t) = sen (ωt) , ω > 0 
e 
x(t) = cos (ωt) , ω > 0 
cujos gráficos pode-se ver abaixo nas figuras 1.7 e 1.8. 
 
 
Fig. 1.7 – A função seno, x(t) = sen (ωt) , t∈(–∞, ∞), ω > 0. 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 14
 
Fig. 1.8 – A função co-seno, x(t) = cos (ωt) , t∈(–∞, ∞), ω > 0. 
 
 
Algumas relações que envolvem senos e co-senos: 
 
Versão trigonométrica do Teorema de Pitágoras: 
 
( ) 1)(cossen 22 =θ+θ 
Relações do arco complementar (para o seno e para o co-seno): 
 
 





 π+θ=




 θ−π=θ
2
sen
2
sen)(cos 
( ) 




 π−θ=θ
2
cossen 
Relações do arco suplementar (para o seno e para o co-seno): 
( ) ( )θ−π=θ sensen 
( ) ( )θ−π−=θ coscos 
 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 15
Relações de paridade para o seno e para o co-seno: 
( ) ( )θ−−=θ sensen 
( ) ( )θ−=θ coscos 
Seno e co-seno da soma de 2 arcos: 
( ) ( ) ( ) ( ) ( )212121 sencoscossensen θθ+θθ=θ+θ 
( ) ( ) ( ) ( ) ( )212121 sensencoscoscos θθ−θθ=θ+θ 
Seno e co-seno do dobro de um arco: 
( ) ( ) ( )θθ=θ cossen22sen 
( ) ( ) ( )θ−θ=θ 22 sencos2cos 
 
 
 
1.5 – A equação de Euler 
 
O matemático e físico suíço Leonhard Euler (1707-1783) publicou o seguinte resul-
tado em 1748: 
 
θ⋅+θ=θ senjcosje 
 
e por esta razão ele é chamado de “equação de Euler”. 
 
Com a equação de Euler é fácil de se compreender a transformação da forma polar 
para cartesiana já vista acima. Se z ∈ ℂ escrito na forma polar, 
 
( )
( ) ( )θ⋅ρ⋅+θ⋅ρ=
θ⋅+θ⋅ρ=
⋅ρ= θ
senjcos
senjcos
z je
 
 
logo, 
jz β+α= 
onde 
 θ⋅ρ=α cos θ⋅ρ=β sen 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 16
O seguinte exemplo serve para verificar as relações acima para 2
j
2
j
0j ,,
π−π
eee e
πj
e 
( ) ( ) 1j010senj0cos0j =⋅+=⋅+=e 
jj10
2
senj
2
cos2
j
=⋅+=




 π⋅+




 π=
π
e 
jj10
2
senj
2
cos2
j
−=⋅−=




 π−⋅+




 π−=
π
−
e 
( ) ( ) 1j01senjcosj −=⋅−−=π⋅+π=π−e 
 
 
Da equação de Euler é fácil de obter-se as seguintes relações também bastante 
conhecidas: 
 
2
cos
jj θ−θ +=θ ee 
 
j2
sen
jj θ−θ −=θ ee 
 
 
Como exemplo, vamos utilizar estas relações acima obtida da equação de Euler para 
verificar alguns senos e co-senos bastante conhecidos: 
( ) ( ) 1
2
11
2
0cosº0cos
0j0j
=+=+==
⋅−⋅
ee
 
( ) ( ) 0
j2
11
j2
0senº0sen
0j0j
=−=−==
⋅−⋅
ee
 
( ) 0
2
)j(j
22
cosº90cos
2
j
2
j
=−+=+=




 π=





 π⋅−




 π⋅
ee
 
( ) 1
j2
)j(j
j22
senº90sen
2
j
2
j
=−−=−=




π=





π⋅−




π⋅
ee
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 17
( ) 0
2
jj
22
cosº90cos
2
j
2
j
=
+−
=
+
=




 π−=−





 π⋅




 π⋅−
ee
 
( ) 1
j2
jj
j22
senº90sen
2
j
2
j
−=
−−
=
−
=




 π−=−





 π⋅




 π⋅−
ee
 
( ) ( ) 1
2
)1(1
2
cosº180cos
jj
−=−+−=+=π=
π⋅π−
ee
 
( ) ( ) 0
j2
)1(1
j2
senº180sen
jj
=−−−=−=π=
π⋅π⋅−
ee
 
 
 
1.6 – A tangente 
 
A tangente de um ângulo θ de um triângulo rectângulo é definida como: 
 
adjacentecateto
opostocateto
b
c
)(tg ==θ 
 
e, pelas definições de seno e co-seno, facilmente obtém-se: 
 
)cos(
)(sen
)(tg
θ
θ=θ 
 
e desta forma pode-se facilmente encontrar as seguintes tangentes conhecidas: 
 
( ) 00tg)º0(tg == 
1
4
tg)º45(tg =




 π= 
∞=




 π=
2
tg)º90(tg 
3
3
6
tg)º30(tg =




 π= 
3
3
tg)º60(tg =




 π= 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 18
Se θ = ωt, onde 
 –∞ < t < ∞, e ω > 0, 
então tg (θ) se transforma em uma função de t, 
x(t) = tg (ωt) , ω > 0 
cujo gráfico pode-se ver abaixo na figura 1.9. 
 
 
 
Fig. 1.9 – A função tangente, x(t) = tg (ωt), t∈(–∞, ∞), ω > 0. 
 
 
Assim como o seno e para o co-seno que se repetem a cada intervalo de 2π, a tan-
gente se repete a cada intervalo de π. Logo, 
( ) ( ) ( )π−θ=π+θ=θ tgtgtg . 
ou melhor: 
( ) ( ) { }...,2,1,0k,ktgtg ±±∈π+θ=θ 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 19
1.7 – As inversas de seno, co-seno e tangente 
 
Nitidamente as funções seno, co-seno e tangente não são inversíveis. Pelo gráfico de 
x(t) = sen (ωt), x(t) = cos (ωt) e x(t) = tg (ωt) vemos que se α e β forem valores no 
intervalo [0, 1], e γ for um valor real qualquer, ou seja, 
 
α ∈[–1, 1], β ∈[–1, 1], γ ∈(–∞, ∞), 
 
então vão haver muitos valores de t∈(–∞, ∞) para os quais 
x(t) = sen (ωt) = α 
x(t) = cos (ωt) = β 
x(t) = tg (ωt) = γ 
 
Portanto, para poder se achar a função inversa de seno, co-seno e tangente temos que 
limitar o intervalo destas funções. 
 
No caso do seno limitamos ao intervalo t∈[–π/2 , π/2], no caso co-seno limitamos ao 
intervalo t∈[0 , π], e no caso da tangente limitamos ao intervalo t∈[–π/2 , π/2]. Os 
gráficos destas funções são apresentados nas figuras 1.10 e 1.11. 
 
 
Fig. 1.10 – A função seno, x(t) = sen (ωt) limitada ao intervalo t∈[–π/2 , π/2] (1º e 4º 
quadrantes), e ω > 0 (à esquerda), e a função co-seno, x(t) = cos (ωt) limi-
tada ao intervalo t∈[0 , π] (1º e 2º quadrantes), e ω > 0 (à direita). 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 20
 
Fig. 1.11 – A função tangente, x(t) = tg (ωt) limitada ao intervalo t∈[–π/2 , π/2] (1º 
e 4º quadrantes), e ω > 0. 
 
Esta é a norma geral adoptada pelas máquinas calculadoras e meios informáticos de 
cálculo modernos. Limita-se o arco a 2 quadrantes: 
 
1º e 4º quadrante, no caso do seno ou da tangente; 
e 
1º e 2º quadrante, no caso do co-seno. 
 
Desta forma é possível falar nas funções inversas do seno, do co-seno e da tangente: 
 
arcsen (α), arccos (β) e arctg (γ). 
 
Por exemplo, se γ = 1, o arco cuja a tangente é 1 é dado por 
( ) º45
4
1arctg =π= 
embora, como já foi visto acima, existam muitos outros arcos θ cuja tangente também 
é 1. Na verdade as soluções possíveis são: 
{ }...,2,1,0k,k
4
±±∈π+π=θ 
ou seja: 
º225eº45 =θ=θ 
 
são 2 possíveis soluções de arctg (π/4). E θ = 45º está no primeiro quadrante e 
θ = 225º está no terceiro quadrante. 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 21
No caso particular da inversa ser de uma fracção 
arcsen (b/a), arccos (b/a) e arctg (b/a) 
então podemos levar em consideração o quadrantedo ponto (a, b). 
 
Fig. 1.12 – Dois arcos que têm a mesma tangente 1: 45º (ou π/4, 1º quadrante) 
e 225º (ou 5π/4, 3º quadrante). 
 
 
Desta forma a inversa do seno, do co-seno ou da tangente não fica limitada ao inter-
valo [–π/2 , π/2] ou [0 , π] que representam apenas 2 quadrantes, pois temos informa-
ção suficiente para determinar o arco nos 4 quadrantes. Por exemplo: 
 º4541
1
tgarc =π=





 (1º quadrante) 
 º135º2254
5
1
1
tgarc −==π=





−
−
 (3º quadrante) 
 º315º4541
1
tgarc =−=π−=




 −
 (4º quadrante) 
 º1354
3
1
1
tgarc =π=





− (2º quadrante) 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 22
1.8 – Exponenciais e logaritmos 
 
O “número neperiano e” (devido ao matemático, astrólogo e teólogo escocês. John 
Napier, 1550-1617) vale aproximadamente 
e = 2,7183 
 
Mais precisamente, ele pode ser escrito como uma série infinita ou como um limite 
(esta última forma devido ao matemático suíço Jakob Bernoulli, 1654-1705): 
 ∑
∞
=
=
0n !n
1
e 
n
n
1
1lim
n





 +=
∞→
e 
O “número neperiano” também é chamado de “constante de Euler” e é a base dos 
logaritmos naturais (ln). Portanto: 
( ) xxln =e 
 
Algumas relações básicas de exponenciais e logaritmos: 
 yxyx +=⋅ eee yxy
x
−= e
e
e
 ( ) yxyx ⋅= ee 
 ( ) ( ) ( )ylnxlnyxln +=⋅ ( ) ( )ylnxln
y
x
ln −=





 ( ) ( )xlnaxln a = 
( ) ( )
x
1xx /1lnln ==− ee 
 
Transformação da base e para a base 10: 
( ) ( )( )
( ) ( )xln4343,0
3,2
xln
10ln
xln
xlog10 ⋅=== 
Transformação da base 10 para a base e: 
( ) ( )
( )
( ) ( )xlog3,2
4343,0
xlog
log
xlog
xln 10
10
10
10 ⋅===
e
 
Transformação de qualquer base “b” para a base “a”: 
( ) ( )( )alog
xlog
xlog
b
b
a = 
J. A. M. Felippe de Souza 
 
 
1.9 – Derivadas 
 
A teoria do cálculo diferencial 
Newton (1643-1727) e do 
Leibniz (1646-1716). 
 
A notação das derivada de uma função f(t) pode ser
 
dt
df
ou 
('f
 
 
A derivada de uma função f(t) no instante t nos dá a 
recta tangente à curva naquele instante. 
 
Se f(t) é crescente em t = a, então a derivada será positiva naquele instante 
 
 
Isso é ilustrado na figura 1.1
 
Fig. 1.13 – Inclinação positiva (ou 
no instante t =
 
Por outro lado, se f(t) é decrescente em t = a, então a derivada será negativa naquele 
instante 
1 – Introdução e Base Matemática 
23
A teoria do cálculo diferencial é de autoria do físico e matemático inglês 
1727) e do filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm von 
A notação das derivada de uma função f(t) pode ser 
dt
df
 (devido à Newton) 
)t( (devido à Leibniz). 
função f(t) no instante t nos dá a inclinação (ou 
tangente à curva naquele instante. 
Se f(t) é crescente em t = a, então a derivada será positiva naquele instante 
0>
dt
df
)a('f
at=
= . 
13. 
positiva (ou declive positivo) da recta tangente à curva f(t) 
= a. 
e f(t) é decrescente em t = a, então a derivada será negativa naquele 
Introdução e Base Matemática 
de autoria do físico e matemático inglês Sir Isaac 
Gottfried Wilhelm von 
(ou declive) de uma 
Se f(t) é crescente em t = a, então a derivada será positiva naquele instante 
 
positivo) da recta tangente à curva f(t) 
e f(t) é decrescente em t = a, então a derivada será negativa naquele 
J. A. M. Felippe de Souza 
 
 
 
Isso é ilustrado na figura 1.1
 
Fig. 1.14 – Inclinação negativa (ou 
no instante t =
 
Fig. 1.15 – Inclinação nula (ou 
tante t = a. Caso de máximo local. 
 
Finalmente, se f(t) não é crescente nem decrescente em t = a, então a derivada será 
zero naquele instante 
 
1 – Introdução e Base Matemática 
24
0<
dt
df
)a('f
at=
= . 
14. 
negativa (ou declive negativo) da recta tangente à curva f(t) 
= a. 
nula (ou declive nulo) da recta tangente à curva f(t) no ins
Caso de máximo local. 
Finalmente, se f(t) não é crescente nem decrescente em t = a, então a derivada será 
0
dt
df
)a('f
at
==
=
. 
Introdução e Base Matemática 
 
negativo) da recta tangente à curva f(t) 
 
nulo) da recta tangente à curva f(t) no ins-
Finalmente, se f(t) não é crescente nem decrescente em t = a, então a derivada será 
J. A. M. Felippe de Souza 
 
 
Neste caso pode-se ter um máximo ou um mínimo local
dois. Isso é ilustrado nas figuras 
 
Fig. 1.16 – Inclinação nula (ou 
no instante t
 
Fig. 1.17 – Inclinação nula (ou 
tante t = a. Caso de ponto de inflexão, não é máximo nem mínimo local. 
 
Algumas propriedades e regras das derivadas: 
 
 Linearidade: 
( )
dt
df
c
dt
)t(fcd ⋅=⋅
( )
dt
)t(f)t(fd 21 =+
 
1 – Introdução e Base Matemática 
25
um máximo ou um mínimo local, mas às vezes nenhum dos 
. Isso é ilustrado nas figuras 1.15, 1.16 e 1.17. 
nula (ou declive nulo) da recta tangente à curva f(t) 
no instante t = a. Caso de mínimo local. 
nula (ou declive nulo) da recta tangente à curva f(t) no ins
Caso de ponto de inflexão, não é máximo nem mínimo local. 
Algumas propriedades e regras das derivadas: 
)t('fc
dt
)t(df ⋅= 
)t('f)t('f
dt
)t(df
dt
)t(df
21
21 +=+ 
Introdução e Base Matemática 
, mas às vezes nenhum dos 
 
nulo) da recta tangente à curva f(t) 
 
nulo) da recta tangente à curva f(t) no ins-
Caso de ponto de inflexão, não é máximo nem mínimo local. 
(homogeneidade) 
(aditividade) 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 26
 Regra do produto: 
( ) )t(f)t('g)t(g)t('f
dt
)t(dg
)t(f)t(g
dt
)t(df
)t(g)t(f
dt
d ⋅+⋅=⋅+⋅=⋅ 
 
 Regra do quociente: 
)t(g
)t('g)t(f)t('f)t(g
)t(g
dt
)t(dg
)t(f
dt
)t(df
)t(g
)t(g
)t(f
dt
d
22
⋅−⋅=
⋅−⋅
=





 
 
 Regra da cadeia: 
( ) )t('g))t(g('f
dt
)t(dg
)t(g
dt
df
))t(g(f
dt
d ⋅=⋅= 
 
Se definirmos 
 
 )t(f)t(u = e )t(g)t(v = 
 
então, 
 
 udt
df ′= e vdt
dg ′= 
 
E as regras acima podem ser reescritas de forma mais compacta como: 
 
 ( ) ucuc ′⋅=′⋅ (homogeneidade) 
 
 ( ) vuvu ′+′=′+ (aditividade) 
 
 ( ) vuvuvu ′⋅+⋅′=′⋅ (regra do produto) 
 
 2v
vuuv
v
u ′⋅−′⋅=
′






 (regra do quociente) 
 
 dt
dv
dv
du
dt
du ⋅= (regra da cadeia) 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 27
 Algumas derivadas de funções simples: 
0c
dt
d = 
( ) 1nn tnt
dt
d −⋅= 
 1t
dt
d = (caso particular, n =1) 
 ( ) ctc
dt
d =⋅ (aplicando a homogeneidade) 
 ( ) 221 t
1
tt
dt
d
t
1
dt
d −=−==




 −−
 (caso particular, n = –1) 
 ( ) 1m1mmm t
1
mtmt
dt
d
t
1
dt
d
+
+−− ⋅−=⋅−==





 (caso particular, n = –m) 
 ( ) ( ) 0t,
t2
1
t
2
1
t
dt
d
t
dt
d 2121 ≥=⋅== − (caso particular, n = 1/2) 
0t,)t(sign
t
t
t
dt
d ≠== 
 Derivadas de funções exponenciais e logarítmicas: 
clncc
dt
d tt ⋅= 
tt
dt
d
ee = (caso particular, c = e, a única função que é igual a própria derivada) 
clnt
1
tlog
dt
d
c ⋅
= 
 0>t,tt
1
tln
dt
d 1−== (caso particular, c = e) 
1t
t
1
tln
dt
d −== 
)tln1(ttln
dt
d tt +⋅= 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 28
 Derivadas de funções trigonométricas: 
)t(cos)t(sen
dt
d = 
)t(sen)t(cos
dt
d −= 
)t(cos
1
)t(sec)t(tg
dt
d
2
2 == 
)t(sec)t(tg)t(sec
dt
d ⋅= 
)t(sen
1
)t(seccos)t(gcot
dt
d
2
2 −=−= 
)t(gcot)t(seccos)t(seccos
dt
d ⋅−= 
2t1
1
)t(arcsen
dt
d
−
= 
2t1
1
)t(arccos
dt
d
−
−= 
2t1
1
)t(arctg
dt
d
+
= 
1tt
1
)t(secarc
dt
d
2 −⋅
= 
2t1
1
)t(gcotarc
dt
d
+
−= 
1tt
1
)t(secarccos
dt
d
2 −⋅
−= 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 29
 Derivadas de funções hiperbólicas: 
2
)t(cosh)t(senh
dt
d t-t ee +== 
2
)t(senh)t(cosh
dt
d t-t ee −== 
)t(hsec)t(tgh
dt
d 2= 
)t(hsec)t(tgh)t(hsec
dt
d ⋅−= 
)t(hseccos)t(ghcot
dt
d 2−= 
)t(hseccos)t(ghcot)t(hcsc
dt
d ⋅−= 
1t
1
)t(arcsenh
dt
d
2 +
= 
1t
1
)t(harccos
dt
d
2 −
= 
2t1
1
)t(harctg
dt
d
−
= 
2t1t
1
)t(hsecarc
dt
d
−
−= 
2t1
1
)t(hcotarc
dt
d−
= 
2t1t
1
)t(hsecarc
dt
d
+
−= 
 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 30
1.10 – Integrais 
 
A integral indefinida de uma função f(t) é representada como 
 
∫ τ⋅τ d)(f 
 
Por outro lado, a integral definida, representada como 
 
 ∫ τ⋅τ
b
a
d)(f , ∫ ∞− τ⋅τ
b
d)(f ou ∫
∞
τ⋅τ
a
d)(f 
 
faz a Soma de Riemann que calcula a área sob a curva em m intervalo bem definido 
como por exemplo: 
 
 [ a , b ] , ] –∞ , b ] ou [ a , ∞ [. 
 
Este nome acima é dado em alusão ao matemático alemão Georg Friedrich Bernhard 
Riemann (1826-1866). 
 
A integral é um processo inverso do da derivada de funções pois, 
 
( ) ( ) Ctfdfdt
dt
)t(df
dt)t(
dt
df
dttf +====′ ∫∫∫∫ 
ou 
( ) )t(fdt)t(f
dt
d =⋅∫ . 
 
Mais precisamente: 
∫ ⋅=
t
a
dt)t(f)t(F 
 
é chamada de primitiva de f(t). 
 
Este resultado é chamado de Teorema Fundamental do Cálculo e faz a interligação 
entre o Cálculo Diferencial (secção anterior) e o Cálculo Integral (desta secção). 
 
Algumas regras de integração de funções em geral 
( ) ( ) Cdttfadttfa +⋅= ∫∫ (regra da homogeneidade) 
( ) ( )[ ] ( ) ( ) Cdttgdttfdttgtf ++=+ ∫∫∫ (regra da aditividade) 
( ) ( )[ ] ( ) ( )∫∫ ′⋅+⋅=⋅′ dttg)t(f)t(gtfdttgtf (regra da integral por partes) 
J. A. M. Felippe de Souza 
 
 
Se definirmos 
 
 )t(g)t(u =
então, 
 )t(gdu ′=
 
e a regra da integral por partes pode ser escrita doutra forma
 
 ∫ ⋅ dvu
 
Por outro lado, se 
 
 )t(f)t(u =
 
então a integral definida é calculada como: 
 
b
a∫
 
Fig. 1.18 – A área S sob a curva f(t) no intervalo 
 
 
A integral definida desde a 
 
 
é a área S sob a curva, conforme ilustrado na figura 
 
1 – Introdução e Base Matemática 
31
) e )t(f)t(v = 
dt⋅ e dt)t(fdv ⋅′= 
e a regra da integral por partes pode ser escrita doutra forma: 
∫−= duvuvdv (regra da integral por partes) 
) e dt)t(fdu ⋅′= , 
integral definida é calculada como: 
] )a(u)b(uudu ba
b
a
−==∫ 
A área S sob a curva f(t) no intervalo definido [a,
 até b da função f 
Sd)(f
b
a
=τ⋅τ∫ 
é a área S sob a curva, conforme ilustrado na figura 1.18. 
Introdução e Base Matemática 
(regra da integral por partes) 
 
definido [a, b]. 
J. A. M. Felippe de Souza 
 
 
A figura 1.19 mostra dois exemplos da integral definida desde a até b da função f, 
onde áreas abaixo do eixo das abcissas contam negativamente. 
 
e 
b
a∫
 
Fig. 1.19 – Dois exemplos da área sob a curva f(t) no intervalo 
As áreas abaixo do eixo das 
 
A figura 1.20 mostra dois exemplos da integral definida 
como: ] –∞, b] , [ a, ∞ [ . 
 
 d)(f
b
3 =τ⋅τ∫ ∞−
 
Fig. 1.20 – Dois exemplos da área sob a curva f(t) 
tos: ] –∞, b] e
 
1 – Introdução e Base Matemática 
32
 
 
 
 
 
mostra dois exemplos da integral definida desde a até b da função f, 
onde áreas abaixo do eixo das abcissas contam negativamente. 
21
b
a 1
SSd)(f −=τ⋅τ∫ 
321
b
a 2
SSSd)(f +−=τ⋅τ∫ 
 
Dois exemplos da área sob a curva f(t) no intervalo 
As áreas abaixo do eixo das abcissas contam negativamente. 
mostra dois exemplos da integral definida em intervalos infinitos
S e d)(fa 4 ⋅τ∫
∞
 
ois exemplos da área sob a curva f(t) definidos em 
e [ a, ∞ [. 
Introdução e Base Matemática 
mostra dois exemplos da integral definida desde a até b da função f, 
 
Dois exemplos da área sob a curva f(t) no intervalo definido [a, b]. 
contam negativamente. 
em intervalos infinitos 
Sd =τ 
 
em intervalos infini-
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 33
Apresentamos agora uma tabela das integrais das principais funções. 
 
 Integrais de funções racionais: 
Cudu +=∫ 
1n,C
)1n(
u
duu
1n
n ≠+
+
=⋅
+
∫ 
Culn
u
du
duu 1 +==⋅ ∫∫
− 
C
a
u
arctg
a
1
dt
au
1
22
+




⋅=⋅
+∫
 
22
22
a>u,C
au
au
arctg
a2
1
au
du +





+
−⋅=⋅
−∫
 
 Integrais de funções irracionais: 
Cauuln
au
du 22
22
+++=⋅
+∫
 
Cauuln
au
du 22
22
+−+=⋅
−∫
 
C
a
u
secarc
a
1
auu
du
22
+




⋅=⋅
−⋅∫
 
22
22
a<u,C
a
u
arcsen
ua
du +




=⋅
−∫
 
 Integrais de logaritmos: 
Clogt)ta(logtdt)ta(log bbb +⋅−⋅⋅=⋅∫ e (*) 
Ct)ta(lntdt)ta(ln +−⋅⋅=⋅∫ 
 [caso particular b = e da integral (*) acima] 
( ) 1n,C1n
t
)ta(ln
1n
t
dt)ta(lnt 2
1n1n
n ≠+
+
−⋅⋅
+
=⋅⋅
++
∫ 
[ ] C)ta(ln
2
1
dt)ta(lnt 21 +⋅⋅=⋅⋅∫
− 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 34
[ ] C)ta(lnln
)ta(lnt
dt +⋅=
⋅⋅∫
 
 Integrais de funções exponenciais: 
0a,1a,C
)a(ln
a
dua
u
u >≠+=⋅∫ (**) 
Cdu uu +=⋅∫ ee [caso particular a = e da integral (**) acima] 
C
)b(ln
b
a
1
dtb
at
at +⋅=∫ (***) 
C
a
1
dt atat +=∫ ee [caso particular b = e da integral (***) acima] 
C)1at(
a
dtt 2
at
at +−=⋅∫
e
e 
dtt
a
n
t
a
1
dtt at1natnatn eee ∫∫
−−=⋅ 
1b,0b,dtbt
)bln(a
n
)bln(a
bt
dtbt at1n
atn
atn ≠>
⋅
−
⋅
=⋅ ∫∫
− 
( ) [ ] C)btcos(b)bt(senabadt)tb(sen 22
at
at +⋅−⋅
+
=⋅∫
e
e 
( ) [ ] C)bt(senb)btcos(abadt)tbcos( 22
at
at +⋅+⋅
+
=⋅∫
e
e 
 Integrais de funções trigonométricas: 
( ) ( ) Cucosduusen +−=∫ 
( ) ( ) Cusenduucos +=∫ 
( ) ( ) C)u(seclnduutg +=∫ 
( ) C)u(senlnduugcot +=∫ 
( ) ( ) C)u(tg)u(seclnduucos
1
duusec ++=⋅=⋅ ∫∫ 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 35
( ) ( ) C)u(gcot)u(eccoslnduusen
1
duueccos +−=⋅=⋅ ∫∫ 
( ) ( ) ( )( ) C)u(secduusen
utg
duutguecs +=⋅=⋅⋅ ∫∫ 
( ) ( ) ( ) ( ) C)u(eccosduutgusen
1
duutgcoueccos +−=⋅
⋅
=⋅⋅ ∫∫ 
( ) ( ) C)u(tgduucos
1
duuecs
2
2 +=⋅=⋅ ∫∫ 
( ) ( ) C)u(gcotduusen
1
duueccos
2
2 +−=⋅=⋅ ∫∫ 
( ) ( ) Ctacos
a
1
dttasen +−=∫ 
( ) ( ) Ctasen
a
1
dttacos +=∫ 
( ) ( ) C
a4
ta2sen
2
t
dttasen2 +−=∫ 
( ) ( ) C
a4
ta2sen
2
t
dttacos2 ++=∫ 
 Fórmula de recorrência para integrais de potências de funções trigonométricas: 
( ) ( )∫∫ ⋅
−+
⋅
⋅⋅⋅−=⋅ −
−
duuasen
n
1n
an
)uacos()ua(sen
duuasen 2n
1n
n 
( ) ( )∫∫ ⋅⋅
−+
⋅
⋅⋅⋅=⋅ −
−
duuacos
n
1n
an
)ua(sen)ua(cos
duuacos 2n
1n
n 
( ) ( ) ( )∫∫ ⋅−−⋅
⋅=⋅ −
−
duuatg
1na
)ua(tg
duuatg 2n
1n
n 
( ) ( ) ( )∫∫ ⋅−−⋅
⋅−=⋅ −
−
duuagcot
1na
)ua(gcot
duuagcot 2n
1n
n 
( ) ( ) ( )∫∫ ⋅⋅




−
−+
−⋅
⋅⋅⋅=⋅ −
−
duuasec
1n
2n
1na
)ua(tg)ua(sec
duuasec 2n
2n
n 
( ) ( ) ( )∫∫ ⋅⋅




−
−+
−⋅
⋅⋅⋅−=⋅ −
−
duuaeccos
1n
2n
1na
)ua(gcot)ua(eccos
duuaeccos 2n
2n
n 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 36
 Integrais de outras funções trigonométricas: 
( ) ( ) [ ] [ ] 22 ba,C
)ba(2
t)ba(cos
)ba(2
t)ba(cos
dttbcostasen ≠+
−
−−
+
+−=⋅⋅∫ 
( ) ( ) [ ] [ ] 22 ba,C
)ba(2
t)ba(sen
)ba(2
t)ba(sen
dttbsentasen ≠+
+
+−
−
−=⋅⋅⋅∫ 
( ) ( ) [ ] [ ] 22 ba,C
)ba(2
t)ba(sen
)ba(2
t)ba(sen
dttbcostacos ≠+
+
++
−
−=⋅⋅⋅∫ 
( ) ( ) C
a4
)ta2(cos
dttacostasen +
⋅
⋅⋅
−=⋅⋅⋅∫ 
( ) ( )( ) ( ) Ctacoslna
1
dt
tacos
tasen
dttatg +⋅⋅−=
⋅
⋅=⋅ ∫∫ 
( ) ( )( ) ( ) Ctasenlna
1
dt
tasen
tacos
dttagcot +⋅==⋅ ∫∫ 
( ) C)ta(cos
a
t
)ta(sen
a
1
dttasent
2
+⋅−⋅−=⋅⋅∫ 
( ) C)ta(sin
a
t
)ta(cos
a
1
dttacost
2
++=⋅∫ 
( ) dt)ta(cost
a
n
)ta(cos
a
t
dttasent 1n
n
n
∫∫
−+−=⋅ 
( ) dt)ta(sent
a
n
)ta(sen
a
t
dttacost 1n
n
n
∫∫
−−=⋅ 
 Integrais de funções hiperbólicas: 
C)at(cosh
a
1
dt)at(senh +⋅=∫ 
C)at(senh
a
1
dt)at(cosh +⋅=∫ 
C
2
t
a4
)at2(senh
dt)at(senh2 +−=∫ 
C
2
t
a4
)at2(senh
dt)at(cosh2 ++=∫ 
C)at(senh
a
1
)at(cosh
a
t
dt)at(senht
2
+⋅−⋅=⋅∫ 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 37
C)at(cosh
a
1
)at(senh
a
t
dt)at(cosht
2
+⋅−⋅=⋅∫ 
Cdt)at(cosht
a
n
)at(cosh
a
t
dt)at(senht 1n
n
n +⋅⋅−⋅=⋅ ∫∫
− 
Cdt)at(senht
a
n
)at(senh
a
t
dt)at(cosht 1n
n
n +⋅⋅−⋅=⋅ ∫∫
− 
[ ] C)at(coshln
a
1
dt
)at(cosh
)at(senh
dt)at(tanh +⋅== ∫∫ 
C)at(senhln
a
1
dt
)at(senh
)at(cosh
dt)at(coth +⋅== ∫∫ 
 Integrais definidas: 
π=⋅∫
∞
2
1
dtt
0
-t
e 
a2
1
dt
0
a
2x π=∫
∞ −
e 
π=∫
∞ −
2
1
dt
0
t2e 
6
dt
1
t 2
0
π=⋅
−∫
∞
t
e
 
15
dt
1
t 4
0
3 π=⋅
−∫
∞
t
e
 
2
dt
t
)t(sen
0
π=⋅∫
∞
 
( ) !1n)n(dtt
0
t1n −=Γ=⋅∫
∞ −−
e [função gama] 
( ) ( )







≥π⋅
−⋅⋅⋅⋅
⋅⋅⋅⋅
≥π⋅
⋅⋅⋅⋅
−⋅⋅⋅⋅
=⋅=⋅ ∫∫
ππ
3ímpareirointénse,
2)1n(753
n642
2pareirointénse,
2n642
)1n(521
dttcosdttsen
2
0
n2
0
n
L
L
L
L
 
 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 38
1.11 – Decibéis (dB) 
 
A unidade Bell (B) tem este nome em alusão ao escocês Alexander Graham Bell 
(1847-1922). O deciBel (dB) é um submúltiplo do Bell que corresponde a um décimo 
do Bell. Entretanto, o deciBel tornou-se uma unidade de uso muito mais comum que 
o Bell. 
 
O deciBel (dB) é usado para uma grande variedade de medições, especialmente em 
acústica (intensidade de sons), mas também como medida de ganho ou intensidade 
relativa na física (para a pressão ρ) e na electrónica (para a tensão eléctrica v, para a 
corrente eléctrica i, ou para a potência P). 
 
O decibel (dB) é uma unidade de medida adimensional assim como as medidas de 
ângulo: o radiano (rad) e o grau (º), ou a percentagem (%). 
 
O decibel é portanto uma unidade de intensidade ou potência relativa (uma medida da 
razão entre duas quantidades, sendo uma de referência). 
 
A definição do dB é obtida com o uso do logaritmo da seguinte forma: x em decibéis 
usualmente é definido como: 
( )xlog20x 10dB ⋅= 
 
que é a expressão que vamos utilizar neste texto, mas às vezes x em decibéis também 
pode ser definido como: 
( )xlog10x 10dB ⋅= 
 
Como o deciBell é uma medida relativa de ganho relativo (em relação a um valor de 
referência) somente são calculados os decibéis de valores positivos. Não faz sentido 
calcular os decibéis de um valor negativo. 
 
É fácil de se verificar que, ( ) dB01log201 10dB =⋅= , logo 
dB01
dB
= 
Valores maiores que 1 se tornarão positivos ao serem transformados em dB. Eles re-
presentam um ganho de facto. Por outro lado, valores menores que 1 (i.e., valores 
entre 0 e 1) se tornarão negativos ao serem transformados em dB. Eles representam 
uma atenuação. 
 
Outro detalhe: 
dB
dB x
1
x −= 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 39
Note que: 
 
1 x se > dB0>x ==> dB 
 
1 x se = dB0x ==> dB = 
 
1 <x <0 se dB0<x ==> dB 
 
0 <x se dBx existe não ==> 
 
Isso está ilustrado na figura 1.21. 
 
 
Fig. 1.21 – o valor de x em dB. 
 
 
Alguns exemplos: 
( ) dB2010log2001 10dB =⋅= 
( ) ( ) ( ) dB2010log20110log201,0
10
1
10
1
10dB
dB
−=⋅⋅−=⋅== − 
( ) dB4010log2010100 210dB2dB =⋅== 
( ) dB6010log20101000 310dB3dB =⋅== 
J. A. M. Felippe de Souza 1 – Introdução e Base Matemática 
 
 40
( ) ( ) dB63,0202log202 10dB =⋅=⋅= 
( ) ( ) dB63,020)1(2log20
2
1
log205,0
2
1 1
1010dB
dB
−=⋅⋅−=⋅=




⋅== − 
( ) ( ) dB33,020
2
1
2log202log202 2
1
1010
dB
=⋅⋅




=



⋅=⋅= 
( ) dB33,020
2
1
2log20
2
1
log20
2
2
2
1 21
1010
dBdB
−=⋅⋅




−=



⋅=




⋅== − 
( ) ( ) ( ){ } ( ) dB463,02202log100log201002log20200 101010dB =+⋅=+⋅=⋅⋅= 
( ) ( ){ } ( ) dB1413,02010log2log20
10
2
log20
10
2
2,0 101010
dB
dB
−=−⋅=+⋅=




⋅== 
( ) ( ){ } ( ) dB343,02202log100log20
2
100
log20
2
100
50 101010
dB
dB
=−⋅=−⋅=




⋅== 
( ) ( ){ } ( ) dB3423,020100log2log20
100
2
log20
100
2
50
1
101010
dBdB
−=−⋅=−⋅=




⋅== 
 
 
Resumindo os exemplos acima: 
 dB2001 dB = dB201,0 dB −= 
 dB40100 dB = dB601000 dB = 
 dB62 dB = dB65,0 dB −= 
 dB32
dB
= dB3
2
1
dB
−= 
 dB46200 dB= dB142,0 dB −= 
 dB3450 dB= dB3450
1
dB
−=

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