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QUEST III ANTROPOLOGIA DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

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· Pergunta 1
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Everardo Rocha argumenta que, embora alguns estudos classifiquem o consumo em quatro categorias – hedonista, moralista, naturalista e utilitarista –, essas categorias isoladas ou em conjunto dificultam a compreensão do consumo como um fenômeno cultural que constrói identidades, orienta relações sociais e classifica semelhanças e diferenças. A visão hedonista, amplamente utilizada na publicidade, sugere que consumir é sinônimo de felicidade, mas é criticada por ser frágil às análises, visto que coloca o consumidor como um agente passivo enquanto o comércio dita os padrões de "estilo de vida" no contexto do capitalismo (Rocha, 2005; Miller, 2007). Dentro de tal cenário, qual é a crítica principal à visão hedonista do consumo?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A visão hedonista do consumo é frágil às críticas.
	Respostas:
	a. 
A ideologia hedonista não é aplicada no sistema publicitário.
	
	b. 
A ideologia hedonista não está relacionada ao consumo.
	
	c. 
O consumidor não é considerado um agente passivo na visão hedonista.
	
	d. 
A visão hedonista do consumo é frágil às críticas.
	
	e. 
A visão hedonista do consumo não está ligada ao capitalismo.
	Comentário da resposta:
	Resposta:  D
Comentário: a ideologia hedonista, que afirma que consumir é ser feliz, é amplamente utilizada no sistema publicitário, mas é vista como frágil às críticas. Isso significa que a visão hedonista do consumo é suscetível a questionamentos e não oferece uma compreensão completa e robusta do fenômeno do consumo. Portanto, a crítica principal é que essa visão não é suficientemente sólida para explicar a complexidade do consumo como um fenômeno cultural. Everardo Rocha mostra que alguns estudos classificam o consumo em quatro possibilidades: hedonista, moralista, naturalista e utilitarista, que podem estar isoladas, articuladas ou em conjunto. No entanto, o antropólogo defende que essa leitura dificulta a compreensão e interpretação do fato social. Para ele, o consumo é um fenômeno da ordem cultural, um construtor de identidades, uma bússola das relações sociais e um sistema de classificação de semelhanças e diferenças (Rocha, 2005). Vamos conhecer melhor essas visões e algumas críticas a elas. Hedonista é a ideologia mais famosa aplicada ao consumo, ela é utilizada no sistema publicitário, ou seja, consumir é ser feliz. Tão fácil de ser percebida nas publicidades também se demostra frágil às críticas (Rocha, 2005). O consumidor é um agente passivo, é o comércio quem cria os mapas sociais e suas distinções que cabe ao consumidor apenas se encaixarem no “estilo de vida” ditado pelo capitalismo (Miller, 2007).
	
	
	
· Pergunta 2
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Qual é a principal diferença entre a visão naturalista ou determinista e a visão cultural do consumo?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A visão naturalista relaciona o consumo a escolhas culturais, enquanto a visão cultural o associa a necessidades biológicas.
	Respostas:
	a. 
A visão naturalista considera o consumo como algo necessário, enquanto a visão cultural o considera como algo biológico.
	
	b. 
A visão cultural considera o consumo como algo natural, enquanto a visão naturalista o considera como algo cultural.
	
	c. 
A visão naturalista relaciona o consumo a escolhas culturais, enquanto a visão cultural o associa a necessidades biológicas.
	
	d. 
A visão cultural considera o consumo como algo necessário, enquanto a visão naturalista o considera como algo simbólico.
	
	e. 
A visão naturalista considera o consumo como algo simbólico, enquanto a visão cultural o considera como algo biológico.
	Comentário da resposta:
	Resposta:  C
Comentário: a visão naturalista relaciona o consumo a escolhas culturais, enquanto a visão cultural o associa a necessidades biológicas. Na visão naturalista ou determinista, o consumo é visto como algo natural e necessário, como a necessidade de consumir oxigênio. Por outro lado, na visão cultural do consumo, o ato de consumir é entendido como uma escolha cultural, como a escolha de consumir um churrasco, um refrigerante ou um doce, que não são necessidades biológicas, mas escolhas influenciadas pela cultura e pelo desejo. Portanto, a principal diferença está na relação entre o consumo e as escolhas culturais versus as necessidades biológicas. Segundo Rocha (2005), é aquela segundo a qual consumir tem outros significados, de natureza, biologia ou espírito humano. São usos diversos para o verbo como “o fogo consumiu a floresta”, “preciso consumir oxigênio”, “o trabalho consumiu suas energias” etc. Esse consumo, como algo natural, necessário, é diferente do consumo cultural, simbólico do qual estamos falando. Consumir um alimento é diferente de consumir um churrasco, um refrigerante ou um doce; pois, no segundo caso, há uma escolha cultural; no primeiro, uma necessidade biológica. Miller (2007) diz que essa visão cresceu com as ciências econômicas, que precisavam estimular a economia por meio do consumo, para fazer circular o dinheiro e diminuir a pobreza. Assim, consumir passou a ser algo natural do capitalismo. Nesse sentido, é muito importante um estudo antropológico do consumo para que se faça a dissociação da necessidade e do desejo de consumir. A sociedade moderna criou uma associação entre consumo como algo necessário. O desejo por determinado produto ou marca não é uma necessidade, mas um sistema cultural com sentido coletivo e simbólico.
	
	
	
· Pergunta 3
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Daniel Miller argumenta que o consumo deve ser visto como parte da cultura material contemporânea, não como mero materialismo. Qual é a principal ênfase da abordagem de tal autor, na antropologia do consumo?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
A ênfase na compreensão das relações estabelecidas por meio do consumo. 
	Respostas:
	a. 
A ênfase na moralidade das práticas de consumo.
	
	b. 
A ênfase na relação entre consumo e materialismo.
	
	c. 
A ênfase na relação entre consumo e autenticidade dos desejos.
	
	d. 
A ênfase na condenação da modernidade e do materialismo.
	
	e. 
A ênfase na compreensão das relações estabelecidas por meio do consumo. 
	Comentário da resposta:
	Resposta:  E
Comentário: Daniel Miller aborda o consumo como cultura material contemporânea e destaca a importância de estudar a relação entre pessoas e coisas, como casa, vestuário, mídia, carro, commodities e outros. Ele enfatiza que a relação, o apego ou a devoção ao objeto devem ser entendidos como parte da compreensão da humanidade, sem serem vistos como impuros em comparação com a relação, devoção e apego a pessoas. Portanto, a principal ênfase da abordagem de Daniel Miller na antropologia do consumo é a compreensão das relações estabelecidas por meio do consumo. A antropologia do consumo fica mais consolidada com Daniel Miller, em Material culture and mass consumption. Miller, em um artigo publicado na Revista Horizontes Antropológicos, explica o consumo como cultura material contemporânea e que, ao invés de ser visto como materialismo, deve ser usado como uma forma de compreender a humanidade, para isso ele estuda entre outros temas a casa, vestuário, mídia, carro, commodities
e outras relações entre pessoas e coisas. Essa visão materialista coloca a relação, o apego ou a devoção ao objeto como impura se comparada com a relação, devoção e apego a pessoas. Miller (2007) faz uma crítica à moralidade e também às maneiras como as companhias tentam vender seus bens e serviços, ou ainda à exploração dos trabalhadores para aumentar as vendas. No entanto, isso não pode ser confundido com a maneira como os consumidores consomem e a autenticidade de alguns desejos. A antropologia do consumo deve se concentrar em explicar e compreender a prática do consumo, as relações estabelecidas, e não a uma continuidade da moralidade que condena a modernidade e o materialismo.
	
	
	
· Pergunta 4
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	A respeito dos processos de objetificação, McCracken registra quatro tipos de rituais:
I) De troca – noqual o consumidor escolhe, compra e oferece bens de consumo para outras pessoas.
II) De posse – no qual ocorre uma “personalização do objeto”.
III) De apresentação – quando o consumidor utiliza produtos para se apresentar conforme as circunstâncias, refazendo periodicamente sua imagem.
IV) De despojamento – quando o dono de um bem retira as propriedades simbólicas associadas a ele para poder passar o objeto a um novo dono.
 
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmação (ões):
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, II, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I, II, III e IV.
	
	b. 
II, III e IV.
	
	c. 
I, III e IV.
	
	d. 
I, II e III.
	
	e. 
II e III.
	Comentário da resposta:
	Resposta:  A
Comentário: nesse processo de objetificação, McCracken (2003) acrescentaria que existem quatro tipos de rituais: de troca – no qual o consumidor escolhe, compra e oferece bens de consumo para outras pessoas; de posse – no qual ocorre uma “personalização do objeto”; de apresentação – quando o consumidor utiliza de produtos para se apresentar conforme as circunstâncias, refazendo periodicamente sua imagem; de despojamento – quando o dono de um bem retira as propriedades simbólicas associadas a ele para poder passar o objeto a um novo dono.
	
	
	
· Pergunta 5
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Conforme enfatizado por Duarte (2010), a abordagem antropológica do consumo não se concentra na relação entre bens e sujeitos para classificar classes sociais de status, mas na relação entre consumo e a construção de subjetividades. A cultura não deve ser vista apenas como um conjunto de mercadorias e não está ameaçada pela chegada de bens de massa. A antropologia do consumo busca mostrar as diversas possibilidades de consumo. Assim, frente ao contexto indicado, qual é o foco da abordagem antropológica do consumo?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A relação entre consumo e a construção de subjetividades.
	Respostas:
	a. 
A análise das mercadorias como um conjunto de produtos.
	
	b. 
A relação entre consumo e a construção de subjetividades.
	
	c. 
A ameaça que os bens de massa representam para a cultura.
	
	d. 
A relação entre bens e sujeitos.
	
	e. 
A classificação e o mapeamento de classes sociais de status.
	Comentário da resposta:
	Resposta: B
Comentário: a abordagem antropológica do consumo não busca apenas a relação entre bens e sujeitos para classificar e mapear classes sociais de status, mas a relação entre consumo e a construção de subjetividades. Isso significa que a antropologia do consumo se concentra em compreender como o ato de consumir influencia a formação das identidades e subjetividades das pessoas. Duarte (2010) reforça que essa leitura antropológica não busca a relação entre bens e sujeitos que tende a classificar e mapear classes sociais de status, busca sim a relação entre consumo e a construção de subjetividades. Ou seja, é fundamental reconhecer os modelos mais locais e particulares do uso das mercadorias, a cultura não pode ser vista como um conjunto de mercadorias e nem ser vista como ameaçada pela chegada dos bens de massa, por isso, a antropologia do consumo deve demonstrar as diversas possibilidades de consumo. No momento em que as mercadorias se tornam presentes, elas perdem seu anonimato e ganham sentimentos, valores. O ritual de troca de presentes, muito comum em sociedades cristãs na época do Natal, por exemplo, transforma a mercadoria de massa em um presente personificado, é o veículo da relação entre o presenteador e o presenteado, a escolha da mercadoria para cada parente ou amigo leva, no momento da troca, os valores e sentimentos que os sujeitos envolvidos possuem entre si. A troca de presente não acontece apenas nas sociedades cristãs, na verdade, ela é muito anterior ao período cristão, sociedades tribais já possuíam rituais de trocas de presentes como parte do comércio.
	
	
	
· Pergunta 6
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Em A teoria das compras, de Daniel Miller (1998), o autor explora o ato de ir às compras como uma prática que vai além da simples aquisição de bens. Ele argumenta que essa atividade é, em primeiro lugar, uma reafirmação dos relacionamentos afetivos, muitas vezes envolvendo escolhas que visam agradar aos gostos de familiares. Além das restrições econômicas, Miller destaca a relevância das restrições afetivas, que levam a quatro categorias de compra:
I) Reafirmação dos relacionamentos afetivos.
II) Escolha de presentes ou lembranças.
III) Economia (preocupação com o gasto).
IV) Discurso da compra (como as pessoas falam sobre o ato de comprar).   
 
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmação(ões):
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I, II, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I, III e IV.
	
	b. 
I, II, III e IV.
	
	c. 
I, II e IV.
	
	d. 
I, II e III.
	
	e. 
II e III.
	Comentário da resposta:
	Resposta: B
Comentário: no livro A teoria das compras, de Daniel Miller (1998), o autor explora o ato de ir às compras como uma prática que vai além da simples aquisição de bens. Ele argumenta que essa atividade é, em primeiro lugar, uma reafirmação dos relacionamentos afetivos, muitas vezes envolvendo escolhas que visam agradar aos gostos de familiares. Além das restrições econômicas, Miller destaca a relevância das restrições afetivas, que levam a quatro categorias de compra: reafirmação dos relacionamentos afetivos, escolha de presentes ou lembranças, economia (preocupação com o gasto) e discurso da compra (como as pessoas falam sobre o ato de comprar). O autor também explora a relação entre o consumo e rituais de devoção e sacrifício, estabelecendo paralelos com a religiosidade cristã. Uma bibliografia interessante sobre “ir às compras” é novamente de Daniel Miller em A teoria das compras (1998), no qual o autor demonstra que o ato de ir às compras é primeiro a reafirmação dos relacionamentos afetivos, pois nem sempre o comprador faz escolhas individuais, às vezes vai às compras em nome da família e, por isso, ao comprar alimentos, o consumidor busca agradar o gosto de cada um dos que o aguardam em casa. Embora exista a restrição econômica, a restrição afetiva é muito relevante, o que leva a outras duas categorias: o comprador também se permite escolher presentes ou lembranças para si ou para alguém especial; e uma terceira categoria de compra seria a economia, a importância de não gastar muito ou do quanto se pode gastar. A quarta categoria é o discurso da compra, o que as pessoas falam sobre esse ato. Outro tema interessante do livro é a relação que o autor faz com o rito de devoção e sacrifício, fazendo um paralelo entre a religiosidade cristã e o consumo.
	
	
	
· Pergunta 7
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	De acordo com a perspectiva de McLuhan, qual é a função principal do corpo humano em relação à comunicação mediada por meios tecnológicos?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Atuar como um amortecedor contra variações súbitas no ambiente físico e social.
	Respostas:
	a. 
Funcionar como um transmissor direto de informações.
	
	b. 
Substituir os meios tecnológicos na comunicação humana.
	
	c. 
Atuar como um amortecedor contra variações súbitas no ambiente físico e social.
	
	d. 
Ampliar a capacidade de comunicação por meio de órgãos sensoriais.
	
	e. 
Desempenhar um papel central na produção de meios de comunicação.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: segundo McLuhan, o corpo humano desempenha a função de amortecedor, protegendo o sistema nervoso central contra mudanças abruptas no estímulo do ambiente físico e social. McLuhan argumenta que, com o avanço da tecnologia elétrica, o homem estendeu seu sistema nervoso central para fora de si mesmo, projetando um modelo vivo dele, sugerindo uma autoamputação desesperada e suicida, na qual o corpo humano não pode mais contar com os órgãos do corpo como amortecedores de proteção contra estímulos adversos. Para McLuhan (Garcia, 2005), os meios de comunicação são como extensão do homem devido à experiência sensorial. O corpo se torna objeto de comunicação, justamente por experimentar o mundo a partir demediações sensoriais. Segundo McLuhan (apud Garcia, 2005, p. 4): a função do corpo, entendido como um grupo de órgãos de proteção e sustentação do sistema nervoso central é a de atuar como amortecedor contra súbitas variações do estímulo no âmbito físico e social. Com o advento da tecnologia elétrica, o homem prolongou, ou projetou para fora de si mesmo, um modelo vivo do próprio sistema nervoso central. Nessa medida, trata-se de um desenvolvimento que sugere uma autoamputação desesperada e suicida, como se o sistema nervoso central não mais pudesse contar com os órgãos do corpo para a função de amortecedores de proteção contra as pedras e flechas do mecanismo adverso. Nessa perspectiva, o corpo é uma extensão simbiótica, orgânica e sociocultural. Do natural ao artificial, esse enlace entre natureza e cultura se contamina da experiência humana e da técnica como valor de máquina para pensar, nos dias de hoje, os objetos como o mouse do computador, o controle remoto, os óculos.
	
	
	
· Pergunta 8
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	De acordo com o autor francês Jeudy (Garcia, 2005), qual é a visão do corpo em relação à sua representação nas imagens e no discurso do mercado?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
O corpo é compreendido como extremamente volátil e superficial nas imagens e no discurso do mercado.
	Respostas:
	a. 
O corpo é compreendido como extremamente volátil e superficial nas imagens e no discurso do mercado.
	
	b. 
O corpo é percebido como um elemento secundário nas imagens e no discurso do mercado.
	
	c. 
O corpo é visto como um objeto exclusivamente sensorial nas imagens e no discurso do mercado.
	
	d. 
O corpo é considerado uma obra de arte apenas nas imagens, mas não no discurso do mercado.
	
	e. 
O corpo perde sua importância nas imagens, mas é valorizado no discurso do mercado.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: Jeudy considera o corpo como uma obra de arte e as imagens corporais se relacionam ao imediatismo das sensações e emoções, levando o corpo a perder sua condição adaptativa e a se tornar extremamente volátil, artificial e superficial. Além disso, o discurso do mercado utiliza a imagem do corpo como um fator primordial para agregar valor aos produtos. O francês Jeudy, como aponta Garcia (2005), considera o corpo como obra de arte e, nessa relação sujeito e objeto, há muitas possibilidades (inter)subjetivas, com base na qual o corpo se articula nas imagens, que subvertem a ordem das representações para além do plano perceptivo. As imagens corporais se relacionam ao imediatismo das sensações e das emoções, levando o corpo a perder para uma condição adaptativa, extremamente volátil, artificial e superficial. No discurso do mercado, a imagem do corpo passa a se constituir fator primordial para agregar valor. A publicidade legitima a utilização do visual corpóreo e de sua (trans)versatilidade representacional para suplementar a informação, veiculação e venda de produto. Assim, o corpo se estende até a noção de materialidade e, como tal, pode estender-se à imagem, em sua configuração visual.
	
	
	
· Pergunta 9
0 em 0,4 pontos
	
	
	
	De acordo com a antropóloga Mariza Peirano, qual é a relação entre a concepção de cidadania e a construção das nações-estados?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
A cidadania é uma noção estática que não sofre variações no tempo e nos contextos territoriais.
	Respostas:
	a. 
As nações-estados são entidades imutáveis e eternas que não têm relação com a cidadania.
	
	b. 
A cidadania está vinculada apenas às organizações sociais complexas, não às nações-estados.
	
	c. 
A cidadania é uma ideia universal que não está relacionada à construção das nações-estados.
	
	d. 
A cidadania é um conceito histórico moderno vinculado à construção das nações-estados.
	
	e. 
A cidadania é uma noção estática que não sofre variações no tempo e nos contextos territoriais.
	
	
	
· Pergunta 10
0,4 em 0,4 pontos
	
	
	
	Qual foi um dos resultados importantes da pesquisa de Mariza Peirano (1986) sobre a noção de cidadão e cidadania em diferentes contextos?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Nas sociedades urbanizadas, o status de cidadão é positivo e desejado.
	Respostas:
	a. 
A ideia de cidadania plena é universal e não varia de acordo com o contexto.
	
	b. 
A concepção que o Estado tem de cidadania é sempre a mesma que os cidadãos têm desse conceito.
	
	c. 
Em todas as sociedades urbanizadas, a ideia de cidadão é negativa e impessoal.
	
	d. 
A noção de cidadania é a mesma em todas as cidades pequenas onde todos se conhecem pelo nome.
	
	e. 
Nas sociedades urbanizadas, o status de cidadão é positivo e desejado.
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: na sociedade urbanizada, o status de cidadão e de detentor de cidadania é positivo e desejado, enquanto em cidades pequenas onde todos se conhecem pelo nome, a ideia de cidadão é de alguém de fora, estranho, e possui um status negativo. Isso evidencia que a noção de cidadania varia de acordo com o contexto, e não existe um princípio universal dos direitos e das obrigações da cidadania. Portanto, a resposta correta é a que descreve essa variação na concepção de cidadania em diferentes contextos. Outro resultado significativamente importante da pesquisa de Peirano (1986) foi a noção de cidadão e cidadania entre a população rural e urbana. Na sociedade urbanizada, o status de cidadão e de detentor de cidadania é um status positivo e desejado. Em contrapartida, cidades pequenas onde todos se conhecem pelo nome e sabem sua filiação política, a ideia de cidadão é de um estranho, alguém de fora, é impessoal e possui um status negativo. São as sociedades locais que criam a noção de cidadania, o que significa que não existe um princípio universal dos direitos e das obrigações da cidadania, ou seja, a ideia de cidadania plena é uma visão etnocêntrica, e a concepção que o Estado tem de cidadania não é a mesma que os cidadãos têm desse conceito.

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