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APOSTILA DESENHO TÉCNICO MECÂNIO 2 - SENAI

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Desenho 
Desenho II - Desenho com 
instrumentos 
 
 
 
Desenho II - Desenho com instrumentos 
004623 (46.70.12.324-3) 
 
© SENAI-SP, 2009 
 
4a Edição. Trabalho revisado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico e editorado por Meios 
Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP. 
 
Revisão Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva 
 
 
3a Edição, 2007. Editoração. 
 
 
2a Edição, 1991. 
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional 
do SENAI-SP. 
 
Coordenação Marcos Antonio Gonçalves 
Coordenação do projeto Lauro Annanias Pires 
Revisão técnica Lauro Annanias Pires 
Elaboração Antonio Ferro (CFP 1.02) 
José Romeu Raphael (CFP 5.02) 
Paulo Binhoto Filho (CFP 5.07) 
Ilustração Devanir Marques Barbosa 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
S47d SENAI-SP. DMD. Desenho com instrumentos. Por Antônio Ferro et al. 2. ed. 
São Paulo, 1991. (Desenho II, 1). 
 
1. Desenho técnico. 2. Desenho com instrumentos. I.t. II.s. 
 
 
74:62 
(CDU, IBICT, 1976) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional de São Paulo 
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César 
São Paulo – SP 
CEP 01311-923 
 
Telefone 
Telefax 
SENAI on-line
 (0XX11) 3146-7000 
(0XX11) 3146-7230 
0800-55-1000 
 
E-mail 
Home page
 senai@sp.senai.br 
http://www.sp.senai.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
Introdução 7
Instrumentos de desenho 9
• Prancheta 9
• Régua-tê 10
• Esquadro 11
• Compasso 12
• Traçado de linhas com instrumentos 13
Construção geométrica 19
• Construções geométricas fundamentais 24
Planificação 45
• Planificação do prisma 47
• Planificação do cilindro 51
• Planificação do cone 53
• Planificação da pirâmide quadrangular 55
Indicação de estado de superfície 57
• Acabamento 57
• Rugosidade 59
• Símbolo com indicações complementares 60
• Recartilhar 68
• Tratamento 71
Cortes 73
• Tipos de cortes 75
• Indicação do plano de corte 76
• Meio corte 82
• Corte composto 86
• Corte parcial 91
• Hachuras 93
• Omissão de corte 95
Encurtamento 101
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
Seção 107
• Indicação da seção 109
Vistas laterais 113
• Vistas laterais esquerda e direita 115
Projeção ortogonal especial 117
• Vista auxiliar 118
• Vista especial com indicação 120
• Rotação de elementos Oblíquos 121
• Vista simplificada 124
Projeção no terceiro diedro 125
• Comparação entre projeções de uma mesma peça no primeiro e terceiros 
diedros 126
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
7
 
 
Introdução
 
 
 
No fascículo “Iniciação ao desenho” foram dados os primeiros passos para o 
aprendizado do desenho técnico, com o estudo do traçado à mão livre. 
 
O objetivo deste fascículo é completar a matéria básica para o aprendizado de 
desenho técnico, utilizado em diversas ocupações, e introduzir a execução do traçado 
com instrumentos. 
 
Inicialmente será abordado o traçado em construções geométricas e planificação. Em 
seguida, serão estudados as indicações de estados de superfície, os cortes e as 
projeções especiais. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
8 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
9
 
 
Instrumentos de desenho
 
 
 
Instrumentos de desenho são objetos destinados a traçados precisos. 
 
Os instrumentos de desenho mais comuns são: 
• Prancheta; 
• Régua-tê; 
• Esquadro; 
• Compasso. 
 
 
Prancheta 
 
A prancheta é um quadro plano usado como suporte do papel para desenhar. 
 
Há vários tipos de prancheta. Algumas são colocadas sobre mesas e outras são 
apoiadas em cavaletes. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
10 
Régua-tê 
 
A régua-tê é um instrumento usado para traçar linhas retas horizontais. 
 
 
 
Fixação do papel na prancheta 
Para fixar o papel na prancheta é necessário usar a régua-tê e a fita adesiva. 
 
Durante o trabalho, a cabeça da régua-tê fica encostada no lado esquerdo da 
prancheta. A margem da extremidade superior do papel deve ficar paralela a haste da 
régua-tê. Veja a figura: 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
11
Esquadro 
 
O esquadro é um instrumento que tem a forma do triângulo retângulo e é usado para 
traçar linhas retas verticais e inclinadas. Os esquadros podem ser de 45° e de 60°. 
 
 
 
O esquadro de 45º tem um ângulo de 90º 
e os outros dois ângulos de 45º 
 O esquadro de 60º tem um ângulo de 
90º, um de 60º e outro de 30º 
 
Os esquadros são adquiridos aos pares: um de 45° e outro de 60°. Ao adquirir-se um 
par de esquadros deve-se observar que o lado oposto ao ângulo de 90° do esquadro 
de 45° seja igual ao lado oposto ao ângulo de 60° do esquadro de 60°. 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
12 
Compasso 
 
O compasso é um instrumento usado para traçar circunferências e arcos de 
circunferência, tomar e transportar medidas. 
 
 
 
O compasso é composto de uma cabeça, hastes, um suporte para fixar a ponta-seca e 
um suporte para fixar a grafita. 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
13
Traçado de linhas com instrumentos 
 
Linhas horizontais traçadas com a régua-tê: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
14 
Linhas inclinadas traçadas com a régua-tê e um esquadro: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
15
Linhas inclinadas traçadas com a régua-tê e dois esquadros: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
16 
Projeções traçadas com instrumentos: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
17
Linhas curvas traçadas com compasso 
 
 
 
 
 
Perspectiva isométrica traçada com instrumentos 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
18 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2007. 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 19
 
 
Construção geométrica
 
 
 
Estudadas as características dos instrumentos de desenho técnico, é possível executar 
os traçados, desenvolvendo as construções geométricas e planificação. 
 
Para aprender as construções geométricas é necessário estudar os conceitos de: 
• Retas perpendiculares; 
• Retas paralelas; 
• Mediatriz; 
• Bissetriz; 
• Polígonos regulares; 
• Linhas tangentes; 
• Concordância. 
 
Duas retas são perpendiculares quando são concorrentes e formam quatro ângulos 
retos. 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 20 
Duas retas são paralelas quando estão no mesmo plano e não se cruzam. 
 
 
 
Mediatriz é uma reta perpendicular a um segmento de reta que divide este segmento 
em duas partes iguais. 
 
 
 
A reta m é a mediatriz do segmento de reta AB. Os segmentos da reta AM e MB têm a 
mesma medida. O ponto M chama-se ponto médio do segmento de reta AB. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 21
Bissetriz é uma semi-reta que tem origem no vértice de um ângulo e divide o ângulo 
em duas partes iguais. 
 
 
A semi-reta r é a bissetriz do ângulo A. 
 
Polígono é toda figura plana fechada. Os polígonos regulares têm todos os lados 
iguais e todos os ângulos iguais. O polígono regular é inscrito quando desenhado com 
os vértices numa circunferência. 
 
 
 
Linhas tangentes são linhas que têm só um ponto em comum e não se cruzam. O 
ponto comum às duas linhas é chamado ponto de tangência. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 22 
Oscentros das duas circunferências e o ponto de tangência ficam numa mesma reta. 
 
 
 
O raio da circunferência e a reta são perpendiculares no ponto de tangência. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 23
Concordância de duas linhas é a ligação dessas duas linhas com um arco de 
circunferência. A circunferência utilizada para fazer a ligação é tangente às duas linhas. 
 
 
Concordância de duas retas paralelas 
 
 
Concordância de duas retas concorrentes 
 
 
Concordância de uma circunferência com uma reta 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 24 
 
Concordância de duas circunferências 
 
 
Construções geométricas fundamentais 
 
1. Perpendicular (ponto sobre a reta) 
 
 
Dados a reta s e o ponto P, 
 
 
Determine os pontos A e B, com qualquer 
abertura do compasso e com centro em P. 
 
 
 
Determine o ponto C, com o compasso em 
uma abertura maior que AP e centro em 
A e B. 
 
 
 
 
 
Trace uma reta passando pelos pontos P e 
C. Essa reta é a perpendicular. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 25
2. Perpendicular (ponto fora da reta) 
 
 
 
Dados a reta r e o ponto P, 
 
 
Determine os pontos A e B, com o 
compasso em uma abertura qualquer e 
centro em P. 
 
 
Determine o ponto C, com o compasso 
em uma abertura qualquer maior que a 
metade de AB e centro em A e B 
 
 
 
 
 
Trace uma reta passando pelos pontos 
P e C. Essa reta é a perpendicular. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 26 
3. Perpendicular na extremidade do segmento 
 
Dado o segmento AB, 
marque um ponto C, próximo à 
extremidade a ser traçada a 
perpendicular. 
 
 
Determine o ponto D, com abertura do 
compasso AC e centro em A e C. 
 
 
Trace um arco aposto ao ponto C, com 
abertura do compasso AC e centro 
em D. 
 
 
 
Trace uma reta passando pelos pontos 
C e D e obtenha o ponto E. 
 
 
 
A perpendicular é a reta que passa 
pelos pontos A e E. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 27
4. Paralela (ponto dado) 
 
 
 
Dados a reta r e o ponto P, 
 
 
 
marque na reta r o ponto A deslocado de 
P e trace uma reta por P e A. 
 
Determine os pontos B e C, com uma 
abertura qualquer de compasso e centro 
em A. 
 
Determine o ponto D com a mesma 
abertura e centro em P. 
 
 
 
 
Marque o ponto E, com abertura do 
compasso BC e centro em D. 
 
 
 
Trace uma reta passando pelos pontos P 
e E. A reta que passa por P e E é 
paralela à reta r. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 28 
5. Paralela (distância dada) 
 
 
Dadas a reta r e a distância d, 
 
determine os pontos A e B 
sobre a reta r. 
 
Trace as perpendiculares t e s 
pelos pontos A e B. 
 
 
 
Marque a distância d nas 
perpendiculares t e s, com o 
compasso em A e B, e obtenha 
assim os pontos C e D. 
 
 
Trace uma reta que passe pelos 
pontos C e D. Essa reta é 
paralela à reta r na distância 
dada d. 
 
6. Mediatriz 
 
 
Dado o segmento de reta AB, 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 29
 
 
determine os pontos C e D, 
traçando arcos com o compasso 
em uma abertura maior que a 
metade do segmento AB e 
centro em A e B. 
 
 
 
 
 
Trace uma perpendicular que 
passe pelos pontos C e D. Essa 
perpendicular é a mediatriz. M é 
o ponto médio do segmento AB. 
 
 
7. Bissetriz 
 
 
 
 
Dado o ângulo de vértice A, 
 
 
 
 
determine os pontos B e C, utilizando o 
compasso com abertura qualquer e centro 
em A. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 30 
 
 
Determine o ponto D, utilizando o 
compasso para traçar arcos do mesmo 
raio com centro em B e C. 
 
 
 
 
Trace uma reta que passe pelos pontos A 
e D. Essa reta é a bissetriz do ângulo 
dado. 
 
 
8. Divisão de segmento de reta em partes iguais (Neste exemplo: cinco partes). 
 
 
Dado o segmento de reta AB, 
 
determine os pontos C e D, 
utilizando o compasso para 
traçar arcos de mesmo raio, 
com centro em A e B; determine 
os pontos E e F por meio de 
arcos de mesmo raio, com 
centro em C e D; trace retas 
auxiliares que passem por AE e 
BF. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 31
 
 
 
Marque com o compasso cinco 
espaços iguais sobre as retas 
auxiliares a partir de A e de B. 
 
 
 
 
Trace retas ligando os pontos A 
com B5, A1 com B4 e assim 
sucessivamente, dividindo o 
segmento de reta em cinco 
partes iguais. 
 
 
9. Divisão do ângulo reto em três partes iguais 
 
 
 
 
Dado o ângulo reto de vértice A, 
 
 
 
 
determine os pontos B e C, 
utilizando o compasso com qualquer 
abertura e centro em A. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 32 
 
 
 
Com a mesma abertura e centro em 
C e B, determine os pontos D e E. 
 
 
 
 
Trace retas que passem por AD e 
AE. Essas retas dividem o ângulo 
em três partes iguais. 
 
 
10. Triângulo equilátero inscrito (Divisão da circunferência em três partes iguais) 
 
 
 
 
Dada a circunferência de centro O, 
trace uma reta passando pelo 
centro, obtendo assim o diâmetro 
AB. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 33
 
 
 
 
Determine os pontos C e D por meio 
de um arco, com centro em A, 
passando pelo centro O. 
 
 
 
 
 
 
Ligue os pontos B, C e D, 
determinando o triângulo equilátero 
inscrito na circunferência. 
 
 
11. Quadrado inscrito (Divisão da circunferência em quatro partes iguais) 
 
 
 
 
 
Dada a circunferência de centro O, 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 34 
 
 
 
 
determine os pontos C e D, traçando 
o diâmetro AB e sua mediatriz. 
 
 
 
 
 
 
Ligando os pontos A, C, B e D por 
segmentos de reta, obtêm-se o 
quadrado inscrito. 
 
 
12. Pentágono inscrito (Divisão da circunferência em cinco partes iguais) 
 
 
 
Dada a circunferência de centro O: 
trace o diâmetro AB e sua mediatriz, 
determinando os pontos C e D; trace 
também a mediatriz de OB, 
determinando os pontos E, F e G. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 35
 
 
Determine H com abertura do 
compasso GC e centro em G. O 
segmento CH divide a circunferência 
em cinco partes iguais, ou seja: CI, 
IJ, JL, LM e MC. 
 
 
 
 
 
 
Unindo os pontos que dividem a 
circunferência, obtêm-se o 
pentágono inscrito. 
 
 
13. Hexágono inscrito (Divisão da circunferência em seis partes iguais) 
 
 
 
 
Dada a circunferência de centro O, 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 36 
 
 
trace uma reta que passe pelo 
centro e obtenha os pontos A e B. 
 
 
Trace os arcos com o compasso em 
A e B, passando pelo centro O, e 
obtenha, no cruzamento com a 
circunferência, os pontos C, D, E e 
F. Esses pontos dividem a 
circunferência em seis partes iguais. 
 
 
 
 
Unindo os pontos que dividem a 
circunferência, obtêm-se o 
hexágono inscrito. 
 
 
14. Triângulo equilátero dado o lado 
 
Dado o segmento AB, lado do 
triângulo, 
 
 
 
 
 
determine o ponto C, traçando arcos 
com abertura AB , com centro em A 
e B. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 37
 
 
 
Ligando os pontos A, C e B com 
segmentos de reta, obtêm-se o 
triângulo equilátero. 
 
 
15. Quadrado dado o lado 
 
 
 
 
Dado o segmento AB, lado do 
quadrado, trace uma perpendicular 
na extremidade A. 
 
 
 
 
Determine C na perpendicular com 
abertura AB e centro em A. 
Determine o ponto D com a mesma 
abertura, por meio de arcos e centro 
em B e C. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 38 
 
 
Unindo os pontos A, C, D e B por 
segmentos de reta, obtêm-se o 
quadrado. 
 
 
16. Determinar o centro do arco 
 
 
 
 
 
Dado o arco, marque sobre eles três 
pontos A, B eC. 
 
 
 
 
 
 
 
Trace os segmentos AB e BC. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 39
 
Trace as mediatrizes dos segmentos 
AB e BC. O cruzamento das 
mediatrizes determina o ponto O, 
que é centro do arco. 
 
Observação 
Este processo é válido também para 
determinar o centro da 
circunferência. 
 
 
17. Concordância entre retas paralelas 
 
 
 
Dadas as retas r e s, paralelas e o 
ponto A, contido em s, 
 
 
 
 
race uma perpendicular pelo ponto 
A, determinando o ponto B. 
 
 
 
Trace a mediatriz do segmento AB, 
obtendo o ponto O. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 40 
 
Trace o arco de concordância entre 
as duas retas com abertura OA e 
centro em O. Os pontos de 
tangência são A e B. 
 
18. Concordância entre retas concorrentes 
 
 
Dado o ângulo formado pelas retas t 
e s e o raio do arco de concordância 
r, 
 
 
 
 
determine o ponto A, traçando 
paralelas às retas t e s. 
 
Determine os pontos de tangência B 
e C, traçando a partir de A, linhas 
perpendiculares às retas t e s, 
respectivamente. 
Trace o arco que concordará com as 
retas dadas. 
 
Observação 
Este processo é válido para 
concordância entre retas 
concorrentes que formam qualquer 
ângulo. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 41
19. Concordância no ângulo reto 
 
 
 
 
Dadas as retas concorrentes t e s 
formando um ângulo de 90° e o raio 
do arco de concordância r, 
 
 
 
 
trace um arco determinando os 
pontos B e C, com o compasso com 
abertura r e centro em A. 
 
 
 
 
 
Determine D com abertura r e centro 
em B e C. 
 
 
 
 
Trace a circunferência determinando 
a concordância com as retas t e s, 
abertura r e centro em D. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 42 
20. Concordância entre circunferências 
 
 
 
Dadas duas circunferências e o raio 
do arco de concordância r, 
 
 
determine os pontos C e D, traçando 
semi-retas a partir de A e B. Em 
seguida, determine E e F, com 
abertura r e centro em C e D, 
respectivamente. 
 
 
 
Determine o ponto G traçando os 
arcos: com abertura AE e centro 
em A e com abertura BF e centro 
em B. 
 
 
 
 
Determine os pontos de tangência H 
e I, ligando A com G e B com G. 
 
 
 
Trace o arco de concordância entre 
suas circunferências com centro em 
G e abertura em r. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 43
21. Concordância entre reta e circunferência 
 
 
Dados a reta s, a circunferência de 
centro A e o raio de concordância r, 
 
 
 
determine B na circunferência 
traçando uma semi-reta a partir de 
A. 
 
 
 
Determine o ponto C com abertura 
do compasso r e centro em B. 
Trace um arco com abertura AC e 
centro em A. 
 
Trace uma paralela à reta s na 
distância r, determinando o ponto D. 
Ligue D com A, obtendo o ponto E. 
Trace uma perpendicular à reta s 
partindo de D, determinando o ponto 
F. E e F são os pontos de tangência 
 
 
Trace o arco que fará a 
concordância com abertura r e 
centro em D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2007 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Isaias Gouveia da Silva 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 45
 
 
Planificação 
 
 
 
 
 
Planificação é um tipo de representação em que todas as superfícies de um modelo 
são desenhadas sobre um plano. As planificações são feitas com linhas contínuas e 
com linhas tracejadas. As linhas contínuas representam os contornos e as linhas 
tracejadas representam os lugares das dobras dos modelos. 
 
 
 
 
Prisma retangular em perspectiva Prisma retangular sendo planificado 
 
 
Planificação do prisma retangular 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 46 
 
 
 
Cone em perspectiva Pirâmide quadrangular em perspectiva 
 
 
 
 
Cone sendo planificado Pirâmide quadrangular sendo planificada 
 
 
 
 
Planificação do cone Planificação da pirâmide quadrangular 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 47
Planificação do prisma 
 
Fases de execução 
• Prisma retangular 
 
 
1a fase 
 
 
2a fase 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 48 
3a fase 
 
 
4a fase – Conclusão 
 
 
• Prisma hexagonal 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 49
1a fase 
 
 
2a fase 
 
 
3a fase 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 50 
4a fase 
 
 
5a fase – Conclusão 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 51
Planificação do cilindro 
 
 
 
1a fase 
 
 
2a fase 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 52 
3a fase 
 
 
4a fase – Conclusão 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 53
Planificação do cone 
 
 
 
1a fase 
 
 
2a fase 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 54 
3a fase 
 
 
4a fase – Conclusão 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 55
Planificação da pirâmide quadrangular 
 
 
 
1a fase 
 
 
2a fase 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 56 
3a fase 
 
 
4a fase 
 
 
5a fase - Conclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
57
 
 
Indicação de estado de 
superfície 
 
 
 
 
O desenho técnico, além de mostrar as formas e as dimensões das peças, precisa 
conter outras informações para representá-las fielmente. Uma dessas informações é a 
indicação dos estados das superfícies das peças. 
 
Nesta indicação faz-se o uso de símbolos e textos, sendo que estes obedecem para 
sua construção as normas de representação de linhas e texto em desenho técnico. 
 
 
Acabamento 
 
Acabamento é o grau de rugosidade observado na superfície da peça. As superfícies 
apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, desbastadas, alisadas e 
polidas. 
 
Superfície em bruto é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação de 
rebarbas e saliências. 
 
 
 
Superfície desbastada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
58 
 
 
Superfície alisada é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são pouco 
visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida. 
 
 
 
Superfície polida é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de aparelhos. 
 
 
 
Os graus de acabamento das superfícies são representados pelos símbolos indicativos 
de rugosidade da superfície, normalizados pela norma NBR 8404 da ABNT, baseada 
na norma ISO 1302. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
59
Os graus de acabamento são obtidos por diversos processos de trabalho e dependem 
dasmodalidades de operações e das características dos materiais adotados. 
 
 
Rugosidade 
 
Com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as indicações 
dos graus de acabamento de superfícies. Com a criação de aparelhos capazes de 
medir a rugosidade superficial em μm (micrometro: 1μm = 0,001mm), as indicações 
dos acabamentos de superfícies passaram a ser representadas por classes de 
rugosidade. 
 
Rugosidade são erros microgeométricos existentes nas superfícies das peças. 
 
 
 
A norma da ABNT NBR 8404 normaliza a indicação do estado de superfície em 
desenho técnico por meio de símbolos. 
 
Símbolo sem indicação de rugosidade 
Símbolo Significado 
 
Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for complementado por uma 
indicação. 
 
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes. 
 
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é permitida e indica que a 
superfície deve permanecer no estado resultante de um processo de fabricação anterior, 
mesmo se esta tiver sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
60 
Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade de Ra 
Símbolo 
A remoção do material 
é facultativa é exigida não é permitida 
Significado 
 
Superfície com uma rugosidade de um valor 
máximo: 
Ra = 3,2μm 
 
Superfície com uma rugosidade de um valor: 
máximo: Ra = 6,3μm 
mínimo: Ra = 1,6μm 
 
 
Símbolos com indicações complementares 
 
Estes símbolos podem ser combinados entre si ou com os símbolos apropriados. 
 
Símbolo Significado 
 
Processo de fabricação: fresar 
 
Comprimento de amostragem: 2,5mm 
 
Direção das estrias: perpendicular ao plano de projeção da vista 
 
Sobremetal para usinagem: 2mm 
 
Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de rugosidade 
diferent4e de Ra, por exemplo Rt = 0,4μm. 
 
Símbolos para direção de estrias 
Quando houver necessidade de definir a direção das estrias, isto é, a direção 
predominante das irregularidades da superfície, deve ser utilizado um símbolo 
adicional ao símbolo do estado de superfície. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
61
A tabela abaixo caracteriza as direções das estrias e os símbolos correspondentes. 
 
Símbolos para direção das estrias 
Símbolo Interpretação 
 
Paralela ao plano de projeção da vista sobre o qual 
o símbolo é aplicado. 
 
Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre 
o qual o símbolo é aplicado. 
 
Cruzadas em duas direções oblíquas em relação 
ao plano de projeção da vista sobre o qual o 
símbolo é aplicado. 
 
Muitas direções. 
 
 
Aproximadamente central em relação ao ponto 
médio da superfície ao qual o símbolo é referido. 
 
 
Aproximadamente radial em relação ao ponto 
médio da superfície ao qual o símbolo é referido. 
 
 
A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores da 
rugosidade, que são representados por classes de rugosidade N1 a N12, 
correspondendo cada classe a valor máximo em μm, como se observa na tabela 
seguinte. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
62 
Tabela característica de rugosidade Ra 
Classe de rugosidade Desvio médio aritmético 
(Ra) 
N12 50 
N11 25 
N10 12,5 
N9 6,3 
N8 3,2 
N7 1,6 
N6 0,8 
N5 0,4 
N4 0,2 
N3 0,1 
N2 0,05 
N1 0,025 
 
Exemplos de aplicação 
 
 
 
 
 
Interpretação do exemplo a: 
1 é o número da peça. 
 
, ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com retirada de 
material, válido para todas as superfícies. 
 
N8 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 3,2μm 
(0,0032mm). 
 
Interpretação do exemplo b: 
2 é o número da peça. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
63
 o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies. O símbolo significa 
que a peça deve manter-se sem a retirada de material. 
 
 e dentro dos parênteses devem ser indicados nas respectivas superfícies. 
 
N6 corresponde a um desvio aritmético máximo de 0,8μm (0,0008mm) e N9 
corresponde a um desvio aritmético máximo de 6,3μm (0,0063mm). 
 
Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos 
tanto com o desenho na posição normal, como pelo lado direito. 
 
Se necessário, o símbolo pode ser interligado por meio de uma linha de indicação. 
 
 
 
O símbolo deve ser indicado uma vez para cada superfície e, se possível, na vista que 
leva a cota ou representa a superfície. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
64 
Qualidade da superfície de acabamento 
SIMBOLOGIA, EQUIVALÊNCIA E PROCESSOS DE USINAGEM. 
A tabela que segue, classifica os acabamentos em 12 grupos e os organiza de acordo com o 
grau de rugosidade e o processo de usinagem que pode ser usado em sua obtenção. Permite 
também visualizar uma relação aproximada entre a simbologia de triângulos e as classes e os 
valores de Ra (μm). 
Grupos de 
rugosidades 
Rugosidade 
máxima – valores 
em Ra (μm). 
50 6,3 0,8 0,1 
Classes de 
Rugosidade N12 N11 N10 N9 N8 N7 N6 N5 N4 N3 N2 N1 
Rugosidade 
máxima – valores 
em Ra (μm). 
50 25 12,5 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,025
Informações sobre os resultados de usinagem 
Serrar 
Limar 
Plainar 
Tornear 
Furar 
Rebaixar 
Alargar 
Fresar 
Brochar 
Raspar 
Retificar 
Retificar 
Alisar 
Superfinish 
Lapidar 
Polir 
 Faixa para um desbaste superior 
 Rugosidade realizável com usinagem comum 
 Rugosidade realizável com cuidados e métodos especiais 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
65
Informações complementares 
 
 
 
Interpretação: 
4 é o número da peça. 
 
, ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, válido para todas 
as superfícies sem indicação. 
 
N11 indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 25μm (0,025mm) 
 
, representado dentro dos parênteses e nas superfícies que deverão ser 
usinadas, indica rugosidade máxima permitida de 6,3μm (0,0063mm). 
 
 , indica superfície usinada com rugosidade máxima permitida de 0,4μm 
(0,0004mm). 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
66 
 
 
Símbolo indicativo de rugosidade 
 
O símbolo básico para a indicação da rugosidade de superfícies é constituído por duas 
linhas de comprimento desigual, que formam ângulos de 60º entre si e em relação à 
linha que representa a superfície considerada. 
 
60
°H
2
H
1 60°
d1
h
d'
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
67
Tabela de altura e largura de linhas e caracteres 
Altura dos números e letras maiúsculas (h) 3,5 5 7 10 14 20 
Largura da linha do símbolo (d’) 0,35 0,5 0,7 1,0 1,4 2,0 
Largura das linhas das letras (d) (A) 
Altura H1 5 7 10 14 20 28 
Altura H2 10 14 20 28 40 56 
(A) A largura da linha (d) deve estar de acordo com a forma escrita utilizada para a cotagem dos desenhos 
em questão, a saber d= (1/14).h para a forma escrita A, ou d= (1/10).h para escrita na forma B, segundo 
NBR 8402. 
 
Disposição das indicações de estado de superfície 
Cada uma das indicações de estado de superfície é representada em relação ao 
símbolo, conforme as posições a seguir: 
 
 
 
Relembre o que cada uma das letras indica: 
a. Valor da rugosidade Ra, em μm, ou classe de rugosidade N 1 a N 12; 
b. Método de fabricação, tratamento ou revestimento da superfície; 
c. Comprimento da amostra para avaliação da rugosidade, em mm; 
d. Direção predominante das estrias; 
e. Sobre metal para usinagem (μm). 
 
O símbolo dentro dos parênteses representa, de forma simplificada, todos os símbolos 
de rugosidade indicados nas projeções: 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
68 
 
 
Disposição das indicações do estado de superfície no símbolo 
 
 
 
 
Recartilhar 
 
Recartilharé uma operação mecânica executada por uma ferramenta chamada 
recartilha. Essa ferramenta tem uma ou duas roldanas com dentes de aço temperado, 
que penetram por meio de pressão na superfície do material e formam sulcos paralelos 
ou cruzados. 
 
O recartilhamento permite, assim, melhor aderência manual e evita o deslizamento da 
mão no manuseio de peças ou ferramentas, como punção, parafusos de aperto, etc. 
 
A representação do recartilhado deve ser feita de forma simplificada como mostrada na 
figura a seguir. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
69
NBR 14957 - RGE 0,8
 
 Onde: 
• MBR 14957 = número desta 
norma; 
• R = recartilhado; 
• G = oblíquo cruzado; 
• E = expansão de material; 
• 0,8 = passo (t) em milímetros. 
 
Para a cota “t” são determinados os seguintes valores: 
0,5 mm; 0,6 mm; 0,8 mm; 1,0 mm; 1,2 mm; 1,6 mm e 2,00 mm. 
 
O passo das estrias das recartilhas é determinado pela distância existente entre os 
picos das estrias e deve ser representado conforme a figura abaixo. 
 
d2
d1
90°
t Onde: 
 
• d1 é o diâmetro final; 
• d2 é o diâmetro de usinagem; 
• t é o passo das estrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
70 
Tipos de recartilhado 
 
Símbolo Denominação Representação Pico Diâmetro da peça 
RAA Recartilhado paralelo 
 
- d2=d1-0,5.t 
RBR 
Recartilhado 
oblíquo à 
esquerda 30°
- d2=d1-0,5.t 
RBL Recartilhado oblíquo à direita
30°
- d2=d1-0,5.t 
RGE Recartilhado oblíquo cruzado
30°
30°
 
Expansão de 
material 
(auto relevo) 
d2=d1-0,67.t
RGV Recartilhado oblíquo cruzado
30°
30°
Expansão de 
material 
(baixo relevo) 
d2=d1-0,33.t
RKE Recartilhado paralelo cruzado 
 
Expansão de 
material 
(auto relevo) 
d2=d1-0,67.t
RKV Recartilhado paralelo cruzado 
 
Expansão de 
material 
(baixo relevo) 
d2=d1-0,33.t
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
71
Tratamento 
 
Tratamento é o processo que altera propriedades do material da peça: dureza, 
maleabilidade, etc. Há ainda os tratamentos apenas superficiais: pintar, oxidar, etc. 
 
Veja as indicações no desenho: 
 
 
 
Em algumas peças em função de sua aplicação mecânica faz-se necessário que a 
mesma ou parte dela receba um tratamento térmico para melhorar suas características 
mecânicas. E estes por sua vez são verificados através de medição de dureza e como 
já vimos que devemos indicar a região que receberá o tratamento, temos também de 
indicar na peça o local em que se deve ser feito à medição. 
 
Como já vimos na unidade de aplicação de linhas em desenho técnico que devemos 
usar uma linha traço ponto grossa para indicar o local do tratamento e temos como 
exemplo a figura acima. 
 
Agora, para indicar o ponto de medição usamos o símbolo da figura abaixo. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
72 
Texto
1,
5h
3h
h
90°
 Onde: 
• h = altura do caractere, observar 
as alturas válidas dos caracteres 
usados na escrita em desenho 
técnico. 
 
Exemplo de aplicação 
 
1
2
20,00
 
 Onde: 
• A linha traço dois pontos grossa 
indica a região que receberá 
tratamento térmico, sendo nesta 
caso: Cementado, temperado e 
revenido; 
 
• Localização de medição 1: 60 + 3 
HRC; 
• Localização de medição 2: 38 + 4 
HRC; 
• Profundidade de cementação: 1,2 
+ 0,4 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 73
 
 
Cortes 
 
 
 
 
 
Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um todo. 
 
Os cortes são utilizados em peças ou conjuntos com a finalidade de representar os 
detalhes internos de modo claro, pois através das vistas normais esses mesmos 
detalhes seriam de difícil interpretação, ou mesmo ilegíveis. 
 
Qualquer pessoa que já tenha visto um registro de gaveta, como o que é mostrado a 
seguir, sabe que se trata de uma peça complexa, com muitos elementos internos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 74 
Se fôssemos representar o registro de gaveta em vista frontal, com os recursos que 
conhecemos até agora (linha contínua larga para arestas e contornos visíveis e linha 
tracejada estreita para arestas e contornos não visíveis), a interpretação ficaria 
bastante prejudicada, como mostra o desenho a seguir. 
 
 
 
Para representar um conjunto complexo como esse, com muitos elementos internos, o 
desenhista utiliza recursos que permitem mostrar seu interior com clareza. 
 
 
 
Mas, nem sempre é possível aplicar cortes reais nos objetos, para seu estudo. 
 
Em certos casos, você deve apenas imaginar que os cortes foram feitos. É o que 
acontece em desenho técnico mecânico. Compare as representações a seguir. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 75
 
Vista frontal sem corte 
 
Vista frontal com corte 
 
Mesmo sem saber interpretar a vista frontal em corte, você deve concordar que a 
forma de representação da direita é mais simples e clara do que a outra. Fica mais fácil 
analisar o desenho em corte porque nessa forma de representação usamos a linha 
para arestas e contornos visíveis em vez da linha para arestas e contornos não 
visíveis. 
 
Na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a complexidade dos 
detalhes internos da peça torna difícil sua compreensão por meio da representação 
normal, como você viu no caso do registro de gaveta. 
Mas, para que você entenda bem o assunto, utilizaremos modelos mais simples que, 
na verdade, nem precisariam ser representados em corte. 
 
Quando dominar a interpretação de cortes em modelos simples, você estará preparado 
para entender representação em corte em qualquer tipo de modelo ou peça. 
 
As representações em corte são normalizadas pela ABNT, por meio da norma NBR 
10.067. 
 
 
Tipos de cortes 
 
Corte total 
Meio corte 
Corte em desvio 
Corte parcial 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 76 
Corte total 
Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão. No desenho técnico 
todos os cortes são imaginados e representados sempre que for necessário mostrar 
elementos internos da peça ou elementos que não estejam visíveis na posição em que 
se encontra o observador. 
 
Você deve considerar o corte total realizado por um plano de corte, também 
imaginário. 
 
 
 
 
As partes maciças do modelo, atingidas pelo plano de corte, são representadas 
hachuradas. Neste exemplo, as hachuras são formadas por linhas estreitas inclinadas 
e paralelas entre si. 
 
As hachuras são formas convencionais de representar as partes maciças atingidas 
pelo corte. Mais adiante, você conhecerá a norma técnica que trata desse assunto. 
 
 
 
 
Indicação do plano de corte 
 
A posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita-traço-ponto, 
larga nas extremidades e na mudança de direção. O plano de corte deve ser 
identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 77
Corte nas vistas do desenho técnico 
Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico 
mecânico. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que 
se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte. 
Corte na vista frontal 
Considere o modelo abaixo, visto de frente por um observador 
 
 
 
Nesta posição, o observador não vê os furos redondos nem o furo quadrado da base.Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte. Imagine o 
modelo secionado, isto é, atravessado por um plano de corte, como mostra a figura 
abaixo. 
 
 
 
O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitudinal 
vertical. Esse plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão, 
atingindo todos os elementos da peça. 
 
Imagine que a parte anterior do modelo foi removida. Assim, você poderá analisar com 
maior facilidade os elementos atingidos pelo corte. Os elementos atingidos pelo corte 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 78 
são representados pela linha para arestas e contornos visíveis e as partes maciças do 
modelo são representadas hachuradas. 
 
A vista frontal do modelo analisado, com corte, deve ser representada como segue. 
 
 
 
Os furos não recebem hachuras, pois são partes ocas que não foram atingidas pelo 
plano de corte. Os centros dos furos são determinados pelas linhas de centro, que 
também devem ser representadas nas vistas em corte. 
 
A vista superior e a vista lateral esquerda não devem ser representadas em corte 
porque o observador não as imaginou atingidas pelo plano de corte. 
 
Logo abaixo da vista representada em corte, no caso a vista frontal, é indicado o nome 
do corte e a vista superior é atravessada por uma linha traço e ponto estreita, com dois 
traços largos nas extremidades. Essa linha indica o local por onde se imaginou passar 
o plano de corte. 
 
As setas sob os traços largos indicam a direção em que o observador imaginou o corte. 
As letras do alfabeto, próximas às setas, dão o nome ao corte. A ABNT determina o 
uso de duas letras maiúsculas repetidas para designar o corte: AA, BB, CC, etc. 
 
Quando o corte é representado na vista frontal, a indicação do corte pode ser feita na 
vista superior, como no exemplo anterior, ou na vista lateral esquerda, como mostra a 
ilustração abaixo. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 79
 
 
Corte na vista superior 
Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico, agora 
você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. 
 
IImagine o mesmo modelo anterior visto de cima por um observador. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 80 
Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um corte. 
Veja, a seguir, o modelo secionado por um plano de corte horizontal. 
 
 
 
 
Este plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado plano 
longitudinal horizontal. Ele divide a peça em duas partes. Com o corte, os furos 
redondos, que antes estavam ocultos, ficaram visíveis. 
 
Finalmente, veja na próxima ilustração, como ficam as projeções ortográficas deste 
modelo em corte. 
 
 
 
O corte aparece representado na vista superior. As partes maciças atingidas pelo corte 
foram hachuradas. A vista frontal e a vista lateral esquerda estão representadas sem 
corte, porque o corte imaginado atingiu apenas a vista superior. 
 
O nome do corte: A-A aparece abaixo da vista superior, que é a vista representada em 
corte. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 81
A indicação do plano de corte, na vista frontal, coincide com a linha de centro dos furos 
redondos. 
 
As setas, ao lado das letras que dão nome ao corte, indicam a direção em que o corte 
foi imaginado. 
 
Quando o corte é imaginado na vista superior, a indicação do local por onde passa o 
plano de corte pode ser representada na vista frontal ou na vista lateral esquerda. 
 
Corte na vista lateral esquerda 
Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na 
base. Imagine um observador vendo o modelo de lado e um plano de corte vertical 
atingindo o modelo, conforme a figura a seguir. 
 
 
 
Observe na figura seguinte, que a parte anterior ao plano de corte foi retirada, 
deixando visível o furo quadrado. 
 
 
 
Finalmente, veja na próxima ilustração, como ficam as projeções ortográficas deste 
modelo em corte. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 82 
O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano 
transversal. 
 
Nas vistas ortográficas deste modelo em corte transversal, a vista frontal e a vista 
superior são representadas sem corte. 
 
 
 
O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano 
transversal. 
 
Nas vistas ortográficas desse modelo em corte transversal, a vista frontal e a vista 
superior são representadas sem corte. 
 
Quando o corte é representado na vista lateral, a indicação do plano de corte tanto 
pode aparecer na vista frontal como na vista superior. 
 
 
Meio corte 
 
Há tipos de peças ou modelos em que é possível imaginar em corte apenas uma parte, 
enquanto que a outra parte permanece visível em seu aspecto exterior. Esse tipo de 
corte é o meio-corte. 
 
O meio-corte é aplicado em apenas metade da extensão da peça. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 83
Somente em peças ou modelos simétricos longitudinal e transversalmente, é que 
podemos imaginar o meio-corte. 
 
Observe o modelo a seguir, representado em perspectiva. Em seguida, imagine esse 
modelo dividido ao meio por um plano horizontal e depois, dividido por um plano 
vertical 
 
 
 
Você reparou que, nos dois casos, as partes resultantes da divisão são iguais entre si? 
Trata-se, portanto, de um modelo simétrico longitudinal e transversalmente. Nesse 
modelo é possível imaginar a aplicação de meio-corte. 
 
Representação do meio corte 
Acompanhe a aplicação do meio-corte em um modelo simétrico nos dois sentidos. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 84 
Imagine o modelo atingido até a metade por um plano de corte longitudinal (P1). 
Depois, imagine o modelo cortado até a metade por um plano de corte transversal 
(P2). 
 
 
 
Imagine que a parte atingida pelo corte foi retirada. 
 
 
 
O modelo estava sendo visto de frente, quando o corte foi imaginado. Logo, a vista 
onde o corte deve ser representado é a vista frontal. 
 
 
 
A linha traço e ponto estreita, que divide a vista frontal ao meio, é a linha de simetria. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 85
As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas hachuradas. 
 
O centro dos elementos internos, que se tornaram visíveis com o corte, é indicado pela 
linha de centro. Nesse exemplo, os elementos que ficaram visíveis com o corte são: o 
furo passante da direita e metade do furo central. 
 
Metade da vista frontal não foi atingida pelo meio-corte: o furo passante da esquerda e 
metade do furo central não são representados no desenho. Isso ocorre porque o 
modelo é simétrico. A metade da vista frontal não atingida pelo corte é exatamente 
igual à outra metade. Assim, não é necessário repetir a indicação dos elementos 
internos na parte não atingida pelo corte. Entretanto, o centro dos elementos não 
visíveis deve ser indicado. 
 
Quando o modelo é representado com meio-corte, não é necessário indicar os planos 
de corte. As demais vistas são representadas normalmente. 
 
Meio corte nas vistas do desenho técnico 
O meio-corte pode ser representado em qualquer das vistas do desenho técnico. A 
vista representada em corte depende da posição do observador ao imaginar o corte. 
Quando o observador imagina o meio-corte vendo a peça de frente, a vista 
representada em corte é a frontal. 
 
 
 
Quando o observador imagina o meio-corte vendo o modelo de lado, o meio-corte deve 
ser representado na vista lateral esquerda. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 86 
 
 
Quando a linha de simetria que atravessa a vista em corte estiver na posição 
horizontal, a metade em corte deve ser representada na parte inferior do desenho, 
abaixoda linha de simetria. 
 
A escolha da vista onde o meio-corte deve ser representado depende das formas do 
modelo e das posições dos elementos que se quer analisar 
 
 
 
 
Corte composto 
 
Certos tipos de peças, como as representadas abaixo, por apresentarem seus 
elementos internos fora de alinhamento, precisam de outra maneira de se imaginar o 
corte. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 87
 
Figura A Figura B 
 
Figura C 
 
O tipo de corte usado para mostrar elementos internos fora de alinhamento é o corte 
composto, também conhecido como corte em desvio. 
Corte composto por planos paralelos 
Imagine o primeiro modelo da figura A sendo secionado por um plano de corte 
longitudinal vertical que atravessa o furo retangular e veja como fica sua representação 
ortográfica: 
 
 
 
Você deve ter observado que o modelo foi secionado por um plano que deixou visível o 
furo retangular. Os furos redondos, entretanto, não podem ser observados. 
 
O corte composto torna possível analisar todos os elementos internos do modelo ou 
peça, ao mesmo tempo. Isso ocorre porque o corte composto permite representar, 
numa mesma vista, elementos situados em diferentes planos de corte. 
 
Você deve imaginar o plano de corte desviado de direção, para atingir todos os 
elementos da peça. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 88 
 
A vista frontal, representada em corte, nesse exemplo, mostra todos os elementos 
como se eles estivessem no mesmo plano. 
 
Se você observar a vista frontal, isoladamente, não será possível identificar os locais 
por onde passaram os planos de corte. Nesse caso, você deve examinar a vista onde é 
representada a indicação do plano de corte. 
 
Observe abaixo que o corte é indicado pela linha traço e ponto na vista superior. Os 
traços são largos nas extremidades e quando indicam mudanças de direção dos 
planos de corte. O nome do corte é indicado por duas letras maiúsculas, representadas 
nas extremidades da linha traço e ponto. As setas indicam a direção em que o 
observador imaginou o corte. 
 
 
 
Um detalhe importante, é que o desvio deverá ser feito sempre progressivamente 
nunca podendo voltar uma linha de corte para trás, para passar por um detalhe 
perdido. Nesse caso, deve-se fazer outro corte em outra direção. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 89
Corte composto por planos concorrentes 
Agora você vai conhecer uma outra forma de imaginar cortes compostos. Observe o 
flange com três furos passantes, representada a seguir. 
 
 
 
Se você imaginar o flange atingido por um único plano de corte, apenas um dos furos 
ficará visível. Para mostrar outro furo, você terá de imaginar o flange atingido por dois 
planos concorrentes, isto é, dois planos que se cruzam (P1 e P2). 
 
 
 
Neste exemplo, a vista que deve ser representada em corte é a vista frontal, porque o 
observador está imaginando o corte de frente. 
 
Para representar os elementos, na vista frontal, em verdadeira grandeza, você deve 
imaginar que um dos planos de corte sofreu um movimento de rotação, de modo a 
coincidir com o outro plano. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 90 
Veja como ficam as vistas ortográficas: vista frontal e vista superior, após a rotação do 
elemento e a aplicação do corte. 
 
 
 
Na vista frontal, todos os elementos são visíveis e aparentam estar no mesmo plano. 
Note que, na vista superior, os elementos são representados sem rotação, na sua 
posição real. Nessa vista fica bem visível que este corte é composto por dois planos 
concorrentes. 
 
Corte composto por planos sucessivos 
Veja mais um tipo de corte composto. A ilustração ao lado mostra um joelho, que é 
uma peça usada para unir canalizações. 
 
 
 
Para poder analisar os elementos internos dessa peça, você deverá imaginar vários 
planos de corte seguidos (P1, P2, P3). 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 91
 
 
O corte foi imaginado observando-se a peça de frente. Por isso, a vista representada 
em corte é a vista frontal. Na vista superior, os planos de corte sucessivos são 
representados pela linha de corte. 
 
 
 
A linha traço e ponto, que indica o local por onde passam os planos de corte, é 
formada por traços largos nas extremidades e no encontro de dois planos sucessivos. 
Você deve ter observado que foram utilizados três planos de corte sucessivos. 
 
São raras as peças em que se pode imaginar a aplicação deste tipo de corte. 
Entretanto, é bom que você esteja preparado para interpretar cortes compostos por 
mais de dois planos sucessivos quando eles aparecerem no desenho técnico. 
 
 
Corte parcial 
 
Em certas peças, os elementos internos que devem ser analisados estão concentrados 
em partes determinadas da peça. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 92 
Figura A Figura B Figura C 
 
 
Nesses casos, não é necessário imaginar cortes que atravessem toda a extensão da 
peça. É suficiente representar um corte que atinja apenas os elementos que se deseja 
destacar. O tipo de corte mais recomendado nessas situações é o corte parcial. 
 
Representação do corte parcial 
Observe um modelo em perspectiva, com aplicação de corte parcial. 
 
 
 
A linha contínua estreita irregular e à mão livre, que você vê na perspectiva, é a linha 
de ruptura. A linha de ruptura mostra o local onde o corte está sendo imaginado, 
deixando visíveis os elementos internos da peça. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 93
A vista representada em corte é a vista frontal porque, ao imaginar o corte, o 
observador estava vendo a peça de frente. 
 
Nas partes não atingidas pelo corte parcial, os elementos internos devem ser 
representados pela linha para arestas e contornos não visíveis. 
 
Veja agora uma outra maneira de representar a linha de ruptura, na vista ortográfica, 
através de uma linha contínua estreita, em ziguezague. 
 
 
 
Outros exemplos de corte parcial. 
 
 
 
 
 
 
Hachuras 
 
Como você deve ter notado, as superfícies atingidas pelo corte são hachuradas. 
 
O hachurado é traçado com inclinação de 45º em relação à base ou ao eixo da peça. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 94 
 
 
Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem à superfície imaginada 
cortada, mostram também os tipos de materiais. 
 
Você pode definir o espaçamento entre as linhas da hachura, sendo o mínimo 
recomendado de 0,7mm. Quando a área maciça atingida pelo corte é muito grande, as 
hachuras podem ser representadas apenas perto dos contornos do desenho. 
 
 
 
As hachuras são executadas sempre na mesma direção, mesmo quando o corte é 
realizado em vários planos, como é o caso do corte composto. 
 
 
 
De acordo com a norma NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de 
hachuras em desenho técnico existe outros tipos de hachuras usadas opcionalmente 
para representar materiais específicos, quando a clareza do desenho exigir. 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 95
 
 
 
Omissão de corte 
 
Você já aprendeu muitas noções sobre corte: corte total, corte composto, meio-corte e 
corte parcial. Você estudou também a representação em seção, que é semelhante à 
representação em corte. E aprendeu como se interpretam desenhos técnicos com 
representação de encurtamento, que também requer a imaginação de cortes na peça. 
Mas, você ainda não viu tudo sobre cortes. 
 
Observe a vista em corte, representada a seguir. O desenho aparece totalmente 
hachurado porque o corte atingiu totalmente as partes maciças da peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 96 
Agora, observe os dois modelos abaixo, representados em corte. 
 
 
 
Qual destas duas peças corresponde à vista em corte anterior? 
 
Como as áreas atingidaspelo corte são semelhantes, fica difícil, à primeira vista, dizer 
qual das peças atingidas pelo corte está representada na vista hachurada. Para 
responder a essa questão, você precisa, antes, estudar omissão de corte. 
 
Omissão quer dizer falta, ausência. Nas representações com omissão de corte, as 
hachuras são parcialmente omitidas. 
 
Analisando o próximo exemplo, você vai entender as razões pelas quais certos 
elementos devem ser representados com omissão de corte. Compare as dois suportes, 
a seguir. 
 
 
 
O suporte da esquerda é inteiramente sólido, maciço. Já o suporte da direita, com 
nervura, tem uma estrutura mais leve, com menos quantidade de partes maciças. 
Imagine as duas peças secionadas no sentido longitudinal. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 97
 
 
Como você vê, as áreas atingidas pelo corte são semelhantes. Para diferenciar as 
vistas ortográficas das duas peças, de modo a mostrar qual das duas tem estrutura 
mais leve, a peça com nervura deve ser representada com omissão de corte. Veja. 
 
 
 
 
 
 
 
Note que, embora a nervura seja uma parte maciça, ela foi representada no desenho 
técnico sem hachuras. Na vista em corte, as hachuras da nervura foram omitidas. 
 
Elementos representados com omissão de corte 
Apenas alguns elementos devem ser representados com omissão de corte, quando 
seccionados longitudinalmente. Esses elementos são indicados pela NBR 10067 e 
sendo eles: 
 
a) Parafusos, porcas e arruelas; 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 98 
 
b) Eixos; 
 
 
 
 
c) Rebites 
 
 
 
d) Chavetas 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 99
e) Pinos e contrapinos 
 
 
 
f) Nervuras 
 
 
 
g) Manípulos. 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 100 
h) Raios de roda e volantes 
 
 
 
i) Dentes de engrenagem; 
 
 
j) Rolamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
101
 
 
Encurtamento 
 
 
 
 
 
Certos tipos de peças, que apresentam formas longas e constantes, podem ser 
representadas de maneira mais prática. 
 
O recurso utilizado em desenho técnico para representar estes tipos de peças é o 
encurtamento. Ela não apresenta qualquer prejuízo para a interpretação do desenho 
 
Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas extremidades e uma parte central 
longa, de forma constante. Imagine o eixo secionado por dois planos de corte, como 
mostra a ilustração. 
 
 
 
Como a parte compreendida entre os cortes não apresenta variações e não contém 
outros elementos, você pode imaginar a peça sem esta parte, o que não prejudica sua 
interpretação. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
102 
Na prática o encurtamento acontece da seguinte forma, veja o exemplo abaixo: 
 
 
 
Retira-se a parte da peça que tem forma constante e aproximam-se suas 
extremidades. 
 
 
 
 
 
O resultado do encurtamento é representado abaixo. Observe que as cotas não 
sofreram qualquer alteração 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
103
Representação do encurtamento no desenho técnico 
 
Nas representações com encurtamento, as partes imaginadas cortadas são limitadas 
por linhas de ruptura, que são linhas contínuas estreitas, desenhadas à mão-livre. 
 
 
 
Nos desenhos técnicos confeccionados em software de CAD, pode-se optar pela linha 
contínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos. 
 
 
 
Mais de um encurtamento na mesma peça 
 
Certos tipos de peças podem ser imaginadas com mais de um encurtamento. Observe 
a chapa com quatro furos, por exemplo. Você pode imaginar um encurtamento do 
comprimento e outro no sentido da largura, sem qualquer prejuízo da interpretação da 
peça ou de seus elementos. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
104 
O encurtamento pode ser imaginado nos sentidos do comprimento, da altura e da 
largura da peça. Pode-se, também, imaginar mais de um encurtamento no mesmo 
sentido, como mostra o desenho a seguir. 
 
 
 
Representação do encurtamento em peças cônicas e inclinadas 
 
 
 
Peça cônica Peça trapezoidal 
 
Representação com encurtamento e seção 
É muito comum, em desenho técnico, a seção aparecer na representação com 
encurtamento. Aplicando encurtamento e seção em um mesmo desenho, 
economizamos tempo e espaço. 
 
O suporte, representado em perspectiva, é uma peça que tem várias partes longas, 
onde você pode imaginar encurtamentos. Na vista ortográfica desta peça é possível 
representar, ao mesmo tempo, os encurtamentos e as seções. 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
105
 
 
 
 
Note que a peça está representada através da vista frontal. Neste desenho estão 
representados 4 encurtamentos e 4 seções. Duas seções estão indicadas na vista 
frontal e representadas fora da vista: Seção AA e Seção BB. Uma seção aparece 
rebatida dentro da vista. E a quarta seção aparece representada no encurtamento da 
parte inclinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 107
 
 
Seção
 
 
 
Em desenho técnico busca-se, sempre, a forma mais simples, clara e prática de 
representar o maior número possível de informações. 
 
Você já viu como a representação em corte facilita a interpretação de elementos 
internos ou elementos não visíveis ao observador. Mas, às vezes, o corte não é 
recurso adequado para mostrar a forma de partes internas da peça. Nesses casos, 
devemos utilizar a representação em seção. 
 
Secionar quer dizer cortar. Assim, a representação em seção também é feita 
imaginando-se que a peça sofreu um corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 108 
Existe uma diferença fundamental entre a representação em corte e a representação 
em seção. Você vai compreender essa diferença, analisando os desenhos abaixo, 
observe a diferença entre as representações em corte e em seção respectivamente. 
 
 
Representação em corte 
 
 
Representação em seção 
 
Note que, enquanto a representação em corte mostra apenas as partes maciças 
atingidas pelo corte e outros elementos, a representação em seção mostra apenas a 
parte atingida pelo corte. 
 
A indicação da seção é representada por uma linha traço e ponto com traços largos 
nas extremidades aparece na vista frontal, no local onde se imaginou passar o plano 
de corte. 
 
A linha de corte onde se imagina o rebatimento da seção deve ser sempre no centro do 
elemento secionado. 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 109
Indicação da seção 
 
 
 
Próxima a vista e ligada a ela por meio de uma linha estreita traço e ponto. 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 110 
 
 
Numa posição diferente; neste caso, é identificada de forma convencional. 
 
 
 
 
Desenho IIDesenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 111
Contorno da seção dentro da própria vista é traçado com uma linha fina e estreita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 112 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 113
 
 
Vistas laterais
 
 
 
Vista lateral direita é a vista projetada em plano lateral situado à esquerda da vista 
frontal. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 114 
Nos casos em que o maior número de elementos visíveis está colocado ao lado direito 
da peça, usa-se a vista lateral direita. 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 115
Vistas laterais esquerda e direita 
 
As vistas laterais esquerda e direita são usadas quando a peça a ser desenhada 
apresenta elementos importantes nos seus lados esquerdo e direito. Nesse caso, as 
linhas tracejadas desnecessárias devem ser omitidas nas vistas laterais. 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 116 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 117
 
 
Projeção ortogonal especial
 
 
 
Peças com partes inclinadas apresentam deformações quando representadas em 
projeções normais. 
 
Exemplo: 
 
 
 
Por essa razão utilizam-se outros recursos tais como a vista auxiliar, a vista especial 
com indicação, a rotação de elementos oblíquos e a vista simplificada. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 118
Vista auxiliar 
 
São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformações e 
facilitar a interpretação. 
 
 
 
Rebatimento dos planos 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 119
Conclusão: 
 
Projeção ortogonal com utilização de vista auxiliar: 
 
 
 
Outros exemplos: 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 120
 
 
 
Vista especial com indicação 
 
São projeções parciais representadas conforme a posição do observador. È indicada 
por setas e letras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 121
 
 
 
 
 
 
 
Rotação de elementos oblíquos 
 
Peças com partes ou elementos oblíquos são representadas convencionalmente, 
fazendo-se a rotação dessas partes sobre o eixo principal e evitando-se assim, a 
projeção deformada desses elementos. 
 
 
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CT011-09 122
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 123
Outros exemplos de elementos oblíquos: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 124
Vista simplificada 
 
Podemos substituir uma vista, quando não acarretar dúvidas, executando a vista 
simplificada conforme os exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 
125
 
 
Projeção no terceiro diedro
 
 
 
Estudando as projeções ortogonais, observou-se até agora a seguinte posição dos 
elementos: observador, objeto e plano, ou seja, projeção no primeiro diedro. 
 
Para a projeção no terceiro diedro, a posição dos elementos é a seguinte: observador, 
plano e objeto. 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 
126 
 
 
 
Comparação entre projeções de uma mesma peça no primeiro e no terceiro 
diedros 
 
 
1o diedro 3o diedro 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 
127
Outro exemplo: 
 
 
 
1o diedro 
 
 
 
O método de projeção ortogonal no 1º diedro é indicado, na legenda do desenho, pelo 
símbolo: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 
128 
 
 
3o diedro 
 
 
 
O símbolo que indica o método de projeção ortogonal no 3º diedro é: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
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CT011-09 
129
O símbolo deve ter as seguintes dimensões: 
 
 
Desenho II Desenho com instrumentos 
SENAI-SP – INTRANET 
CT011-09 
130 
 
 Aprendizagem Industrial 
Desenho 
 
004622 (46.70.11.311-1) Desenho I - Iniciação ao desenho 
032234 (46.70.11.311-1) Desenho l - Iniciação ao desenho - Exercícios 1 
 
004623 (46.70.12.324-3) Desenho II - Desenho com instrumentos 
032235 (46.70.12.324-3) Desenho II - Desenho com instrumentos - Exercícios 2
 
004624 (46.70.13.337-6) Desenho III - Desenho para caldeiraria 
032236 (46.70.13.337-6) Desenho III - Desenho para caldeiraria - Exercícios 3 
 
004625 (46.70.13.341-9) Desenho III - Desenho para marcenaria 
032237 (46.70.13.341-9) Desenho III - Desenho para marcenaria - Exercícios 4 
 
004626 (46.70.13.359-3) Desenho III - Desenho para mecânica 
032238 (46.70.13.359-3) Desenho III - Desenho para mecânica - Exercícios 5 
 
004627 (46.70.13.365-1) Desenho III - Desenho para modelação 
032239 (46.70.13.365-1) Desenho III - Desenho para modelação - Exercícios 6 
 
004628 (46.70.13.373-2) Desenho III - Desenho para serralharia 
032240 (46.70.13.373-2) Desenho III - Desenho para serralharia - Exercícios 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	01 Capa.pdf
	02 Introducao.pdf
	03 Instrumentos de desenho.pdf
	04 Construcao geometrica.pdf
	05 Planificacao.pdf
	06 Indicacao de estado de superficie.pdf
	07 Cortes.pdf
	08 Encurtamento.pdf
	09 Secao.pdf
	10 Vistas laterais.pdf
	11 Projecao ortogonal.pdf
	12 Projecao diedro.pdf
	13 4Capa.pdf

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