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Caso clinico pelve

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Caso clínico Pelve 
Paciente masculino 12 anos, chega a emergência com queixa de dor e aumento de volume 
em bolsa escrotal há 12h. Iniciou com queixa de dor em bolsa escrotal de início súbito às 4h 
da manhã. Acordou os pais, relatando que a dor estava insuportável, enquanto a mãe foi 
buscar um analgésico o menino apresentou vômitos, ficando pálido e sudorético. 
Estavam passando o final de semana na praia, o posto de saúde daquela cidade só funciona 
das 7h às 18h, então tiveram que aguardar para fazer a consulta médica. Chegando lá, 
foram atendidos pelo clínico geral que solicitou uma ecografia testicular com doppler, 
porém o exame foi agendado para às 17h, mesmo sendo solicitado com urgência. 
Diante da situação, os pais decidiram retornar a Novo Hamburgo procurando a emergência 
para novo atendimento. Ao exame físico, menino apresentava edema e hiperemia em bolsa 
escrotal D, testículo mais alto neste mesmo lado. Foi então realizada ecografia, porém o 
pediatra alertou os pais sobre a hipótese de torção testicular, esclarecendo a gravidade do 
caso já que os sintomas haviam começado a mais de 12h. 
 
1. Descreva a vascularização do testículo. 
As longas artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da 
aorta, imediatamente abaixo das artérias renais (Figura 2.19). Elas seguem no 
retroperitônio em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das 
artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos. Entram nos canais 
inguinais através dos anéis profundos, atravessam os canais, saem deles através dos anéis 
inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar os testículos. A 
artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente. 
As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexo venoso pampiniforme, 
uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a 
artéria testicular no funículo espermático (Figura 2.21). O plexo pampiniforme faz parte do 
sistema termorregulador do testículo (juntamente com os músculos cremaster e dartos), 
ajudando a manter essa glândula em temperatura constante. As veias de cada plexo 
pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra 
na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda, que entra na veia renal 
esquerda. 
A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos 
lombares direito e esquerdo (caval/aórtico) e pré-aórticos. Os nervos autônomos do 
testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a artéria testicular, que 
contém fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras simpáticas do segmento 
T10 (–T11) da medula espinal. 
 
 
 
 
2. Qual a relação dos achados ecográficos com a hipótese diagnóstica do 
ponto de vista anatômico? 
Os achados ecográficos confirmam a hipótese diagnóstica de torção do testículo Direito. 
Com a torção do cordão espermático, o fluxo sanguíneo fica gravemente reduzido, 
provocando isquemia testicular, como evidenciado na ecografia. 
 
 
 
3. Revise o trajeto percorrido pelo testículo desde a fase embrionária até o 
nascimento do feto. Quais as estruturas são responsáveis por fixar o testículo 
na posição anatômica? 
Os testículos desenvolvem-se no tecido conjuntivo extraperitoneal na região lombar 
superior da parede posterior do abdome (Figura 2.16A). O gubernáculo masculino é um 
trato fibroso que une o testículo primitivo à parede anterolateral do abdome no local do 
futuro anel profundo do canal inguinal. Um divertículo peritoneal, o processo vaginal, 
atravessa o canal inguinal em desenvolvimento, conduzindo lâminas musculares e de fáscia 
da parede anterolateral do abdome à sua frente quando entra no escroto primitivo. Na 12a 
semana de desenvolvimento, o testículo está na pelve, e com 28 semanas (7o mês) situa-se 
próximo ao anel inguinal profundo em desenvolvimento (Figura 2.16B). O testículo começa 
a atravessar o canal inguinal durante a 28a semana e essa “travessia” leva 
aproximadamente 3 dias. Cerca de 4 semanas depois, o testículo entra no escroto (Figura 
2.16C). Enquanto o testículo, seu ducto (ducto deferente) e seus vasos e nervos mudam de 
lugar, são envoltos por extensões musculofasciais da parede anterolateral do abdome, que 
são responsáveis pela presença de seus derivados no escroto do adulto: as fáscias 
espermáticas interna e externa e o músculo cremaster (Figura 2.15). O pedículo do 
processo vaginal normalmente degenera; no entanto, sua parte sacular distal forma a 
túnica vaginal, a bainha serosa do testículo e epidídimo. 
 
 
 
4. Quais as estruturas que transitam pelo canal inguinal e funículo 
espermático? 
Os principais conteúdos do canal inguinal são o funículo espermático em homens e o 
ligamento redondo do útero nas mulheres. 
Estas são estruturas diferentes do ponto de vista funcional e do desenvolvimento, que têm 
a mesma localização. O canal inguinal também contém vasos sanguíneos e linfáticos e o 
nervo ilioinguinal em ambos os sexos. 
Os constituintes do funículo espermático são: 
Ducto deferente: um tubo muscular com aproximadamente 45 cm de comprimento que dá 
passagem aos espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório 
Artéria testicular: tem origem na aorta e irriga o testículo e o epidídimo 
Artéria do ducto deferente: originada na artéria vesical inferior 
Artéria cremastérica: originada na artéria epigástrica inferior 
Plexo venoso pampiniforme: uma rede formada por até 12 veias que convergem 
superiormente e formam as veias 
testiculares direita e esquerda 
Fibras nervosas simpáticas nas artérias e fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas no 
ducto deferente 
Ramo genital do nervo genitofemoral: supre o músculo cremaster 
Vasos linfáticos: drenagem do testículo e de estruturas intimamente associadas e seguem 
para os linfonodos lombares 
Vestígio do processo vaginal: pode ser visto como um filamento fibroso na parte anterior 
do funículo espermático 
estendendo-se entre o peritônio abdominal e a túnica vaginal; pode não ser detectável. 
Como não é homólogo ao funículo espermático, o ligamento redondo não contém 
estruturas comparáveis. Inclui apenas vestígios da parte inferior do gubernáculo ovariano e 
do processo vaginal. 
 
5. Após a ecografia, foi indicada cirurgia para exploração da bolsa escrotal. Quais as 
camadas que necessitam ser incisadas para exploração testicular via bolsa escrotal? 
(Estratigrafia da pele até o testículo) Relacione estas camadas com a descida escrotal 
embrionária. 
As camadas a ser incisadas para o acesso e exploração da bolsa escrotal são: Pele e tela 
subcutânea (túnica dartos e músculo dartos) para acesso ao funículo espermático. 
Continuando com a incisão da fáscia espermática externa, músculo cremaster, fáscia 
cremastérica, fáscia espermática interna e túnica vaginal (lâmina visceral e parietal). 
 
6. Descreva o trajeto percorrido pelos espermatozoides desde sua formação até a 
ejaculação. 
 
É no interior dos túbulos seminíferos que temos a espermatogênese (puberdade). Na 
extremidade dos túbulos seminíferos temos um pequeno sistema de ductos formando a 
chamada rede testicular. Dessa rede vão partir pequenos ductos chamados de Ductos 
Eferentes (Vão partir dos testículos com a função de conduzir os espermatozoides que 
foram produzidos no interior dos túbulos seminíferos até o interior do ducto epididimário 
que fica localizado dentro do epidídimo. Segue-se então com o Ducto Deferente, Ele faz 
parte do sistema de ductos extra testiculares. Ele tem uma constituição histológica muito 
similar à constituição do ducto epididimário, com uma mucosa, uma muscular e uma 
adventícia (a camada muscular tem que ser espessa pois ele vai conduzir os 
espermatozoides de encontro com o local onde vai receber a secreção da vesícula seminal). 
Depois da união do ducto deferente com a vesícula seminal forma-se o DUCTO 
EJACULATÓRIO quevai desembocar na uretra prostática (porção que vai atravessar a 
próstata). A uretra prostática recebe o ducto ejaculatório, de onde virão os 
espermatozoides banhados no fluido produzido pela vesícula seminal somado ao recebido 
pela próstata, formando o SEMEM, que segue então pela uretra peniana até o meio 
externo. 
https://www.youtube.com/watch?v=ZO8NTiGVF7g&ab_channel=TVEnfermagem 
 
 
7. Baseado na estrutura anatômica da drenagem venosa dos testículos, explique porque 
as varicoceles (dilatação do plexo pampiniforme) é mais comum a esquerda do que a 
direita. 
A varicocele ocorre predominantemente no lado esquerdo, provavelmente porque o 
ângulo agudo que a veia direita forma ao entrar na VCI é mais favorável ao fluxo do que o 
ângulo de quase 90° com que a veia testicular esquerda entra na veia renal esquerda, 
tornando-a mais suscetível a obstrução ou inversão do fluxo.

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