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eumebanco.com.br © Todos os direitos reservados. Edição: Janeiro de 2022 contato : contato@eumebanco.com.br Olá, seja bem-vindo(a)! A partir de agora, você iniciará o processo que irá credenciá-lo(a) e certifi cá-lo(a) junto a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (ANCORD) como agente autônomo de investimento (AAI). Em agosto de 2021, pouco mais de 12 mil profi ssionais tinham a certifi cação ANCORD e estavam habilitados para trabalhar como assessor de investimentos no Brasil. Em um mercado como o nosso, onde o número de investidores cresce a passos largos (veja mais na reportagem “Número de investidores na B3 cresce 50% e se aproxima de 3,8 milhões”, publicada em junho de 2021), a certifi cação é a porta de entrada para um mundo de oportunidades para quem quer seguir car- reira na área. Nesta apostila você terá acesso aos conteúdos que serão cobrados nas 80 questões de múltipla escolha que compõem o exame da ANCORD. São exigidos dos candidatos conhecimentos sobre: Atividades do Agente Autônomo de Investimento; Prevenção à Lavagem de Dinheiro; Economia; Sistema Financeiro Nacional; Instituições e Intermediadores Financeiros; Administração de Risco; Mercado de Capitais: Produtos, Modalidades Operacionais e Liquidação; Fundos de Investimento; Outros Fundos de Investimento Regulados pela CVM; Securitização de Recebíveis; Clubes de Inves- timentos; Matemática Financeira: Conceitos Básicos; Mercado Financeiro: Outros Produtos Não Classifi cados como VMS; e Mercados Derivativos: Produtos, Modalidades Operacionais e Liquidação. Ao fi nal da jornada, você terá o conhecimento que precisa para conseguir a certifi cação e fazer a diferença no mercado de capitais como agente autônomo de investimento. Agora é com você! Tenha foco nos estudos, siga o conteúdo da apostila e assista aos nossos vídeos, que trazem uma abordagem mais dinâmica sobre os temas que integram a nossa trilha. Vamos começar? Um grande abraço! você acaba de investir em você! 3 Fabio Andrades Louzada é economista, possui graduação tecnoló- gica em Gestão Financeira pela FGV, pós-graduação em Finanças, Investimentos e Banking, e em Liderança, Inovação e Gestão pela PUC-RS. É membro da Comissão de Educação da Planejar - Associa- ção Brasileira de Planejadores Financeiros, e autor do livro “Manual do investidor leigo – conheça as regras do jogo pelo olhar de um especialista”, publicado pela Lisbon Press no Brasil e em Portugal. É o profi ssional com mais certifi cações nacionais em investimentos - CPA-10, CPA-20, CEA, CFP®, CGA, CNPI, PQO e Ancord. Além disso, no cenário internacional, é Candidato CFA Level II. Foi assessor de investimentos nas principais instituições do Brasil na área de alta renda: Bradesco Prime, Santander Select, Citigold e Itaú Personna- lité. É fundador e CEO do Grupo Eu me banco, que foca na formação prática de profi ssionais especialistas em investimentos e oferece cursos preparatórios para certifi cações fi nanceiras. Sobre o CEO Coordenação geral: Eu me banco| Edição e revisão: Grayce Rodrigues | Diagra- mação: Kevin Maciel | Atualização do conteúdo: Amanda Natacha | Autor: Fabio Louzada SUMÁRIO MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) ..............10 1.1 Agente autônomo de investimento: Resolução 016/21 ............................................. 10 1.2 Diferenciação da atividade de AAI das atividades de administração, análise e consultoria de valores mobiliários ............................................................................................... 10 1.3 Regras de conduta ............................................................................................... 11 1.4 Materiais utilizados .............................................................................................. 11 1.5 Requisitos para exercício da atividade ................................................................... 11 1.6 Concessão da autorização para exercício da atividade ............................................. 12 1.7 Suspensão ou cancelamento ................................................................................. 13 1.8 Contrato de agenciamento e remuneração ............................................................. 14 1.9 Práticas vedadas .................................................................................................. 14 1.10 Obrigações e responsabilidades da instituição integrante do sistema de distribuição 15 1.11 Fiscalização ....................................................................................................... 15 1.12 Entidades credenciadoras ................................................................................... 16 1.13 Questões | Módulo 01 .......................................................................................... 17 MÓDULO 02 | CÓDIGO DE CONDUTA DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO ..........23 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO ..................................................23 3.1 Conceito ............................................................................................................. 23 3.2 Responsabilidades das empresas autorizadas a funcionar pelo Bacen e pela CVM ...... 25 3.3 Ações preventivas ................................................................................................ 26 3.4 Cadastros de clientes: informações e atualizações cadastrais .................................. 27 3.5 Pessoa exposta politicamente (PEP) ...................................................................... 27 3.6 Acompanhamento das operações .......................................................................... 29 3.7 Das penalidades .................................................................................................. 30 3.8 Questões | Módulo 03 ........................................................................................... 32 Todos os direitos reservados. A reprodução parcial ou integral do conteúdo apresentado nesta apos- tila é proibida em qualquer meio de difusão sem autorização prévia da Eu me banco Educação Ltda. MÓDULO 04 | ECONOMIA ...........................................................................................36 4.1 Noções gerais de economia .................................................................................. 36 4.2 Índices e indicadores ............................................................................................ 37 4.2.1 Índice de preços......................................................................................................37 4.2.2 Indicadores financeiros ..........................................................................................39 4.2.3 Indicadores de atividade ........................................................................................42 4.2.4 Indicadores fiscais (utilizados para avaliar a situação das contas internas do governo) ..........................................................................................................................43 4.2.5 Indicadores do setor externo (utilizados para avaliar o desempenho do país, no que diz respeito às trocas internacionais) .....................................................................43 4.3 Políticas econômicas do governo .......................................................................... 45 4.3.1 Política de rendas ...................................................................................................45 4.3.2 Política fiscal ...........................................................................................................46 4.3.3 Política cambial ou política externa ......................................................................46 4.3.4 Política monetária ..................................................................................................47 4.4 Questões | Módulo 04 ...........................................................................................48 MÓDULO 05 | SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .........................................................51 5.1 Segmentação do mercado .................................................................................... 51 5.1.1 Estrutura .................................................................................................................53 5.1.2 Entidades de apoio, de serviços e autorregulação ...............................................58 5.1.3 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) ..............................................................63 5.2 Questões | Módulo 05 ........................................................................................... 65 MÓDULO 06 | INSTITUIÇÕES E INTERMEDIADORES FINANCEIROS ...............................68 6.1 Instituições financeiras ........................................................................................ 68 6.2 Instituições que atuam no mercado ....................................................................... 69 6.2.1 Bancos comerciais ..................................................................................................69 6.2.2 Bancos de investimento .........................................................................................70 6.2.3 Bancos múltiplos ....................................................................................................71 6.2.4 Caixa Econômica Federal .......................................................................................71 6.2.5 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ...................72 6.2.6 Cooperativas de crédito .........................................................................................73 6.2.7 Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) .................................................................73 6.2.8 Financeiras: sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI) .........74 6.2.9 Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários ................................74 6.2.10 Distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVM) ......................................75 6.2.11 Corretoras de câmbio (casas de câmbio) ............................................................76 6.2.12 Corretoras de mercadorias ..................................................................................76 6.2.13 Mercados regulamentados de valores mobiliários .............................................77 6.2.14 Mercado organizado de valores mobiliários .......................................................77 6.3 Questões | Módulo 06 ........................................................................................... 78 MÓDULO 07 | ADMINISTRAÇÃO DE RISCO ...................................................................82 7.1 Conceito e tipos de riscos...................................................................................... 82 7.2 Rentabilidade ...................................................................................................... 82 7.3 Diversificações de carteiras .................................................................................. 82 7.4 Conceito e características do Value at Risk (VaR) ou Valor em Risco .......................... 83 7.5 Conceito e características de duration ................................................................... 83 7.6 Conceito e características de limite de oscilação ..................................................... 83 7.7 Conceito e características dos túneis de negociação ................................................ 83 7.8 Atividades e modelos de liquidação e compensação de clearing ............................... 83 7.9 Questões | Módulo 07 ........................................................................................... 86 MÓDULO 08 | MERCADO DE CAPITAIS: PRODUTOS, MODALIDADES OPERACIONAIS E LIQUIDAÇÃO ....................................................................................................................................90 8.1 Mercado de capitais ............................................................................................. 90 8.2 Mercado primário ................................................................................................ 91 8.3 Mercado secundário ............................................................................................. 92 8.4 Principais ativos de emissão das companhias ......................................................... 94 8.5 Governança corporativa ....................................................................................... 99 8.6 Mercado à vista .................................................................................................... 102 8.7 Mercado a termo, futuro e opções ......................................................................... 105 8.8 Aspectos tributários ............................................................................................. 106 8.9 Mercado internacional: ADRs, BDRs e GDRs ............................................................ 107 8.10 Liquidação de operações no segmento Bovespa .................................................... 108 8.11 Banco de Títulos (BTC) ........................................................................................ 109 8.12 Regulamento operacional do segmento Bovespa .................................................. 110 8.13 Horário de negociação ........................................................................................ 111 8.14 Tipos de ordens e de ofertas ................................................................................ 112 8.15 Book Entry ........................................................................................................ 114 8.16 Leilões .............................................................................................................. 114 8.17 Questões | Módulo 08 .......................................................................................... 116 MÓDULO 09 | FUNDOS DE INVESTIMENTO ...................................................................120 9.1 Instrução CVM n.º 555/14 ...................................................................................... 120 9.2 Fundos de renda fixa ............................................................................................ 122 9.3 Fundos cambiais .................................................................................................. 124 9.4 Fundos multimercado .......................................................................................... 124 9.5 Fundos de ações .................................................................................................. 124 9.6 Aspectos operacionais: taxas ................................................................................ 131 9.7 Aspectos tributários ............................................................................................. 136 9.8 Questões | Módulo 09 ........................................................................................... 137 MÓDULO 10 | OUTROS FUNDOS DE INVESTIMENTO REGULADOS PELA CVM .................143 10.1 Fundo de índice: ICVM 359/02 .............................................................................. 143 10.2 Fundo de investimento imobiliário: ICVM 472/08................................................... 144 10.3 Fundo de investimento em participações: ICVM 578/16 .......................................... 146 10.4 Fundo de investimento em direitos creditórios ..................................................... 147 10.5 Fundo de investimento em empresas emergentes (FIEE) ....................................... 148 10.6 Questões | Módulo 10 .......................................................................................... 148 MÓDULO 11 | SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS ...........................................................151 11.1 Securitização de recebíveis .................................................................................151 11.2 Questões | Módulo 11 .......................................................................................... 152 MÓDULO 12 | CLUBES DE INVESTIMENTOS ................................................................155 12.1 Definição, regulamentos e aspectos operacionais: ICVM 494/11 .............................. 155 12.2 Questões | Módulo 12 .......................................................................................... 157 MÓDULO 13 | MATEMÁTICA FINANCEIRA: CONCEITOS BÁSICOS ..................................160 13.1 Regime de capitalização ..................................................................................... 160 13.2 Equivalência de taxas ......................................................................................... 162 13.3 Definição de taxas de desconto ........................................................................... 163 13.4 Taxa Over .......................................................................................................... 163 13.5 Fluxo de caixa .................................................................................................... 164 13.6 Valor Presente Líquido (VPL) ............................................................................... 164 13.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) .............................................................................. 166 13.8 Recompra .......................................................................................................... 166 13.9 Questões | Módulo 13 .......................................................................................... 167 MÓDULO 14 | MERCADO FINANCEIRO: OUTROS PRODUTOS NÃO CLASSIFICADOS COMO VMS ....................................................................................................................................174 14.1 Títulos de renda fixa ........................................................................................... 174 14.2 Títulos públicos ................................................................................................. 174 14.3 Títulos privados ................................................................................................. 193 14.4 Câmbio ............................................................................................................. 199 14.5 Questões | Módulo 14 .......................................................................................... 200 MÓDULO 15 | MERCADOS DERIVATIVOS: PRODUTOS, MODALIDADES OPERACIONAIS ELIQUIDA- ÇÃO .............................................................................................................................209 15.1 Conceituação dos derivativos .............................................................................. 209 15.2 Mecânica operacional ......................................................................................... 216 15.3 Regulamento operacional do segmento BM&F ...................................................... 217 15.4 Formação dos preços futuros .............................................................................. 218 15.5 Liquidação das operações com derivativos ........................................................... 219 15.6 Derivativos agropecuários .................................................................................. 219 15.7 Indicadores agropecuários .................................................................................. 219 15.8 Operações ex-pit (fora do pregão) ........................................................................ 220 15.9 Repasse de negócios ........................................................................................... 220 15.10 Derivativos financeiros ..................................................................................... 221 15.11 Aspectos tributários ......................................................................................... 223 15.12 Questões | Módulo 15 ........................................................................................ 223 MÓDULO 16 | GABARITO DOS EXERCÍCIOS ..................................................................233 Módulo 01 | Atividades do agente autônomo de investimento (AAI) ............................... 233 Módulo 03 | Prevenção à lavagem de dinheiro .............................................................. 233 Módulo 04 | Economia ................................................................................................ 234 Módulo 05 | Sistema Financeiro Nacional ..................................................................... 234 Módulo 06 | Instituições e intermediadores financeiros ................................................ 235 Módulo 07 | Administração de risco ............................................................................. 235 Módulo 08 | Mercado de capitais: produtos, modalidades operacionais e liquidação ....... 236 Módulo 09 | Fundos de investimento ........................................................................... 237 Módulo 10 | Outros fundos de investimento regulados pela CVM .................................... 237 Módulo 11 | Securitização de recebíveis ...................................................................... 238 Módulo 12 | Clubes de investimentos .......................................................................... 238 Módulo 13 | Matemática financeira: conceitos básicos .................................................. 239 Módulo 14 | Mercado financeiro: outros produtos não classificados como VMS ............... 240 Módulo 15 | Mercados derivativos: produtos, modalidades operacionais e liquidação ..... 241 10 10 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) 1.1 AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO: RESOLUÇÃO 016/21 Atenção! A Resolução 016/21, publicada em 09 de fevereiro de 2021, dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento e revoga a Instrução CVM n.º 497, de 03 de junho de 2011, a Instrução CVM n.º 515, de 29 de dezembro de 2011, e a Instrução CVM n.º 610, de 05 de agosto de 2019. O agente autônomo de investimento (AAI) é a pessoa natural registrada na forma da Resolução 016/21 para realizar, sob responsabilidade e como preposto de instituição integrante do sistema de distribui- ção de valores mobiliários (instituição contratante), as atividades de: I. Prospecção e captação de clientes; II. Recepção, registro e transmissão de ordens para os sistemas de negociação ou de registros cabíveis; III. Prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição para qual tenha sido contratado. Importante O AAI deve agir com probidade, boa-fé e ética profi ssional, empregando no exercício da atividade todo cuidado e diligência, em relação aos clientes e à instituição pela qual foi contratado. É responsável, civil e administrativamente no exercício de suas atividades, pe- los prejuízos resultantes de seus atos dolosos ou culposos e pelos que infringirem normas legais ou regulamentares. 1.2 DIFERENCIAÇÃO DA ATIVIDADE DE AAI DAS ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO, ANÁLISE E CONSULTORIA DE VALORES MOBILIÁRIOS Administrador: responsável pelo funcionamento, manutenção e gestão de uma carteira de valores mobiliários e aplicação de recursos fi nanceiros no mercado. Analista: atua na elaboração de relatórios de análise destinados à publicação, divulgação ou distribui- ção para terceiros. Consultor: assessora investidores nas aplicações diretamente no mercado. Deve possuir conhecimentos técnicos e práticos para assessorar seus clientes. 11 11MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) Importante Para exercer uma das três atividades apresentadas, o AAI registrado pela CVM deve reque- rerà entidade credenciadora a suspensão de seu credenciamento. 1.3 REGRAS DE CONDUTA I. Observar a regulação vigente, demais normas aplicáveis, regras e procedimentos estabeleci- dos pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. II. Zelar pelo sigilo de informações confi denciais a que tenha acesso no exercício da função. 1.4 MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados pelo agente autônomo de investimento no exercício das atividades previstas devem: I. Estar em consonância com o disposto no artigo 10 da Instrução CVM n.º 497, pelo qual o AAI deve agir com probidade, boa-fé e ética profi ssional; II. Ser prévia e expressamente aprovados pela instituição integrante do sistema de distribuição pela qual o agente autônomo de investimento tenha sido contratado; III. Fazer referência expressa a tal instituição, como contratante, identifi cando o agente autôno- mo como contratado, e apresentar os dados de contato da ouvidoria da instituição; IV. No caso das pessoas jurídicas, após seguir todas as normas, identifi car cada um dos agentes autônomos dela integrantes. Atenção! O tópico III não se aplica aos agentes autônomos que realizam exclusivamente a distribui- ção de cotas de fundo de investimento para investidores qualifi cados. Além de seguir os tópicos dispostos acima, o AAI deve: • Estar em consonância com a legislação e as instruções da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); • Ser previamente aprovado pela instituição contratante; • Fazer referência expressa à instituição e apresentar os dados de contato à respectiva ouvidoria. 1.5 REQUISITOS PARA EXERCÍCIO DA ATIVIDADE Os agentes autônomos de investimento podem exercer suas atividades por meio de sociedade ou fi r- ma individual constituída exclusivamente para este fi m. A atividade de agente autônomo de investimento somente pode ser exercida pela pessoa natural caso: 12 12 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) I. Mantenha contrato escrito com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários para a prestação dos serviços; II. Seja sócio de pessoa jurídica, que mantenha contrato escrito com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários para a prestação dos serviços. 1.6 CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO PARA EXERCÍCIO DA ATIVIDADE O credenciamento deve ser concedido pela entidade credenciadora ao agente autônomo de investi- mento que atenda aos requisitos mínimos a seguir. Credenciamento pessoal natural: I. Conclusão do Ensino Médio no país ou equivalente no exterior; II. Aprovação nos exames de qualifi cação aplicados pela entidade credenciada; III. Adesão ao Código de Conduta da ANCORD; IV. Não estar inabilitado ou suspenso para o exercício de cargo em instituições fi nanceiras e de- mais entidades autorizadas a funcionar pela CVM, pelo Banco Central (Bacen), pela Superinten- dência de Seguros Privados (SUSEP) e pela Superintendência Nacional de Previdência Comple- mentar (Previc); V. Não haver sido condenado por crime falimentar, de prevaricação, suborno, concussão, pecu- lato, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, contra a economia popular, a ordem econômica, as relações de consumo, a propriedade pública, o Sistema Financeiro Nacio- nal (SFN) ou pena criminal que vede o acesso a cargos públicos; VI. Não estar impedido de administrar ou dispor de seus bens por decisão judicial. Credenciamento pessoa jurídica (empresas): I. Tenham sede no país; II. Sejam constituídas como sociedades simples; III. Tenham, como objeto social exclusivo, o exercício da atividade de AAI e estejam regularmen- te constituídas e registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), sendo vedadas a participação em outras sociedades como o mesmo objeto social. As normas não se aplicam aos AAIs que realizarem exclusivamente a distribuição de cotas de fundos de investimento para investidores qualifi cados; IV. Da denominação da pessoa jurídica, assim como dos nomes fantasias, deve constar a expres- são “Agente Autônomo de Investimento”, sendo vedada a utilização de siglas e de palavras que induzam o investidor ao erro; V. Todos os sócios são responsáveis perante a CVM, entidades credenciadas e entidades regula- doras/autorreguladoras, pelas atividades da sociedade, ou seja, a constituição de pessoa jurídi- ca não elide as obrigações e responsabilidades do AAI e da instituição que a tenha contratado; VI. Deve ter como sócios unicamente pessoas naturais que sejam AAIs. 13 13MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) Importante A CVM cobra uma taxa trimestral compulsória de fi scalização tanto do AAI, quanto da pes- soa jurídica. O prazo de validade do exame técnico de certifi cação para obtenção da au- torização da CVM para o exercício da atividade é de um ano, contado a partir da data da divulgação do resultado pela entidade certifi cadora. 1.7 SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO A CVM poderá, por solicitação do AAI, suspender a autorização para o exercício da atividade por um pe- ríodo contínuo de 12 meses (não renovável), mediante a apresentação de comprovante de retirada da sociedade de AAIs de que seja sócio, de distrato social ou de mudança de objeto, ou comprovante de rescisão, ou suspensão do contrato de distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição integrante do sistema de distribuição. A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo de pelo menos três anos da data da concessão da autorização do AAI ou do término de sua última suspensão. O AAI fi cará impedido de exercer a atividade, exonerando-se do cumprimento das obrigações previstas e do dever de pagar a taxa de fi scalização instituída pela Lei nº 7.940/89. A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento pode ser cancelada via: I. Pedido formulado pelo AAI; II. Identifi cação de vícios ou falhas no processo de credenciamento; III. Perda de qualquer das condições necessárias para o credenciamento; IV. Aplicação de penalidade, ou suspensão ou cancelamento (cabe recurso à CVM no prazo de 15 dias, com efeito suspensivo). Neste caso, a comunicação pela entidade credenciadora se dará no prazo de cinco dias úteis; V. Aplicação, pela CVM, das penalidades previstas na legislação. A suspensão do credenciamento deve ser comunicada à CVM pela entidade credenciadora e implica na suspensão automática do registro do agente autônomo de investimento. No caso de pedido formulado pelo próprio agente autônomo de investimento: • É necessário comprovação, pelo AAI, de que não está em atividade; • O cancelamento do credenciamento resulta no cancelamento automático do registro do agente autônomo de investimento pela CVM. Já nos casos em que a decisão de cancelamento do credenciamento partir da entidade credenciadora (devido a perda de qualquer das condições necessárias para o credenciamento): 14 14 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) • A entidade credenciadora deve solicitar manifestação prévia do agente autônomo de investi- mento, no prazo de 10 dias úteis, antes de decidir pelo cancelamento; • A decisão de cancelamento do credenciamento pela entidade credenciadora deve ser comunica- da de imediato ao agente autônomo de investimento, devendo a entidade credenciadora escla- recer os motivos que fundamentaram a sua decisão. 1.8 CONTRATO DE AGENCIAMENTO E REMUNERAÇÃO O AAI deve manter contrato escrito com a instituição ou ser sócio de pessoa jurídica que mantenha este contrato. A remuneração é pactuada entre as partes no contrato de prestação de serviços de cada AAI contratado. Geralmente, a comissão é um percentual sobre as receitas de investimentos realizados por meio de sua assessoria.1.9 PRÁTICAS VEDADAS Sobre o exercício do agente autônomo de investimentos, são práticas vedadas: I. A adoção de logotipos ou de sinais distintivos do próprio agente autônomo de investimento ou da pessoa jurídica de que ele seja sócio, desacompanhados da identifi cação da instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha ele sido contratado, com no mínimo igual destaque; II. A referência à relação com a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobi- liários por meio de expressões que difi cultem a compreensão da natureza do vínculo existente, como “parceira”, “associada” ou “afi liada”; III. Manutenção de contrato para prestação de serviços do AAI com mais de uma instituição inte- grante do sistema ou mais de um contrato com a própria instituição contratada; Para distribuição de cotas de fundos de investimento, ressalva a possibilidade de celebrar contrato com mais de uma instituição. IV. Receber ou entregar a clientes ou em nome deles, por qualquer razão, inclusive, a título de remuneração pela prestação de serviços, numerário, títulos ou valores mobiliários ou outros ati- vos; V. Ser procurador ou representante de clientes; VI. Contratar com clientes ou realizar, ainda que gratuito, serviços de administração de carteira, consultoria ou análise de valores mobiliários; VII. Atuar como preposto de instituição na qual não tenha contrato; VIII. Delegar a terceiros, total ou parcial, a execução dos serviços que constituem objeto do con- trato celebrado; IX. Usar senha/assinatura eletrônica exclusivo de clientes para transmissão de ordens; X. Confeccionar e enviar para os clientes extratos contendo informações sobre operações reali- zadas ou posições em aberto. 15 15MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) 1.10 OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO INTEGRANTE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO A instituição integrante do sistema de distribuição tem o dever de verifi car a regularidade do registro dos agentes autônomos de investimento por ela contratados e formalizar, por meio de contrato escri- to, a sua relação com tais agentes autônomos de investimento. Ainda sobre as suas obrigações, a instituição deve manter, enquanto vigorar o contrato do AAI e pelo prazo mínimo de cinco anos contados a partir de sua rescisão, ou por prazo superior por determinação expressa da CVM ou de entidade credenciadora, em caso de processo administrativo, todos os regis- tros, documentos e comunicações, internas e externas, inclusive eletrônicos, relacionados à contrata- ção e à prestação de serviços de cada agente autônomo por ela contratado. Incumbe à instituição verifi car a regularidade do registro dos agentes autônomos de investimento por ela contratados e formalizar, por meio de contrato escrito, a sua relação com tais agentes autônomos de investimento. Sempre que houver contratação, alteração ou rescisão de contrato, a instituição deve atualizar os registros no prazo de cinco dias úteis. A instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários responde, perante os clien- tes e perante quaisquer terceiros, pelos atos praticados por agente autônomo de investimento por ela contratado e deve: I. Estender aos AAI por ela contratados, diretamente ou por meio de pessoa jurídica, a aplicação das regras, procedimentos e controles internos por ela adotados; II. Fiscalizar as atividades dos agentes autônomos de investimento que atuarem em seu nome de modo a garantir o cumprimento de todas as regras e controles internos; III. Comunicar à CVM e às entidades autorreguladoras competentes tão logo tenha conhecimen- to, condutas dos agentes autônomos de investimento por ela contratados que possam confi gu- rar indício de infração às normas emitidas pela CVM; IV. Comunicar às entidades autorreguladoras competentes, tão logo tenha conhecimento, condutas dos agentes autônomos de investimento por ela contratados que possam confi gurar indício de infração a normas ou regulamentos por elas emitidos; V. Divulgar o conjunto de regras, bem como suas atualizações, em sua página na internet; VI. Nomear um diretor responsável pela implementação e cumprimento das normas estabeleci- das, bem como identifi cá-las e fornecer seus dados de contato em sua página na internet. 1.11 FISCALIZAÇÃO Incluem-se nos mecanismos de fi scalização: I. O acompanhamento das operações dos clientes, inclusive com a realização de contatos perió- dicos; 16 16 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) II. O acompanhamento das operações de titularidade dos AAIs, aos quais devem se aplicar as mesmas regras e procedimentos aplicáveis às pessoas vinculadas, na forma da regulamentação em vigor; III. A verifi cação de dados de sistemas que permitam identifi car a proveniência de ordens emi- tidas por meio eletrônico, indícios de utilização irregular de formas de acesso e administração irregular das carteiras dos clientes. 1.12 ENTIDADES CREDENCIADORAS A CVM pode autorizar o credenciamento de agentes autônomos de investimento por entidades cre- denciadoras que comprovem ter estrutura adequada e capacidade técnica para o cumprimento das obrigações previstas na Resolução 016/21. As entidades credenciadoras devem: I. Elaborar regulamento contendo os procedimentos a serem observados no pedido de conces- são, suspensão ou de cancelamento de credenciamento de agentes autônomos de investimento; II. Instituir um programa de educação continuada, com o objetivo de que os agentes autônomos de investimento por elas credenciados atualizem e aperfeiçoem periodicamente sua capacidade técnica; III. Manter em arquivo, nos termos do artigo 27 da Resolução 016/21, todos os documentos e registros, inclusive eletrônicos, que comprovem o atendimento das exigências contidas na Re- solução; IV. Manter atualizado o cadastro de todos os agentes autônomos de investimento por elas cre- denciados; V. Divulgar em sua página e na página da CVM na rede mundial de computadores: a) Lista dos agentes autônomos de investimento por elas credenciados, identifi cando as pessoas jurídicas constituídas na forma do artigo 2 da Resolução 016/21, de que eles sejam sócios, se for o caso; b) Lista das pessoas jurídicas constituídas na forma do artigo 2 da Resolução 016/21, iden- tifi cando cada um dos agentes autônomos que delas sejam sócios; c) Identifi car a instituição integrante do sistema de distribuição com que os agentes autô- nomos e as pessoas jurídicas mantenham contrato para a prestação de serviços relaciona- dos no § 1º do artigo 1 da Resolução 016/21. Conforme o artigo 26 da Resolução 016/21, as entidades credenciadoras, por meio de seu diretor res- ponsável, devem enviar à CVM: I. No prazo de cinco dias úteis, os dados cadastrais dos agentes autônomos de investimento e das pessoas jurídicas constituídas na forma do artigo 26 da Resolução 016/21 que: a) Obtiverem o seu credenciamento; b) Tiverem seu credenciamento suspenso ou cancelado a pedido, na forma dos artigos 10 ou 12 da Resolução 016/21; 17 17MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) c) Tiverem seu credenciamento cancelado nas hipóteses dos incisos II e III do artigo 11 da Resolução 016/21, sem a interposição de pedido de reconsideração por parte do agente autônomo de investimento; II. Imediatamente após o conhecimento de informação sobre indícios de ocorrência de infração grave às normas da Resolução 016/21, na forma do artigo 28; III. Até o dia 31 de janeiro de cada ano, relatório de prestação de contas das atividades realizadas pela entidade credenciadora para o cumprimento das obrigações estabelecidas na Resolução 016/21, indicando os principais responsáveis por cada uma delas; IV. Sempreque solicitado, quaisquer documentos e informações relacionados às suas ativida- des. Cabe à CVM aprovar previamente: I. O código de conduta profi ssional/regulamento e suas eventuais alterações; II. O conteúdo programático e a periodicidade dos exames aplicados pelas entidades credencia- doras, bem como quaisquer outros critérios ou procedimentos para o credenciamento de AAIs; III. O programa de educação continuada. O código de conduta profi ssional deve dispor, no mínimo, sobre: I. Direitos e deveres do AAI credenciado; II. Vedações, sem prejuízo daquelas previstas na Instrução CVM 497/2011; III. Situações de confl itos de interesses no exercício da atividade de AAI; IV. Dever de cumprir a Instrução CVM 497/2011 e demais normas emitidas pela CVM e pela enti- dade credenciadora; V. Punições cabíveis nas hipóteses de infrações ao código de conduta profi ssional, critérios para a aplicação das penas e mecanismos de publicidade. 1.13 QUESTÕES | MÓDULO 01 1. O agente autônomo de investimento (AAI), segundo a Instrução CVM 497, precisa ser ____________ de um intermediário para realizar a atividade de _______________________________________. a) Sócio / mediação de ativos fi nanceiros. b) Funcionário / transmissão das ordens para a ANCORD. c) Preposto / prospecção e captação de clientes. d) Representante / distribuição de ativos fi nanceiros. 2. O credenciamento para exercer a atividade de agente autônomo de investimento é feito pela ____________ e o seu registro é concedido pela ___________________. a) ANCORD / CVM. igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 18 18 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) b) CVM / ANCORD. c) Entidade autorizada / instituição contratante. d) Instituição contratante / entidade autorizada. 3. A suspensão ou cancelamento do credenciamento do AAI deve ser comunicado pela(o) _______ ___________________________, por meio de _________________________, à CVM no prazo de até ______________. a) Entidade credenciadora / diretor responsável / 5 dias úteis. b) Instituição integrante do sistema mobiliário / diretor responsável / 5 dias úteis. c) CVM / sistema de comunicação / 15 dias úteis. d) AAI / instituição integrante do sistema mobiliário / 10 dias úteis. 4. De acordo com a Instrução CVM 497, a atividade de agente autônomo de investimento somente pode ser exercida por pessoa natural que: I. Mantenha contrato escrito com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários para a prestação dos serviços relacionados no art. 1º; da Instrução CVM 497; II. Seja sócio de pessoa jurídica, constituída de acordo com o art. 2º da Instrução CVM 497, que mante- nha contrato escrito com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários para prestação dos serviços relacionados no art. 1º da referida Instrução; III. Mantenha contrato com a CVM, de acordo com a Instrução 497 da CVM. Está correto o que se afi rma nas alternativas: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. 5. É vedado ao AAI celebrar contrato com instituição diferente daquela com a qual sua fir- ma individual ou sociedade da qual faz parte já mantiver contrato. Porém, para a atividade de _____________________________, é ressalva a possibilidade de celebrar contrato com mais de uma instituição, conforme estabelecido na Instrução CVM n.º 497/2011. a) Distribuição de cotas de fundos de investimento. b) Distribuição de cotas de clubes de investimento. c) Distribuição de subscrição de ações. d) Distribuição de valores mobiliários no mercado futuro. igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 19 19MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) 6. É atividade do agente autônomo de investimento: a) Prestar consultoria para investidores interessados em fazer aplicações. b) Prospectar e captar clientes. c) Comprar ou vender valores mobiliários por conta dos investidores. d) Elaborar relatórios de análise destinados à publicação. 7. O AAI deve agir com probidade, _______________ e _______________, empregado no exercício da atividade todo o _______________ e a _______________ esperados de um profi ssional em sua posição, em relação aos clientes e à instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. a) Boa-fé / ética profi ssional / cuidado / diligência. b) Boa-fé / ética profi ssional / potencial / capacidade. c) Percepção / tolerância / potencial / capacidade. d) Ética profi ssional / capacidade / cuidado / diligência. 8. São atividades do agente autônomo de investimento, exceto: a) Prospecção e captação de clientes. b) Recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de negociação ou de registro cabíveis, na forma da regulamentação em vigor. c) Prestação de informações sobre métodos oferecidos e sobre os serviços prestados pela CVM. d) Prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. 9. Uma sociedade de AAI é formada por Patrick, Valéria e Tadeu. A distribuidora XYZ tem duas vagas, uma para agente autônomo de investimento (pessoa jurídica) e outra para analista. Para trabalhar nesta distribuidora, veja o que fi zeram cada um dos agentes autônomos de investimento: Valéria - Formalizou sua saída da sociedade, se constituiu como pessoa jurídica, não pediu o cancela- mento do seu credenciamento junto à entidade credenciadora e pleiteou a vaga de AAI; Patrick - Formalizou sua saída da sociedade, se manteve AAI como pessoa natural, pediu o cancelamento do seu credenciamento na ANCORD e pleiteou a vaga de analista; Tadeu - Não formalizou sua saída da sociedade, pediu o cancelamento do seu credenciamento na CVM e pleiteou a vaga de analista. Com base nas informações passadas, quem foram os contratados pela distribuidora XYZ? igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 20 20 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) a) Valéria e Tadeu. b) Somente Valéria. c) Tadeu e Patrick. d) Valéria e Patrick. 10. O agente autônomo de investimento deve: a) Zelar pela regulação vigente, não devendo se preocupar com regras internas da instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. b) Zelar pela regulação da instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, não devendo se importar com outras regulações complementares. c) Zelar pela regulação vigente e pelas regras internas da instituição integrante do sistema de distribui- ção de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. d) Nunca oferecer livre acesso às informações que por ele transitarem, a menos que sejam para casos de estudo. 11. A atividade de prestação de informações pelo AAI deve estar sujeita às mesmas regras estabelecidas para os demais profi ssionais que atuam na instituição integrante do sistema de distribuição pela qual: a) Seja afi liado. b) Tenha parceria. c) Seja associado. d) Tenha sido contratado. 12. Os materiais usados pelo AAI no exercício de suas atividades devem ser prévia e expressamente aprovados pela: a) B3. b) CVM. c) Entidade credenciadora. d) Instituição integrante do sistema de distribuição que o contratou. 13. É vedado ao agente autônomo de investimento com relação à instituição com a qual mantenha contrato: a) Obter, em caso de reclamação contra si, cópia integral das gravações de suas conversas com clientes. b) Receber informações necessárias ao desempenho de suas atividades. c) Celebrar contrato com outra instituição. igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 21 21MÓDULO 01| ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) d) Ser remunerado nas bases pactuadas em contrato pelos serviços que prestar. 14. Uma sociedade de AAI, com o objetivo de aumentar a oferta de serviços prestados aos clientes, decidiu incorporar ao quadro societário um consultor de valores mobiliários. Sobre essa estratégia, é correto afi rmar que: a) A sociedade deve adotar essa estratégia, pois assim prestará dois tipos distintos de serviços. b) A sociedade não deve adotar essa estratégia, a menos que incorpore outros consultores (apenas um é insufi ciente). c) A sociedade não pode adotar essa estratégia porque a legislação não permite. d) A sociedade pode adotar essa estratégia porque a legislação permite. 15. Qual é o prazo mínimo para que o agente autônomo de investimento solicite à CVM uma nova sus- pensão do contrato de distribuição? a) Seis meses a partir da data da última concessão. b) Um ano a partir da data da última concessão. c) Três anos a partir da data da última concessão. d) Três meses a partir da data da última concessão. 16. Como é a remuneração de um AAI? a) A instituição contratante determina o percentual sobre o lucro das ordens repassadas. b) O AAI tem o seu percentual preestabelecido pela CVM. c) O percentual pactuado entre o AAI e a instituição contratante é calculado sobre as receitas de ope- rações por ele intermediadas. d) A CVM determina que deve ser equivalente a no mínimo 3% sobre os serviços prestados pelo agente autônomo de investimento. 17. José é AAI. A pedido de seu cliente, enviou um arquivo criado por ele com informações sobre as operações realizadas. Nessa situação o AAI: a) Agiu corretamente, pois apenas enviou o arquivo por ser um pedido de seu cliente. b) Fez algo que é vedado por lei e por isso agiu errado. c) Antes de enviar o arquivo, deveria ter pedido autorização junto à instituição contratante. d) Está certo, o AAI pode enviar esse arquivo mesmo que o cliente não solicite. 18. O que é vedado ao agente autônomo de investimento? igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 22 22 MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) MÓDULO 01 | ATIVIDADES DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO (AAI) a) Receber de clientes ou em nome de clientes, ou a eles entregar, por qualquer razão e inclusive a título de remuneração pela prestação de quaisquer serviços, numerário, títulos ou valores mobiliários ou outros ativos. b) Prospectar e captar clientes. c) Ser preposto da instituição contratante. d) Concluir o Ensino Fundamental. 19. Quando o agente autônomo de investimento obtiver o seu credenciamento, ou for suspenso, ou tiver o seu credenciamento cancelado, a entidade credenciadora, por meio de seu diretor responsável, deve enviar os dados cadastrais do AAI para a CVM em até quando dias? a) Cinco dias corridos. b) Cinco dias úteis. c) Trinta dias úteis. d) Trinta dias corridos. 20. Pode ser feito para fi ns de fi scalização, exceto: a) O acompanhamento das operações dos clientes, inclusive com a realização de contatos periódicos. b) O acompanhamento das operações de titularidade dos agentes autônomos de investimento, aos quais devem se aplicar as mesmas regras e procedimentos aplicáveis às pessoas vinculadas, na forma da regulamentação em vigor. c) A verifi cação de dados de sistemas que permitam identifi car a proveniência de ordens emitidas por meio eletrônico, indícios de utilização irregular de formas de acesso e administração irregular das car- teiras dos clientes. d) Solicitação de histórico de e-mail pessoal e telefone particular, uma vez que constatado que foi para uso inapropriado do relacionamento entre profi ssional e AAI. 21. Cabe a CVM aprovar previamente, exceto: a) O código de conduta profi ssional e suas eventuais alterações. b) O conteúdo programático e a periodicidade dos exames aplicados pelas entidades credenciadoras, bem como quaisquer outros critérios ou procedimentos para o credenciamento de agentes autônomos de investimento. c) O programa de educação continuada. d) O percentual pactuado entre o agente autônomo de investimento e a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários. igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 23 23MÓDULO 02 | CÓDIGO DE CONDUTA DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO MÓDULO 02 | CÓDIGO DE CONDUTA DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO MÓDULO 02 | CÓDIGO DE CONDUTA DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO Atenção! O Módulo 02 | Código de conduta do agente autônomo de investimento foi desativado pela ANCORD em 2020, conforme disposto no artigo 7 da Instrução CVM 610. Sendo assim, as questões referentes a este módulo foram realocadas para o Módulo 01 | Atividades do agente autônomo de investimento (AAI). MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 3.1 CONCEITO O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou fi nancei- ras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que abrange, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo que requer: • O afastamento dos fundos de sua origem, impedindo uma ligação direta com o crime; • O disfarce de suas diversas movimentações de modo a difi cultar o rastreamento desses recursos; • O retorno do dinheiro aos criminosos, após ele ter sido satisfatoriamente movimentado no ciclo de lavagem a ponto de ser considerado limpo. _ Fonte: “Prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao fi nanciamento do terrorismo”, Secretaria Espe- cial de Tesouro e Orçamento. Fases da lavagem de dinheiro Fase 1 - Colocação: • Colocação do dinheiro no sistema fi nanceiro, objetivando ocultar a origem por meio de depósi- tos, compra de instrumentos negociáveis ou bens; • Uso de técnicas como fracionamento dos valores, com o objetivo de fazer com que o dinheiro em espécie seja transformado em outra forma de valor. Fase 2 - Ocultação: • Transferência dos ativos para contas anônimas ou “fantasmas” ou conta bancária em países am- parados por lei de sigilo bancário; igor1 Realce igor1 Realce 24 24 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO • Tentativa de criar obstáculos para o descobrimento da origem ilícita do capital, com o objetivo de dissociar os recursos de sua origem criminosa, criando uma rede complexa de transações fi nanceiras e comerciais; • Instrumentos utilizados: transferências eletrônicas de capital, movimentando o dinheiro dentro e fora de contas bancárias; off shore abertas em nome de empresas de fachadas em paraísos fi s- cais e operações com ações; títulos fi nanceiros que, pelo elevado volume global de transações diárias e o alto grau de anonimato, reduzem as chances de localização. Fase 3 - Integração: • Fase em que o dinheiro é defi nitivamente integrado ao sistema fi nanceiro e assimilado com to- dos os outros ativos existentes; • Nesta fase, não se pode dizer que há “lavagem de capital”, haja vista possuir uma máscara de licitude; • A integração objetiva dar ao dinheiro sujo aparência de limpo, pois após o processo se torna le- gítimo e é incorporado em transações legais. Lei 9.613/98 A Lei 9.613/98 dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, e: • Preserva o Sistema Financeiro Nacional (SFN) contra os crimes envolvendo lavagem de dinheiro; • Criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão governamental cujo obje- tivo é fi scalizar as atividades fi nanceiras sujeitas à lavagem de dinheiro; • Dispõe sobre os procedimentos processuais no tocante ao julgamento dos crimes envolvendo lavagemde dinheiro. De acordo o artigo 1 da Lei 9.613/98, é considerado crime de lavagem de dinheiro quando se oculta ou dissimula a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. ✓ Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) O COAF é uma Unidade de Inteligência Financeira (UIF) que atua no combate à lavagem de dinheiro e ao fi nanciamento do terrorismo com jurisdição em todo o território nacional. O conselho é composto por servidores públicos competentes e de reputação ilibada. São competências do COAF: • Disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identifi car as ocorrências suspei- tas de atividades ilícitas, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades; • Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e efi cientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores; • Comunicar às autoridades competentes quando da existência de crime. igor1 Realce 25 25MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 3.2 RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS AUTORIZADAS A FUNCIONAR PELO BACEN E PELA CVM • Manter registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliá- rios ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar o limite fi xado pela autoridade competente. • Atender às requisições formuladas pela UIF, preservando o sigilo das informações prestadas. • Promover treinamento para seus empregados. • Identifi car pessoas expostas politicamente (PEP) e supervisionar a relação mantida com elas. • Adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de operações. • Efetuar o registro quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fi xado. As instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen e pela CVM devem comunicar ao COAF: I. As operações de depósito, ou aporte em espécie, ou saque em espécie de valor igual ou supe- rior a R$ 50 mil; II. As operações relativas a pagamentos, recebimentos e transferências de recursos, por meio de qualquer instrumento, contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$ 50 mil; III. A solicitação de provisionamento de saques em espécie de valor igual ou superior a R$ 50 mil de que trata o artigo 36 da Circular n.° 3.978, publicada em janeiro de 2020. Toda transação fi nanceira liquidada em espécie acima de R$ 2 mil deve ser registrada em controle interno com CPF do portador. Transações suspeitas devem ser encaminhadas ao COAF no prazo de 24 horas, a contar da conclusão da operação ou da proposta de operação. Os cadastros e registros das operações devem ser arquivador por 10 anos pelas instituições fi nanceiras. Importante As comunicações de boa-fé não acarretarão responsabilidade para o comunicante. Trans- ferências internacionais e os saques em espécie deverão ser previamente comunicados à instituição fi nanceira, nos termos, limites, prazos e condições fi xados pelo Bacen. Fonte: Bacen | Prevenção à lavagem de dinheiro e ao fi nanciamento do terrorismo. igor1 Realce 26 26 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 3.3 AÇÕES PREVENTIVAS São ações preventivas à lavagem de dinheiro: • Conhecer adequadamente as atividades do cliente (Know Your Customer1); • Conhecer os funcionários; • Conhecer as leis específi cas antilavagem de dinheiro; • Identifi car e manter os cadastros dos clientes atualizados; • Evitar operações de qualquer tipo com recebimentos em dinheiro (dar preferência a recebimen- tos que transitem pelo sistema bancário); • Evitar a realização de operação comercial ou fi nanceira por conta de terceiros; • Evitar operações com pessoas ou entidades que não possam comprovar a origem do dinheiro envolvido; • Evitar operações que envolvam quantias elevadas que não tenham uma origem bem defi nida e um sentido econômico, comercial e fi nanceiro sólido; • Evitar operações fi nanceiras internacionais complexas, que envolvam muitas movimentações de dinheiro em países e bancos diferentes; • Fazer treinamento e capacitação para fi ns de Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo (PLD-FT) junto a colaboradores, parceiros, terceiros e prestadores de serviços relevantes, conforme aplicável; • Prever na PLD-FT quem são os responsáveis (áreas sensíveis) por coletar 27 27MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO • e atualizar as informações necessárias à identifi cação de clientes e pela verifi cação, independen- te da consistência das informações prestadas; • Estabelecer um sistema de relatórios internos periódicos, de monitoramento e de auditorias in- ternas periódicas e independentes para verifi car a aplicação dos princípios determinados e iden- tifi car áreas de risco ou vulnerabilidade. 3.4 CADASTROS DE CLIENTES: INFORMAÇÕES E ATUALIZAÇÕES CADASTRAIS • Faça o seu cadastro e o mantenha atualizado no órgão regulador ou fi scalizador e, na falta deste, na COAF, na forma e condições por eles estabelecidas. • Identifi que os clientes, mantenha e atualize, em até 24 meses, seus cadastros. • Identifi que os sócios ou representantes, em caso de cadastro de pessoa jurídica. • Conserve os cadastros e registros referidos durante o período mínimo de 5 (cinco) anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação. O cadastro de clientes deve conter, no mínimo: • Pessoa natural: nome, sexo, data de nascimento, naturalidade, nacionalidade, estado civil, fi - liação, número de documento, endereço, ocupação, informações sobre rendimentos, situação patrimonial e perfi l de riscos, cópia da identidade, CPF e comprovante de residência; • Pessoa jurídica: razão social, nomes dos controladores, administradores e procuradores, CNPJ, endereço, telefone, faturamento, atividade, entre outras informações e documentos (incluindo a cópias de todos os documentos citados no cadastro). 3.5 PESSOA EXPOSTA POLITICAMENTE (PEP) É considerada pessoa exposta politicamente quem desempenha ou desempenhou, nos últimos cinco anos (contados retroativamente a partir da data de início da relação de negócios com o AAI ou data que o cliente passou a se enquadrar como PEP), cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em outros países, e seus representantes, familiares (na linha direta até o segundo grau - o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada) e pessoas de relacionamento próximo. Veja a seguir, na íntegra, o trecho da Circular n.° 3.978 que trata da qualifi cação como PEP. Seção VII Da Qualifi cação como Pessoa Exposta Politicamente Art. 27. As instituições mencionadas no art. 1º devem implementar procedimen- tos que permitam qualifi car seus clientes como pessoa exposta politicamente. § 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente: I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União; igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 28 28 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de: a) Ministro de Estado ou equiparado; b) Natureza Especial ou equivalente; c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de entidades da admi- nistração pública indireta; e d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou equivalente; III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regio- nais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Ge- ral da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-Geral e os Subpro- curadores-Gerais do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União; VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos po- líticos; VII - os Governadores e os Secretários de Estado e do Distrito Federal, os Depu- tados Estaduais e Distritais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração pública indireta estadual e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribunais Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do Distrito Federal; e VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração pública indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equivalentes dos Municípios. § 2º São também consideradas expostas politicamente as pessoas que, no exterior, sejam: I - chefes de estado ou de governo; II - políticos de escalões superiores; III - ocupantes de cargos governamentais de escalões superiores; IV - ofi ciais-generais e membros de escalões superiores do Poder Judiciário; V - executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou VI - dirigentes de partidos políticos. § 3º São também consideradas pessoas expostas politicamente os dirigentes de escalões superiores de entidades de direito internacional público ou privado. § 4º No caso de clientes residentes no exterior, para fi ns do disposto no caput, as instituições mencionadas no art. 1º devem adotar pelo menos duas das seguintes 29 29MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO providências: I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua qualifi cação; II - recorrer a informações públicas disponíveis; e III - consultar bases de dados públicas ou privadas sobre pessoas expostas po- liticamente. 3.6 ACOMPANHAMENTO DAS OPERAÇÕES As seguintes operações, por constituir sérios indícios de lavagem de dinheiro, devem ter atenção espe- cial por parte das instituições fi nanceiras: • Valores incompatíveis com a ocupação profi ssional, os rendimentos e situação patrimonial/fi - nanceira de qualquer das partes envolvidas; • Operações realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mesmas partes, nas quais haja ganhos ou perdas no que se refere a algum dos envolvidos; • Operações que evidenciem oscilação signifi cativa em relação ao volume e/ou frequência de ne- gócios de qualquer das partes envolvidas; • Operações com características que possam constituir artifício para burla da identifi cação dos efetivos envolvidos e/ou benefi ciários respectivos; • Operações com características e/ou desdobramentos que evidenciem atuação, de forma contu- maz, em nome de terceiros; • Operações que evidenciem mudança repentina e injustifi cada relativamente às modalidades operacionais usualmente utilizadas pelo(s) envolvido(s); • Aumento substancial no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de um curto período, a destino anteriormente não relacionado com o cliente; • Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por de grande valor, ou proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa; • Compras de cheques de viagem, cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros ins- trumentos em grande quantidade, isoladamente ou em conjunto, sem evidências de propósito claro; • Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; • Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia signifi cativa; • Abertura de conta em agência bancária localizada em aeroporto, rodoviária ou porto interna- cional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais; • Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade fi nanceira do usuário. As instituições fi nanceiras também devem monitorar continuamente as seguintes operações: 30 30 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO • Operações com a participação de pessoas naturais residentes ou entidades constituídas em paí- ses que não aplicam ou aplicam insufi cientemente as recomendações do Grupo de Ação Finan- ceira Internacional (GAFI); • Depósitos ou transferências realizadas por terceiros, para a liquidação de operações de cliente, ou para prestação de garantia em operações nos mercados de liquidação futura; • Pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta de liquidação de operações ou resgates de valores depositados em garantia, registrados em nome do cliente; • Situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus clien- tes; Situações em que não seja possível identifi car o benefi ciário fi nal. 3.7 DAS PENALIDADES Para tornar mais efi ciente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro, foi sancionada a Lei n.º 12.683, em 09 de julho de 2012, alterando a Lei n.º 9.613 no que se dispõe às penalidades. Às pessoas referidas no artigo 9 da Lei nº 9.613, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos artigos 10 e 11 da referida Lei, serão aplicadas as seguintes sanções: • Advertência; • Multa variável não superior: - Ao dobro do valor da operação; - Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; - Ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); • Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador; • Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamen- to; • Reclusão de 3 a 10 anos e multa; - A pena poderá ser aumentada de 1/3 a 2/3 se os crimes forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa; - A pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3 e cumprida em regime semiaberto, deixar de ser aplicada ou substituída por pena restritiva de direitos, se o autor ou coautor colaborar espontaneamente com as autoridades. A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas artigo 9 da Lei nº 9.613, por culpa ou dolo: • Deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo assinalado pela autorida- de competente; • Deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos termos do inciso V do artigo 10 da Lei nº 9.613; igor1 Realce igor1 Realce 31 31MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO • Descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se refere o artigo 11 da Lei nº 9.613. A inabilitação temporária será aplicada quando forem verifi cadas infrações graves quanto ao cum- primento das obrigações ou ocorrer reincidência específi ca, caracterizada em transgressões anterior- mente punidas com multa. A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específi ca de infrações anterior- mente punidas com a pena prevista no inciso III do artigo 12 da Lei nº 9.613 (“inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador”). Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores pro- venientes de infração penal: I. Os converte em ativos lícitos; II. Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movi- menta ou transfere; III. Importa ou exporta bens com valores não correspondentesaos verdadeiros. Segundo o item § 2o do artigo 1 da Lei nº 9.613, incorre, ainda, na mesma pena quem: I. Utiliza, na atividade econômica ou fi nanceira, bens, direitos ou valores provenientes de infra- ção penal; II. Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade princi- pal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos na referida Lei. São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal: • Quando acontece uma condenação por crime de lavagem de dinheiro, a perda dos bens, direitos e valores objeto do crime, são em favor da União (e dos estados, nos casos de competência da Justiça Estadual) ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; • Interdição, pelo dobro da pena privativa de liberdade aplicada, do cargo ou função pública e das funções em pessoas jurídicas sob disciplina da CVM. 32 32 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 3.8 QUESTÕES | MÓDULO 03 1. Podemos dizer que o conceito de lavagem de dinheiro é: a) Igual ao caixa dois de uma empresa. b) Legitimar a origem dos recursos provenientes de atividade criminosa. c) Sonegar impostos. d) Nenhuma das alternativas está correta. 2. Trata-se de requisito que caracteriza a lavagem de dinheiro: a) O afastamento dos fundos de sua origem, impedindo uma ligação direta com o crime. b) Fraudar uma empresa governamental e depositar o dinheiro na conta de um familiar. c) Aceitar suborno e depositar na conta de um familiar. d) Se apropriar de um recurso. 3. Dentre as alternativas a seguir, qual(is) caracteriza(m) o crime de lavagem de dinheiro? I. Depositar um cheque fraudado em sua conta. II. Disfarce de diversas movimentações de modo a difi cultar o rastreamento dos recursos. III. Retorno do dinheiro aos criminosos após ele ter sido satisfatoriamente movimentado no ciclo de lavagem, a ponto de poder ser considerado limpo. a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) Todas as alternativas estão corretas. 4. Em um processo de lavagem de dinheiro, em qual fase o dinheiro retorna para a economia? a) Colocação. b) Ocultação. c) Integração. d) Reintegração. 5. Segundo a política de conheça seu cliente (KYC) e de prevenção à lavagem de dinheiro e ao fi nan- ciamento do terrorismo, a instituição fi nanceira deve manter em seus registros as movimentações do cliente por no mínimo: igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 33 33MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO a) 5 anos, a contar do primeiro dia do ano seguinte ao encerramento da conta ou do término da operação. b) 10 anos, a contar do primeiro dia do ano seguinte ao encerramento da conta ou do término da ope- ração. c) 10 anos, a contar da data da abertura da conta ou do início das operações do cliente. d) 5 anos, a contar da data da abertura da conta ou do início das operações do cliente 6. É um ato de precaução do gerente quanto à lavagem de dinheiro: a) Ligar para dar boas-vindas ao cliente pela abertura da conta. b) Conhecer adequadamente o cliente. c) Almoçar com o cliente. d) Atender o cliente no instante em que ele ligar. 7. Uma das formas de prevenir a lavagem de dinheiro é: a) Efetuar o cadastro de clientes. b) Ligar para clientes e convidá-los para almoçar. c) Conceder empréstimos aos clientes. d) Consultar antecedentes criminais. 8. São dados solicitados no processo de Know Your Client (KYC), exceto: a) Dados documentais (RG, CPF, endereço). b) Renda e patrimônio. c) Carteira de produtos em outra(s) instituição(ões). d) Profi ssão (pessoa física). 9. No mercado fi nanceiro, a sigla KYC se refere à: a) Conhecer o perfi l de investidor do cliente. b) Aprovação de cheque especial. c) Oferecer produtos. d) Conhecer o cliente para avaliar e indicar riscos de cada pessoa, com foco na prevenção à lavagem de dinheiro. 10. As instituições fi nanceiras devem atualizar os cadastros de seus clientes e manter os registros refe- ridos nos seguintes prazos, respectivamente: igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 34 34 MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO a) 12 meses / cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da operação. b) 24 meses / cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da operação. c) 12 meses / três anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da operação. d) 24 meses / três anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da operação. 11. São consideradas medidas de prevenção à lavagem de dinheiro: I. Efetuar o cadastro do cliente; II. Controlar e monitorar as movimentações da conta por dois anos; III. Manter os registros das movimentações da conta pelo período de cinco anos. Está correto o que se afi rma em qual(is) alternativa(s)? a) I. b) II e III. c) I e III. d) Todas as alternativas estão corretas. 12. São pessoas expostas politicamente (PEP), exceto: a) Presidente de sindicato de classe. b) Presidente. c) Governador. d) Prefeitos de capitais. 13. Sobre a política, procedimentos e controles internos a serem adotados visando à prevenção da lavagem de dinheiro, é correto afi rmar: a) O período para execução dos procedimentos de monitoramento e de seleção das operações e situa- ções suspeitas não pode exceder o prazo de 90 dias, mas para isso é necessário o preenchimento dos dados com base na declaração de origem de renda do cliente. b) O período para a execução dos procedimentos de monitoramento e de seleção das operações e situações suspeitas não pode exceder o prazo de 45 dias, contados a partir da data de ocorrência da operação ou da situação. c) Para a execução dos procedimentos de monitoramento, o diretor responsável para estabelecimentos das normas deve, no intervalo de 45 dias, assinar o documento comprovando sua idoneidade anexando sua movimentação fi nanceira, tais como documentos que comprovem moradia fi xa. d) O COAF tem o prazo de 90 dias para emitir uma circular assegurando o sistema de monitoração com informações detalhadas a respeito da qualidade, identidade e suspeita do cliente informado. igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce igor1 Realce 35 35MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO MÓDULO 03 | PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 14. Quando acontece uma condenação por crime de lavagem de dinheiro, a perda dos bens, direitos e valores objeto do crime são em favor: a) Das capitais de cada estado. b) Dos estados. c) Da União. d) Do município. 15. Qual o valor máximo da multa aplicada a pessoas físicas e jurídicas que descumprirem as obrigações previstas na legislação que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores? a) R$ 20.000.000,00. b) R$ 200.000,00. c) R$ 2.000.000,00. d) R$ 1.200.000,00. igor1 Realce igor1 Realce 36 36 MÓDULO 04 | ECONOMIA MÓDULO 04 | ECONOMIA MÓDULO 04 | ECONOMIA 4.1 NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA Economia Estudo da alocação de recursos produtivos limitados para satisfação de necessidades ili- mitadas. Liquidez Indica a facilidade com que um ativo pode ser convertido em moeda de maneira rápida e pelo preço justo. Oferta Representa a quantidade de um bem ou serviço que as empresas estão dispostas a produ- zir e vender. Demanda Quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em um deter- minado período. Infl ação Emissão desordenada de papel-moeda, sem lastro correspondente, que provoca a redu- ção do valor real dessa moeda e elevação persistente de preços. Gera diminuição do poder aquisitivo da moeda e do consumidor. Funções da moeda Meio de troca: antigamente, para comprar ou vender determinado objeto, era necessário ter algum bem de valor para trocá-lo pelo bem necessitado. Por exemplo, para comprar arroz, o consumidor
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