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0 | P á g i n a 1. A ATIVIDADE DO AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTO 1 | P á g i n a Sumário Referência - Prova ................................................................................................................................. 2 1.1 A Atividade do AAI conforme as instruções CVM nº 497/2011, nº 515/2011 e nº 610/2019 ....... 3 Deveres e Responsabilidades............................................................................................................ 3 Credenciamento e registro ............................................................................................................... 5 Suspenção ou cancelamento do registro .......................................................................................... 6 Exercícios das atividades ................................................................................................................... 7 Materiais utilizados pelo AAI ............................................................................................................ 7 Vedações ao AAI ............................................................................................................................... 8 Penalidades (Capítulo VII) ................................................................................................................. 9 1.2 Diferenciação da Atividade de AAI das atividades de administração, análise e consultoria de valores mobiliários .............................................................................................................................. 10 A atividade de Analista de Valores Mobiliários (Instrução CVM 598/2018) ................................... 10 Administração de Carteira de Valores Mobiliários ............................................................. 11 Consultoria de Valores Mobiliários ..................................................................................... 12 2 | P á g i n a Referência - Prova 12 questões - Correspondem a 15,00% do total da prova - Quantidade mínima exigida de acertos: 6 questões 1. A atividade do Agente Autônomo de Investimento conforme Instruções CVM nº 497/2011, nº 515/2011 e nº 610/2019 2. Diferenciação da Atividade de Agente Autônomo das atividades de administração análise e consultoria de valores mobiliários 3. Concessão da autorização para exercício da atividade 4. Suspensão e Cancelamento da Autorização para Exercício da Atividade 5. O Contrato de Agenciamento e Remuneração 6. Práticas Vedadas 7. Penalidades e Cominatória 3 | P á g i n a 1.1 A Atividade do AAI conforme as instruções CVM nº 497/2011, nº 515/2011 e nº 610/2019 O Agente Autônomo de Investimentos é a pessoa natural que atua na: • prospecção e captação de clientes; • recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de negociação ou de registro cabíveis; e • prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. Esse profissional pode atuar diretamente como pessoa natural, mas, também, por meio de uma sociedade constituída com esse fim exclusivo, e deve exercer suas atividades sempre através de uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, em nome da qual atua como preposto. Deveres e Responsabilidades Os principais deveres, responsabilidades e atribuições dos agentes autônomos de investimento podem ser vistos na Instrução CVM 497. No que tange à referida Instrução, destacam-se as seguintes regras: • exclusividade de atuação do profissional com apenas um intermediário, ressalvada a exceção relativa à distribuição de cotas de fundos de investimento (art. 13, inciso I, combinado com os §§ 2º e 3º); Art. 13. É vedado ao agente autônomo de investimento ou à pessoa jurídica constituída na forma do art. 2º: I - manter contrato para a prestação dos serviços relacionados no art. 1º com mais de uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários; II - receber de clientes ou em nome de clientes, ou a eles entregar, por qualquer razão e inclusive a título de remuneração pela prestação de quaisquer serviços, numerário, títulos ou valores mobiliários ou outros ativos; III - ser procurador ou representante de clientes perante instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, para quaisquer fins; IV - contratar com clientes ou realizar, ainda que a título gratuito, serviços de administração de carteira de valores mobiliários, consultoria ou análise de valores mobiliários; V - atuar como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários com a qual não tenha contrato para a prestação dos serviços relacionados no art. 1º; VI - delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que constituam objeto do contrato celebrado com a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado; 4 | P á g i n a • transparência no propósito de atuação e na condição de relacionamento com os investidores e o intermediário contratante (art. 11 e § 1º); • vedações no exercício de outras atividades que ofereçam conflitos de interesse (art. 13, § 1°); § 1º Para exercer as atividades de administração de carteira, de consultoria ou de análise de valores mobiliários, o agente autônomo de investimento que seja registrado pela CVM para o exercício daquelas atividades na forma da regulamentação em vigor deve requerer o cancelamento de seu credenciamento como agente autônomo de investimento junto à entidade credenciadora. • no tocante à delegação a terceiros, total ou parcial, da execução dos serviços que constituam objeto do contrato celebrado com a instituição (art. 13, inciso VI), e, Art. 11. Os materiais utilizados pelo agente autônomo de investimento no exercício das atividades previstas nessa Instrução devem: I - estar em consonância com o disposto no art. 10 desta Instrução; II - ser prévia e expressamente aprovados pela instituição integrante do sistema de distribuição pela qual o agente autônomo de investimento tenha sido contratado; III - fazer referência expressa a tal instituição, como contratante, identificando o agente autônomo como contratado, e apresentar os dados de contato da ouvidoria da instituição; e IV - no caso das pessoas jurídicas constituídas nos termos do art. 2º, identificar cada um dos agentes autônomos dela integrantes. § 1º São vedadas: I - a adoção de logotipos ou de sinais distintivos do próprio agente autônomo de investimento ou da pessoa jurídica de que ele seja sócio, desacompanhados da identificação da instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha ele sido contratado, com no mínimo igual destaque; e II - a referência à relação com a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários por meio de expressões que dificultem a compreensão da natureza do vínculo existente, como “parceira”, “associada” ou “afiliada”. VII - usar senhas ou assinaturas eletrônicas de uso exclusivo do cliente para transmissão de ordens por meio de sistema eletrônico; e VIII - confeccionar e enviar para os clientes extratos contendo informações sobre as operações realizadas ou posições em aberto. § 2º O disposto no inciso I não se aplica à atividade de distribuição de cotas de fundos de investimento por agentes autônomos. 5 | P á g i n a especialmente, a obrigatoriedade da submissão do agente autônomo de investimento às regras impostas por entidade credenciadora autorizada pela CVM (art. 18). Credenciamento e registro O registro para o exercício da atividade de agente autônomo deinvestimento será concedido automaticamente pela CVM à pessoa natural e à pessoa jurídica credenciadas na forma da Instrução. O registro do agente autônomo de investimento e da pessoa jurídica constituída conforme legislação é comprovado pela inscrição do seu nome na relação de agentes autônomos de investimento constante da página da CVM na rede mundial de computadores. O credenciamento de agentes autônomos de investimento e das pessoas jurídicas por eles constituídas é feito por entidades credenciadoras autorizadas pela CVM. O credenciamento deve ser concedido pela entidade credenciadora ao agente autônomo de investimento (pessoa natural) que atenda os seguintes requisitos mínimos: i. ter concluído o ensino médio no País ou equivalente no exterior; ii. ter sido aprovado em exames de qualificação técnica e ética definidos pela CVM. iii.Revogado (por isso, o Módulo II não é mais cobrado no exame de certificação). iv.não estar inabilitado ou suspenso para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pela CVM, pelo Banco Central do Brasil, pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ou pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC; v. não haver sido condenado por crime falimentar, de prevaricação, suborno, concussão, peculato, “lavagem” de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, contra a economia popular, a ordem econômica, as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade pública, o sistema financeiro nacional, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, por decisão transitada em julgado, ressalvada a hipótese de reabilitação; e vi.não estar impedido de administrar seus bens ou deles dispor em razão de decisão judicial. 6 | P á g i n a O credenciamento para pessoa jurídica deve ser realizado, desde que atendidos os seguintes quesitos: i. tenham sede no país; ii. sejam constituídas como sociedades simples, adotando qualquer das formas permitidas para tal, na forma da legislação em vigor; e iii.tenham, como objeto social exclusivo, o exercício da atividade de agente autônomo de investimento, sendo vedada a participação em outras sociedades. § 1º Da denominação da pessoa jurídica, assim como dos nomes de fantasia eventualmente utilizados, deve constar a expressão “Agente Autônomo de Investimento”, sendo vedada a utilização de siglas e de palavras ou expressões que induzam o investidor a erro quanto ao objeto da sociedade; § 2º A pessoa jurídica deve ter como sócios unicamente pessoas naturais que sejam agentes autônomos, aos quais será atribuído, com exclusividade, o exercício das atividades referidas; § 3º Sem prejuízo das responsabilidades decorrentes de sua conduta individual, todos os sócios são responsáveis, perante a CVM, perante a entidade credenciadora e perante as entidades autorreguladoras competentes pelas atividades da sociedade. § 4º Um mesmo agente autônomo de investimento não pode ser sócio de mais de uma pessoa jurídica. Suspenção ou cancelamento do registro De acordo com o artigo 9º, a entidade credenciadora deve cancelar o credenciamento do agente autônomo de investimento nos casos de: a. Pedido formulado pelo próprio AAI; b. Identificação de vícios ou falhar no processo de credenciamento; c. Perda de qualquer das condições necessárias para o credenciamento; d. Descumprimento das condições estabelecidas no programa de educação continuada; e. Aplicação, pela CVM, das penalidades previstas na Lei 6.385/76. O cancelamento do credenciamento, quando solicitado pelo AAI, depende de comprovação de que este não está em atividade, devendo ser comunicado à CVM para fins de cancelamento automático do registro. 7 | P á g i n a Em sendo constatadas as situações descritas nos incisos b e c, a entidade credenciadora deve solicitar manifestação prévia do agente autônomo de investimento, no prazo de 10 dias úteis, antes de decidir pelo cancelamento devendo, a entidade credenciadora, esclarecer os motivos que fundamentaram sua decisão. O AAI com credenciamento cancelado pode, no prazo de 10 dias úteis, apresentar solicitação de reconsideração à entidade credenciadora. Não havendo reconsideração da decisão, a entidade credenciadora deve enviar a petição à SMI como recurso dotado de efeito suspensivo, para que, no prazo de 10 dias úteis, se confirme ou não o cancelamento. Exercícios das atividades O agente autônomo de investimento deve agir com probidade, boa fé e ética profissional, empregando no exercício da atividade todo o cuidado e a diligência esperados de um profissional em sua posição, em relação aos clientes e à instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado. O AAI, ainda, deve: − Observar o disposto na Instrução CVM 497 e nas demais normas aplicáveis e nas regras e procedimentos estabelecidos pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado; − Zelar pelo sigilo de informações confidenciais a que tenha acesso no exercício da função; − Pagar, trimestralmente, a taxa de fiscalização para a CVM. Materiais utilizados pelo AAI Os materiais utilizados devem estar de acordo com a legislação. Os materiais aqui tratados, além daqueles utilizados na divulgação e propaganda, compreendem as apostilas e qualquer outro material utilizado em cursos e palestras ministrados pelo AAI ou promovidos pela PJ de que ele seja sócio, além de páginas na internet. 8 | P á g i n a Além disso, os materiais devem: − ser prévia e expressamente aprovados pela instituição integrante do sistema de distribuição pela qual o agente autônomo de investimento tenha sido contratado; − fazer referência expressa a tal instituição, como contratante, identificando o agente autônomo como contratado, e apresentar os dados de contato da ouvidoria da instituição; e − no caso das pessoas jurídicas constituídas, identificar cada um dos agentes autônomos dela integrantes. São vedadas: − a adoção de logotipos ou de sinais distintivos do próprio agente autônomo de investimento ou da pessoa jurídica de que ele seja sócio, desacompanhados da identificação da instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha ele sido contratado, com no mínimo igual destaque; e − a referência à relação com a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários por meio de expressões que dificultem a compreensão da natureza do vínculo existente, como “parceira”, “associada” ou “afiliada”. Vedações ao AAI É vedado ao agente autônomo de investimento ou à pessoa jurídica constituída: − manter contrato para a prestação dos serviços com mais de uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários; − receber de clientes ou em nome de clientes, ou a eles entregar, por qualquer razão e inclusive a título de remuneração pela prestação de quaisquer serviços, numerário, títulos ou valores mobiliários ou outros ativos; − ser procurador ou representante de clientes perante instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, para quaisquer fins; − contratar com clientes ou realizar, ainda que a título gratuito, serviços de administração de carteira de valores mobiliários, consultoria ou análise de valores mobiliários; 9 | P á g i n a − atuar como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários com a qual não tenha contrato para a prestação dos serviços; − delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que constituam objeto do contrato celebrado com a instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado; − usar senhas ou assinaturas eletrônicasde uso exclusivo do cliente para transmissão de ordens por meio de sistema eletrônico; e − confeccionar e enviar para os clientes extratos contendo informações sobre as operações realizadas ou posições em aberto. Para exercer as atividades de administração de carteira, de consultoria ou de análise de valores mobiliários, o agente autônomo de investimento que seja registrado pela CVM para o exercício daquelas atividades na forma da regulamentação em vigor deve requerer o cancelamento de seu credenciamento como agente autônomo de investimento junto à entidade credenciadora. Penalidades (Capítulo VII) Constitui infração grave: − o exercício da atividade de agente autônomo de investimento em desacordo com o disposto na instrução CVM 497; − a obtenção de credenciamento de agente autônomo de investimento ou da pessoa jurídica constituída com base em declarações ou documentos falsos; e − a inobservância das vedações estabelecidas da Instrução. 10 | P á g i n a 1.2 Diferenciação da Atividade de AAI das atividades de administração, análise e consultoria de valores mobiliários A atividade de Analista de Valores Mobiliários (Instrução CVM 598/2018) Analista de valores mobiliários é a pessoa natural ou jurídica que, em caráter profissional, elabora relatórios (relatórios, apresentações, estudos, vídeos reuniões etc.) de análise destinados à publicação, divulgação ou distribuição a terceiros, ainda que restrita a clientes. A atividade de análise de valores mobiliários é privativa de analistas de valores mobiliários credenciados em entidade autorizada pela CVM. O credenciamento de analistas de valores mobiliários é feito por entidades autorizadas pela CVM (no caso, a Apimec). O analista credenciado deve se submeter ao código de conduta profissional que, dentre outros quesitos, dispõe sobre o dever de independência do analista de valores mobiliários, inclusive em relação à pessoa ou instituição a que estiver vinculado, quando for o caso. Perceba que, nesse ponto, diverge ao Agente Autônomo de Investimentos, que está vinculado à uma instituição e deve, por caráter de exclusividade, atuar em prol dos produtos e serviços ofertados pela instituição. A instrução que regula essa atividade é a CVM 598, cujo artigo 10 é claro ao tratar da incompatibilidade de se manter as certificações para Agente Autônomo de Investimentos e para Analista de Valores Mobiliários: “Art. 10. O analista de valores mobiliários pessoa natural e as pessoas responsáveis pelas atividades de que tratam os incisos IV e V do art. 11 não podem obter ou manter registro como agente autônomo de investimento”. O Ofício-Circular nº 4/208 – CVM/SMI também é categórico, nesse sentido: “31. De início, cumpre citar que com a recente edição das Instruções CVM 592 e 598, além das alterações na Instrução 558, não é mais permitido que um indivíduo possua, ao mesmo tempo, registro como agente autônomo de investimentos e como analista de valores mobiliários, consultor de valores mobiliários ou administrador de carteiras de valores mobiliários. 11 | P á g i n a 32. Ao longo de 2018, a SMI trabalhou junto à Ancord e à Superintendência de Relações com Investidores Institucionais (SIN) para notificar todos os indivíduos que acumulam registros incompatíveis, esclarecendo que esses profissionais devem fazer opção por manter ou o registro de agente autônomo ou os registros de analista, consultor ou administrador de carteiras. Vale lembrar que dada a impossibilidade de cumulação, as normas citadas contemplam a possibilidade de cancelamento dos registros de ofício pela CVM. Além disso, nos casos que porventura remanesçam no início de 2019, a SMI avaliará as medidas a tomar, que podem incluir a atuação sancionadora em face de agentes autônomos que ainda detenham, naquela ocasião, registro, ativo ou suspenso, de analista, consultor ou administrador de carteiras”. Logo, a regulação é clara, o Agente Autônomo de Investimentos não pode atuar em atividades de análise de valores mobiliários (ações, Fundos Imobiliários, debêntures etc) e recomendação, atividades estas exclusivas do Analista de Valores Mobiliários (cuja certificação é a CNPI). Administração de Carteira de Valores Mobiliários O exercício da Administração de Carteira de Valores Mobiliários compreende a gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, subordinados ao regime da Lei 6.385/76, entregues a pessoa física ou jurídica com autorização para a compra ou venda de valores mobiliários por conta do investidor. A administração de carteira de valores mobiliários só poderá ser exercida por pessoas físicas ou jurídicas previamente autorizadas pela CVM, conforme normas estabelecidas na Instrução CVM 558. Em seu artigo 1º elenca que A administração de carteiras de valores mobiliários é o exercício profissional de atividades relacionadas, direta ou indiretamente, ao funcionamento, à manutenção e à gestão de uma carteira de valores mobiliários, incluindo a aplicação de recursos financeiros no mercado de valores mobiliários por conta do investidor. O registro de administrador de carteiras de valores mobiliários pode ser requerido em ambas ou em uma das seguintes categorias: ▪ administrador fiduciário; ▪ gestor de recursos. 12 | P á g i n a A administração de carteiras de valores mobiliários é atividade privativa de pessoa autorizada pela CVM. O registro na categoria gestor de recursos autoriza a gestão de uma carteira de valores mobiliários, incluindo a aplicação de recursos financeiros no mercado de valores mobiliários por conta do investidor. O registro na categoria administrador fiduciário autoriza o exercício de todas as atividades elencadas no terceiro parágrafo deste tópico, com exceção da atividade de gestão de recursos. Da mesma forma que a instrução que trata sobre a atividade de análise, a instrução 558, para administradores de carteiras de valores mobiliários elenca, no parágrafo 5º do artigo 3º que: “O administrador de carteiras pessoa natural e os diretores responsáveis não podem obter ou manter registro como agente autônomo de investimento”. Nesse sentido, destaca-se: “Os diretores responsáveis pela administração de carteiras de valores mobiliários, pela implementação e cumprimento de regras, políticas, procedimentos e controles internos e desta Instrução, pela gestão de risco e pela distribuição de cotas de fundos de investimento podem exercer as mesmas funções em sociedades controladoras, controladas, coligadas ou sob controle comum”. O Ofício-Circular, mais uma vez, destaca, nos mesmos pontos apresentados anteriormente, a incompatibilidade da manutenção das atividades de administração de carteiras de valores mobiliários com a de agente autônomo de investimentos. Consultoria de Valores Mobiliários O exercício da atividade de Consultoria de Valores Mobiliários compreende a prestação dos serviços de orientação, recomendação e aconselhamento, de forma profissional, independente e individualizada, sobre investimentos no mercado de valores mobiliários, cuja adoção e implementação sejam exclusivas do cliente. Este profissional possui conhecimentos técnicos e práticos para auxiliar seu cliente na busca do produto que irá melhor atender a seus objetivos e necessidades pessoais A consultoria de valores mobiliários só poderá ser exercida por pessoas físicas ou jurídicas previamente autorizadas pela CVM, conforme normas estabelecidas na Instrução CVM 592. A prestação do serviço de consultor de valores mobiliários pode se dar por meio de uma ou mais das seguintes formas de orientação, recomendação e aconselhamento: 13 | P á g i n a ▪ sobre classes de ativos e valores mobiliários; ▪ sobre títulos e valores mobiliários específicos; ▪ sobre prestadores de serviços no âmbito do mercado de valores mobiliários; e ▪ sobre outros aspectos relacionadosàs atividades elencadas no primeiro parágrafo deste tópico. Os agentes autônomos de investimento, gerentes de investimentos de instituições financeiras e outras pessoas que atuem na distribuição de valores mobiliários podem prestar informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual trabalhem ou tenham sido contratados, sem configurar a atividade de consultoria de valores mobiliários. Tais prestações de informações, circunscrevem-se às atividades de suporte e orientação inerentes à relação comercial com os clientes. As entidades integrantes do sistema de distribuição, incluindo os AAIs, não podem induzir os investidores a erro ao dar a entender que atuam como prestadores de serviço de consultoria independente de valores mobiliários, de forma autônoma à atividade de distribuição, quando prestam as informações nos termos elencados acima ou quando recomendam produtos por ela distribuídos. A consultoria de valores mobiliários é atividade privativa de consultores de valores mobiliários registrados na CVM. Podem atuar como consultores de valores mobiliários, aqueles profissionais que, dentre outros quesitos, possuam alguma das certificações a seguir: CGA, CEA, CNPI, CFA (Level III), ACIIA (exam 1 e exam 2 do Final Level) e CFP. Sem saturar este ponto, o Ofício-Circular 4 também dispõe sobre a impossibilidade de se exercer as funções de AAI e de consultor de valores mobiliários. O Agente Autônomo de Investimento também pode exercer as atividades de Consultor, Analista e/ou Administrador de Carteira de Valores Mobiliários? Não. O exercício concomitante dessas atividades está vedado pelo art. 13, IV, da Instrução CVM nº 497/11. Para exercer as atividades de administração de carteira, de consultoria ou de análise de valores mobiliários, o Agente Autônomo de Investimento credenciado pela ANCORD, e consequentemente registrado pela CVM, deve requerer à ANCORD o cancelamento de seu credenciamento como Agente Autônomo de Investimento.
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