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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA - UFC 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
PROFESSOR: RAIMUNDO ANTÔNIO DA SILVA NETO 
NOME: JOSÉ MÁRIO MOREIRA DE CARVALHO
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
FISCAL PARA IMPOSTOS 
INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS.
p ' çr
Fortaleza, novembro - 1997
JOSÉ MÁRIO MOREIRA DE CARVALHO
PROCEDIMENTO DE AUDITORIA FISCAL 
PARA IMPOSTOS INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS.
Monografia submetida à coordenação do 
Curso de Ciências Contábeis, como requisito 
parcial para obtenção do grau de Bacharel em 
Ciências Contábeis.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Fortaleza
Novembro - 1997.
Esta Monografia foi submetida à coordenação do 
Curso de Ciências Contábeis como parte dos 
requisitos necessários à obtenção do Grau de 
Bacharel em Ciências Contábeis, outorgado pela 
Universidade Federal do Ceará - UFC.
A citação de qualquer trecho desta monografia é 
permitida, desde que feita de acordo com as normas 
de ética científica.
José Mário Moreira de Carvalho
Monografia aprovado em
Prof. Raimundo Antônio da Silva Neto 
Orientador da Monografia.
Prof. Ruth Carvalho de Santana Pinho 
Coordenadora do Curso dez-Cíências Contábeis
AGRADECIMENTOS
Dedico o presente trabalho em especial aos meus pais que foram os grandes 
incentivadores e investidores da minha vida estudantil e profissional. Agradeço também a 
todos aos meus familiares e professores que acreditaram na minha força de vontade, 
capacidade e, por conseguinte, contribuindo para a finalização deste trabalho.
ÍNDICE
• INTRODUÇÃO..........................................................................................................07
• PREFÁCIO................................................................................................................. 09
• CAPÍTULO I - AUDITORIA - UM BREVE COMENTÁRIO
1.1 Noções Gerais................................................................................................11
1.2 Conceito......................................................................................................... 11
1.3 Objetivos..........................................................................................................12
1.4 Importância da Auditoria no Contexto Atual................................................. 13
• CAPÍTULO II - OS IMPOSTOS INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS.
2.1 Noções Gerais................................................................................................. 14
2.2 Definições........................................................................................................ 15
2.3 Importância......................................................................................................15
• CAPÍTULO III-AUDITORIA FISCAL
3.1 Auditoria Fiscal Uma Especialização da Auditoria........................................ 17
3.2 Definições Gerais.............................................................................................17
3.3 Atribuições da Auditoria Fiscal.......................................................................18
3.4 Importância da Auditoria Fiscal para Impostos Indiretos - IPI, ICMS e ISS. 19
3.5 Equipe Profissional Responsável pela Realização da Auditoria Fiscal.........19
3.6 Técnicas metodológicas para o Desenvolvimento da Auditoria Fiscal........20 
• CAPÍTULO IV - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA FISCAL PARA IMPOSTOS
INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS.
4.1 Definições e Diferenças entre Normas e Procedimentos............................. 21
4.2 Aplicação dos Procedijnentos de Auditoria Fiscal Segundo as Normas
brasileiras de Contabilidade.............................................................................21
4.3 Processo de Planificação e Desenvolvimento do Trabalho de Auditoria
Fiscal................................................................................................................ 22
4.3.1 Levantamento de Dados Factuais das Empresas....................................... 23
4.3.2 Programa de Auditoria Fiscal......................................................................24
4.3.3 Questionário de Auditoria Fiscal................................................................24
4.3.4 Mapas de Evidências Documental e Escriturai........................................... 25
4.3.5 Revisão Técnica do Serviço........................................................................ 25
4.3.6 Emissão do Relatório em Forma de Rascunho para Discussão.................25
4.3.7 Discussão Técnica Sobre o Conteúdo do Relatório.................................. 26
INTRODUÇÃO
A contabilidade utiliza-se de uma técnica que lhe é própria, chamada auditoria, a 
qual consiste no exame de documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de 
informações internas e externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimentos, 
objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a 
situação por elas informadas.
A aplicação de procedimentos de auditoria tem como finalidade colher informações 
hábeis para que o profissional de auditoria possa manifestar sua opinião sobre as 
demonstrações financeiras. Deste modo, os procedimentos constituem-se num fator 
fundamental para a aplicação da auditoria.
Neste contexto, surge a auditoria fiscal que analisa a correta aplicação e apuração 
dos impostos. Porém, a auditoria fiscal apresenta uma série de dificuldades visto a 
complexidade que os impostos apresentam em sua atual legislação. Tal fato implica em 
uma falta de procedimentos ideais para a correta aplicação dessa extensão da auditoria.
Devido as dificuldades apresentadas pela auditoria fiscal é que esta pesquisa busca 
os procedimentos que melhor se aplicam à auditagem dos impostos indiretos. As empresas 
industriais, comerciais e prestadoras de serviços se deparam com um grande empecilho que 
é a eficiente administração dos impostos indiretos, visto a dificuldade encontrada na 
determinação de procedimentos fiscais que correspondem com as exigências previstas na 
legislação tributária vigente.
Os principais impostos indiretos que incidem sobre as empresas, os quais serão 
trabalhados, são: Impostos sobre Produtos Industrializados - IPI (imposto da união); 
Imposto sobre à Circulação de Mercadorias e Serviços: transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação - ICMS (impostos dos Estados), e o Imposto sobre 
Serviços de Qualquer Natureza - ISS (imposto dos Municípios). Serão destes impostos 
indiretos que se buscará fundamentação dos objetivos que este trabalho se propõe a 
desenvolver.
Apesar da importância da área de tributos no atual contexto dos negócios, algumas 
empresas ainda se encontram com grande ineficiência na administração desses encargos 
7
fiscais. Sendo que a seleção e fundamentação de procedimentos hábeis na administração 
desses tributos, com certeza, será de grande utilidade para as empresas em geral.
PREFÁCIO
O mercado atual têm levado as diversas organizações a uma concorrência acirrada 
e selvagem, em que só sobrevivem aquelas que se encontram atualizadas, bem 
administradas e por conseguinte com uma boa situação financeira. Para isso a auditoria 
fiscal encontra-se cada vez mas atuante e útil para essas organizações que buscam diminuir 
seus custos, sendo tal fato possível se os impostos indiretos forem bem administrados. Para 
enquadrar-se neste ponto, torna-se necessário a auditoria fiscal que verificará se estes 
impostos estão sendo executados de acordo com a legislação pertinente a cada tributo.
E neste contexto que este trabalho se justifica, pois como pode ser constatado, os 
impostos indiretos possuem grande influência dentro das organizações, desta forma a 
aplicação de procedimentos adequados na auditoria fiscal demonstrarão a real situação 
fiscal tributária desta organização. Portanto, uma empresa qualquer após passar por uma 
auditoria fiscal, seja ela interna ou externa, obterá informações que possibilitará a sua 
atualização e seu controle em conformidade com a legislação de regência de cadaimposto 
indireto.
Este trabalho tem como um de seus objetivos o direcionamento correto a que 
profissionais da área de auditoria devam seguir para uma metodologia compreensível do 
complexo processo de planificação e desenvolvimento do trabalho de auditoria fiscal.
O trabalho esta organizado em quatro capítulos. Todos eles foram fundamentados 
com base em pesquisas bibliográficas que estão devidamente citados no final deste 
trabalho.
O capítulo 1 apresenta as noções introdutórias da auditoria onde procura-se 
mostrar o seu surgimento, objetivos a que se destina e a sua importância no contexto atual.
O capítulo 2 procura apresentar os impostos indiretos a que este trabalho se propôs 
a trabalhar, procura também definir tais tributos, bem como sua fundamentação legal.
O capítulo 3 retrata a auditoria fiscal desde a sua definição como extensão da 
auditoria, até a suas técnicas metodológicas para o delineamento dos seus trabalhos.
Por último, temos o capítulo 4 que delineia a aplicação dos procedimentos de 
auditoria fiscal para impostos indiretos. Tal capítulo é que discorremos toda uma 
metodologia para a aplicação de procedimentos direcionados a auditoria fiscal, desta forma
9
* f
apresenta-se um modelo de levantamento de dados necessário à elaboração do programa 
de auditoria fiscal nas áreas do IPI, ICMS e ISS.
Apresenta-se também um programa-modelo que procura dar ênfase aos principais 
aspectos de significativas operações industriais, mercantis e prestação de serviços 
realizados por empresas de grande e médio porte. Outro tópico fornece um exemplo 
prático de questionário aplicável no desenvolvimento do programa de auditoria fiscal e, 
por último, ressalta-se a apresentação de um modelo de relatório de auditoria fiscal nas 
áreas do IPI, ICMS, e ISS.
E importante salientar que este trabalho quando trata do ICMS e do ISS está 
totalmente direcionado ao ICMS regulamentado de acordo com a legislação do Estado do 
Ceará, quanto ao ISS está regulado de acordo com a legislação do Município de Fortaleza. 
Tais legislações estarão devidamente descritas no capitulo 2.
Em face do exposto, esperamos que este trabalho seja útil a categoria profissional 
de auditores fiscais que procure por métodos alternativos e inovadores da aplicação de 
procedimentos de auditoria fiscal para impostos indiretos.
10
CAPÍTULO I - AUDITORIA - UM BREVE COMENTÁRIO
1.1 Noções gerais
A auditoria, desde seus primeiros sinais de existência, sempre foi vista como 
aplicação pratica da teoria da prova Tal fato exige um tratamento equilibrado, 
ressaltando-se os conceitos teóricos, que fornecem a base para a auditoria, e também a 
aplicação correta desses conceitos.
Dos primeiros indícios de existência na civilização suméria (povo do Antigo 
Oriente, do Vale do Rio Eufrates) até ganhar a terminologia de “auditor” na Inglaterra em 
fins do século XIII, a auditoria sempre constituiu-se numa técnica que buscava saber se as 
“contas” refletiam ou não a realidade. Portanto, essa técnica assegurava aos diversos 
proprietários como os seus bens estavam sendo administrados.
A auditoria continuou ganhando cada vez mais espaço, como podemos constatar 
com a revolução das técnicas de contabilidade, em 1494, tendo como autor Luca Pacioli. 
A Revolução Industrial (Séc. XVI11), aperfeiçoou ainda mais a atividade econômica, 
fazendo a auditoria evoluir de artesanal para empresarial. Quando tal técnica chega aos 
Estados Unidos, esta aos poucos passa a se destacar e ser exigida como segurança para os 
investidores
Acompanhando as companhias multinacionais, a auditoria chegou ao Brasil em 
1940 e até os dias atuais, vem sendo exigida cada vez mais como fonte de garantia, de que 
realmente os registros contábeis administrativos estão representando a realidade.
1 2 C onceito.
Segundo João Maurício Motta, uma definição do termo auditoria implica em 
descrever o trabalho do auditor dado a enorme gama de técnicas aplicadas a cada tipo de 
atividade econômica Portanto, uma definição mais abrangente, porém ainda não 
conclusiva, seria. “Auditoria é o exame cientifico e sistemático dos livros, contas, 
comprovantes e outros registros financeiros de uma companhia, com o propósito de 
determinar a integridade do sistema de controle interno contábil, das demonstrações 
financeiras, bem como o resultado das operações e assessorar a companhia no 
aprimoramento dos controles internos, contábeis e administrativos”.
11
A conceituaçào de Hilário Franco e dos demais autores seguem uma logística 
comum que pode ser expressa pela a definição de Hilário Franco. Segundo este, a auditoria 
compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de 
informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do 
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações 
contábeis deles decorrentes.
Conceitua-se também que a auditoria se distingui da contabilidade, por constituir- 
se numa especialização ou parte desta, constituindo-se em uma técnica utilizada pela 
ciência contábil para confirmar a veracidade dos registros contábeis, que é o principal meio 
de que se vale a contabilidade para alcançar os seus objetivos.
Em síntese, definimos a auditoria como uma técnica especializada da contabilidade, 
que objetiva o exame das diversas demonstrações e livros, consequentemente, a verificação 
da real situação econômica-financeira de uma determinada entidade.
1.3. Objetivos.
Inicialmente definimos os objetivos da auditoria independente e, em seguida, 
alocaremos tal definição para um conceito mais amplo. De acordo com as Normas 
Brasileiras de Contabilidade - T - 11 - Normas de Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis, “a auditoria independente tem por objetivo a emissão de 
parecer sobre a adequação como que as demonstrações contábeis representam a posição 
patrimonial e financeira da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e a Legislação específica, no que for pertinente”.
Baseado nessa fundamentação legal, podemos descrever que a auditoria possui 
como fim principal a confirmação dos registros contábeis e consequentes demonstrações 
contábeis. Ou seja, a auditoria busca adequar tais registros e demonstrações de acordo 
com as Normas Brasileiras de Contabilidade e a Legislação que a rege, através de uma 
técnica que lhe é própria.
Outro tópico que podemos levantar quanto aos fins da auditoria, são os ajustes que 
ela proporcionará caso exista algum erro nos diversos planos da contabilidade. Exercendo 
tal função a mesma também distingue-se em uma arma contra fraudes e possíveis gastos 
oriundos em uma má administração nos diversos setores da entidade.
12
Como objetivo final, a auditoria, destina-se a expressar a real situação da entidade 
perante os seus investidores, desta forma definindo a entidade auditada como coesa e 
confiável perante as exigências do mercado.
I 4 Importância da Auditoria no Contexto Atual
Como já foi descrito no tópico anterior, a auditoria em consequência dos seus 
objetivos contribui para a apuração da correta aplicabilidade dos próprios fins da 
contabilidade, tal fato devido avaliar a adequação dos registros, dando à administração, ao 
fisco e ao proprietário e financiadores do patrimônio a convicção de que as demonstrações 
contábeis refletem, ou não, a situação do patrimônio em determinada data e suas variações 
cm certo periodo
Desta forma, constatamos que devido as exigências do capitalismo, vigente no 
contexto mundial, e da adoção de politicas neoliberais adotadas pela grande maioria dos 
governos atuais, as entidades, em todos os âmbitos, passaram a ser mais flexíveis as 
mudanças visto a acirrada concorrência A consequência de tal fato foi o surgimento de 
uma tendência, em que, os proprietários, investidores internos e externos, o fisco e o 
proprio consumidor, passaram a exigir que tais entidades demonstrassem comose 
encontravam a sua situação econômica-financeira
Como vemos, a auditoria veio para suprir essa necessidade, e no contexto atual é 
utilizada como uma arma de confiabilidade e credibilidade, ajustando a entidade e 
demonstrando a sua capacidade de adaptação as novas tendências de um mercado cada vez 
mais concorrente e globalizado
I iilario Franco c Ernesto Marra - Auditoria Contábil 2cd Sào Paulo. Atlas. 
1991 pag. 25.
13
• CAPÍTULO II - OS IMPOSTOS INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS.
2 I Noções Gerais
Os Impostos Indiretos são tributos que incidem igualmente sobre qualquer pessoa, 
sendo irrelevante suas características ou condições pessoais, ou seja são impostos reais.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988 em seu 
artigo 145, inciso I, especifica que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir tributos como os impostos Fundamentado na lei maior do Brasil, temos 
que o Imposto sobre Produtos Industrializados - IP1 foi instituído pela União e está regido 
pelo art 153, inciso IV da referida Constituição. Já o Imposto sobre à Circulação de 
Mercadorias e Serviços: transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - 
ICMS foi instituído pelos estados tendo como base o art. 155, inciso II da Constituição 
supra Quanto ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS fundamenta-se no 
art I 56, inciso III da CF/88 sendo de Competência dos Municípios.
O IP1 possui como dispositivo legal a Lei n2 4502 de 30 de novembro de 1964 e o 
Decreto lei n'2 34 de 18 de novembro de 1966. Está regulamentado pelo Decreto n2 87.981 
de 23 de dezembro de 1982. No contexto atual estes dispositivos são os delineadores da 
aplicação do imposto que tratam.
A Lei de ny 12 670 de 27 de dezembro de 1996 consolida as disposições legais 
referentes ao ICMS que é tratada pela Lei Complementar n2 87 de 13 de setembro de 
1996 Por ultimo, temos o Decreto 24 569 de 31 de julho de 1997 que consolida e 
regulamenta a legislação do referido imposto.
A regulamentação do ISS da-se pela Lei n2 4.144 de 27 de dezembro de 1972 e o 
dispositivo que consolida a legislação tributária do município de Fortaleza é o Decreto n2 
9 757, de 23 de novembro de 1995, publicado no Diário Oficial do Município do dia 30 de 
novembro de 1995
Baseado no que foi descrito e fundamentado é que este trabalho está desenvolvido, 
porem mesmo dado o dinamismo e flexibilidade que tais impostos possuem, asseguramos 
que a metodologia aqui desenvolvida basea-se em fatos atuais e com a devida 
regulamentação vigente. Portanto, a correta aplicação dos procedimentos deste trabalho 
significarão em resultados positivos e uteis.
14
22. Definições
Quanto a conceituaçào de cada imposto que este trabalho propõe desenvolver; 
definiremos estes segundo o que está disposto em cada Decreto referente aos mesmos.
De acordo com o art. I2 do Decreto n2 87.981/82 o Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) definido pela sua própria nomenclatura é um imposto incidente sobre 
produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações 
constantes na Tabela de Incidência do IPI (TIPI). Complementando está definição temos 
que produto industrializado é o resultado de qualquer operação definida no regulamento 
supra como industrialização, mesma incompleta, parcial ou intermediária.
Quanto ao Imposto sobre à Circulação de Mercadorias e Serviços: transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) é um imposto que incide sobre 
operações relativas à circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e 
prestações se iniciem no exterior (art. I2 do Decreto 24569/97).
Segundo o art. 40 do Decreto 9.757/95 o Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza é um imposto incidente sobre a prestação de serviços por empresa ou 
profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, desde que este não configure 
serviços de transportes interestadual e de comunicação (Art. 133 da lei 4.144/72).
2.3 Importância
A área de tributos indiretos - IPI, ICMS e ISS - no atual contexto das operações 
industriais, negócios mercantis e prestação de serviços, concretiza-se em um dos mais 
elevados custos tributários que as empresas incorrem. Portanto, em um mercado 
globalizado de grande concorrência, exige-se de tais entidades um eficiente controle e 
administração dos respectivos encargos fiscais.
A falta de Informações e da manutenção de um controle interno permanente, faz 
com que empresas desperdicem vultosas somas de dinheiro em operações indevidas e 
fraudulentas. Contribui para esse fato a flexibilidade e dinamismo que a legislação fiscal 
desses impostos possuem tornando-se confusa e de difícil compreensão por parte dos 
administradores ou executivos tributários.
A aplicação da auditoria fiscal direcionada para tais impostos pode promover um 
grau satisfatório de controle, independente de ser interna ou externa. Pode ser também 
15
extraída dos seus relatórios, soluções viáveis que venham a dinamizar a administração e 
adequação a legislação de tais impostos indiretos.
Em síntese podemos observar que o IPI, o ICMS e o ISS se bem controlados e 
conseqüentemente bem administrados podem significar em uma redução de custos que, 
com certeza, impulsionará a empresa a torna-se em uma grande concorrente dos demais 
que atuaram no seu ramo de atividade. Podemos observar ainda, que tal entidade provida 
de tais recursos poderá trabalhar com preços mais baixos e, é claro, obter mais lucros.
De modo geral, o que foi exposto deve ser encarado como uma realidade que 
jamais se obterá êxito se não houver um determinado empreendimento que treine 
profissionais e que utilize-se da auditoria fiscal. Portanto, temos que a real importância 
desses impostos indiretos só serão visualizadas com a obtenção de resultados positivos, 
mas estes só surgirão se existirem a viabilização de recursos hábeis que possibilitem tais 
resultados.
16
• CAPÍTULO III - AUDITORIA FISCAL
3.1. - Auditoria Fiscal uma Especialização da Auditoria
A efetiva importância da área de tributos no atual contexto econômico, exigiu da 
auditoria um estudo mais direcionado que atendesse o efetivo controle das obrigações e 
encargos tributários.
Desta forma, temos o surgimento da auditoria fiscal, funcionando como uma 
especialização da auditoria como um todo. Para tanto, a maneira de auditar é semelhante à 
adotada para outros casos, ou seja: planeja-se executa-se, relata-se, conclui-se, mas varia 
apenas a forma ou seja, os procedimentos a serem aplicados.
Podemos conceituar a auditoria fiscal como uma técnica contábil que tem como 
objetivo principal, observar se a entidade está cumprindo todas as exigências da lei, em 
matéria tributaria.
Com esta definição podemos perceber que tal ramo da Auditoria não foge aos seus 
princípios, normas e objetivos gerais. Desta forma, servindo como uma arma de controle 
util, necessária e que apos a sua efetivação pode resguardar a empresa contra multas ou ate 
mesmo possiveis penalidades da lei. Tal fato devido a correção que a auditoria fiscal 
promovera caso seja encontrada erros ou fraudes.
3.2. Definições Gerais
No âmbito das operações industriais, negócios mercantis e prestação de serviços, 
temos que os tributos indiretos representem o maior custo tributário das empresas, também 
não podemos esquecer do elevado grau de flexibilidade e complexidade da legislação 
desses tributos
Em face do exposto, temos que a auditoria fiscal após efetivado os seus trabalhos e 
a consequente emissão de relatorio pode solucionar os problemas quanto a correta 
aplicação desses tributos e a consequente flexibilidade de manter os controles da entidade 
sempre atualizados, de acordo com a legislação atinente aos impostos indiretos.
A aplicação da auditoria fiscal torna-se em um meio indispensável de confirmaçãode eficiência dos controles e fator de maior tranquilidade para a administração e de maior 
garantia para investidores, e até mesmo para fisco que passa a ter uma arma eficiente e 
insuspeita, que contribui indiretamente para a eficiente aplicação das leis fiscais.
17
Em termos gerais, podemos deferir que a auditoria fiscal contribui para a 
administração da entidade com as seguintes vantagens: fiscalização dos controles internos, 
correção dos registros fiscais; opina sobre as operações fiscais; dificulta o acontecimento 
de erros e fraudes; contribui para obtenção de informações sobre a real situação econômica 
e financeira e aponta as medidas a serem tomadas para a correta aplicação e controle dos 
impostos indiretos. Para o fisco: maior exatidão nas operações; e maior observância das 
leis fiscais. Para os investidores: assegura maior exatidão dos resultados apurados; e 
possibilita informações concretas da relação da entidade com o fisco. Para a sociedade 
como um todo: dá credibilidade e assegura a veracidade das informações mais diversas.
3.3. Atribuições da Auditoria Fiscal
A auditoria fiscal procura desempenhar como principal atribuição para o IPI, ICMS 
e ISS, a seleção e fundamentação de um critério adequado ao processo de planificação e 
desenvolvimento do trabalho de auditoria fiscal para impostos supra citados.
Tendo como base o objetivo geral descrito, ressaltamos como objetivos mais 
específicos os seguintes:
- Analisar os procedimentos fiscais estabelecidos pelas empresas industriais, 
comerciais e prestadoras de serviços, a fim de determinar se correspondem às 
exigências da legislação tributária vigente;
- Identificar se os procedimentos fiscais adotados pelos diversos estabelecimentos 
estão realmente refletidos na correspondente documentação e escrita fiscal;
- Avaliar se os procedimentos em uso nos vários estabelecimentos consistem na 
aplicação da norma legal que possibilite a segurança das empresas no tocante a 
utilização correta dos princípios que norteiam a complexa apuração de impostos;
- Formular programas de auditoria fiscal, alocando os procedimentos específicos a 
fundamentação do auditor sobre o trabalho realizado;
- Buscar meios para o desenvolvimento de um planejamento tributário, que vise o 
aproveitamento dos tributos, quando possíveis; e
- Evitar erros ou fraudes que gerem despesas e prejuízos futuros.
18
« f p ? a e
3.4 Importância da Auditoria Fiscal para Impostos Indiretos - IPI, ICMS e ISS
O mercado atual têm levado as diversas organizações empresariais a uma 
concorrência acirrada, em que só conseguem sobreviver aquelas que se encontrem 
atualizadas com um perfil sólido e respeitável perante a sociedade, e ainda, com uma boa 
situação financeira e constantes lucros.
Visto a alta carga tributária que é imposta às empresas, temos que uma empresa 
que administre e planeje bem esses tributos, com certeza, alcançará resultados satisfatórios. 
Para isso a auditoria fiscal encontra-se cada vez mais atuante e útil para as mais diversas 
organizações.
Neste contexto, podemos observar a grande importância que os tributos possuem 
dentro de uma organização, e para tanto a auditoria fiscal constata, ainda, que os tributos 
indiretos incidentes nas operações industriais, negócios mercantis e prestações de serviços, 
representam o maior custo tributário das empresas. Observa-se também, significativo grau 
de sofisticação e complexidade na legislação vigente desses tributos (IPI, ICMS e ISS), 
desta forma tornando-os de difícil controle.
De modo geral, tem-se a auditoria fiscal como uma efetiva e útil atividade 
empresarial que participa ativamente no processo de obtenção de um elevado índice de 
produtividade na administração e controle das obrigações e encargos tributários. Portanto, 
dadas as elevadas taxas dos impostos indiretos que discorremos neste trabalho, 
observamos a importância que a auditoria fiscal têm para a organização, pois se estes 
tributos forem bem administrados, processo que poderá ser atingido após um trabalho de 
auditoria fiscal, com certeza, os resultados serão satisfatórios.
Podemos constatar também, que a auditoria fiscal poderá atuar sob duas formas, a 
primeira como preventiva, ou seja, através de um departamento interno e a possível a 
manutenção permanente do controle dos impostos. A segunda forma advém da utilização 
de serviços externos que após a emissão do seu relatório poderá ser tomado medidas de 
ajustes.
3.5 Equipe Profissional Responsável pela Realização da Auditoria Fiscal
Para desenvolvimento de um trabalho coeso e de resultados satisfatórios, exige, é 
claro, a estruturação de uma equipe técnica composta de profissionais familiarizados com a 
19
legislação específica dos impostos indiretos, com as manifestações jurisprudenciais 
atinentes e com o entendimento formalizado em significativos trabalhos doutrinários.
Atualmente a equipe técnica para desenvolver um bom trabalho deve estar dentro 
dos parâmetros descritos. E quanto a composição da mesma, está dividida nas seguintes 
categorias ou posições profissionais: Auditor-Gerente, Auditor-Supervisor e Auditor- 
Assistente.
O enquadramento do profissional nas referidas posições e, por outro lado, a 
atribuição das respectivas tarefas processam-se em face de seu conhecimento técnico, de 
sua experiência profissional e maturidade.
3.6 Técnicas Metodológicas para o Desenvolvimento da Auditoria Fiscal
As técnicas metodológicas representam os instrumentos de trabalhos necessários ao 
processo de implantação e desenvolvimento dos programas de revisões dos procedimentos 
fiscais.
Desta forma, ressalta-se que a elaboração desses instrumentos de trabalho devem 
abranger todos os fatores necessários a uma coerente e eficiente auditoria fiscal. Para 
tanto, as técnicas metodológicas mais utilizadas no trabalho de auditoria fiscal, são as 
seguintes:
- Levantamento de dados necessários a elaboração do programa de uma auditoria 
fiscal.
- Questionário de auditoria fiscal direcionada para os impostos a que se pressupõe 
a trabalhar;
- Mapas de evidências documental e escriturai.
Assegurado dessas técnicas, o auditor passa a possuir um instrumento de grande 
valia e, por conseguinte, desenvolver um programa enquadrado de acordo com o tipo e 
finalidade de organização a ser auditada.
20
• CAPÍTULO IV - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA FISCAL PARA 
IMPOSTOS INDIRETOS - IPI, ICMS e ISS
4 1 Definições e Diferenças entre Normas e Procedimentos
A conduta do auditor gera a sua forma de proceder, para que o trabalho realizado 
tenha “eficácia” e “eficiência”, ou seja, alcance seus objetivos racionalmente.
Segundo Antônio Lopes de Sá, o conhecimento da contabilidade é a fonte, 
inequivocamente, mas deve ser aplicado à tecnologia da auditoria.
Desta forma, estabeleceu-se chamar o conjunto de princípios e preceitos mínimos 
que norteiam os serviços da auditoria de “Normas de Auditoria”, e através de estudos de 
entidades de classe foi gerado as “Regras de Trabalho”.
Os procedimentos de auditoria definidos pela Resolução CFC N2 700, de 24 de 
abril de 1991, que aprova as NBC TI 1 - Normas de Auditoria Independentes das 
Demonstrações Contábeis, evidencia que os mesmos estão direcionados para ações dos 
auditores, pois de acordo com tal Resolução, os procedimentos de auditoria são o 
conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências técnicas ou provas 
suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis 
auditadas.
Baseado no que foi exposto, podemos descrever que as normas de auditoria são os 
requisitos a serem observadas no desempenho do trabalho de auditoria. Elas se diferenciam 
dos procedimentos de auditoria naquilo em que os procedimentos se relacionam com os 
atos a serem praticados, enquanto que as normas tratam das medidas de qualidade na 
execução desses atos e dos objetivos a serem alcançados com o uso dos procedimentos 
adotados. Assimdiferentes dos procedimentos de auditoria, dizem respeito não apenas às 
qualidades profissionais do auditor, mas também à sua avaliação pessoal do trabalho 
realizado e do parecer emitido.
4.2 Aplicação dos Procedimentos de Auditoria
As NBC TI 1, estabelece que os procedimentos de auditoria abrangem testes de 
observância, visam à obtenção de segurança quanto ao controle interno, e testes 
substantivos que visam a obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade 
dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.
21
Quanto a aplicação dos procedimentos, os mesmos devem ser realizados através de 
provas seletivas, testes e amostragens, em razão da complexidade e volume das operações, 
cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos que 
dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos 
necessários.
Segundo as definições das NBC TI 1, na aplicação dos testes de observância e 
substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos:
a) Inspeção - exame de registros, documentos e de ativos tangíveis.
b) Observação - acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua 
execução.
c) Investigação e confirmação - obtenção de informações junto a pessoas ou 
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade.
d) Cálculo - conferência de exatidão aritmética de documentos comprobatórios, 
registros e demonstração contábeis e outras circunstâncias, e
e) Revisão analítica - verificação do comportamento de valores significativos, 
através de índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios com vista 
a identificação de situações ou tendências atípicas.
Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência, 
efetividade e continuidade dos controles internos.
O auditor na aplicação dos testes substantivos, já descritos, deve objetivar 
conclusões como: existência, direitos e obrigações, ocorrência (se as transações estão 
registradas), abrangência, avaliação (se os ativos e passivos estão avaliados 
adequadamente), mensuração, e apresentação e divulgação.
O contexto deste tópico refere-se aos diversos procedimentos aplicáveis a auditoria 
como um todo Portanto, ressaltamos que a aplicação dos procedimentos na área fiscal 
possuem a mesma integra, porem destinados a area que será trabalhada
4 3 Processo de planificação e Desenvolvimento do Trabalho de Auditoria Fiscal
O processo de planificação e desenvolvimento do trabalho de auditoria fiscal, 
consiste no plano de trabalho para exame e levantamentos de dados da entidade auditada. 
Tal processo prevê os procedimentos que deverão ser aplicados para que se possa alcançar 
22
o resultado desejado. Deve ser bastante amplo e flexível, para permitir alterações durante o 
andamento das análises e verificações.
A elaboração de um processo de planificação e desenvolvimento dos trabalhos 
implicam em selecionar os procedimentos que podem ser aplicados a determinadas 
situações, estabelecendo-se sua amplitude e oportunidade. Implicam também, em um 
programa a ser traçado de tal forma a permitir que as respostas sejam anotadas em seguida 
às questões formuladas, constituindo-se num importante papel de trabalho, que serve como 
registro do serviço executado, dos procedimentos aplicados e dos que não se levaram 
efeito porque foram considerados não aplicáveis.
4.3.1 Levantamento de Dados Factuais da Empresa.
O trabalho de auditoria fiscal inicia-se com o levantamento de dados Factuais da 
empresa necessários à elaboração do programa de revisão dos procedimentos fiscais 
traçados pelos seus diversos estabelecimentos.
A dimensão do levantamento de dados factuais da empresa varia em conformidade 
com a natureza e extensão das atividades industriais, comerciais e prestadoras de serviços 
da organização empresarial. Desta forma, não há um levantamento padrão para a obtenção 
de tais dados e informações. Contudo, independentemente da dimensão operacional da 
empresa, o levantamento deverá obter dados sobre os seguintes aspectos:
- Estrutura e atividade da empresa;
- Qualificação fiscal de seus estabelecimentos, em face do IPI, ICMS e ISS;
- Operações industriais, transações mercantis e prestações de serviços realizados 
pela empresa.
- Benefícios fiscais utilizados pela empresa,
- Transações comerciais de natureza complexa promovidas pela empresa,
Se tratarmos de uma auditoria interna para melhor exemplificar, termos que 
compete ao Auditor-Supervisor, devidamente assessorar pelo Auditor-Assistente, proceder 
ao levantamento de dados factuais da empresa. Em seguida, cabe ao Auditor-Gerente 
avaliar a importância, objetividade e abrangência das informações obtidas para a 
elaboração do programa de auditoria fiscal.
O levantamento de dados ou informações processa-se mediante o emprego dos 
seguintes meios ou recursos:
23
- Entrevistas com os profissionais responsáveis pelas atividades da empresa que 
refletem diretamente na área fiscal
- Pesquisas nos livros Registro de Apuração do lPI, Registro de apuração do ISS e
- Registro de Apuração do ICMS.
4 3 2 Programa de Auditoria Fiscal
Baseado no levantamento de dados factuais da empresa, a equipe de auditoria deve 
iniciar a elaboração do programa de auditoria fiscal.
E através do programa que se obtem o delineamento ou exploração da ordem a ser 
seguida no desempenho das tarefas abrangidas no serviço de auditoria fiscal. Representa, 
portanto, uma exposição concisa e objetiva que a equipe faz do caminho a que se propõe 
seguir no desenvolvimento da auditoria fiscal.
Com a elaboração do programa esta concluído o estágio referente ao processo de 
planiflcaçào da auditoria fiscal. Desta forma, em seguida inicia-se a fase correspondente ao 
desempenho das tarefas contidas no programa.
4 3 3 Questionário de Auditoria Fiscal
O questionário de auditoria fiscal trata-se do mais eficaz instrumento de trabalho 
no processo de analise e avaliação de procedimentos fiscais, é elaborado em perfeita 
consonância com as exigências previstas na legislação tributária vigente. Assim, os 
quesitos para compor o questionário devem refletir o procedimento adequado ás 
operações devem refletir o procedimento adequado às operações industriais, transações 
comerciais e prestações de serviços desenvolvidas pela empresa.
Em face do exposto, depreende-se que o conteúdo do questionário somente devera 
conter quesitos, referentes a procedimentos fiscais, claramente definidos nos respectivos 
comandos legais ou manifestações jurisprudenciais administrativas. Por conseguinte, há de 
concluir-se que no conteúdo do questionário não devera constar quesitos relacionados com 
aspectos fiscais de operações para as quais inexiste uniformidade procedimental, em face 
de obscuridade da legislação atinente
Na aplicação do questionário deve-se utilizar os seguintes meios ou recursos:
- Entrevistas com os profissionais vinculadas às áreas abrangidas pelo trabalho de 
auditoria fiscal
24
- Testes documentais, ou seja, exame de uma amostragem da documentação 
emitida em relação as operações efetuadas no período abrangido pela revisão e 
avaliação dos procedimentos fiscais.
4 3 4 Mapas de Evidências Documental e Escriturai.
Os auditores devem formalizar a realização das tarefas delineadas no programa de 
auditoria fiscal através de mapas de evidências documental e escriturai. Desta forma, 
nestes mapas deverão constar dados e informações sobre documentos fiscais recebidos e 
emitidos, assim como dos respectivos lançamentos fiscais, que comprovam a adequação ou 
inadequação dos procedimentos fiscais utilizados pelos estabelecimentos abrangidos pela 
auditoria fiscal.
Em suma temos os aludidos mapas como um valioso instrumento de avaliação da 
qualidade e extensão do serviço de auditoria fiscal.
4.3.5 Revisão Técnica do Serviço
Concluídas as tarefas delineadas nos tópicos anteriores, os correspondentes papéis 
detrabalho deverão ser enviados ao Auditor-Gerente, independente de ser uma auditoria 
interna ou externa, para que o mesmo proceda à revisão técnica do resultado da análise e a 
avaliação dos procedimentos fiscais.
Após a aludida revisão técnica, os papéis de trabalho retomam ao Auditor- 
Supervisor e seu Assistente para que esses profissionais procederam a uma verificação das 
observações, recomendações e comentários articulados pelo Auditor-Gerente.
4.3 6 Emissão do Relatório em Forma de Rascunho para Discussão
A emissão do relatório deve observar determinados critérios quanto ao estilo 
redacional e a própria estrutura do texto. Podemos observar a contextualidade deste 
relatório no tópico 4.7 deste trabalho.
Caberá ao Auditor-Gerente proceder ao controle de qualidade que o conteúdo 
técnico do relatório e em seguida, o Auditor-Gerente deve encaminhar cópias do relatório 
aos diversos setores, da empresa candidata, que estejam diretamente ligadas aos impostos 
indiretos.
25
AC
4.3.7 Discussão Técnica Sobre o Conteúdo do Relatório
Num prazo de aproximadamente 15 (quinze) dias úteis da data do encaminhamento 
do relatório aos profissionais que executam funções com os impostos indiretos ou que 
estejam ligados a estes, torna-se necessários a realização de uma reunião para discutir os 
respectivos comentários, observações e recomendações.
4.3.8 Emissão do Relatório em Forma Final
Após a reunião da aludida reunião, o Auditor-Gerente deve coordenar a emissão 
do relatório em forma final.
Tal relatório deve ser emitido em perfeita consonância com o resultado da 
discussão.
4.4. Levantamento de Dados Necessários à Elaboração do Programa de Auditoria 
Fiscal - IPI, ICMS e ISS
O levantamento de dados factuais da empresa, já descritos anteriormente, deve 
transcorrer de acordo com a natureza e extensão das atividades industriais, comerciais e 
prestadoras de serviços da organização empresarial. Para tanto temos o seguinte modelo:
1. Qualificação da empresa
1.1 Denominação:______________________________________________________________
1.2 Endereço:_________________________________________________________________
1.3 Objeto Social:______________________________________________________________
2. Estrutura e Atividade da Empresa
2.1 Discriminação dos Estabelecimentos:
• Operações comerciais, industriais ou Endereço
de serviços que realiza
2.2 Qualificação fiscal dos estabelecimentos quanto ao IPI, ICMS e ISS.
26
3. Identificação das transações comerciais e prestações de serviços realizadas pelo(s) 
estabelecimento(s) abrangido(s) pela Auditoria Fiscal
3.1. Especificar as operações comerciais e prestação de serviço principais.
3.2. Indicar as operações comerciais e prestações de serviços secundários
3.3. Assinalar com um "X" as operações realizadas frequentemente, com um "y" as 
efetuadas esperanças e com um "Z" as não efetuadas
( ) compras para industrialização
( ) compras para comercialização
( ) compras de bens destinados ao ativo imobilizado
( ) compras de material para uso e/ou consumo próprio
( ) vendas de produção própria
( ) vendas de mercadorias adquiridas de terceiros
( ) vendas de bens ativo imobilizado
( ) vendas de material de uso e/o consumo próprio.
( ) industrialização efetuada por outras empresas
( ) industrialização efetuada para outras empresas
( ) transferência para industrialização
( ) transferência para comercialização
( ) transferência para uso e/ou consumo próprio
( ) devoluções
( ) operações com depósito fechado ou de terceiros
( ) operações com armazém geral
( ) beneficiamento
( ) montagens
( ) instalações
( ) acondicionamentos
( ) recondicionamentos
( ) revisão de máquinas e equipamentos
27
ou iras operações
( )____________
( )
4 Indicar as operações realizadas com isenção do IPI ("V"), com suspensão do IPI 
("X”).com não tributação do IPI ("Y”), com alíquota zero IPI (”Z”). e com alíquota 
especial (”K").
( )___________________________________________________________________________________________
( )____________________________________________________________________________________________
5 Indicar as operações efetuadas com não incidência do ICMS (”X”), com isenção 
do ICMS ("Y"), com diferimento do ICMS (”Z”), com redução de alíquota (”W“) 
e regime especial (”K”).
( ) ___ _____________________________________________________________________________
( )___________________________________________________________________________________________________
6 Comentar aspectos operacionais importantes, no dia-a-dia da empresa, que não 
estejam abrangidas nos itens anteriores.
28
4 5 Programa Específico à Auditoria Fiscal. IPI, ICMS E ISS
ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
REI’. 
AOS 
PIS
DATA
l.\L'. IToR 
LXJ
SERVIÇO
1 REVISÃO DOS DADOS CADASTRAIS DOS ESTABELECIMENTOS:
1 1 Analisai a adequação e atualização da Ficha de Cadastro dos das 
Pessoas Jurídicas e do Cadastro Geral de Contribuinte - CGC.
1 2 Analisar a adequação e atualização das indicações constantes na 
Ficha de Atualização Cadastral - FAC e da Ficha de Inscrição 
C adastral - FIC - ICMS
1 3 Indicações constantes na Ficha de Atualização Cadastral - FIC e
da Ficha de Inscrição C adastral - FIC - ICMS
1.4 Analisar a adequação e atualização dos dados constantes no 
Cadastro de Contribuição do ISS
2 AN ALISE DA QUALIFICAÇÃO FISCAL DO ESTABELECIMENTOS:
2 1 Verificação quanto a qualificação fiscal (IPI, ICMS e ISS) de 
cada estabelecimento se está ajustada as operações industrias, 
transações comercias e prestações de serviços realizados.
3. ANALISE E AVALIAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS FISCAIS 
ADOTADOS NAS OPERAÇÕES INDUSTRIAIS, TRANSAÇÕES 
MERCANTIS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS:
3 1 Compras para Industrialização e/ou comercialização.
• Adequação e legitimidade dos procedimentos adotados no 
aproveitamento dos créditos do IPI e do ICMS destacando nas 
Notas Fiscais (NF) recebidas dos fornecedores diversos.
• Observância dos procedimentos aplicáveis as situações em que há 
proibição legal para o aproveitamento dos créditos.
• Observância dos procedimento relacionados com a obrigatoriedade 
de estorno de créditos.
29
• Adequação dos classificações fiscais, bases de cálculo dos 
impostos e respectivas alíquotas constantes nos NFs dos 
fornecedores.
• Existência de crédito fiscais legítimos nào-aproveitados na época 
própria
Adequação do método e formas de escrituração fiscal
3 2 Compras para bens destinados ao Ativo Imobilizado
• Observância dos procedimentos específicos à vedação aos créditos 
do 1P1
• Adequação dos procedimentos adotados no aproveitamento dos 
créditos do 1P1 relativo a máquinas, aparelhos e equipamentos 
relacionados na Portaria Ministerial n° 349/80.
• Correção das Notas Fiscais recebidas dos fornecedores.
Adequação do método e formas de estruturação fiscal.
3 3.Compras de Material de uso ou Consumo Proprio
• Adoção dos procedimentos específicos a redução do creditamento 
do 1P1
• Adequação dos procedimentos adotados no aproveitamento dos 
créditos do ICMS, a partir de 1° de janeiro de 1997. (inciso 11, 1°, 
art 49 da lei 12670/96)
• Correção das NFs recebidas dos fornecedores.
Adequação do método e formas escriturarias fiscal.
3.4 Vendas de Produção Própria e/ou de Terceiros
• Adequação e legitimidade dos procedimentos adotados na 
quantificação dos impostos - IP1 e ICMS - incidentes nas vendas 
de produtos industrializados no estabelecimento vendedor.
• Adequação e observância quanto as NFs emitidas.
• Adequação do método e formas de escrituração fiscal
30
• Observância e ordem cronológica no lançamento das NFs emitidas
• Lançamento dos NFs nas colunas apropriadas nos livros fiscais.
3.5. Vendas de Bens do Ativo Imobilizado
• Utilização dos procedimentos específicos às vendas favorecidas ou 
não com a exclusão dos débitos fiscais.
• Adequação e correção na emissão das NFs.
Adequação do método e formas de escrituração fiscal.
• Observância da ordem cronológica no lançamentodos NFs 
emitidos
• Lançamento das NFs nas colunas apropriadas dos livros fiscais
3.6. Transferência de Mercadorias
• Adequação e legitimação dos procedimentos adotados na 
quantificação dos impostos - IPI e ICMS incidentes nas 
transferências intra-estaduais e interestaduais
• Adequação e correção na emissão das NFs
Adequação do método e formas de escrituração fiscal
3.7. Transferências de Bens do Ativo Imobilizado
• Utilização e observância dos procedimentos específicos às 
transferências favorecidas ou não com a exclusão dos débitos 
fiscais
• Observância na emissão dos NFs.
Adequação do método e formas de escrituração fiscal
3.8. Devoluções
• Adoção dos procedimentos a serem observadas pelo 
estabelecimento que fizer a devolução
• Observância dos procedimentos a serem observados pelo 
estabelecimento que receber o produto em devolução.
31
3.9. Operações com Depósito Fechado ou de Terceiros
• Adequação e legitimidade dos procedimentos utilizados nas 
operações com depósito fechado ou de terceiros.
3.10. Operações com Armazém-Geral.
• Adequação e legitimidade dos procedimentos nas operações nas 
operações com armazém geral, dentro do estado ou interestadual.
3.11. Operações de Fornecimento de Mercadorias com prestação de 
Serviços.
• Observância se os serviços estão compreendidos ou não na 
competência tributária dos municípios.
3.12. Operações de Prestação de Serviços de Transportes 
interestadual e intermunicipal
• Adequação e observância dos créditos
3.13. Operações com prestação de serviços onerosas se serviços de 
comunicação
• Adequação da legitimidade dos devidos procedimentos.
3.14. Consertos Gratuitos e Onerosos.
• Aplicação e legitimidade dos procedimentos utilizados nos 
consertos gratuitos e onerosos.
3.15. Operações de Montagem Realizadas fora do estabelecimento do 
executor da encomenda.
• Adequação ao procedimento utilizados nas operações de 
montagem realizadas com mercadorias fornecidas pelo executor 
da encomenda.
32
4 6 Questionário de Auditoria Fiscal - IPI, ICMS e ISS
A aplicação do questionário de auditoria fiscal processa-se mediante a observância das 
diretrizes a seguir mencionadas:
I) O auditor fiscal deverá proceder a urna criteriosa leitura dos tópicos e quesitos para a 
necessária familiarização com a estrutura, forma e conteúdo do questionário
II) Ao quesitos deverão ser respondidos mediante o preenchimento das colunas "sim" ou 
"não", conforme o caso e “ny da Obs”’
III) Quando o estabelecimento estiver observando o procedimento fiscal mencionado no 
quesito, deve-se marcar um "X" na coluna do "sim" ou do "não";
IV) Na coluna "n~ da obs." deve-se indicar o número do papel de trabalho (PT) no qual 
consta a especificação das pessoas entrevistadas e dos documentos testados para 
responder o quesito.
COMPRAS PARA INDUSTRIALIZAÇÃO E/OU COMERCIALIZAÇÃO
1 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM O CREDITAMENTO 
DOS IMPOSTOS - IPI E ICMS
I I Nas entradas por compras de mercadorias a serem utilizadas em 
processo de industrialização
SIM NÃO N-da
OBS.
1 1 1 1P1
• Está sendo aproveitado o crédito do IPI destacado nos NFs
referentes às compras de matérias-primas, produtos intermediários 
e material de embalagem, destinados ao emprego na 
industrialização de produtos sujeitos ao débito deste imposto9 ____
• Esta sendo aproveitado o credito do IPI, quando cabível, à vista do
documento fiscal que lhe confira legitimidade, no período que 
fiscal correspondente à efetiva entrada dos produtos no 
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial9 ____
I 1 2 IC MS
• Esta sendo aproveitado o credito do ICMS destacado nas NFs 
referentes as compras de matérias-primas, produtos
intermediários e matérias de embalagem empregados na 
industrialização de mercadorias sujeitas ao débito deste imposto9____
• Esta sendo efetuada o crédito do ICMS, quando cabível, à vista
das NFs que lhe confira legitimidade no período fiscal em que se 
verificar a efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento9 ____
I 2. Nas entradas por compras de mercadorias a serem 
comercializadas
I 2 I IPI
• O estabelecimento comercial equiparado a industrial, por opção
legal, está aproveitando o credito do IPI destacado nas NFs 
referentes as compras de bens de produção para posterior venda a 
industrias ou revendedores9 ____
• O estabelecimento industrial esta aproveitando o crédito do IPI 
destacado nas NFs referentes compras de matérias-primas, 
produtos intermediários e material de embalagem destinadas a 
posterior transferências ou venda, para industrialização ou 
revenda, conforme o caso9
1 2 2 ICMS
• Esta sendo aproveitada o crédito do ICMS destacado nas NFs 
referentes às compras de mercadorias que serão revendidas com 
debito deste imposto9
2 PROCEDIMENTO RELACIONADOS COM A PROIBIÇÃO DO 
APROVEITAMENTO DO CREDITO DOS IMPOSTOS IPI e ICMS
2 I Nas entradas por compras de mercadorias a serem utilizadas em 
processo de industrialização.
34
2 I 1 IPI
• Está sendo observada a proibição legal para o aproveitamento do 
credito do IPI destacado nas notas fiscais referentes âs compras de 
matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, 
que tenham sido empregados na industrialização, ainda que para 
acondicionamento, de produtos isentos, não tributados, com 
alíquotas zero ou com suspensão do imposto3 * * * * * 9
3 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM A
OBRIGATORIEDADE DO ESTORNO DO CREDITO DOS
IMPOSTOS - IPI E ICMS
3 1 Aproveitamento nas entradas por compras de mercadoria que
foram utilizadas em processo de industrialização.
3 11- IPI
• Está sendo anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito 
do IPI destacado nas notas fiscais referente às compras de
2 12 ICMS
• Está sendo observado a proibição legal para o aproveitamento do 
credito do ICMS destacado nas Notas Fiscais referentes às 
compras de matérias-primas, produtos intermediários e material de 
embalagem destinadas a emprego na industrialização de produtos 
cuja saída não seja tributada por este imposto9 (inciso VI, art.65 
do Decreto 24569/97)
2 2 Nas entradas por compras de mercadorias a serem
comercializadas
• Esta sendo observada a proibição legal para o aproveitamento do 
credito do IPI e do ICMS destacados nas Notas Fiscais referentes 
as compras de mercadorias para revenda (produtos intermediários 
e material de embalagem - IPI) para venda ou revenda obrigado 
por isenção destes impostos ?
35
matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagens 
que tenham sido na industrialização de produtos cujas saídas 
sejam com isenção do imposto, sendo estas circunstâncias 
imprevisíveis na data da entrada, ou seja os produtos cujas 
alíquotas foram reduzidas a zero, após a data das respectivas 
entradas9
• Foi anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI 
destacado nas NFs referentes às compras, que tenham sido 
empregados na industrialização de produtos definidos, pela tabela 
do IPI, como não tributados ,em data referente às respectivas 
entradas?
• Foi anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI 
referente às compras que hajam sido furtadas ou roubadas, 
inutilizadas ou deterioradas ou, ainda, empregadas em outros 
produtos que tenham tido a mesma sorte9
3.1.2 ICMS
• Foi anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do 
ICMS destacados nas notas fiscais referente às compras que 
tenham sido empregadas na industrialização de produtos objetos 
de saídas ou prestação de serviço não tributos ou isentos, sendo 
esta circunstância imprevisível na data da entrada ou na utilização 
do serviço.
• Foi anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do 
ICMS referente às compras diversas que foram deterioradas ou 
tenham sido objeto de roubo, furto ou extravio?
3.2 Aproveitamento nas estradas por compras de mercadorias a 
serem comercializadas.
36
3.2.1 - IPI
• O estabelecimento anulou, mediante estorno na escrita fiscal, o 
crédito doIPI destacado nas notas fiscais referentes às compras 
diversas, que hajam sido comercializadas para consumo próprio 
(no caso de industrial), ou que hajam sido deterioradas, objeto de 
roubo, furto ou extravio?
3.2 2 ICMS
• Está sendo anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito 
do ICMS destacado nas notas fiscais referente às compras 
diversas, bens como as respectivas prestações de serviços sujeitas 
ao ICMS, que foram posteriormente utilizados para uso ou 
consumo até 31 de dezembro de 1997, ou que hajam sido 
perecidoSjdeterioradoSjObjeto de roubo, furto ou extravio?
4 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM O 
CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
4 1. REQUISITOS DAS NOTAS FISCAIS.
4.1.1. Contém as notas fiscais recebidas dos fornecedores, as 
indicações abaixo especificadas?
- Denominação ccNotas Fiscal”;
- Número de Ordem, Série e número da via;
- Natureza da operação e Código Fiscal de Operações;
- Data de Emissão;
- Nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CGC, do 
estabelecimento destinatário e do emitente;
- Discriminação das mercadorias e classificação fiscal dos produtos, 
previstos pela legislação do IPI, quando for o caso;
- Os valores, unitário e total, das mercadorias e o valor total das 
operações, as alíquotas do IPI e do ICMS e os seus respectivos 
valores, quando for o caso;
37
- Os valores unitários e total, das mercadorias e o valor total das 
operações, as alíquotas do 1P1 e do ICMS e seus respectivos valores, 
quando for o caso,
- O nome do transportador, seus dados e por conseguinte do 
veiculo.
- Outros
4 I 2 Nos casos de aquisição de produtos isentos não tributados, 
com suspensão ou com aliquota zero, as notas fiscais recebidas dos 
respectivos fornecedores contém a devida indicação no seu 
"corpo" seguida da declaração do dispositivo legal ou 
legulamentar que autoriza a concessão tanto para IPI como para____
ICMS9
4 13 Nos casos de aquisição de produtos estrangeiros importados 
diretamente pelos fornecedores ou por ele adquiridos no mercado 
interno, as respectivas notas fiscais contém as indicações 
"Produtos Estrangeiro de Importação Direta" ou "Produtos 
Estrangeiros Adquiridos no Mercado Interno", conforme o caso9 ____
114 Operações com diferimento do pagamento do ICMS consta 
expressamente nos documentos fiscais ou emitidos9
4 2 Método e formas de escrituração fiscal
•4 2 1 \s notas fiscais recebidas dos fornecedores estão sendo 
escrituradas no registro de Entradas, individualmente, em ordem 
cronológica de entrada9
4 2 2 Os registros de entradas estão devidamente especificados, 
mediante o preenchimento das colunas abaixo especificadas, com 
ou sem direito de crédito ? ____
- "Data de entrada" ____
38
“Documento Fiscal"
“Procedência
“Valor Contábil”
“Condições"
"ICMS”
• “Base de calculo", se for o caso
• “Alíquota”, idem
• “Imposto Creditado", idem
• “Outros” idem
11’1”
• “Base de calculo", se for o caso
• “Imposto Creditado", idem
• “Outros”, idem
COMPRAS DE BENS DESTINADAS AO ATIVO IMOBILIZADO
1 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM A VEDAÇÃO SIM NÃO N~ da 
AOS CRÉDITOS DO IPI DO ICMS PELAS COMPRAS |___________ OBS
I 1 Esta sendo observado a proibição legal para o aproveitamento do 
credito do IPI destacado nas notas fiscais referentes às aquisições de 
bens destinados ao ativo imobilizado9 ____ ____ ______
1 2. Esta sendo observado a proibição legal para o creditamento de
bens que se destinam a imobilização, porém destinada a 
administração9 ________________
2 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COMO
( REDITAMENTO DO IPI E DO ICMS CONCERNENTE AS 
INTEGRAÇÕES AO ATIVO IMOBILIZADO.
2 I O direito ao crédito do IPI e do ICMS está sendo exercido
somente pelo estabelecimento industrial ou comercial9 ________________
2 2 As máquinas, aparelhos e equipamentos industriais incentivadas 
foram produzidos neste pais, bem como a sua integralização ao 
imobilizado9
2 3 Os bens diversos foram destinados ao processo industrial ou 
comercial conforme o caso9
2 4 Os bens diversos que foram adquiridos para o ativo imobilizado, 
estão industrializando produtos tributados pelo o IPI e ICMS, 
conforme o caso, ou gerando comércio de produtos tributados____ _____ _____
pelo ICMS 9
COMPRAS DE MATERIAL DE USO OU CONSUMO 
PRÓPRIO
1 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM A VEDAÇÃO 
AOS CRÉDITOS
1 I Esta sendo observado a proibição legal ao crédito do 1P1 e do
SIM NÀO N<Jda
OBS
ICMS (ate 31 de dezembro de 1997) destacando nas notas fiscais
referentes as aquisições de material de uso ou consumo próprio 9 ____
40
VENDAS DE PRODUÇÃO PRÓPRIA E/OU DE TERCEIROS
1 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM OS CÁLCULOS 
DOS IMPOSTOS IPI E ICMS
I I Incidentes nas saídas por vendas de produtos industrializados no 
estabelecimento vendedor.
III IPI
• O 1P1 esta sendo calculado sobre o preço de venda9
• No preço de venda estão sendo excluídos as despesas de 
transporte e seguro, quando escriturados separadamente, por 
especie, na nota fiscal9
I I 2 - ICMS
• O ICMS esta sendo calculado sobre o valor da venda9
• No valor de venda, estão sendo incluídas todos as importâncias, 
despesas acessórios, juros, acréscimos, bonificações ou outras 
vantagens a qualquer titulo recebidas pelo vendedor 9
I 2 Incidentes nas vendas de mercadorias de produção de terceiros.
• O IPI incidente nas vendas de matérias-primas, produtos 
intermediários e material de embalagem, realizados por 
estabelecimento industrias, esta sendo calculado sobre o preço de 
venda, bem como o IPI incidente nas vendas de bens de produção 
para estabelecimento industriais ou revendedores9
• Nas vendas de mercadorias adquiridas de terceiros, o ICMS está 
sendo calculado sobre o valor de venda, quando devido9
2 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM O 
COMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
2 I Requisitos das Notas Fiscais.
2 11 Contém as notas fiscais emitidas pela entidade vendedora as 
indicações a seguir especificadas9
- Denominação "Notas Fiscais", n° de ordem, série e numero da via ,
- Natureza da operação, CFOP ,
SIM NÀO N- da
 OBS
41
- Data de emissão, nome, endereço, n~ de inscrição, estadual e no
C GC, do estabelecimento destinatário e do emitente,
- Discriminação das mercadorias,
- Os valores, unitário e total, das mercadorias e o valor total das
operações,
- Destaque do IPI e do ICMS, se devidos;
- O nome do transportador seus dados e seu respectivo veiculo.
- Outros
2 12 A circunstância de que a venda esta beneficiada por isenção, 
suspensão, não tributação ou alíquota zero do IPI está sendo 
mencionada na NF, indicando-se o dispositivo legal respectivo9 ____
2.1.3 A circunstância de que a venda está beneficiada por isenção, 
não incidência ou diferimento do ICMS está sendo mencionada no 
documento fiscal, indicando-se o dispositivo legal respectivo9
2 2 Método e forma de escrituração fiscal
2 2 1 As NF referentes as vendas estão sendo escrituradas, no 
registro de saidas, em ordem cronológicas e de acordo com o ____
CFOP9
2 2 2 A escrituração do registros de saída das NFs referentes às 
vendas esta sendo feita mediante o correto preenchimento das 
colunas constantes no livro9
V ENDAS DE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO
1 INDUSTRIALIZADOS OU IMPORTADOS 
ESTABELECIMENTO QUE EFETIVA A VENDA
PELO SIM NÀO N‘-’da
OBS
1 I Procedimentos relacionados com as vendas favorecidas com a exclusão dos débitos 
fiscais
• Foi utilizada a figura da não-incidéncia de IPI e do ICMS nas 
vendas de bens incorporados ao ativo imobilizado - incorporado há 
mais de cinco anos9
42
I 2 Procedimentos relacionados com as vendas não favorecidas com
a exclusão dos débitos fiscais.
• As vendas de bens do ativo imobilizado incorporados há menos de
cinco anos - foram realizados com débitos do IPI9
• As vendas de bens do ativo imobilizado - incorporados há menos 
de cinco anos - em caso de contribuinte do ICMS emitiu nota 
fiscal.
- Sem destaque do ICMS, observada a regra de estorno previsto no Io
do artigo 66 do Decreto 24569/97°
- Com destaque do ICMS, mantendo crédito com que o bem foi 
gravado por ocasião da entrada9
2 ADQUIRIDOS NO MERCADO NACIONAL
Segue a metodologia do item I anterior
TRANSFERÊNCIA DE MERCADORIAS
I PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM OS CÁLCULOS
DOS IMPOSTOS INCIDENTES.
1 1 Nas transferências intra-estaduais
1 I I IPI
• Esta sendo utilizado como base de calculo do IPI - nas 
transferências de produtos acabados - o “Preço corrente no 
mercado atacadista da praça do remetente”9
• Esta sendo utilizado como base de cálculo do IPI - nas 
transferências de produtos semi-acabados para os quais inexiste 
preço corrente de mercado - um montante equivalente ao custo de 
fabricação do produto parcialmente industrializado, acrescido de 
todos os custos a ele apropriados e da margem de lucro normal no 
ramo do negócio explorado9
1 1 2 ICMS
Esta sendo utilizado como base de calculo do ICMS um 
montante equivalente ao custo das mercadorias? (§ 62, art. 25 do 
Decreto 24569/97)
43
SIM NÃO N-da
OBS
1 2 Nas transferências interestaduais
1 2 1 IP!
• Esta sendo utilizado como base de calculo do IPI um montante 
equivalente a 75% do preço de venda do destinatário atacadista, 
deduzidas ás despesas de transporte e seguro 9
(inciso I, art 64 do decreto 87.981/82)
I 2 2 ICMS
• Esta sendo utilizado como base de cálculo do ICMS o preço 
corrente no mercado atacadista da praça do remetente9
• Esta sendo utilizado como base de cálculo do ICMS o preço FOB 
estabelecimento industrial ou comercial a vista, se o remetente for 
industrial ou comercial9
TRANSFERÊNCIA DE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO
I INDUSTRIALIZADOS OU IMPORTADOS PELO
ESTABELECIMENTO QUE EFETUA A TRANSFERÊNCIA.
SIM NÀO N-da
OBS
1 1 Procedimentos relacionados com as transferências de bens do 
ativo imobilizado favorecidos com a exclusão dos débitos fiscais.
• Esta sendo utilizado a figura da suspensão ou da não-incidência do 
1P1 nas transferências de bens incorporados ao ativo imobilizado,
em caso de suspensão incorporados há mais de cinco anos ? ____
1 2 Procedimentos não favorecidos com a exclusão dos débitos 
fiscais.
• As transferências de bens do ativo imobilizado-incorporado ha
menos de cinco anos - estão sendo realizados com debito do IPI9 ____
• O IPI esta sendo calculado sobre o um valor equivalente ao custo 
de industrialização ou importação, conforme o caso, acrescido dos 
demais custos a ele apropriados e da margem de lucro normal no 
ramo do negocio explorado 9
• Esta sendo feito o devido destaque do ICMS nas transferências 
para outro estabelecimento, ainda que do mesmo titular, quando 
devido 9
44
2. ADQUIRIDO NO MERCADO INTERNO
* Está Sendo utilizada a figura da L‘não-incidência do IPI” nas 
transferências internas 9
• Está sendo feito o destaque do ICMS, se devido, nas transferências 
internas9
DEVOLUÇÕES DE MERCADORIAS
I PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS
ESTABELECIMENTO QUE FIZER A DEVOLUÇÃO
PELO SIM NÃO N-da
OBS
I I Esta sendo imitada NF para acompanhar o produto devolvido, 
com a declaração do n", data da emissão e o valor da operação 
constante no documento originário ?
1.2 Esta sendo indicado ou destacado, na NF de declaração, o IPI e o
ICMS, se devidos, concorrentes às quantidades devolvidas 9
I 3 lista sendo mencionada na NF de devolução a causa da 
devolução?
2 PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS PELO
ES I ABELECIMENTO QUE RECEBER O PRODUTO EM 
DEVOLUÇÃO
2 1 Estão sendo lançadas, nos livros registros de entradas e registro 
de controle da produção e do estoque, as NFs recebidas na ordem 
cronológica da entrada dos produtos ou mercadorias no 
estabelecimento 9
2 2 Ha provas, nos registros contábeis e demais elementos de sua 
escrita, do ressarcimento da devolução mediante crédito do
45
correspondente valor, restituição do preço ou substituição do 
produto0
2 3 Esta sendo aproveitado o credito do IPI e do ICMS, se devidos, 
indicado no corpo da NE de devolução quando da reentrada9
OPERAÇÕES COM DEPÓS1TO-FECHADO
1 PROCEDIMENTOS COM REMESSA PARA DEPÓSITO 
FECHADO SITUADO NO MESMO ESTADO ONDE ESTÁ
SIM NÂO N-da
 OBS
DOMICILIADO O ESTABELECIMENTO DEPOSITANTE
1 I Na remessa da mercadoria, o estabelecimento depositante esta 
emitindo NE contendo o valor de aquisição das mercadorias, a 
natureza da operação - “remessa para depósito fechado'1 - e demais 
requisitos necessários9
I 2 Na NF mencionado no item “1.1” acima, consta: “Suspensão do 
IPI de acordo com o artigo 36, inciso XI do decreto 87981/82", 
quando o depositante for industrial ou a ele legalmente equiparado, e 
“Suspensão do ICMS de acordo com o artigo 4a, inciso X do decreto 
24569/97”, quando o depositante for contribuinte do ICMS9
2 PROCEDIMENTOS COM RETORNO DE MERCADORIAS 
PARA ESTABELECIMENTO DEPOSITANTE SITUADO NO 
MESMO ESTADO DO DEPÓSITO FECHADO.
2 I No retorno de mercadorias, o depósito fechado está emitindo NF 
contendo a natureza da operação “retorno de mercadoria 
depositados" e demais elementos que a legislação exige9
46
2.2 O valor da mercadoria que deverá constar na NF acima 
corresponde àquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito 
fechado?
2.3 Na NF mencionada consta a mensão de não lançamento ou 
destaque do IPI e do ICMS respectivamente e o correspondente 
fundamentação legal?
• OPERAÇÕES COM ARMAZÉM GERAL
• OPERAÇÕES DE FORNECIMENTO DE MERCADORIAS 
COM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
• OPERAÇÕES DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE 
TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL
• OPERAÇÕES COM PRESTAÇÕES ONEROSAS DE 
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO
CONSERTOS GRATUITOS E ONEROSOS
1 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM AS OPERAÇÕES
GRATUITAS DE CONSERTOS.
SIM NÃO NQda
OBS
1.1 IPI
• As operações gratuitas de conserto - em virtude de garantia - estão 
sendo relacionadas ao abrigo da figura da não-incidência do IPI, 
bem como o emprego de partes e/ou peças?
• Está sendo efetuado o estorno do crédito original do IPI destacado 
nas NFs de aquisição de bens diversos utilizados na fabricação das 
partes ou peças empregadas nas operações gratuitas de conserto 
em virtude de garantia?
1.2 ICMS
• Está sendo efetuado o débito do ICMS incidente no emprego de 
partes e/ou peças aplicadas na operação gratuita de conserto em 
virtude de garantia?
47
1.3 ISS
• Está sendo efetuado o recolhimento do ISS incidente na operação 
gratuita de conserto em virtude de garantia9
2 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM AS OPERAÇÕES 
ONEROSAS DE CONSERTOS.
2.1 IPI
• A operação de conserto de produtos usados - pertencentes a 
terceiros não estabelecidos com o comercio de tais produtos - está 
sendo realizada ao abrigo da figura da não-incidência do IPI, bem 
como o emprego de partes e/ou peças?
• Foi observada a proibição legal para o aproveitamento do crédito 
do IPI destacado nas NFs de aquisição de produtos que foram 
utilizados no preparo das partes e/ou peças para emprego na 
operação de concerto onerosa?
2.2 ICMS
• Está sendo efetuado o crédito do ICMS incidente no emprego de 
partes e/ou peças no conserto de máquinas ou aparelhos9
2.3 ISS
• Está sendo efetuado o recolhimento do ISS incidente sobre o valor 
da mão-de-obra utilizada na operação de conserto de máquinas e 
aparelhos?
OPERAÇÕES DE MONTAGEM REALTZADAS FORA DO
ESTABELECIMENTO DO EXECUTOR DA ENCOMENDA
SIM NÃO N1 2 da1 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS ÀS OPERAÇÕES DE
MONTAGEM REALIZADAS COM MERCADORIAS
FORNECIDAS PELO EXECUTOR DA ENCOMENDA
OBS.
48
• Na determinação da base de cálculo do IPI e do ICMS - incidente 
nas operações de montagem realizadas com mercadorias fornecidas 
pelo executor da encomenda - estão sendo incluídas as parcelas a 
seguir:
- Preço cobrado pelas mercadorias fornecidas, e
- Preço cobrado pelo serviço de montagem
1. ICMS
• Está sendo observado a incidência do ICMS no fornecimento de 
peças na revisão de máquinas, aparelhos e equipamentos .
2. ISS
• Está sendo efetuado o recolhimento do ISS incidente sobre a mão- 
de-obra utilizada na operação de limpeza de máquinas eequipamentos?
• O ISS incidente na operação mencionada acima está sendo 
calculada sobre o preço cobrado pela referida mão-de-obra?
49
4.7 RELATÓRIO DE AUDITORIA FISCAL - IPI, ICMS E ISS
Para melhor entendimento, a elaboração do modelo de relatório, devemos 
considerar a seguinte situação hipotética.
A diretoria da empresa “A”, com sede em Fortaleza-Ce, determinou ao gerente da 
Divisão de Auditoria Interna que procedesse a uma auditoria fiscal nas áreas do IPI, ICMS 
eISS.
Vamos supor que a equipe de trabalho aplicou os devidos procedimentos como 
estão descritos neste trabalho.
Concluídas as tarefas constantes do programa, evidenciou-se que a empresa “A” 
não observou adequadamente os procedimentos a seguir: transferências de mercadorias, 
devoluções, venda de bens do ativo imobilizado e revisão de máquinas e equipamentos. 
Desta forma, temos:
Fortaleza,
Para: De:
(Nome do Diretor Controller). (Nome do Gerente da Divisão de
Auditoria Interna).
CC___________________________
(Nome do Gerente ou chefe da Divisão
de Impostos, se houver).
Ref: Relatório de Auditoria Fiscal - IPI, ICMS e ISS
Segue, anexo, nosso relatório referente a execução do serviço de auditoria 
fiscal nas áreas do IPI, ICMS e ISS, conforme solicitação da diretoria desta sociedade, 
contida no mesmo ne /
Atenciosamente,
50
RELATÓRIO DE AUDITORIA FISCAL - IPI, ICMS E ISS
ESTABELECIMENTO SITUADO NA___________________ N2_______
FORTALEZA-CE.
1.1 IPI - Base de cálculo inadequada nas transferências intra-estaduais de produtos semi- 
acabados.
Foram realizadas diversas transferências de produtos semi-acabados para outro 
estabelecimento industrial desta empresa, situada na avenida_________________ ne_____
Fortaleza-Ce. O estabelecimento destinatário concluiu o processo de industrialização dos 
referidos produtos e, em seguida, procedeu à sua comercialização no mercado atacadista.
Através de testes documentais verificamos que a empresa está utilizando, na 
referida operação, como base de cálculo do IPI, um montante equivalente ao custo de 
fabricação do produto semi-acabado.
A base de cálculo do IPI, atualmente na aludida operação, não atende as exigências 
vigentes na legislação do IPI.
Nas transferências de produtos semi-acabados deve-se utilizar, como base para 
cálculo do IPI, um montante equivalente ao custo de fabricação do produto parcialmente 
industrializado, acrescido de todos os custos a ele apropriados e da margem de lucro no 
ramo do negócio.
Cumpre-nos mencionar, ainda, que o regulamento do IPI em vigor faculta o 
emprego da figura suspensiva deste imposto nas transferência de produtos para 
comercialização ou industrialização com posterior comercialização, realizadas entre 
estabelecimentos de uma mesma firma.
Através de resultados de levantamentos fiscais realizados em decorrência dos 
serviços dessa auditoria ficou evidenciado que o emprego na operação em exame, da 
aludida figura suspensiva do IPI, possibilitará à empresa o adiamento do ônus fiscal e, 
consequentemente, um maior aproveitamento do seu capital de giro.
Em face do exposto, recomendamos o emprego da figura suspensiva do IPI - 
prevista no inciso XVII do artigo 36 do atual regulamento do IPI - na operação em exame.
1.2 Falta de aproveitamento do crédito do IPI indicado no corpo de notas fiscais referentes 
às devoluções de produtos.
51
Verificamos que o estabelecimento nào está aproveitando o crédito do IPI indicado 
no corpo das Notas Fiscais, referentes a devolução de produtos que não serão objetos de 
.saída com debito deste imposto.
Cumpre-nos mencionar que, nas reentradas a titulo de devolução, é perfeitamente 
cabivel o creditamento do IPI indicado no corpo das respectivas notas fiscais, 
independente de nova saída com débito do imposto Contudo, não sendo mais o produto 
devolvido objeto de saída subsequente com débito do IPI, deverá ser efetuado o estorno 
do credito do IPI destacado nas notas fiscais de aquisição de matérias-primas, produtos 
intermediários e material de embalagem empregados na sua industrialização
I 3 ICMS - Base de cálculo inadequada nas transferências interestaduais.
Constatamos que o estabelecimento esta utilizando como base de cálculo do ICMS, 
nas transferencias de mercadorias para estabelecimentos situados noutros Estados da 
Federação, um montante equivalente ao custo de fabricação.
A base de cálculos não atende às exigências da Legislação Tributária do ICMS, 
vigente no Estado do Ceará.
Contudo esclarecemos que deve-se utilizar como base de calculo do ICMS um 
valor correspondente ao ‘‘preço corrente no mercado”
Cumpre-nos mencionar que o processo de apuração do preço corrente de certa 
mercadoria num determinado mercado, implica o exame da totalidade das transações 
mercantis realizadas inclusive de outros estabelecimentos comerciais, seus concorrentes
Diante do exposto, julgamos necessário a adoção de providências visando a 
obediência dos procedimentos adequados no processo de quantificação da base de calculo 
aplicável nas transferências interestaduais de mercadorias
I 4 - Tratamento fiscal inadequado na venda de bens do ativo imobilizado.
Foi constatado a venda de bens do ativo imobilizados adquiridos no mercado 
nacional A referida venda foi formalizada através da emissão de notas fiscais com débito 
do IPI
Em face do exposto, cumpre-nos informar que a venda de bens do ativo 
imobilizado, adquiridos no mercado nacional, não concretiza o primeiro ângulo da hipótese 
de incidência do IPI Assim, a referida operação é irrelevante para fins do nascimento da 
obrigação principal deste imposto
52
Desta forma, recomendamos a Divisão de Impostos e Taxas encaminhar expediente 
ao Fisco Federal requerendo a restituição do imposto recolhido.
I 5 Tratamento tributário anômalo na operação de conserto de máquinas e aparelhos 
usados
O estabelecimento realizou diversas operações onerosas de consertos de máquinas 
e aparelhos usados, pertencentes a terceiros não estabelecidos com o comércio de tais 
produtos Os aludidos consertos foram realizados mediante a aplicação de mão-de-obra e 
fornecimento de peças e partes.
Nas notas fiscais correspondentes aos retornos de consertos consta o destaque do 
ICMS sobre os valores representativos da mão-de-obra e das peças e partes aplicadas
O tratamento fiscal adequado consiste em gravar o ISS sobre o valor da mão-de- 
obra aplicada nos referidos consertos e o ICMS apenas sobre o fornecimento das partes e 
peças nele aplicadas
Assim, recomendamos que a diretoria estude a conveniência de proceder ao 
recolhimento do ISS sobre o valor da mão-de-obra aplicada nos consertos realizados, com 
os devidos acréscimos legais e, por outro lado, encaminhar ao Fisco Estadual pedido de 
restituição de ICMS pago indevidamente conforme foi comentado
53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade, através de técnicas próprias, estuda e controla o patrimônio, com 
a finalidade de demonstrar e fornecer informações sobre sua estrutura e sua composição, 
bem como suas variações quantitativas e qualitativas. A auditoria, como expomos, 
designa-se como uma técnica utilizada para avaliar as informações contábeis, desta forma, 
contribuindo para que a contabilidade da empresa atinja os resultados a que ela se destina
Constatamos nos primeiros capítulos deste trabalho que a auditoria fiscal designa- 
se em uma ramificação da auditoria e, portanto, executa seus procedimentos de acordo 
com as normas de auditoria usualmente aceitas, quando julgados necessários ao 
desenvolvimento dos trabalhos.
\ partir de tais definições passamos a nos ater na própria auditoria fiscal, e 
percebemos a grande importância que a mesma possui dentro de uma entidade. Assim, a 
auditoria fiscal quando aplicada, buscará como objetivo maior analisar os procedimentos 
fiscais estabelecidos pelas empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviço, a fim 
de determinar se correspondem às exigências da legislação tributaria

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