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Eritrocito Possuem +/- 120 dias de vida celular, e desempenha sua função de transportador de oxigênio, percorrendo cerca de 450 quilômetros nos vasos sangüíneos, e submetido a turbulências no coração e artérias . Com o tempo ocorre a perda de flexibilidade de sua membrana devido ao aumento do colesterol e da lipoperoxidação da dupla camada lipoprotéica.A desestruturação protéica da membrana, em especial pelas agregações da banda-3 e da 4.1, provavelmente se constituem num "sinal" para que os macrófagos reconheçam os eritrócitos envelhecidos e promovem a fagocitose. São variáveis e dependem da gravidade do quadro, da sua velocidade de instalação e dos níveis de hemoglobina. Podem ocorrer: Fadiga e fraqueza Palidez cutâneo-mucosa (pele, conjuntiva). Dificuldade de concentração Vertigens e tonturas Palpitações e taquicardia. Claudicação (dores nas pernas) Dispnéia (falta de ar) Inapetência que ocorre freqüentemente em crianças É a parte do Hemograma que avalia o ERITRÓCITO Função do Eritrócito transporte de O2 (Hemoglobina) Anemia insuficiência funcional do eritrócito (diminuição da Hemoglobina Sangüínea) Avaliação da SÉRIE VERMELHA Hemoglobina Eritrócitos Hematócrito Índices Hematimétricos: Volume Corpuscular Médio (VCM) Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) Fórmulas VCM = Ht x 10 Eritrócitos (10)6 mm3 HCM = Hb(g/dl) x 10 Eritrócitos (10)6 mm3 CHCM = Hb(g/dl) x 10 Hematócrito MORFOLOGIA DOS ERITRÓCITOS Principais Alterações Morfológicas ANISOCITOSE MICROCITOSE MACROCITOSE HIPOCROMIA POLICROMASIA POIQUILOCITOSE ANISOCITOSE é o aumento da variabilidade do tamanho das hemácias na automação é expresso em RDW (Red cell Distribution Width) ; é um índice de variação do tamanho (volume) das hemácias ou CV da distribuição do tamanho das hemácias. não especifica anormalidade hematológica valor normal: de 10 a 15% MICROCITOSE é a diminuição do tamanho dos eritrócitos. é detectado no esfregaço quando há redução do diâmetro dos eritrócitos para menos de 7,0 a 7,2 (o núcleo do pequeno linfócito cujo diâmetro é aproximadamente 8,5 pode ser o guia comparativo) em geral há uma diminuição do VCM mas isto depende da população dos eritrócitos Principais Causas de Microcitose Hereditários: - Traço de Talassemia - Talassemia Maior - Traço de Talassemia - Traço Falciforme - Doença de Hemoglobina C - Anemia Sideroblástica Congênita Adquirida: - Anemia de Doenças Crônicas - Síndrome Mielodisplásico - Anemia Sideroblástica Adquirida - Hipertireoidismo MACROCITOSE é o aumento do tamanho dos eritrócitos geralmente é acompanhado do aumento do VCM acima do limite da normalidade, mas dependendo da população macrocítica o VCM pode estar no limite da normalidade em geral os recém-natos têm uma macrocitose sem causa patológica Principais Causas de Macrocitose Alcoolismo Uso de drogas que interferem na síntese de DNA Deficiência de Vitamina B12 e Ácido Fólico Anemia Aplásica Hepatopatias Síndromes Mielodisplásicas Mieloma Múltiplo HIPOCROMIA é a redução da coloração dos eritrócitos caracterizado pela palidez da região central pode ser geral ou apenas de uma população dos eritrócitos em geral é acompanhada da diminuição do HCM e CHCM dependendo do grau de hipocromia POLICROMASIA hemácias com coloração rósea-azulado (resíduos de RNA ribossômicos) está presente após o 4º dia na regeneração pós- hemorrágica e sempre na anemia hemolítica POIQUILOCITOSE é o termo usado para indicar a presença de formas anormais de hemácias. é também comum, mas não especifica anormalidade hematológica Principais Formas de Poiquilocitose Esferocitose Ovalocitose e Eliptocitose Hemácias em Lágrimas Acantócitos Esquizócitos Hemácias em Alvo Estomatócitos Equinócitos Drepanócitos ou Hemácias Falciformes ESFEROCITOSE Principais causas: Anemia hemolítica micro angiopática (CAPACETE) Anemia hemolítica por injúria térmica (MICROCELULA) Anemia hemolítica hereditária · Podem ter picos de hemólise, no caso de agudas, ou podem ser crônicas, onde a hemólise ocorre no decorrer de toda vida do paciente. Pode ser por três motivos: Alteração da cadeia de globina da hemoglobina Qualitativa Quantitativa · Alteração de Membrana ESFEROCITOSE BOLINHA PARECIDA COM LINFOCITO, COR UNICA Principais causas: anemia hemolítica auto-imune OVALOCITOSE e ELIPTÓCITO · em geral não se tem usado estes dois termos de forma consistente · eliptocitose seria hemácias em que o diâmetro maior seria no mínimo o dobro da menor · ovalocitose seria hemácias em que o diâmetro maior seria menos que a metade da menor · estes tipos de poiquilocitose podem aparecer em anomalias hereditárias como também em anemias por deficiência de ferro, talassemia, anemia megaloblástica, mielofibrose HEMÁCIAS EM LÁGRIMA também conhecidos como dacriócitos ocorre quando há uma fibrose da medula óssea, severa deseritropoiese e anemias hemolítica são particularmente característico da anemia megaloblástica, talassemia maior e mielofibroses (idiopática e secundária) após a esplenectomia elas diminuem sugerindo que são produtos da hematopoiese extramedular ou que são formadas quando o baço causa danos na membrana das hemácias anormais ACANTÓCITOS são esféricas e apresentam de 2 a 3 espículas de diferentes tamanhos e que são distribuídos irregularmente sobre a superfície da membrana são formados provavelmente pela expansão da camada lipídica externa que comprime a membrana da hemácia (processo irreversível que ocorre “in vivo) Principais causas: Abetalipoproteinemia hereditária, Hepatopatias, Deficiência de Piruvato Quinase, Pacientes Esplenectomizados ESQUIZÓCITOS são fragmentos de hemácias formados pela fragmentação de células normais tem curta duração de vida aparecem principalmente nas Doenças Microangiopáticas e nas Anemias Hemolíticas Mecânicas HEMÁCIAS EM ALVO apresentam um aumento de coloração na área central são formadas como conseqüência de excesso de membrana em relação ao volume do citoplasma aparecem principalmente em: Anemia Falciforme, Doenças Obstrutivas, Hemoglobina C, Pacientes Esplenectomizados, Traço Falcêmico, Traço de Talassemia, Deficiência de Ferro, Anemia Sideroblástica ESTOMATÓCITOS são hemácias em que ocorre a retração da membrana e que quando corado é vista como uma fenda alongada geralmente é um artefato de preparação do esfregaço, mas pode ser real Podem aparecer em: Doenças Hepáticas devido ao alcoolismo, associado com macrocitose em pacientes que usam hidroxiuréia, Esferocitose Hereditária e Anemia Hemolítica Auto-imune após perda progressiva da membrana EQUINÓCITOS (SOL) · são hemácias que perdem sua forma discóide devido a difusão de substâncias alcalinas formando hemácias com 10 a 30 espículas reversível e regularmente distribuição Principais causas: Artefato de estocagem de sangue, Doença Hepática associada com insuficiência renal, Síndrome Hemolítico Urêmico (Burr Cells), queimaduras graves, após cardiopulmonar bypass, Deficiência de Piruvato-quinase DREPANÓCITOS ou H. FALCIFORMES (FOLCE) são hemácias em forma de foice ou banana caracterizam as síndromes falcêmicas, decorrentes da presença de Hemoglobina S, variante da Hemoglobina A, devido a troca do aa glutâmico pela valina na posição 6 da cadeia da globina esta troca altera a solubilidade da hemoglobina que se cristaliza quando submetida a baixa tensão de O2 ocorrendo a deformação das hemácias Principais Inclusões nas Hemácias Corpos de Heinz são corpúsculos de hemoglobina desnaturada, precipitada pelos corantes supravitais usados na coloração de reticulocitos são vistos quando há hemoglobinas instáveis, deficiências enzimáticas nos eritrócitos e na agressão por drogas oxidativas Corpos de HowellJolly (NUCLEO PEQUININHO) são cromossomos aberrantes, remanescentes de mitoses anômalas, vistos nas pessoas esplenectomizadas, pela falta da função filtrante do baço e nas síndromes em que há deseridropoiese Pontilhado Basófilo · são precipitados de ribossomos, muito rico em RNA · podem ser observados principalmente nas grandes policromatocitoses, talassemia minor, intoxicação pelo chumbo Corpúsculos de Pappenheimer ou Siderossomas: · são grânulos de ferro pouco visíveis na coloração do hemograma, mas facilmente notados com a coloração específica para ferro (coloração de Perls ou Azul da Prússia) Anel de Cabot: são restos de fuso mitótico, vistos na anemia megaloblástica Hemoglobina H: (ESPINHO) são precipitações intra eritrocitárias caracterizados por múltiplos corpúsculos homogeneamente distribuídos devido ao desequilíbrio da síntese de globinas alfa (diminuído e de globinas beta (normais) Parasitas : (DIGESTÃO DAS HEMACIAS) Anemias De acordo com a OMS: Anemia diminuição da taxa de hemoglobina abaixo de 13 g/dl para homens adultos, 12 g/dl para mulheres adultas e 11 g/dl para gestantes e crianças de 6 meses a 6 anos Necessidades nutricionais de Ferro / Idade: 6m – 3anos :10mg/dia adolescentes: 12 – 15mg/dia adulto: 10mg/dia gestação: 30mg/dia Função do Eritrócito transporte de O2 - (Hemoglobina) e reverso de CO2 Anemia insuficiência funcional do eritrócito (diminuição da Hemoglobina Sangüínea) Poliglobulia - expansão da massa eritróide/hemoglobínica mediada pela EPO Qualidade da resposta eritropoiética: reticulócitos Perfil do ferro: Ferritina, ferro sérico e TIBC (% sat. transferrina) Eletroforese de hemoglobina Marcadores inflamatórios: VHS, PCR, clínica Anemias macrocíticas: B12, ác fólico, função/enzimas hepáticas Outros limitantes da eritropoiese: creatinina, TSH e T4 livre Provas de hemólise: bilirrubinas, LDH, haptoglobina Indícios de anemias hereditárias: história familiar consistente; episódios recorrentes de icterícia Descompasso entre a síntese de Hb e proliferação eritróide – Microcitose 1. Falta de ferro para o tecido eritróide – carência ou falta de oferta à Eritropoiese (retenção nas células reticulares e macrofágicas) – Anemias deficiência de ferro e ADC. Defeito na síntese do heme causa as anemias sideroblásticas. Defeitos qualitativos causam anemia hemolítica. Defeitos genéticos quantitativos na síntese das cadeias globínicas- talassemias. Clinicamente com Hb inferior a 9,0 G/dl Palidez de mucosa Lesões de tecidos epiteliais Em casos graves glossite atrófica com perda de papilas filiformes e hemorragias retinianas Como confirmar? História e exame clínico · Eritrograma com baixas taxas de hematócrito, hemoglobina e volume corpuscular médio. · Morfologia :hipocrômica, microcítica · Contagem de reticulócitos (aumentada) Causas · Deficiências na ingesta de Ferro · Deficiência na absorção de Ferro · Aumento das necessidades: · crescimento · gravidez/ lactação · perdas por sangramento FONTES ALIMENTARES (ferro) · Animal ( carnes, leite e ovos) · Vegetal (feijão; soja, verduras verdes, etc COMPARTIMENTOS · Hemoglobina: 65 – 67% · Mioglobina : 3% · Depósito : ferritina – 25% · Transporte: transferrina- 1% Metabolização Intrínsecos · Estoques corporais de ferro · Concentração de hemoglobina · Quantidade de oxigênio · Eritropoiese · Presença de citocinas inflamatórias Extrínsecos: Tipo de ferro da dieta · Heme · Não-Heme · A principal diferença entre estes dois tipos de ferro está na forma como cada um deles é absorvido. · O ferro Heme existe principalmente nos produtos de origem animal, e é absorvido em cerca de 15 a 35%. · O restante, existente nos alimentos de origem vegetal, é chamado de ferro não-heme. Fatores que interferem na absorção do ferro não-Heme · Facilitadores: Vitamina C, carne, frango, peixe · Inibidores: Fitatos, polifenóis, fibras, taninos (chás, café), fosfoproteinas (ovo), cálcio (leite e derivados). O Ferro utilizado pelo organismo é obtido de duas fontes principais: 1- Dieta – orgânica e inorgânica · Dieta normal contem 13 a 18 mg/dia de ferro sendo que apenas 1 a 2mg serão absorvidos. · Ferro heme é obtida da quebra da Hb e mioglobina contida em carne vermelha. · Ovos e laticínios fornecem uma menor quantidade de ferro heme. · Ferro inorgânico é proveniente de vegetais e grãos sendo encontrada na forma férrica (Fe+++) Reciclagem do ferro pelos macrófagos Oriunda da fagocitose e degradação das hemácias senescentes. Representa uma fonte de 25 a 30mg de ferro/dia. Suficiente para manter a necessidade diária de ferro para a ERITROPOIESE. Macrófagos do baço e da medula óssea e, em menor quantidade as células de Kupffer no fígado são responsáveis pela retirada das hemácias. O catabolismo intracelular da heme gera produtos como o ferro e a bilirrubina. Transporte e captação do ferro · Realizada pela glicoproteína transferrina sintetizada e secretada pelo fígado, além da retina, testículos e cérebro. · Tem capacidade de transportar até 12 mg de ferro, mas em geral, transporta apenas 3 mg de ferro = 30%. · Quando a capacidade de ligação da transferrina está totalmente saturada o ferro pode circular na forma não ligada acumulando nos tecidos parênquimais causando dano celular. Estoque de ferro Estocado nas células retículo endoteliais do fígado, baço e medula óssea, nas formas de ferritina e hemossiderina. Apoferritina é a proteina livre do ferro e composta de 24 subunidades que formam uma concha. Pode abrigar 4500 átomos de ferro na forma de hidroxifosfato férrico. A hemossiderina é a forma degradada da ferritina. Transferência para o feto Gravidez Hemossidenúria Hemodiálise HPN Hemólise de válvula cardíaca Má absorção Gastrite crônica Enteropatia induzida pelo glúten Gastrectomia parcial Dieta deficiente Dieta de qualidade deficiente especialmente quando a maioria é de vegetais Alterações laboratoriais TIBC - Capacidade total de ligação do ferro à transferrina - (250 a 450 ug/l) · Na deficiência de ferro ocorre um aumento da transferrina aumentando a TIBC. · Na diminuição da síntese de transferrina ocorre a redução da TIBC – doenças inflamatórias e por aumento do ferro na hemocromatose. · Uso de contraceptivos orais e gravidez aumentam o TIBC. Relação ferro sérico/TIBC = saturação da transferrina · Normalmente e de 16 a 50% · Abaixo de 16% é déficit de suprimento de ferro · Pode ocorrer na inflamação Alterações laboratoriais Ferro medular · Ausência de hemossiderina dentro e fora dos macrófagos. · Teste preciso mas invasivo. Ferritina sérica · Teste preciso para avaliar o estoque de ferro · É uma proteina de fase aguda – pode ocorrer aumento em doenças inflamatórias, infecciosas, malignidade devido ao aumento das IL-1 e IL-6. · Cuidado na interpretação. · Sindromes talassêmicas · Produção reduzida ou inexistente de uma ou mais cadeias globínicas. · Levam ao desequilíbrio das cadeias globínicas, levando a microcitose. · Eletroforese de hemoglobina é o exame de escolha mas hemograma é um importante exame de triagem. Hemograma na beta talassemia menor. Microcitose com presença de discreta anisocitose. RDW menor que 16% Normal ou aumento de eritrócitos. Anemia por falha da medula óssea em aumentar a eritropoiese suficientemente para compensar a menor sobrevida das hemácias Infecções (agudas e crônicas) 18 a 95% Virais (inclusive HIV), parasitárias , bacterianas e fúngicas Câncer 30-77% sólido e hematológico (influenciado pela terapêutica e pela idade) Doenças auto-imunes 8-71% Art Hemoglobina entre 9 a 11 g/dL Anemia normocitica e normocrômica, podendo ser microcítica e hipocrômica. rite reumatóide,LES, vasculites, sarcoidose, doença inflamatória intestinal Rejeição crônica após transplante de órgão sólido 8-70% Doença renal crônica e inflamatória 23-50% Anemia de doença crônica Comum em pacientes hospitalizados com patologias inflamatórias crônicas – citocinas que interferem na utilização da eritropoetina e no metabolismo do ferro Hemograma na ADC. Diferenciar sempre da anemia por deficiência de ferro. Anemia de doença crônica Caracterizada por diminuição do ferro sérico e ferritina normal ou aumentado e a capacidade total de ligação do ferro diminuída com saturação de transferrina subnormal. O grau de hipoferremia está relacionado com a gravidade da doença. Aumento de proteínas da resposta da fase aguda tais como fibrinogênio, ceruloplasmina, haptoglobina, PCR. Anemia sideroblástica O QUE QUE ACONTECE NORMALMENTE: O heme é formado pela incorporação do ferro (no seu estado de íon ferroso) à protoporfirina IX. LOCAL: no interior dos eritroblastos Anemia sideroblástica DISTURBIO BASICO: SINTESE DE HEME A patogênese das anemias sideroblásticas (independente da causa) tem como base um distúrbio da síntese do heme, desde que não seja a carência de ferro. PRECISAMENTE: Produção alterada do componente HEME da Hb; e defeito na produção de protoporfirina levando a um desequilíbrio entre suprimento de ferro e incorporação no HEME. Com isso ocorre sobrecarga de ferro nas mitocôndrias. Anemia sideroblástica Presença de sideroblastos em anel na medula óssea e biossíntese do heme prejudicada. Eritropoiese ineficaz com acúmulo de ferro medular. Hemograma na anemia sideroblastica Anemia hipocrômica Microcitose População dimórficas de eritrócitos Intoxicação por chumbo Ingestão de tintas á base de chumbo ou contaminação ambiental. Hemograma na intoxicação por chumbo Anemia hipocrômica Microcitose Ponteado basófilo Anemia megaloblástica São anemias causadas por defeito na síntese do DNA em células precursoras da medula óssea São causadas por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico que são substâncias essenciais para a síntese do DNA , pois participam da formação da timina, uma das 4 bases do DNA Ocorre uma inter-relação no metabolismo dos folatos e da vit. B12 Na ausência de cobalamina o tetraidrofolato não pode ser liberado, havendo assim acúmulo de sua forma metilada(metiltetraidrofolato) A hematopoese compreende intensa proliferação celular, que por sua vez implica a síntese de numerosas substâncias como DNA, RNA e proteínas Em especial, é necessário que a quantidade de DNA seja duplicada exatamente. Tanto os folatos como a vitamina B12 são indispensáveis para a síntese da timidina, um dos nucleotídeos que compõem o DNA, e a carência de um deles tem como consequência menor síntese de DNA Aumento do retículócitos circulantes que são 20 % maiores que as hemácias maduras. Liberação prematura dos reticulocitos da MO, que contém mais RNA e são maiores. Estímulo da EPO acelera a síntese de Hb nos precursores sem reduzir o tempo de divisão ou alterar o número de divisões Estimulação intensa, uma divisão celular pode não ocorrer causando a macrocitose. A vit. B12 ou cobalamina está presente em alimentos de origem animal, especialmente leite, carne e ovos. Existe em pequena quantidade nos vegetais A necessidade diária é de 1-2µg/dia, quase sempre inferior a quantidade presente em uma dieta normal Existe uma reserva de vit. B12 de cerca de 3000µg, suficiente para manter os níveis plasmáticos por muito tempo. Pode levar de 2 a 4 anos para aparecer a deficiência por falha dietética ou má absorção. Gás anestésico, óxido nitroso pode inativar a B12 corporal. Transporte de Vitamina B12 Não circula livre. Transcobalamina I - TC I Transportadores Transcobalamina II – TC II Transcobalamina III – TC III Somente a TC II tem papel no metabolismo Funçoes da Vitamina B12 É essencial para a produção normal das células do sangue e a função do tecido nervoso Participa com o ácido fólico, colina e metionina na transferência de grupos metil na síntese de ácidos nucléicos, de purinas e pirimidinas intermediárias. Coenzimas cobalaminas são necessárias para a redução de RNA e DNA na promoção do crescimento e maturação dos eritrócitos. Atua na formação de mielina. Causas de deficiência de B12 Redução da absorção por ausência do FI na secreção gástrica. Insuficiência pancreática. Ressecção cirúrgica do estômago (fundo e cárdia) ou da superfície de absorção do íleo. Síndromes de má absorção. Vegetarianos Consequências Anemia megaloblástica: produção de células grandes (macrocíticas) e imaturas (megaloblástica) por deficiência de síntese protéica. Desmineralização das fibras nervosas. Neuropatia. Anemia perniciosa É uma doença auto-imune que ocorre por ausência do fator intrínseco secretado pelas células da mucosa gástrica que também secretam o ac. Clorídrico Anticorpos contra as células parietais do estômago levando a atrofia Ocorre atrofia da mucosa gástrica levando a acloridria e diminuição de secreção do FI Quadro comum a outras anemias: cansaço, palidez. Sintomas mais específicos: atrofia de papilas da língua, ardor lingual,parestesias, sintomas neurológicos como dificuldade de locomoção, hiperreflexia ou hipo, perturbação mental e até demência É mais comum na raça branca Folatos São substâncias que têm como estrutura básica o ácido pteroilglutâmico. São amplamente distribuídas nos alimentos animais e vegetais , mas podem ser destruídas pelo calor durante a preparação dos mesmos. A dieta normal deve conter 200-400µg/dia , sendo a necessidade diária de 200-300µg/dia. Quantidades maiores são necessárias na gravidez e lactação. Os depósitos no adulto são de 10-20 mg. Estoque de 10 a 15 mg e necessidades diárias de 100 a 200 ug. São sintetizados pelas plantas. Ingestão inadequada ou má absorção Predomínio em crianças, grávidas e alcoolistas de baixa renda. Mais comum na gravidez- necessidades aumentam para 350 ug. Atuam como coenzimas em eventos importantes das células como: Doador de radical metila para a formação da metilcobalamina O tetraidrofolato (resultante da perda do radical metila) serve como substrato para a síntese de purina e pirimidina, importantes na síntese dos ácidos nucleicos Anemia macrocítica NÃO MEGALOBLÁSTICAS VCM superior a 100 fL, porém normalmente não ultrapassa 110 fL MEGALOBLÁSTICAS VCM acima de 110 FL Interferência na síntese de DNA causa retardo mitótico, eritropoese ineficaz e MACROCITOSE Causas usuais: Anemia megaloblástica: falta de B12 ou folato Drogas antiblásticas e antivirais Alcoolismo e hepatopatia Anemias hemolíticas · Palidez · Cansaço · Icterícia · Esplenomegalia - dependente da causa da anemia hemolítica Hemólise aumentada- quando os eritrócitos sobrevivem menos de 80 dias na circulação. · ⇓ · Hb Anemia normo/normo ou hipocrômica/macrocítica ou microcitose/hipercromia se for esferocitose · Reticulocitose · ⇓ Haptoglobina · ⇑LDH · Coombs direto- positivo se anemia hemolítica auto-imune Anemia hemolítica corpusculares São causadas por: · Defeitos de membrana eritrocitária · Defeitos enzimáticos · Defeitos de síntese da hemoglobina Alterações dos componentes da membrana podem provocar mudança de forma e conseqüente diminuição da resistência aos traumatismos que os eritrócitos sofrem constantemente na circulação. · Em conseqüência , ocorre aumento da destruição das células e anemia do tipo hemolítico Anemia hemolítica corpusculares Defeitos de membrana · Esferocitose hereditária · Eliptocitose hereditária · Piropoiquilocitose hereditária · Acantocitose hereditária · Hemoglobinúria paroxicistica noturna Esferocitose hereditária · É uma doença transmitida de maneira autossômica dominante, principalmente. · Raras vezes observa-se um padrão autossômico recessivo 4 tipos de defeitos: · Deficiênciade espectrina · Deficiência combinada de espectrina e ankirina · Deficiência isolada de banda 3 · Deficiência isolada da proteína 4.2 BAÇO Desempenha um papel fundamental na esferocitose, pois as hemácias menos deformáveis não conseguem atravessar os cordões esplênicos , por possuírem um calibre menor e um ambiente mais hipóxico, facilitando a retenção dos eritrócitos e fagocitose pelos macrófagos do baço Esferocitose hereditária · As manifestações aparecem na infância · Crises de icterícia às custas de bilirrubina indireta · Esplenomegalia Formas de apresentação: · Leve - icterícia de pequena intensidade ou ausente, anemia discreta · Moderada – icterícia geralmente constante, que se intensifica em infecções virais, anemia moderada · Severa – anemia severa, com icterícia constante, alterações estruturais ósseas. · Anemia · Coombs direto negativo · ⇑ Bilirrubina indireta · ⇑ Reticulócitos · Teste de fragilidade osmótica alterado · Esferócitos no sangue periférico Eliptocitose hereditária · Doença rara por defeito do citoesqueleto. · Mutantes de ɑ e ß espectrina levando a formação de dímero defeituoso de espectrina · Mutantes de ɑ e ß espectrina levando a associações defeituosas de espectrina com anquirina. · Deficiência ou anormalidade da proteina 4.1 · Anormalidade da banda 3 · Caracteriza-se pela presença de mais de 20% de eritrócitos com forma elíptica no sangue periférico. Defeitos enzimáticos · Ocorrem por diminuição das enzimas que atuam no metabolismo da glicose · Podem ser divididas em dois grupos: · Anomalia no shunt ou via das pentoses · Anomalia na via da glicólise anaeróbica Deficiência de G6PD · Anormalidade na via das pentoses. · Forma-se quantidade insuficiente de glutation reduzido. · Ingestão de drogas oxidantes leva ao acumulo de maior quantidade de meta-hemoglobina. · O gen responsável pela G-6PD está no cromossomo X, daí a doença ser ligada ao sexo masculino. · Nas mulheres apenas um dos cromossomos é inativado , podendo a G-6PD estar deficiente ou normal. · Surtos de hemólise desencadeados por infecções ou ingestão de drogas oxidantes , feijão é um alimento que também desencadeia hemólise · Favismo Diagnóstico laboratorial: * Dosagem de G-6PD * PCR para G-6PD Tratamento- evitar o consumo de drogas oxidativas (primaquina, pentaquina, sulfametoxazol, sulfanilamida, nitrofurantoína...) e o contato com produtos químicos oxidantes (naftalina, nitratos e nitritos, fenilidrazina,azul-de-toluidina...) Deficiência de PK · Defeito na via metabólica da glicólise anaeróbica · Transmissão autossômica recessiva Diagnóstico laboratorial: · Dosagem de PK Tratamento: · Transfusões · Esplenectomia se hemólise for importante Defeitos extra-corpuscular AHAI por Anticorpo Quente (Ig G):70 a 80% · Idiopática (60%) · Secundária: · Doença Linfoproliferativa (LLC, Linfoma) · Doença Auto-imune (AR,LES, colite ulcerativa) · Doença Infecciosa (HIV) · Medicamento (alfa metil-dopa) AHAI por Anticorpo Frio (Ig M): 10 a 20% · Idiopática (50%) · Secundária: · Doença Linfoproliferativa (LLC, Linfoma) · Doença Auto-imune (AR,LES, colite ulcerativa) · Doença Infecciosa (HIV, mycoplasma, mononucleose) · Medicamento · Incompatibilidade ABO (usual: mãe O, filho A) · Causa esferocitose chamativa mas anemia leve (anti-A natural é IgM) · Incompatibilidade Rh0 (D) · Causa anemia grave (anti-D é IgG) Coombs+ e quernícterus, mas é previsível e tratável, e pode ser evitada (gama-globulina anti-D). Anemias hemolíticas micro-angiopáticas Síndromes raras, com hemólise por fragmentação e trombocitopenia, causadas por trombos hialinos na microcirculação: · Síndrome HELLP (na gravidez) · Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT): mulheres entre 10 e 40 anos · Síndrome urêmico-hemolítica (SUH): na infância · Hemólise por fragmentação · Elevação de enzimas hepáticas · Trombocitopenia No 3º trimestre e pós-parto Evolução limitada, baixa mortalidade UH: síndrome urêmico-hemolítica Toxina Shiga de E. coli 0157:H7 Diarréia Insuficiência renal aguda (reversível) Hemólise por fragmentação Trombocitopenia Evolução geralmente benigna
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