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Pessoa Natural - Vinicius

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Vinícius. Faculdade de Direito. 
Direito Civil – Das pessoas naturais (arts. 1-39) 
 
Pessoa = Ente dotado de personalidade 
PERSONALIDADE: 
• Sentido subjetivo: Aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações na ordem 
jurídica. 
• Conjunto de atributos físicos, psíquicos e morais, fim de proteger a essência e 
existência do ser humano. 
• Aquisição da personalidade: nascimento com vida (art. 2º) 
• Extinção da personalidade: morte (art. 6º) 
 
NASCITURO: ser já concebido, mas ainda não nascido 
• Natalista: Personalidade se inicia no nascimento com vida. Nascituro não é pessoa. 
Expectativa de direitos. A lei põe a salvo não o direito em si, mas a expectativa de 
direito. 
• Personalidade Condicional: Personalidade inicia no nascimento com vida. Nascituro 
titular de direitos sob condição suspensiva. 
• Concepcionista: Personalidade com a concepção; Alguns direitos exercíveis apenas 
quando nascer. Pessoa desde concepção (que se dá com a nidação). Sujeito de 
direitos. Direitos materiais depende da vida (1ª troca oxicarbônica) 
 
DIREITOS DO EMBIÃO – Lei da Biossegurança – 11.105/05 
• Reforça a adoção da teoria concepcionista 
• Art. 5º: Permitida a utilização de células-tronco embrionária para fins de pesquisa e 
terapia, desde que: 
o Embriões inviáveis 
▪ Congelados há 3 anos ou mais, na data da pub. da lei, ou 
▪ Já congelados na pub., depois de completarem 3 anos, contados do 
congelamento 
o Produzidos por fertilização in vitro 
o Não utilizados no respectivo procedimento 
o Consentimento dos genitores 
• A utilização dessas células é EXCEPCIONAL, pois a regra é a não utilização, mas o STF 
considerou essa previsão constitucional na ADI 3510 
• Resolução 2.320/22, CFM: normas gerais sobre reprodução assistida 
o Vedação à doação de caráter lucrativo/comercial 
o É permitida a reprodução assistida post mortem, desde que haja autorização 
específica para o uso do material biológico criopreservado em vida, de acordo 
com a legislação vigente 
 
MORTE PRESUMIDA E AUSÊNCIA: 
Vinícius. Faculdade de Direito. 
• Morte pode ser presumida com ou sem declaração de ausência 
• Sem declaração: Extremamente provável de quem em perigo de vida ou quem, 
desaparecido/feito prisioneiro, não encontrado até dois anos pós-guerra (art. 7º) 
• Com declaração: quando a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva (art. 6º) 
 
COMORIÊNCIA: 
• Não possível determinar quem morreu primeiro, considerando a mesma ocasião (art. 
8º). 
• Se parentes, a consequência é que essas pessoas NÃO se sucederão reciprocamente, 
abrindo-se cadeias sucessórias distintas. 
• Exemplo: A e B, cônjuges, separação convencional de bens, em comoriência. A tem um 
irmão, B uma irmã. Não há sucessão entre A e B, seus bens vão para seus respectivos 
familiares. 
 
AUSÊNCIA - arts. 22 ao 39 : 
• Desaparecimento do domicílio, sem dar notícias, sem deixar procurador. Ou 
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato ou poderes 
insuficientes. Declaração judicial. (art. 22 e 23) 
• Quanto aos bens: 
o 1º - Curadoria dos bens do ausente (art. 22): 
▪ Qualquer interessado ou MP 
▪ Juiz arrecada os bens e nomeia curador 
▪ Curadores (legitimados): Cônjuge (não separado judicialmente ou de 
fato, por mais de dois anos). Ascendentes. Descendentes. 
o 2º - Sucessão provisória 
▪ Prazo: 
• Após 1 ano da arrecadação, se não houver deixado procurador 
• Após 3 anos da arrecadação, se houver deixado procurador 
▪ Sentença que determina: efeitos 180 dias de sua publicação, mas logo 
que transitar em julgado, ocorre a abertura do testamento e do 
inventário, como se o ausente fosse falecido. (art. 28) 
▪ Não houver interessados, o MP requere (art. 28, §1º) 
▪ Herdeiro/Interessado não pleitear abertura do inventário, até 30d do 
trânsito da sentença que abrir a provisória, bens do ausente serão 
considerados herança jacente, nos arts. 1819 a 1823 (Art. 28, §2º) 
▪ Herdeiros que se imitirem na posse precisam prestar garantias, salvo 
CAD (art. 30) 
• Bem imóvel: Hipoteca (direito real sobre bem alheio). 
• Bem móvel: Penhor 
▪ Nesse período, não cabe alienação desses bens 
▪ Reaparecendo o ausente, sem justificativa e voluntariamente, perde 
os frutos em favor daqueles (art. 33) 
• CAD: Não devolve, ausente não tem direito aqui 
*art. 27
Vinícius. Faculdade de Direito. 
• Outros: Usa 50%, mas o resto volta para o ausente, desde que 
sua ausência seja involuntária. Do contrário, perde 
totalmente. 
o 3º - Sucessão definitiva 
▪ Prazo: 10 anos do trânsito da abertura da sucessão provisória (art. 37) 
▪ Menor prazo: Ausente 80 anos, desaparecimento conste de 5 anos 
(art. 38) 
▪ Ausente retornar ou alguns de seus descendentes ou ausentes, 10 
anos após a abertura da sucessão definitiva, recebe os bens no estado 
que tiverem ou os sub-rogados em seus lugares ou os valores q os 
herdeiros receberam pelos bens alienados. 
▪ Após o trânsito da sentença da sucessão definitiva, declara-se morte 
presumida 
 
CAPACIDADE: 
• Capacidade de Direito (Jurídica): Genérica. Adquire-se junto a personalidade. Aptidão 
para ser sujeito de direitos e deveres. Todas pessoas têm. 
• Capacidade de Fato ou Exercício: Aptidão para praticar atos da vida civil. Ligada à 
teoria das incapacidades 
• Capacidade Civil Plena: Reunião das capacidades de direito e de fato. 
 
Capacidade (exercício de relações patrimoniais) ≠ Personalidade (exercício de relações existenciais). 
 
ESTATUTO PCD – Lei 13.146/15 
• PcD não são incapazes, pelo contrário, são plenamente capazes 
• Alterou os arts. 3 e 4 do CC/02 
• Base na dignidade da pessoa humana 
• A mera deficiência não pode taxa-las com incapacidade 
• Não precisa de curador para a prática de atos existenciais 
• Excepcionalmente, na prática de atos patrimoniais, existe a necessidade de curador 
para a proteção da Pcd 
• Art. 85: A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza 
patrimonial e negocial. 
 
INCAPACIDADE 
Ligada às incapacidades de fato, subdividindo-se em absoluta e relativa. 
Estatuto PcD: A pessoa com deficiência possui capacidade legal plena, ainda que necessite da 
adoção de institutos assistenciais específicos. 
 
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: 
Vinícius. Faculdade de Direito. 
• Apenas os menores de 16 anos. 
• São representados (art. 1634, VII). 
RELATIVAMENTE INCAPAZES: 
• Maiores de 16 e Menores de 18; 
• Ébrios habituais e toxicômanos; 
• Aquele, causa transitória/permanente, não pode exprimir sua vontade 
• Pródigos. 
• São assistidos (art. 1634, VII) 
 
ATT.: 
- Atos praticados por absolutamente incapazes são NULOS, devendo ser REPRESENTADOS 
enquanto que os por relativamente incapazes são ANULÁVEIS, devendo ser ASSISTIDOS 
- Os absolutamente incapazes precisam de REPRESENTAÇÃO, mas devem ter sua vontade 
considerada, nas escolhas existenciais. Ex.: Adoção do +12a, em que é necessário o 
consentimento 
 
QUESTÃO 
A., inscrito no CPF sob nº 00.000.000-00, sócio gerente de AB Ltda., alienou para CD S/A um 
imóvel da sociedade empresária sem anuências dos demais sócios L. e J. Estes dois sócios 
entendem que a alienação é inválida, porque A., na data em que foi feita a alienação, era 
portador de gravíssima doença mental. Quanto à invalidade e tendo em conta o Estatuto da 
Pessoa com Deficiência, a alienação é: apenas anulável, porque não existe mais nulidade por 
incapacidade civil absoluta do agente em decorrência de doença mental (PC MG/21 – 
DELEGADO) 
 
EMANCIPAÇÃO: relativa à capacidade de fato, relativamente incapaz se torna plenamente 
capaz. 
• Voluntária: Ato unilateral dos pais, ou um na falta do outro 
• Judicial: Juiz ouve o tutor, menor mínimo 16 anos completos. 
• Legal: decorre da lei: 
o Casamento 
o EXERCÍCIO de cargo ou emprego público efeitvo 
o Colação de grau em ensino superior 
o Maior de 16, com economia própria 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
• Não são regulados demaneira exaustiva, mas exemplificativa 
• Expressões do principio da dignidade 
 
Vinícius. Faculdade de Direito. 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
• Absolutos: oponíveis erga omnes, mas pode ser relativizados em caso de colisão 
• Gerais. 
• Indisponíveis 
• Extrapatrimoniais 
• Impenhorávies 
• Vitalícios 
• Imprescritíveis 
• Intransmissíveis 
• Podem ser objeto de disposição voluntária, desde que não seja permanente ou geral 
 
DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO – Art. 13 
• Quando importar diminuição permanente da integridade/contrariar bons costumes 
• Regra: Vedado 
• Exceção: Exigência médica 
• Consentimento informado: tratamento médico exige o consentimento informado 
(paciente direito saber tratamento + consequência 
• Vedado o BLANKET CONSENT, isto é, o consentimento genérico, cujas informações não 
são individualizadas (STJ. 3ª Turma. REsp 1848862-RN) 
• 
 
DISPOSIÇÃO PÓS-MORTE – Art. 14 
• Válida, se objetivo científico ou altruístico 
• Tem que ser gratuita 
• Revogável a qualquer momento 
• Consenso afirmativo: doador manifesta sua vontade, de forma expressa, quando ainda 
em vida 
• Não tem exigência de formalidade específica sobre a manifestação de última vontade 
do indivíduo sobre a destinação do seu corpo após a morte, sendo possível a 
submissão à criogenia. (STJ, REsp 1693718-RJ, info 645) 
• ônus da prova quanto ao cumprimento do dever de informar e obter o consentimento 
informado do paciente é do médico ou do hospital (STJ. 4ª Turma. REsp 1540580-DF) 
 
TRATAMENTO SEM CONSENTIMENTO – art. 15 
• Ngm constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou 
intervenção cirúrgica 
 
QUESTÃO 
Vinícius. Faculdade de Direito. 
De acordo com Código Civil Brasileiro, seja qual for a circunstância, cada pessoa tem a 
liberdade para dispor do próprio corpo do modo que bem desejar, tanto por meio de 
mutilações quanto por qualquer forma de diminuição permanente da integridade física. 
Resposta: Incorreta. De acordo com o art. 13 do Código Civil, salvo por exigência médica, é 
defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. O ato de disposição do próprio corpo será 
admitido também para fins de transplante, nos termos estabelecidos em lei especial. 
 
DIREITO AO NOME: individualização da pessoa 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o 
prenome e o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, 
ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em 
propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da 
proteção que se dá ao nome 
• É admissível a exclusão de prenome da criança na hipótese em que o pai informou, 
perante o cartório de registro civil, nome diferente daquele que havia sido 
consensualmente escolhido pelos genitores - STJ. 3ª Turma. REsp 1905614-SP, Rel. 
Min. Nancy Andrighi, julgado em 04/05/2021 (Info 695) 
• Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial 
 
DO DIREITO DE IMAGEM E DANOS MORAIS 
• Súmula 403-STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não 
autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais 
o Hipótese de dano moral in repsa 
o Exceção: inaplic[avel se imagme vinculada a foto histórico de repercussão 
social 
• Informativo 621, STJ: A Súmula 403 do STJ é inaplicável para representação da imagem 
de pessoa como coadjuvante em documentário que tem por objeto a história 
profissional de terceiro. 
• Informativo 674 STJ: O uso da imagem de torcedor inserido no contexto de uma 
torcida não induz a reparação por danos morais quando não configurada a projeção, a 
identificação e a individualização da pessoa nela representada 
• Informativo 789, STF: É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente 
a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária a 
autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de 
pessoas falecidas ou ausentes 
 
Vinícius. Faculdade de Direito. 
 
DIREITO AO ESQUECIMENTO 
Não permitir que, em razão da passagem do tempo, um fato, ainda que verídico, ocorrido em 
determinado momento de sua vida, seja exposto ao público em geral, causando-lhe 
sofrimento ou transtornos 
 
Nos EUA, é conhecido como the right to be let alone 
O STJ reconheceu o direito ao esquecimento em dois julgados principais: O caso “Aída Curi” 
(REsp 1.335.153-RJ) e a situação da “chacina da Candelária” (REsp 1.334.097-RJ, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgados em 28/5/2013) 
março de 2013, na VI Jornada de Direito Civil do CJF/STJ, “Enunciado 531: A tutela da 
dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento.” 
 
Em caso de evidente interesse social no cultivo à memória histórica e coletiva de delito 
notório, não se pode proibir a veiculação de matérias jornalísticas relacionados com o fato 
criminoso - Em caso de evidente interesse social no cultivo à memória histórica e coletiva de 
delito notório, não se pode proibir a veiculação de matérias jornalísticas relacionados com o 
fato criminoso 
 
STF, de 11/02/2021, em sede de Repercussão Geral – Tema 786! É incompatível com a 
Constituição a ideia de um direito ao esquecimento - STF. Plenário. RE 1010606/RJ, Rel. Min. 
Dias Toffoli, julgado em 11/2/2021 (Repercussão Geral – Tema 786) (Info 1005) 
 
A determinação para que os provedores de busca na internet procedam a desvinculação do 
nome de determinada pessoa, sem qualquer outro termo empregado, com fato desabonador a 
seu respeito dos resultados de pesquisa não se confunde com o direito ao esquecimento, 
objeto da tese de repercussão geral 786/STF - STJ. 3ª Turma. REsp 1660168/RJ, - info 743

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