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Introdução à História da Enfermagem II

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DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE DURANTE OS PERÍODOS HISTÓRICOS.
Profª Rose-Enfermagem
1
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE INSTINTIVAS 
		Caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. 
 	 Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. 
 
Profª Rose-Enfermagem
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE INSTINTIVAS 
Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. 
 Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas. 
“ A solicitude maternal, agindo para a proteção do filho, é uma das expressões óbvias do instinto de conservação da raça”. ( Campos, 1984)
Profª Rose-Enfermagem
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO SACERDOTAIS
 (Séc V a.C) 
Aborda a relação mística (teor mitológico) entre as práticas religiosas (dogmáticas) e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. 
A religião, como fenômeno cívico, tem interferência na vida política do Estado.
Apolo- Deus que espanta todos os males.
Artemis- deusa protetora das mulheres e crianças.
Hygiea- Deusa da saúde.
Panacéa- Aquela que cura.
Esculápio - Filho de Apolo e
 discípulo do centauro.
Chiron- Deus da arte da cura e 
da religião.
Profª Rose-Enfermagem
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO SACERDOTAIS
 (Séc V a.C) 
		Este período corresponde à fase de empirismo
 (pré hipocrática), verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. 
 Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. 
Profª Rose-Enfermagem
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO SACERDOTAIS
 (Séc V a.C) 
		 Nas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, marcando por muito tempo a fase empírica da evolução dos conhecimentos.
 
Profª Rose-Enfermagem
PRATICA DE SAÚDE  associada  PRÁTICA RELIGIOSOS

 Milagres e encantamentos contra demônios causadores dos males do corpo e do espírito

 Doentes colocados perto dos santuários e templos, e cuidados por sacerdotes através de pagamentos(ouro, prata, terras)
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO SACERDOTAIS
 (Séc V a.C) 
 Enfermagem 
 As únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes. 
 “ ...a estruturação da sociedade em classes leva à constituição de uma casta sacerdotal que se apodera das funções médicas, encaradas como um segredo tradicional e simultaneamente como manifestação do poder curador da divindade.” (petit,1992)
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO ALVORECER DA CIÊNCIA 
 
 Inicia-se no séc. V aC. , até os primeiros séculos da Era Cristã.
 A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, agora baseada essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos.
 
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO ALVORECER DA CIÊNCIA 
 
 
 Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. 
 Hipócrates- enfatizou no diversos manuscritos a importância do diagnostico - do prognostico- e da terapêutica – a partir da observação do doente
Profª Rose-Enfermagem
9
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO ALVORECER DA CIÊNCIA 
 
 A influencia romana nas práticas de saúde tem destaque na área da higiene e saneamento (ruas limpas, casas bem ventiladas, água pura e abundante, banhos públicos, rede de esgotos, combate a malária).
 
 Enfermagem 
 Não há caracterização nítida da prática nesta época. 
 Cuidar de doentes era tarefa praticada por feiticeiros, sacerdotes e mulheres dotadas de aptidão natural, conhecimentos rudimentares sobre ervas e preparos de remédios.
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO MEDIEVAIS 
 
 Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. 
 Autoridade e hegemonia eclesiástica – médico do corpo e da alma (era cristã).
 Função do hospital medieval- “ função de transição entre a vida e a morte, de salvação espiritual mais do que a material, aliada à função de separação dos indivíduos perigosos para a saúde geral da população”.
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO MEDIEVAIS 
 
Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem.
VALORES DA ENFERMAGEM ACEITO PELA SOCIEDADE
a abnegação
 o espírito de serviço, a obediência
 e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO MEDIEVAIS 
 
Enfermagem 
prática leiga desvinculada de conhecimentos científicos, ensino prático não sistematizado, centrados no fazer manual e informações de práticas vivenciadas, conotação mística, sentimentos de amor ao próximo e de caridade cristã.
 
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS MONÁSTICAS 
 
“A transição intelectual e religiosa do mundo medieval para o mundo moderno marca o perfil de uma nova era fundamentada na arte e na ciência”. ( Burns,1992)
		Evidencia a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. 
 
		Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. 
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS MONÁSTICAS 
 
	Renascença – surge na Itália. Com o humanismo, as práticas de saúde avançam para a objetividade da observação e da experimentação, voltando-se mais para o paciente que para os ensinamentos literários.
 	Priorização do estudo do corpo humano, seus comportamentos e suas doenças.
 		As práticas de saúde enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo,vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS MONÁSTICAS 
 
	Nesse período muitos cientistas, filósofos, curandeiros e que propagavam os axiomas de suas descobertas foram queimados, e muitos hospitais foram fechados e as religiosas expulsas.
		O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos.
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS MONÁSTICAS 
 
	O serviço de enfermagem mal remunerado, com turno de 12 a 48 horas de trabalho ininterruptos, confundido como trabalho doméstico, pela queda de padrões morais, torna-se indigno e não atrativo para mulheres de casta social elevada.
Período de desprestigio da enfermagem – séculos XVI e XVII.
		DICOTOMIA entre trabalho manual e trabalho intelectual – caracterizado na enfermagem pela divisão social do trabalho, que nos hospitais, era dirigido pela matron e executado pela sister.
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS MONÁSTICAS 
 
Enfermagem 
 Fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. 
Profª Rose-Enfermagem
 
 
 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO MUNDO MODERNO 
 
 Analisa as práticas de saúde e, em especial, a de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX. 
Profª Rose-Enfermagem
Enfermagem moderna
		O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplinarização e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. 
Profª Rose-Enfermagem
		 A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas condições de salubridade. Diz-se mesmo que foi a época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente à predominância de doenças infecto-contagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. 
 		Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.
Profª Rose-Enfermagem
É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia.
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Período Florence Nightingale
		Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. 
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 Florence Nightingale
 Enfermeira britânica recebeu o nome em inglês da cidade onde nasceu, em maio de 1820. 
		
		
 Ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos, durante a Guerra da Criméia. Também contribuiu no campo da Estatística, na criação de sistemas de representação gráfica com o gráfico setorial- comumente conhecido como do tipo "pizza".
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		Ainda jovem rebelou-se contra o papel convencional das mulheres de seu status, e decidiu dedicar-se à enfermagem. 
		Era preocupada com as condições de tratamento médico dos mais pobres e indigentes.
		 Em dezembro de 1844, em resposta à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, ela se tornou a principal defensora de melhorias no tratamento médico. 
		 Teve papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do Estado para muito além do fornecimento de tratamento médico
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		 No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
		 Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris.
 
		Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.
Profª Rose-Enfermagem
		 Florence partiu para Scutari com sua tia Mai Smith e 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. 
		 Durante a guerra constatou que a falta de higiene e as doenças matavam grande numero de soldados hospitalizados por ferimentos.
 		 Desenvolveu um trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar que a tornou conhecida em toda a frente de batalha, consagrando a assistência aos enfermos em hospitais de campanha. 
Profª Rose-Enfermagem
		
		 Suas reformas reduziram a taxa de mortalidade em seu hospital militar de 42,7% para 2,2% e voltou famosa da guerra e logo passou a batalhar, com considerável sucesso, pela reforma do sistema militar de saúde.
		
		
		 Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. 
		
Profª Rose-Enfermagem
		Tendo contraído tifo em 1856, e com sérias restrições físicas, dedica-se a formação da a primeira escola de enfermagem do mundo (1859/1860) no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano, ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas, recebendo por isso um prêmio concedido através do governo inglês.
		Voltou para a Inglaterra como heroína em agosto de 1857 e, de acordo com a BBC, era provavelmente a pessoa mais famosa da Era Vitoriana além da própria Rainha Vitória.
		Em 1883, a Rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito. Florence faleceu em 13 de agosto de 1910.
Profª Rose-Enfermagem
Referencial 
GEOVANINI, Telma; MOREIRA, Almerinda; SCHOELLER, Soraia Dornelles;MACHADO, Wiliam C. A. História da enfermagem: versões e interpretações. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
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