Buscar

Apostila - Fisiologia do Exercício

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEMA: FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR E EXERCÍCIO 
1. INTRODUÇÃO 
 O sistema cardiovascular é um sistema de transporte de material que auxilia na 
manutenção da homeostase do organismo. Nesse sistema, o coração desempenha 
um papel fundamental, bombeando sangue arterial (oxigenado) para os tecidos e 
sangue venoso para ser oxigenado nos pulmões. É um sistema que consegue se 
ajustar a diferentes tipos de estímulos – como, por exemplo, o exercício físico. Durante 
o exercício físico, ocorrem várias alterações (como aumento da frequência e débito 
cardíacos) no sistema cardiovascular com a finalidade de atender ao aumento da 
demanda metabólica do músculo esquelético. Com o tempo, o exercício físico acarreta 
diversas adaptações nesse sistema, como a bradicardia de repouso, trazendo vários 
benefícios à saúde. 
Adaptações cardiovasculares também são verificadas em populações 
especiais, como em cardiopatas, hipertensos e diabéticos que praticam atividade 
física. Porém, pensando nos benefícios cardiovasculares desencadeados pelo 
exercício físico nessas populações especiais, surgem vários questionamentos: que 
tipo de exercício estas populações podem realizar? Em qual intensidade, frequência, 
duração? Quais cuidados devem ser tomados para que a prática de atividades físicas 
não traga riscos a estas populações? 
 O objetivo dessa aula é esclarecer estes e outros questionamentos 
relacionados ao sistema cardiovascular, ao exercício físico e às populações especiais, 
buscando aliar conceitos teóricos e práticos que auxiliem no dia-a-dia profissional. 
 
2. SISTEMA CARDIOVASCULAR: FUNÇÕES E 
CARACTERÍSTICAS 
 O sistema cardiovascular pode ser definido como uma rede de transporte de 
material que colabora para a manutenção da homeostase do organismo. O corpo 
humano possui três compartimentos de água: o intersticial, o intracelular e o 
plasmático, que juntos são denominados de água corporal total e representam cerca 
de 60% do peso corporal. Observamos que, dentro do sistema cardiovascular, circula 
apenas o volume plasmático (sangue), o qual se comunica com o líquido intersticial 
através das paredes dos pequenos vasos (capilares) dentro dos órgãos. Essa 
comunicação permite a regulação do líquido intersticial, que auxilia na nutrição e 
 
 
liberação de metabólitos das células. Ela se dá por meio do processo de difusão, troca 
de soluto entre plasma e líquido intersticial, o que faz com que o líquido intersticial 
adquira a composição do sangue que chega (arterial) (MOHRMAN & HELLER, 2007). 
 O coração pode ser descrito como uma bomba dupla, que move o sangue 
sequencialmente por uma circulação pulmonar (coração direito) e por uma circulação 
sistêmica (coração esquerdo). A parede cardíaca é composta, predominantemente, 
por fibrócitos e células musculares estriadas cardíacas, além de matriz extracelular. A 
espessura da parede de cada câmara cardíaca é relacionada diretamente à sua 
função. Os átrios, que desenvolvem baixas pressões, apresentam parede 
relativamente fina. Já os ventrículos, que desenvolvem pressões maiores, apresentam 
parede consideravelmente mais espessa. Nesse caso, o ventrículo esquerdo, 
responsável pela alta pressão da circulação sistêmica, tem parede mais espessa que 
a do ventrículo direito, que não necessita desenvolver pressão muito elevada para 
bombear sangue pela circulação pulmonar. As valvas são estruturalmente projetadas 
para permitir o fluxo em apenas uma direção, bem como abrir e fechar passivamente 
em resposta à direção das diferenças de pressão através delas (LACHINI & 
IRIGOYEN, 2008). 
O fluxo sanguíneo no coração (Figura 1) se inicia com a chegada do sangue 
venoso, vindo dos órgãos, no átrio direito, através das veias cavas superior e inferior. 
O sangue passa da valva tricúspide para o ventrículo direito, sendo bombeado através 
da valva pulmonar para as artérias pulmonares e, por fim, para a circulação pulmonar. 
O sangue venoso pulmonar oxigenado flui das veias pulmonares para o átrio 
esquerdo, passando pela valva mitral até chegar ao ventrículo esquerdo. Do ventrículo 
esquerdo é bombeado através da válvula aórtica para a aorta, a fim de ser distribuído 
para os órgãos sistêmicos (MOHRMAN & HELLER, 2007). As ações de contração do 
ventrículo esquerdo e ejeção de sangue pela aorta são denominadas sístole, enquanto 
o relaxamento do coração com a chegada de sangue no ventrículo direito é 
denominado diástole. 
A ação eficiente de bombeamento do coração requer uma coordenação precisa 
da contração das células isoladas do músculo cardíaco, o que ocorre quando um 
impulso elétrico excitatório (potencial de ação) passa rapidamente sobre sua 
membrana. Esse potencial é conduzido de uma célula para a outra através de 
sinapses (gap junctions) que conectam todas as células do coração a um sincício 
funcional (atuando como uma unidade sincrônica). Além disso, as células musculares 
em determinadas áreas do coração apresentam especializações para o controle da 
frequência da excitação cardíaca, da via de condução e da taxa de propagação do 
 
 
impulso através das várias regiões do coração. Esses componentes especializados 
incluem: nodo sinoatrial (nodo AS), nodo atrioventricular (nodo AV), feixe de His e 
ramos do feixe direito e esquerdo compostos por células especializadas denominadas 
fibras de Purkinje (MOHRMAN & HELLER, 2007). 
 
 
Figura 2 – Via do fluxo sanguíneo no coração. (Fonte: WECKER, 2010). 
 
O nodo SA contém células especializadas que funcionam como o marca-passo 
cardíaco; elas iniciam o potencial de ação conduzido através do coração. O nodo AV 
contém células de condução lenta que criam um pequeno atraso entre a contração 
atrial e a contração ventricular. As fibras de Purkinje apresentam condução rápida e 
asseguram que todas as células ventriculares se contraiam aproximadamente no 
mesmo instante (LACHINI & IRIGOYEN, 2008). 
A ação do coração é influenciada, ainda, tanto pelo sistema nervoso autônomo 
simpático quanto pelo parassimpático, dependendo das necessidades homeostáticas 
do organismo. O coração é inervado por fibras simpáticas adrenérgicas, as quais, 
quando ativas, liberam norepinefrina (noradrenalina) nas células cardíacas. A 
 
 
norepinefrina interage com os receptores β1– adrenérgicos nas células cardíacas, 
aumentando a frequência cardíaca, a velocidade de condução do potencial de ação, 
bem como a força e a frequência de contração e relaxamento (MOHRMAN & HELLER, 
2007). 
 As fibras colinérgicas do sistema parassimpático chegam ao coração através 
do nervo vago, inervando os nodos SA, AV e o músculo atrial. Quando ativo, há 
liberação de acetilcolina nas células cardíacas. A acetilcolina interage com os 
receptores muscarínicos nas células do músculo cardíaco, diminuindo a frequência 
cardíaca (nodo SA), a velocidade de condução do potencial de ação (nodo AV) e, em 
alguns casos, a força de contração das células musculares atriais (LACHINI & 
IRIGOYEN, 2008). 
 
 
Figura 2: Sistema cardíaco de excitação e condução. (Fonte: CAPONE NETO, 
2000). 
 
 Em geral, um aumento da atividade nervosa simpática é acompanhado de uma 
redução da atividade parassimpática e vice-versa (LACHINI & IRIGOYEN, 2008). 
 O sistema cardiovascular é composto, também, por diversos tipos de vasos 
sanguíneos, os quais podem ser denominados artérias, arteríolas, capilares, vênulas e 
veias. Estes se distinguem por diferenças nas dimensões físicas, características 
morfológicas e função, sendo o leito vascular algo contínuo, decorrente de uma 
transição gradual de um tipo de vaso para o outro, como descrito a seguir, segundo 
MOHRMAN & HELLER (2007). 
 
 
As artérias são vasos de paredes espessas, compostas de músculo liso, fibras 
de elastina e colágeno; são chamadas de vasos condutores porque apresentam 
resistência relativamente baixa ao fluxo sem sofrer alterações. 
 As arteríolas são menores e apresentam proporcionalmente otamanho do 
lúmen e paredes mais espessas, com mais músculo liso e menos material elástico, 
quando comparadas às artérias. As arteríolas são denominadas vasos de resistência, 
devido a sua alta e mutável resistência, que regula o fluxo sanguíneo periférico. 
 Os capilares representam os menores vasos sanguíneos, com uma única 
camada de células endoteliais, as quais separam o sangue do líquido intersticial em 
cerca de apenas 1 µm. São denominados vasos de troca e possuem uma área de 
superfície total de troca entre sangue e líquido intersticial de cerca de 100 m2. 
 Após deixar os capilares o sangue é encaminhado por vênulas e veias, 
retornando ao coração. Os vasos venosos apresentam paredes finas e músculo liso; 
são chamados de vasos de capacitância, pois, em situações como durante um 
exercício, as vênulas e veias chegam a conter mais de 50% do volume sanguíneo 
total. 
 O fluxo sanguíneo através dos vasos sofre influência do sistema nervoso 
simpático, que inerva as arteríolas. O sistema nervoso simpático libera noradrenalina, 
substância que interage com os receptores α-adrenérgicos nas células do músculo liso 
provocando constrição arteriolar. A redução do diâmetro arteriolar aumenta a 
resistência vascular e diminui o fluxo sanguíneo, representando o controle reflexo da 
resistência vascular e do fluxo sanguíneo de um órgão. 
 As veias e vênulas também são bastante inervadas pelo sistema nervoso 
simpático, acarretando vaso constrição e aumento do débito cardíaco. 
 Não há controle neural importante nas artérias ou capilares. 
 
3. CONCEITOS RELACIONADOS AO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
 No sistema cardiovascular, determinados conceitos são de fundamental 
importância para a compreensão e a manipulação de estratégias que otimizem sua 
função. A seguir, são apresentados alguns desses conceitos de acordo com RONDON 
et al (2010). 
 
 
 O débito cardíaco (DC) é caracterizado pela quantidade de sangue bombeada 
pelos ventrículos a cada minuto. Ele se relaciona diretamente às alterações do volume 
sistólico (VS) e à quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo esquerdo a cada 
batimento cardíaco; relaciona-se também à frequência cardíaca (FC), número de 
batimentos cardíacos por minuto, da seguinte maneira: 
DC = VS x FC 
 Podemos, então, verificar aumento ou redução do débito cardíaco de acordo 
com o comportamento do VS e da FC. O VS, por exemplo, é o resultado da diferença 
entre o volume diastólico final e o volume sistólico final (VS = diastólico final - volume 
sistólico final), sendo seu aumento ou redução atrelado a esses parâmetros. Já a FC é 
influenciada pelo sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático e pela FC 
intrínseca de marca-passo (contribuição do nodo SA). Na bradicardia de repouso 
desencadeada pelo treinamento físico aeróbico, por exemplo, há diminuição da 
atividade simpática, aumento da atividade parassimpática e diminuição da FC 
intrínseca de marca-passo. 
 Outro parâmetro importante do sistema cardiovascular é a pressão arterial 
(PA), força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias decorrente de 
um batimento cardíaco. A PA refere-se a dois instantes do ciclo cardíaco: a sístole e a 
diástole. A PA exercida na sístole é chamada de PA sistólica (PAS) e é definida como 
o maior valor verificado durante a aferição da pressão arterial. Já a PA exercida na 
diástole é denominada PA diastólica (PAD) e consiste no menor valor verificado 
durante a mensuração da PA. 
 Ressalta-se ainda o conceito de resistência vascular periférica (RVP), definida 
como a resistência oferecida pelos vasos à passagem de sangue. A RVP interfere na 
PA por meio da vasoconstrição (fechamento dos vasos), acarretando aumento da PA; 
ou da vasodilatação (abertura dos vasos), com consequente redução da PA. A PA 
pode ser representada também pela PA média (PAM), que se relaciona diretamente 
ao DC e RVP, como podemos observar pela seguinte equação: 
PAM = DC x RVP 
 A PAM é representada também pela relação entre PAS e PAD: 
PAM = PAD + 1/3 (PAS – PAD) 
 A seguir, estudaremos o comportamento desses parâmetros cardiovasculares 
quando da prática de exercícios físicos. 
 
 
 
4. EXERCÍCIO FÍSICO E SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O exercício físico desencadeia diferentes respostas no sistema cardiovascular 
de acordo com o tipo de exercício (dinâmico, estático ou resistido), sua duração e 
intensidade, além da massa muscular envolvida. 
Chamaremos o exercício físico agudo de exercício físico, e o exercício físico 
crônico de treinamento físico. 
No exercício físico dinâmico (contração muscular, seguida de movimento 
articular) observamos aumento da atividade simpática, o qual desencadeia aumento 
da FC, do VS e do DC. Há redução da RVP devido à vasodilatação (pelo acúmulo de 
metabólitos na musculatura ativa); com isso, há aumento da PAS e redução da PAD. 
Essas respostas sofrem influência da intensidade do exercício e da massa muscular 
envolvida (BRUM et al., 2004). 
Já o treinamento físico dinâmico ou aeróbico desencadeia adaptações que se 
expressam no sistema cardiovascular através da diminuição da resposta taquicárdica 
durante o exercício, bradicardia de repouso, aumento do volume sistólico tanto em 
repouso como durante o exercício físico (NEGRÃO et al., 1996), aumento do débito 
cardíaco máximo (BRANDÃO et al., 1993) e do retorno venoso (PARSSINEN & 
SEPPALA, 2002) e consequente redução da RVP. Os principais parâmetros 
cardiovasculares que sofrem adaptações com esse tipo de treinamento físico são, 
portanto, a FC e a PA. Além disso, a bradicardia de repouso é utilizada como um 
marcador de eficácia do treinamento físico aeróbio sobre o sistema cardiovascular 
(OLIVEIRA & KRIEGER, 2002). Na Tabela 1 encontram sumarizadas as respostas do 
sistema cardiovascular ao exercício e ao treinamento físico aeróbico. 
 
Tabela 1 – Respostas cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício físico 
dinâmico. 
 
 
 
 
TIPO Agudo ou Crônico FC VS DC RVP PA 
Dinâmico 
Exercício PAS / PAD 
Treinamento 
 
 
 
 
 
 
No exercício físico estático ou isométrico, a contração muscular exerce uma 
força contra uma resistência imóvel, isto é, o comprimento do músculo não se altera 
ao exercer força (iso + métrico = mesmo comprimento) (KREIGHBAUM & BARTHELS, 
1996). Nesse tipo de exercício há aumento da FC, com manutenção ou até redução 
do VS e pequeno acréscimo no DC. Observa-se aumento da RVP, o que ocasiona 
elevação acentuada da PA. Isso ocorre porque a contração muscular sustentada com 
o exercício estático promove obstrução mecânica do fluxo sanguíneo muscular, 
acúmulo de metabólitos e consequente aumento da atividade nervosa simpática. As 
respostas ao exercício físico estático dependem de sua intensidade e da duração e da 
massa muscular envolvida (BRUM et al, 2004). 
No treinamento físico estático também verificam-se adaptações, como redução 
da FC, embora de menor magnitude em comparação com o treinamento dinâmico, 
redução da PA (ponto de controvérsia na literatura) e do consumo de oxigênio pelo 
miocárdio avaliado pelo duplo-produto (PAS X FC), aumento do VS e aprimoramento 
da função sistólica e diastólica (SANTARÉM, 2001). FLECK (1988), em sua meta-
análise, relatou que no repouso a FC, a PA e as funções sistólica e diastólica 
apresentam pequena ou nenhuma alteração decorrente do treinamento estático; já 
durante a realização do exercício físico, observa-se uma ligeira elevação do DC, 
devido ao aumento da FC e a uma grande elevação da PA. As respostas ao exercício 
e ao treinamento estático estão resumidas na Tabela 2. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Respostas cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício físico 
estático. 
 
TIPO Agudo ou Crônico FC VS DC RVP PA 
Estático 
Exercício / / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRUM e colaboradores (2004) destacam que, embora as respostas 
cardiovasculares aos exercícios físicosdinâmicos e estáticos sejam bem 
características, na prática diária os exercícios executados apresentam componentes 
dinâmicos e estáticos, de modo que a resposta cardiovascular a esses exercícios 
depende da contribuição de cada um desses componentes. Dessa forma, os 
exercícios resistidos ou de musculação (exercícios localizados contra resistências) 
ganham destaque, pois quando realizados com baixa intensidade apresentam 
predominantemente características dinâmicas; por outro lado, quando realizados em 
alta intensidade, mesmo com movimentos articulares, apresentam grande componente 
isométrico (FORJAZ et al., 2010). As respostas cardiovasculares verificadas com os 
exercícios resistidos assemelham-se às observadas nos exercícios estáticos: aumento 
da FC, redução do VS e do DC, manutenção da RVP e grande aumento da PA (BRUM 
et al., 2004). 
 No treinamento resistido, as respostas cardiovasculares dependem da 
intensidade do exercício desenvolvido. O treinamento de baixa intensidade 
desencadeia adaptações semelhantes às encontradas com o treinamento físico 
aeróbico, porém de menor magnitude; já com o treinamento de alta intensidade, 
observa-se elevado componente isométrico, o que acarreta adaptações como redução 
ou manutenção de FC, PAS e PAD, sendo mantidos VS, DC e RVP (FORJAZ et al., 
2010). 
 Na Tabela 3, verificamos um sumário das respostas cardiovasculares ao 
exercício e ao treinamento resistido. 
 
 
 
Tabela 3 – Respostas cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício físico 
resistido. 
 
 
 
 
 
5. POPULAÇÕES ESPECIAIS E EXERCÍCIO FÍSICO 
A prática regular de exercícios físicos tem demonstrado ser um meio de 
proteção contra doenças cardiovasculares, reduzindo as taxas de mortalidade 
cardiovascular e de mortalidade associada a outras doenças crônicas, como diabetes, 
hipertensão ou dislipidemia (NOBRE et al., 2010). Estudos têm demonstrado que 
adultos que praticam exercícios físicos apresentam aumento da longevidade 
independente d sexo ou da idade (ANDERSEN et al., 2000). Portanto, o exercício 
físico é uma importante ferramenta para a prevenção e melhoria na qualidade de vida 
de pessoas com doenças crônicas. 
O tipo de treinamento físico mais amplamente recomendado é o treinamento 
aeróbico, o qual apresenta maiores benefícios para o sistema cardiovascular e 
menores riscos. 
Em cardiopatas, o treinamento físico aeróbico acarreta aumento na tolerância 
aos esforços e no VO2 de pico, redução da FC e da PA, menor progressão da placa de 
ateroma, entre outros benefícios (ALVES et al., 2010). Na hipertensão arterial, verifica-
se redução da PA, que pode ser desencadeada por redução da atividade simpática e 
da FC, melhoria da vascularização e aumento do fluxo sanguíneo (RONDON et al., 
2010). Observa-se também, após uma sessão de exercício físico, o fenômeno da 
hipotensão pós-exercício (redução da PA no período de recuperação). 
Alguns trabalhos têm demonstrado que o treinamento físico intervalado de alta 
intensidade para cardiopatas proporciona benefícios: melhora o condicionamento 
físico e a qualidade de vida e controla fatores de risco (ROGNMO et al., 2004; 
TJONNA et al., 2009). Apesar desses resultados, deve-se considerar a necessidade 
de mais estudos para confirmar essas repostas. Outro aspecto a ser considerado é a 
 
TIPO Agudo ou Crônico FC VS DC RVP PA 
Resistido 
Exercício 
Treinamento / / PAS e PAD 
 
 
associação de outras doenças às cardiopatias, o que pode dificultar a realização 
desse tipo de treinamento. 
O treinamento físico aeróbico também altera de forma benéfica o perfil lipídico, 
reduzindo a concentração de triglicerídeos e aumentando os níveis de HDL - colesterol 
(NUNES et al., 2010). Na obesidade, além da melhoria do perfil lipídico, o treinamento 
aeróbico conduz a uma melhor regulação do balanço energético, à melhora do 
condicionamento físico e à perda de peso, quando associado à restrição calórica 
(TROMBETTA et al., 2010). No diabetes, destaca-se o aumento da sensibilidade à 
insulina e a redução da medicação (DE ANGELIS et al., 2010), além de outros 
benefícios, como a já citada melhora do perfil lipídico. 
Os exercícios resistidos, quando feitos de maneira complementar ao 
treinamento aeróbico, também parecem trazer benefícios a estas populações, 
principalmente por melhorar a resistência vascular periférica. Os exercícios resistidos 
de baixa intensidade e que não atingem fadiga concêntrica promovem menor 
sobrecarga cardíaca e pequena elevação da pressão arterial (FORJAZ et al., 2010). 
Quanto aos riscos, podemos verificar que exercícios físicos extenuantes ou de 
alta intensidade estão associados com risco de infarto do miocárdio, desencadeado 
por ruptura de placa de ateroma, principalmente em indivíduos sedentários ou que se 
exercitam de maneira não frequente (WILLICH et al., 1993). Em exercícios resistidos 
de alta intensidade e/ou quando atingem fadiga concêntrica, há aumento excessivo da 
FC e da PA, sendo verificado risco de isquemia cardíaca logo após o término do 
exercício: a vasodilatação muscular reduz o retorno venoso, desencadeando queda do 
DC e das PAS e PAD, diminuindo a perfusão coronariana (FORJAZ et al., 2010). O 
aumento da PA pode, ainda, desencadear rompimento de aneurismas, causando 
acidentes vasculares cerebrais (VERMEER et al., 1997). Porém, o treinamento físico 
aeróbico e o treinamento resistido, quando executados de acordo com as 
recomendações, são seguros, sendo capazes de proporcionar diversos benefícios à 
saúde: afinal, melhoram o condicionamento e a qualidade de vida dessas populações. 
 
6. PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA POPULAÇÕES 
ESPECIAS 
A prescrição de exercícios para populações com doenças crônicas deve ser 
cuidadosa, considerando as características de cada doença, a interferência da 
 
 
utilização de remédios nas respostas ao exercício físico, a condição física do paciente 
e as variáveis a serem manipuladas no exercício físico (tipo, duração, intensidade). 
Em primeiro lugar, deve-se proceder uma avaliação clínica prévia para verificar 
se a doença está controlada; no caso do diabetes, deve-se verificar se há 
complicações associadas, para que a prescrição de exercícios físicos seja adequada e 
traga benefícios a essas pessoas. 
Segundo Alves e colaboradores (2010), a prescrição de exercícios físicos para 
cardiopatas deve ser realizada com base nos limiares ventilatórios fornecidos pelo 
teste ergoespirométrico (entre limiar anaeróbico e 10% abaixo do ponto de 
compensação respiratória). Na falta de uma avaliação ergoespirométrica, os autores 
indicam que a intensidade do exercício seja determinada pela FC de reserva (FCres), 
sendo aconselhável uma intensidade entre 50% e 70% da FCres. A FCres é a 
diferença entre FC máxima (FCmáx) e FC de repouso (FCrep), podendo ser calculada 
pela equação de Karvonen: 
FCres = (FCmáx – FCrep) x % treinamento físico + FCrep 
Quanto ao tipo de exercício físico, ALVES e colaboradores (2010) recomendam 
exercícios que utilizem grandes grupos musculares e que possam ser mantidos por 
prolongado período de tempo, de forma rítmica, como caminhada, corrida e ciclismo. 
Observam, ainda, que os exercícios resistidos de baixa a moderada intensidade (até 
50% da contração voluntária máxima) podem ser praticados de maneira complementar 
ao treinamento aeróbico, com séries de 10 a 15 repetições, com intervalo de descanso 
entre as séries, auxiliando na melhora da resistência muscular. 
Para hipertensão, recomenda-se exercícios físicos de 3 a 6 vezes por semana, 
com intensidade entre 50% e 70% da FCres para indivíduos sedentários e de 60% a 
80% da FCres para indivíduos condicionados e com duração de 30 a 60 minutos 
(RONDON et al., 2010). Os exercícios resistidos devem ser feitos de maneira 
complementar e não devem ultrapassar 50% da contração voluntária máxima 
(RONDON et al., 2010). 
Para diabéticos, De Angelise colaboradores (2010) recomendam exercícios 
físicos com base nos mesmos princípios de treinamento de indivíduos não diabéticos, 
desde que haja controle glicêmico, acompanhamento médico (periódico), ausência de 
doenças associadas, como cardiopatias, e ausência ou controle das complicações 
desencadeadas pelo diabetes. O diabético deve estar em bom estado de controle 
metabólico; o controle deve ser realizado por exames laboratoriais periódicos e por 
 
 
automonitoração glicêmica domiciliar. A glicemia capilar deve ser realizada antes, 
durante (se necessário) e após a sessão de exercícios, com o intuito de analisar a 
resposta individual à prática de exercícios e de orientar ajustes da alimentação e das 
doses de insulina necessárias para uma prática de exercícios segura. Outro cuidado a 
ser tomado é verificar as extremidades, para evitar ou tratar lesões não percebidas. Os 
mesmos autores recomendam, também, que o exercício físico seja realizado com 
intensidade de 40% a 60% do VO2 máximo ou 50% a 70% da FC máxima, quando 
realizado todos os dias; se realizado até 3 vezes por semana, pode ser utilizada 
intensidade maior que 60% do VO2 máximo ou maior que 70% da FC máxima; quando 
determinada por teste ergométrico, deve ficar entre 50% e 80% da FCres; quando 
determinada por teste ergoespirométrico, deve ficar entre o limiar anaeróbico e o ponto 
de compensação respiratória. A intensidade deve ser aumentada de maneira 
progressiva, o que auxilia no controle glicêmico, especialmente em diabéticos obesos, 
que necessitam de maior intensidade de exercício para alcançar os mesmos 
benefícios obtidos por diabéticos magros. Quanto ao uso de exercícios resistidos, De 
Angelis e colaboradores (2010) salientam que eles devem ser realizados 3 vezes por 
semana, envolvendo grandes grupos musculares, progredindo até 3 séries de 8 a 10 
repetições. Os diabéticos que utilizam insulina devem receber, ainda, orientações 
quanto aos ajustes de doses de insulina e de ingestão de alimentos para a realização 
de atividades físicas de longa duração, pois pode haver hipoglicemia durante ou após 
o exercício. 
As recomendações para os obesos são similares às recomendações feitas aos 
cardiopatas, atentando para o aumento da duração do exercício, com finalidade de 
aumento do gasto energético e melhora da adaptação cardiovascular. Quando a 
obesidade estiver associada à síndrome cardiometabólica, atentar também para os 
cuidados com a glicemia, se houver presença de diabetes. Cuidados preventivos 
relativos a problemas osteomioarticulares, comuns na obesidade, devem ser adotados 
na tentativa de evitar lesões durante a sessão de treinamento (Trombetta et al., 2010). 
Para a execução dos testes ergométrico e ergoespirométrico recomendados às 
diferentes populações, é necessário observar que, para a realização desses testes, é 
preciso saber se o paciente faz uso de medicamentos, tais como betabloqueadores ou 
anti-hipertensivos, os quais alteram a FC e a PA durante o teste. Se sim, recomenda-
se o uso desses medicamentos no dia do teste. 
 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Como visto nesta apostila, o sistema cardiovascular tem papel fundamental em 
nosso organismo, pois participa da nutrição e da remoção de metabólitos por meio de 
uma rede coordenada de transporte de material. Com o coração exercendo a função 
de bomba e os vasos a de rede de distribuição de sangue, o sistema cardiovascular 
consegue de adequar às diferentes demandas metabólicas, por meio de ajustes de 
parâmetros como a FC, o VS, o DC e a RVP. 
 O exercício físico altera esses parâmetros desencadeando diversas respostas 
cardiovasculares de acordo com o tipo, a duração e a intensidade do exercício, além 
da massa muscular envolvida. 
 Para populações especiais, como as relatadas nesta apostila, o treinamento 
físico aeróbico, complementado por exercícios resistidos, parece trazer benefícios 
efetivos à saúde. 
 Saber como determinar a intensidade de um treinamento – utilizando, por 
exemplo, a FCres para a prescrição adequada – é de fundamental importância para 
manter a segurança e o bem-estar do indivíduo/paciente. 
 É fundamental considerar, além das recomendações a cada população, a 
vontade da pessoa na escolha da atividade a ser desenvolvida: isso pode significar a 
aderência plena ao programa de treinamento. Por isso, bom senso e conhecimento 
devem caminhar juntos nas escolhas de um bom profissional! 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, G.B.; ROVEDA, F.; CAMARGO, E.W.; NUNES, N.; NERY, S.S.; SILVA., 
C.E.G. e OLIVEIRA, P.A. Reabilitação cardiovascular e condicionamento físico. In: 
Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
ANDERSEN, L.B.; SCHNOHR, P.; SCHROLL, M. and HEIN HO. All-cause mortality associated 
with physical activity during leisure time, work, sports, and cycling to work. Arch Intern Med. 
n.160, v.11, p.1621-8, 2000. 
 
BRANDÃO, M.U.P.; WANJNGARTEN, M.; RONDON, E.; GIOGI, M.C.P.; HIRONAKA, F.; 
NEGRÃO, C.E. Left ventricular function during dynamic exercise in untrained and moderately 
trained subjects. Journal of Applied Physiology. v.75, n.5, p.1985-95, 1993. 
BRUM, P.C.; FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T. e NEGRÃO, C.E. Adaptações agudas e 
crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Rev. Paul. Educ. Fís. São 
Paulo, v.18, p.21-31, 2004. 
CAPONE NETO, A. Fisiopatologia do ritmo cardíaco. In: Fisiopatologia Cardiovascular. 1ª ed., 
São Paulo. Atheneu, 2000. 
 
 
 
DE ANGELIS, K.; ALONSO, D.O.; RAMIRES, P.R.; MELO, K.; IRIGOYEN, M.C. e 
SILVA, M.E.R. Diabetes e exercício físico. In: Cardiologia do exercício: do atleta ao 
cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
FLECK, S. J. Cardiovascular adaptations to resistance training. Medicine Science in Sports and 
Exercise. v.20, n.5, p.146-51, 1988. 
FORJAZ, C.L.M; REZK, C.C.; CARDOSO JUNIOR, C. G. e TINUCCI, T. Sistema 
cardiovascular e exercícios resistidos. . In: Cardiologia do exercício: do atleta ao 
cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
KREIGHBAUM, E.; BARTHELS, K.M. Biomechanics: a qualitative approach for 
studying human moviment. 4ª ed., 1996. 
LACHINI, S. e IRIGYEN, M.C. Estrutura e função do sistema cardiovascular. In: 
Fisiologia. 3ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. 
MOHRMAN, D.E. e HELLER, L.J. Visão geral do sistema cardiovascular. In: Fisiologia 
Cardiovascular. 6ª ed., Rio de Janeiro, McGraw-Hill Interamericana, 2007. 
NEGRÃO, C.E.; FORJAZ, C.L.M.; RONDON, M.U.P.B.; BRUM, P.C.; Adaptação cardiovascular 
ao treinamento físico dinâmico. In: SOCESP – Cardiologia, atualização e reciclagem. São 
Paulo, Atheneu, v.2, p.532-40, 1996. 
NOBRE, M.R.C.; SANTOS, L.A. e FONSECA, V.R. Epidemiologia do risco 
cardiovascular e atividade física. In: Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 
3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
NUNES, A.P.O.B.; VINAGRE, C.G.C.M. e MARANHÃO, R. C. Metabolismo de lípides 
plasmáticos e exercício físico. In: Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 3ª 
ed., Barueri, Manole, 2010. 
OLIVEIRA, E. M.; KRIEGER, J. E. Hipertrofia cardíaca e treinamento físico. Hipertensão, v. 5, 
n. 2, p. 73-8, 2002. 
PARSSINEN, M.; SEPPALA, T. Steroid use a long-term health risks in former athletes. Sports 
Medicine. v.32, n.2; p.83-94, 2002. 
ROGNMO, O.; HETLAND, E.; HELGERUD, J.; HOFF, J. AND SLØRDAHL, S.A. High intensity 
aerobic interval exercise is superior to moderate intensity exercise for increasing aerobic 
capacity in patients with coronary artery disease. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. v.11, n.3, 
p.216-22, 2004. 
RONDON, M.U.P.B.; SANTOS, A.C.; MARTINEZ, D.G.; ALONSO, D.O.; RONDON, E. 
e ZAMO-ROTH, F.S. Fisiologia integrativa no exercício físico. In: Cardiologia do 
exercício: do atleta ao cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
_________________; LATERZA, M.C.; ZAMO-ROTH, F.S.; BRUM, P.C. e KRIEGER, 
E.M. Hipertensão arterial e exercício físico aeróbio. In: Cardiologia do exercício:do 
atleta ao cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
TJONNA, A.E.; STOLEN, T.O.; BYE, A.; VOLDEN, M.; SLORDAHL, S.A.; ODEGÅRD, R. and 
SKOGVOLL E, WISLOFF, U. Aerobic interval training reduces cardiovascular risk factors more 
than a multitreatment approach in overweight adolescents. Clin Sci. v.116, n.4, p.317-26, 2009. 
 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15179103
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15179103
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15179103
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18673303
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18673303
 
 
TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; NUNES, C.M. e HALPERN, A. Obesidade, 
síndrome cardiometabólica e exercício físico. In: Cardiologia do exercício: do atleta ao 
cardiopata. 3ª ed., Barueri, Manole, 2010. 
VERMEER, S.E.; RINKEL, G.J. and ALGRA A. Circadian fluctuations in onset of subarachnoid 
hemorrhage. New data on aneurysmal and perimesencephalic hemorrhage and a systematic 
review. .Stroke. v.28, n.4, p.805-8, 1997. 
 WILLICH, S,N,; LEWIS, M.; LÖWEL, H.; ARNTZ, H.R.; SCHUBERT, F. and SCHRÖDER, R. 
Physical exertion as a trigger of acute myocardial infarction. Triggers and Mechanisms of 
Myocardial Infarction Study Group. N Engl J Med. v.329, n.23, p.1684-90, 1993. 
Referências Infográficas 
SANTARÉM, J.M. disponível em: <http://www.saudetotal.com/cecafi/texto.htm>. 
WECKER, J.E. Aulas de Anatomia, disponivel em: 
www.auladeanatomia.com/cardiovascular/coracao.htm 
TEMA: FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR E EXERCÍCIO 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1) Como o sistema cardiovascular se comunica com o líquido 
intersticial? 
A) Através das arteríolas; 
B) Através do volume plasmático (sangue); 
C) Através de capilares; 
D) Através das vênulas; 
2) A norepinefrina interage com os receptores β1– adrenérgicos nas 
células cardíacas desencadeando: 
A) Aumento da frequência cardíaca, da velocidade de condução do potencial 
de ação e redução da força e frequência de contração e relaxamento; 
B) Aumento da frequência cardíaca, da velocidade de condução do potencial 
de ação, da força e frequência de contração e relaxamento; 
C) Redução da frequência cardíaca, da velocidade de condução do potencial 
de ação e da força de contração; 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Willich%20SN%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Lewis%20M%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22L%C3%B6wel%20H%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Arntz%20HR%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Schubert%20F%22%5BAuthor%5D
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Schr%C3%B6der%20R%22%5BAuthor%5D
javascript:AL_get(this,%20'jour',%20'N%20Engl%20J%20Med.');
http://www.auladeanatomia.com/cardiovascular/coracao.htm
 
 
D) Aumento da frequência cardíaca, redução da velocidade de condução do 
potencial de ação e da força e frequência de contração e relaxamento; 
3) O que não interfere nas respostas cardiovasculares ao exercício 
físico é: 
A) A massa muscular envolvida; 
 B) O tipo de exercício físico executado; 
 C) A duração do exercício físico; 
 D) Nenhuma das anteriores. 
4) O exercício resistido pode ser realizado por hipertensos: 
A) De maneira complementar ao treinamento físico aeróbico e com baixa 
intensidade; 
B) De maneira complementar ao treinamento físico aeróbico e com alta 
intensidade; 
C) De maneira complementar ao treinamento físico estático e com baixa 
intensidade; 
D) De maneira principal, complementado pelo treinamento físico aeróbico de 
intensidade moderada; 
5) Assinale a alternativa incorreta: 
A) A pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra a parede interna 
das artérias decorrente de um batimento cardíaco; 
B) O débito cardíaco se relaciona inversamente às alterações do volume 
sistólico e da frequência cardíaca; 
C) A intensidade do exercício físico para populações especiais (como, por 
exemplo, cardiopatas) pode interferir na segurança de um programa de 
exercícios; 
 
 
D) A frequência cardíaca de reserva é um parâmetro utilizado para a prescrição 
de exercícios físicos; 
RESPOSTAS 
1 – C 
2 – B 
3 – D 
4 – A 
5 – B 
 
	ANDERSEN, L.B.; SCHNOHR, P.; SCHROLL, M. and HEIN HO. All-cause mortality associated with physical activity during leisure time, work, sports, and cycling to work. Arch Intern Med. n.160, v.11, p.1621-8, 2000.
	VERMEER, S.E.; RINKEL, G.J. and ALGRA A. Circadian fluctuations in onset of subarachnoid hemorrhage. New data on aneurysmal and perimesencephalic hemorrhage and a systematic review. .Stroke. v.28, n.4, p.805-8, 1997.

Outros materiais