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ATLAS DE MICROBIOLOGIA C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA REITOR Oscar Rodrigues Junior PRÓ-REITORIA ADMINISTRATIVA Ingrid Soraya Oliveira Sá PRÓ- REITORIA EXECUTIVA INSTITUCIONAL Daniel Rontgen Melo Rodrigues PRÓ- REITORIA DE SUPERVISÃO INSTITUCIONAL Francisca Neide Camelo Martins Rodrigues PRÓ- REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO Rômulo Carlos de Aguiar PRÓ- REITORIA EXECUTIVA DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Lindomar Jémison Moura Rodrigues PRÓ- REITORIA DE CARREIRAS MÉDICAS E ODONTOLÓGICAS José Klauber Roger Carneiro PRÓ- REITORIA DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO STRICTO SENSU Chrislene Carvalho dos Santos PRÓ- REITORIA DE DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL Marisa Pascarelli Agrello PRÓ- REITORIA DE CARREIRAS DE GESTÃO E TECNOLOGIA Eliza Angélica Rodrigues Ponte DIRETORIA DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL Cel. Raimundo Tadeu de Araújo DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Eliza Angélica Rodrigues Ponte DIRETORIA DE ESTÁGIOS Michelle Alves Vasconcelos DIRETORIA DE EXTENSÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL Regina Maria Aguiar Alves DIRETORIA DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL João José Saraiva da Fonseca DIRETORIA DE CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DE NEGÓCIOS Prof. Francisco Linhares Ponte Júnior OUVIDORIA Jucelaine Zamboni (Interina) CAPELANIA Gerson Pires de Araújo COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO Rita de Cássia Marques Costa COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA José Klauber Roger Carneiro EQUIPE DE PLANEJAMENTO DO ATLAS Theodora Thays Arruda Cavalcante Luís Antônio de Oliveira Alves Davi de Paula Brito Evanildes Barros Muniz COORDENADOR DO MÓDULO Theodora Thays Arruda Cavalcante NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE – NDE Bruna Vieira Gomes Felipe Mendes Conrado Geison Vasconcelos Lira José Klauber Roger Carneiro Luiz Derwal Salles Júnior Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro Theodora Thays Arruda Cavalcante NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO – NAPE Bruna Vieira Gomes Felipe Mendes Conrado Geison Vasconcelos Lira José Klauber Roger Carneiro Leandro Cordeiro Portela Niedja Maruccy Gurgel da Cruz Grangeiro Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE DE MEDICINA – NAPEM Ana Neiline Cavalcante Antônio Flávio Queiroz de Oliveira Geison Vasconcelos Lira José Cleano Dias Arruda Marisa Pascarelli Agrello Mikkael Duarte dos Santos Niedja Maruccy Gurgel da Cruz Grangeiro Rafael Nobre Lopes NÚCLEO DE ESTUDOS, PESQUISA E EXTENSÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS DR. THOMAZ CORRÊA ARAGÃO NUCIM Ana Neiline Cavalcante Cícero Igor Simões Moura Silva Danielle Rocha do Val Geison Vasconcelos Lira José Jackson do Nascimento Costa Luís Antônio de Oliveira Alves Maria Auxiliadora Silva Oliveira Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro Theodora Thays Arruda Cavalcante COORDENAÇÃO DE SECRETARIA Cricilane Alcântara de Araújo C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA I. ACTINOMYCES 6 II. BACILLUS CEREUS 7 III. BIFIDOBACTERIUM 8 IV. BORDETELLA 9 V. CAMPYLOBACTER JEJUNI 11 VI. CANDIDA ALBICANS 12 VII. CLOSTRIDIUM PERFRIGENS 14 VIII. CORYNEBACTERIUM DIPHTERIAE 16 IX. ENTEROCOCCUS FAECIUM 18 X. ESCHERICHIA COLI 20 XI. STAPHYLOCOCCUS 21 XII. KLEBSIELLA PNEUMONIAE 23 XIII. LACTOBACILLUS BULGARICUS 24 XIV. LEPTOSPIRA SPP. 26 XV. LISTERIA MONOCYTOGENES 28 XVI. MICROSPORUM GYPSEUM 30 XVII. MORAXELLA 31 XVIII. MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS 32 XIX. NEISSERIA SUBFLAVA 34 XX. PASTEURELLA MULTOCIDA 35 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA XXI. PROTEUS VULGARIS 36 XXII. PSEUDOMONAS AERUGINOSA 37 XXIII. SACCHAROMYCES CEREVISIAE 38 XXIV. SALMONELLA ENTERITIDIS 39 XXV. SARCINA 40 XXVI. SHIGELLA FLEXNERI 41 XXVII. STAPHYLOCOCCUS AUREUS 42 XXVIII. GÊNERO STREPTOCOCCUS 44 XXIX. STREPTOCOCCUS MUTANS 45 XXX. STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE 46 XXXI. STREPTOCOCCUS PYOGENES 47 XXXII. VIBRIO CHOLEREAE 48 XXXIII. YERSINIA ENTEROCOLITICA 49 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA I. Actinomyces Gênero de bactérias que se apresentam na forma de bastonetes filamentosos ou difteróides, gram positivos (0,5m de largura), frequentemente observados em forma esférica devido a coloração irregular. São capnofílicos (microrganismo que cresce melhor em ambiente enriquecido com 5 a 10% de CO2) ou anaeróbios facultativos. Exigem meio com sangue ou soro; possuem crescimento lento, não crescem em meio Ágar Sabouraud nem à temperatura ambiente e apresentam teste catalase negativo. São microrganismos encontrados na cavidade oral e trato gastrointestinal, podem ser cultivados em meio ágar sangue e a patologia mais conhecida é a actinomicose, causada por Actinomyces israeli. O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de aspirado de lesões, e no exame direto, caracterizado pela presença de grânulos de enxofre (rosetas). Imagem disponível em: https://goo.gl/SvsDAV 6 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA II. Bacillus cereus Formador de esporos, móveis, bacilos Gram positivos. Produzem enterotoxinas termoestável e termolábel. B. cereus e outras espécies de Bacillus são microrganismos ubiquitários, presentes em praticamente todos os ambientes. As espécies de Bacillus crescem rapidamente e são facilmente detectadas pela coloração de Gram e cultura de amostras obtidas de olhos infectados, sítios de cultura intravenosos e outros locais. B. cereus são principalmente patógenos oportunistas, com capacidade relativamente baixa de virulência. As doenças comumente observadas são: gastroenterite, infecções oculares, sepse relacionada ao uso de cateteres intravenosos e, mais raramente, pneumonia grave. B. cereus é responsável por duas formas de intoxicação alimentar: a doença com vômito (forma emética) e a doença diarreica (forma diarreica). Em muitos pacientes, a forma emética da doença resulta do consumo de arroz contaminado por enterotoxinas termoestáveis. A forma diarreica de intoxicação alimentar por B. cereus é uma infecção que resulta do consumo de carne, vegetais ou molhos contaminados por enterotoxinas termolábeis. . Imagem disponível em: https://goo.gl/fLhYv5 Imagem disponível em: https://goo.gl/zRezPb 7 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA III. Bifidobacterium O gênero Bifidobacterium faz parte da microbiota normal humana. São caracterizadas como bactérias gram-positivas, que não formam esporos, desprovidos de flagelos, catalase negativos e anaeróbios, podendo apresentar formas variadas que incluem bacilos curtos e curvados a bacilos bifurcados. A temperatura ótima de crescimento das bactérias bífidas abrange de 37ºC a 41ºC, não havendo crescimento em temperaturas abaixo de 25-28ºC e acima de 43º 45ºC. O pH ótimo de crescimento compreende a faixa de seis (6,0) a sete (7,0), não ocorrendo crescimento abaixo de quatro e meio (4,5) a cinco (5,0) ou acima de oito (8,0) a oito e meio (8,5). Diversas espécies incluem esse gênero, mas uma delas tem origem de leite fermentado e apresenta grande tolerância ao oxigênio. São microrganismosformadores de ácido lático e ácido acético como seus produtos finais principais do metabolismo de carboidratos. Imagem disponível em: https://goo.gl/gq2YTE Imagem disponível em: https://goo.gl/3Vpx6W 8 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA IV. Bordetella O gênero Bordetella é constituido de cocobacilos Gram-negativos delicados. Eles são aeróbios obrigatórios (necessitam de oxigênio livre para a respiração) e não fermentam carboidratos como a glicose. Englobam 3 espécies: Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis (causa infecção respiratória semelhante à coqueluche; entretanto, o paciente não apresenta o quadro de tosse paroxística), Bordetella bronchiseptica (é uma bactéria primariamente patogênica para animais - coelho, cobaia, rato, porco, cachorro e outros sendo suas infecções frequentemente epidêmicas. Raramente causa infecção no homem). Imagem disponível em: https://goo.gl/M8T35C 9 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA A Bordetella pertussis cresce somente em meios especiais contendo sangue. Ela sofre mutações de vários tipos, quando submetida a culturas sucessivas no laboratório. Estas mutações, que aliás são frequentes, determinam alterações profundas na estrutura, metabolismo e virulência da bactéria. A bactéria Bordetella pertussis é considerada uma bactéria pequena, com aproximadamente 0,8 por 0,4 micrômetros. É um cocobacilo encapsulado e não produz esporos. Arranja-se isoladamente ou em grupos pequenos e não é distinguida facilmente da espécie haemophilus. A coloração utilizada para o estudo microscópico dessas bactérias, é o método de Gram, que consiste, essencialmente, no tratamento sucessivo do esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, utilizando cristal violeta, lugol, álcool e fucsina como reagentes. Utilizando essa coloração, podemos constatar que a bactéria Bordetella pertussis trata-se de uma bactéria Gram negativa, apresentando-se avermelhada após tal tratamento. 10 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA V. Campylobacter jejuni Bacilo Gram negativo, fino e curvo. São móveis por meio de um flagelo polar. Possuem crescimento lento, geralmente necessitando de 48 a 72 horas ou mais de incubação. Os microgarnimos são finos e não podem ser observados facilmente quando corados pelo método de Gram. Apesar da baixa sensibilidade dessa coloração, eles aparecem caracteristicamente como bacilos finos em forma de “S”. Hospedeiros reservatórios usuais: aves, bovinos e ovinos. Doenças humanas associacadas: gastroenterite, infecções extraintestinais, síndrome de Guillain Barré, artrite reativa. A maioria das infecções é autolimitada, mas podem persistir por uma semana ou mais. Imagem disponível em: https://goo.gl/rD4yK2 Imagem disponível em: https://goo.gl/vazM8r 11 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA VI. Candida albicans Fungo patógeno e oportunista. Candida spp. coloniza a mucosa gastrointestinal e atinge a corrente sanguínea por translocação gastrointestinal ou através de cateteres vasculares contaminados, interage com defesas do hospedeiro e deixa o compartimento intravascular invadindo tecidos profundos de órgãos-alvo como fígado, baço, rins, coração e cérebro. Possui a capacidade de sofrer translocação de leveduras para hifa (capacidade denominada de mudanças fenotípicas), regulado tanto por pH quanto por temperatura. As hifas de C. albicans exibem tigmotropismo (um sentido de tato), que lhes permite crescer ao longo de depressões ou através de poros e pode auxiliar na infiltração de superfícies epiteliais; os tubos germinativos de C. albicans são hidrofóbicos, enquanto os brotos ou blastoconídeos são hidrofílicos. Imagem disponível em: https://goo.gl/SVZmbY 12 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Diversas espécies de Candida secretam aspartil proteinases, que hidrolisam as proteínas do hospedeiro envolvidas em defesas contra a infecção, permitindo que as leveduras rompam barreiras de tecido conjuntivo. Da mesma forma, a maioria das espécies de Candida que causam infecção em humanos produz fosfolipases. Estas enzimas lesam as células do hospedeiro, sendo consideradas importantes na invasão tecidual. Imagem disponível em: https://goo.gl/wcQytJ 13 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA VII. Clostridium perfrigens Pertence ao gênero Clostridium, é um bacilo grande, retangular, anaeróbio e Gram positivo, com esporos raramente observados in vivo ou após o cultivo in vitro. Este organismo é um dos poucos clostrídios imóveis, mas o crescimento rápido e espalhado em meios de laboratório é característico. Essa bactéria cresce rapidamente em meios tecidos e culturas, é hemolítica e metabolicamente ativa, características que tornam possível a identificação em laboratório. Sob condições adequadas, C. perfrigens se divide a cada 8 a 10 minutos, portanto, o crescimento em agar ou em caldo de hemocultura pode ser detectado em apenas algumas horas de incubação. C. perfrigens pode causar um amplo espectro de doenças, de gastroenterite autolimitada até uma devastadora destruição do tecido associada à mortalidade muito elevada. Imagem disponível em: https://goo.gl/pvEyre 14 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA A toxina alfa é a toxina mais importante e produzida por todos os cinco tipos de C. perfrigens (principalmente por C. perfrigens tipo A). Esta toxina provoca hemólise massiva, aumento da permeabilidade vascular e hemorragia, destruição tecidual, toxicidade hepática e disfunção miocárdica. C. perfrigens tipo A é responsável pela maioria das infecções humanas, incluindo infecções em tecidos moles, intoxicação alimentar e septicemia primária. C. perfrigens tipo C é responsável por uma outra infecção importante em humanos – a enterite necrotizante. Imagem disponível em: https://goo.gl/nCBv95 15 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA VIII. Corynebacterium diphteriae O gênero Corynebacterium é formado por mais de 100 espécies e subespécies que apresentam parede celular contendo resíduos de arabinose, galactose, ácido meso-diaminopimélico (meso-DAP) e ácidos micólicos de cadeias curtas. Não são capazes de corar por métodos de álcool-acidorresistencia. Na coloração de Gram, são observados bacilos Gram positivos irregulares agregados ou em cadeias curtas (formato de clava). Corinebactérias são microrganismos aeróbios anaeróbios facultativos, imóveis e catalase-positivos. Muitas espécies crescem bem em meios de cultura comumente utilizados nos laboratórios. No entanto, algumas espécies requerem meios de cultura suplementados com lipídeos (bactérias lipofílicas) para que ocorra crescimento in vitro. Corynebacterium diphtheriae, o agente etiológico da difteria, é a espécie mais conhecida. A espécie C. diphtheriae é formada por bacilo pleomórficos que se coram irregularmente. Granulações metacromáticas podem ser observadas nas células bacterianas coradas com azul de metileno. Imagem disponível em: https://goo.gl/beMiqn 16 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Os microrganismos apresentam colônias grandes, contendo 1 a 3 mm de diâmetro, quando cultivados por uma noite em meio agar sangue. Meios seletivos e diferenciais podem serutilizados para o isolamento de C. diphteriae, a partir de espécimes clínicos contaminados com outras espécies bacterianas, como em materiais obtidos da faringe. A espécie C. diphtheriae é dividida em quatro biótipos diferentes de acordo com a morfologia colonial bacteriana e algumas propriedades bioquímicas. Os biotipos são denominados: belfanti, gravis, intermedius e mitis. A maioria dos casos de difteria descrito na literatura foi causada pelos biotipos gravis e mitis. O principal fator de virulência é a toxina diftérica, uma exotoxina do tipo A-B. Esta exotoxina é produzida no local da infecção e se dissemina pela corrente sanguínea, produzindo os sinais sistêmicos da difteria. O microrganismo não precisa entrar na corrente sanguínea para causar a doença. Imagem disponível em: https://goo.gl/K8koBJ 17 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA ENTEROCOCCUS FAECIUM IX. Enterococcus faecium A espécie Enterococcus faecium é, em geral, a segunda de maior frequência entre os enterococos isolados de espécimes clínicos, estando em primeiro lugar Enterococcus faecalis. Enterococos podem ser cultivados nos meios de cultura comuns, inclusive em meios seletivos para bactérias Gram negativas. Podem ser facilmente identificados através de suas características fisiológicas, destacando-se o fato de serem positivos para os testes de hidrólise da esculina na presença de bile, hidrólise de pirrolidonil-beta-naftilamida (PYR) e da leucina-beta-naftilamida, e de crescerem em meios contendo concentrações elevadas de NaCl (6,5%). Estes testes, entre outros, são úteis para diferenciar os membros do gênero Enterococcus dos outros gêneros de cocos Gram-positivos, catalase-negativos. Imagem disponível em: https://goo.gl/wEGYu4 18 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Para a identificação das espécies do gênero são empregados diversos outros testes, incluindo a utilização de açúcares, hidrólise da arginina, produção de pigmento e motilidade. Métodos moleculares têm sido avaliados para a caracterização das espécies mais frequentes (E. faecalis e E faecium), bem como a identificação rápida de genes de resistência. Para fins de rastreamento epidemiológico, diversas metodologias de tipagem molecular podem ser usadas, mas uma das mais recomendadas é a análise dos perfis de fragmentação do DNA cromossômico, após eletroforese em campo pulsado (PFGE). Os enterococos são membros da microbiota normal do trato intestinal, sendo também encontrados nas mucosas de outros tratos, embora em menor concentração. As infecções surgem quando a bactéria é translocada para órgãos ou locais sensíveis. O trato urinário, as feridas, sobretudo as decorrentes de cirurgias, e a corrente circulatória são os locais mais frequentemente infectados. Imagem disponível em: https://goo.gl/w8QfMN 19 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA ESCHERICHIA COLI X. Escherichia coli Pertence ao gênero Escherichia, o qual é o membro mais comum e mais importante. É um bacilo Gram negativo, anaeróbio facultativo, são fermentadores e oxidase negativos. Estes micro-organismos crescem rapidamente, na maioria dos meios de cultura este micro-organismo está associado a uma variedade de doenças, incluindo gastroenterite e infecções extraintestinais como infecções do trato urinário (ITUs), meningites e sepses. Uma variedade de cepas pode causar doenças, sendo alguns sorotipos associados à virulência. As cepas de E. coli possuem fatores de virulência específicos, que podem ser organizados em duas categorias principais: adesinas e exotoxinas. Gastroenterite é a doença clinica mais comum causada por cepas de E. coli, as quais são subdivididas em cinco grupos principais: enterotoxigênica (ETEC), enteropatogênica (EPEC), enteroagregativa (EAEC), entero-hemorrágica (EHEC) e enteroinvasiva (EIEC). Os três primeiros grupos causam uma diarreia secretora envolvendo o intestino delgado, enquanto nos dois últimos grupos a infecção envolve o intestino grosso. Imagem disponível em: https://goo.gl/w89PvU Imagem disponível em: https://goo.gl/D7B979 20 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA STAPHYLOCOCCUS XI. Staphylococcus O nome do gênero staphylococcus se refere ao fato de que as células destes cocos Gram positivos crescem com um perfil que se assemelha a cachos de uvas; no entanto, os organismos em material clínico podem também aparecer como células únicas, pares ou cadeias curtas. Staphylococcus é um gênero aeróbio-catalase positivo, são imóveis, anaeróbios facultativos, são capazes de crescer em meios contendo alta concentração de sal e a temperaturas que variam de 18°C a 40°C. Os estafilococos crescem rapidamente quando cultivados em meios não seletivos. Os meios seletivos (por exemplo, agar manitol salgado) podem ser utilizados para recuperar S. aureus em espécimes contaminados. Imagem disponível em: https://goo.gl/v45Thg 21 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Os estafilococus são importantes patógenos para os seres humanos, causam um amplo espectro de doenças sistêmicas que ameaçam a vida, incluindo infecções de pele, tecidos moles, ossos, trato urinário, bem como infecções oportunistas. As colônias de S. aureus são douradas como resultado de pigmentos carotenoides formados durante o seu crescimento; daí o nome da espécie. Também é a única espécie encontrada em seres humanos que produz a enzima coagulase, desse modo, são coagulase positivos. Esses fatores de virulência incluem componentes estruturais que facilitam a aderência aos tecidos do hospedeiro e evitam a fagocitose, e uma variedade de toxinas e enzimas hidrolíticas. Os pacientes sob risco para doenças específicas relacionadas à essa espécie, incluem crianças (síndrome da pele escaldada), crianças pequenas com pouca higiene pessoal (impetigo e outras infecções cutâneas), mulheres menstruadas (síndrome do choque tóxico), pacientes com cateteres intravasculares (bacteremia e endocardite) ou shunts (meningites) e pacientes com função pulmonar comprometida ou infecção respiratória viral antecedente (pneumonia). Imagem disponível em: https://goo.gl/ruuHQs 22 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE XII. Klebsiella pneumoniae Klebsiella pneumoniae é um bacilo Gram-negativo, membro da família Enterobacteriaceae, encontrado em locais como água, solo, plantas e esgoto. Sua colonização em seres humanos provavelmente ocorre por contato com as diversas fontes ambientais e pode ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de pessoas sadias. Já no organismo de pessoas imunocomprometidas esta bactéria encontra um ambiente propício para seu crescimento, levando aos quadros de infecção. O gênero Klebsiella é definido como contendo bacilos Gram-negativos da família Enterobacteriaceae, não móveis, geralmente encapsuladas e em forma de bastão, que produzem lisina descarboxilase mas não produzem ornitina descarboxilase. Compreende cinco espécies: K. pneumoniae, K. oxytoca, K. planticola, K. terrigena e K. ornithinolytica. Imagem disponível em: https://goo.gl/dHBhhR Imagem disponível em: https://goo.gl/Qn5hdi 23 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA LACTOBACILLUS BULGARICUS XIII. Lactobacillus bulgaricus Bactérias Gram positivas de forma bacilar que geralmente formam longas cadeias. Se desenvolve a 15°C, e é incapaz de crescer em meio contendosolução a 2,5% de cloreto de sódio. Não se desenvolve em pH 7,8. O gênero Lactobacillus foi isolado pela primeira vez por MORO em 1900, a partir das fezes de lactentes amamentados ao peito materno. Este investigador atribuiu- lhes o nome de Bacillus acidophilus, designação genérica dos lactobacilos intestinais. Estes microrganismos são geralmente caracterizados como Gram positivos, incapazes de formar esporos, desprovidos de flagelos, possuindo forma bacilar ou cocobacilar, e aerotolerantes ou anaeróbios. O gênero compreende neste momento 56 espécies oficialmente reconhecidas. As mais utilizadas para fins de aditivo dietético são: L. acidophilus, L. rhamnosus e L. casei. ou L. acidophilus. Imagem disponível em: https://goo.gl/BuhneY 24 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Pertencente ao gênero Lactobacillus, família Lactobacillaceae, estes microrganismos são bacilos geralmente largos e finos, que formam cadeias na maioria de suas espécies. São microaerófilos, catalase positivo, Gram negativos e fermentam os açúcares produzindo ácido láctico como principal produto. Se são homofermentativos, fermentam o açúcar formando principalmente, ácido láctico e insignificantes quantidades de ácido acético, dióxido de carbono e outros produtos. Se são heterofermentativos, produzem ácido láctico e uma importante quantidade de compostos voláteis, entre eles se encontram o álcool (JAY, 1994). O Lactobacillus bulgaricus e o Lactobacillus acidophillus estão entre os lactobacilos homofermentativos. Imagem disponível em: https://goo.gl/iNXBEN 25 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA LEPTOSPIRA SPP. XIV. Leptospira spp. A taxonomia do gênero Leptospira é bastante confusa. Tradicionalmente, o gênero tem sido agrupado por características fenotípicas, reação sorológica e patogenicidade. As cepas patogênicas foram agrupadas na espécie Leptospira interrogans e as não patogênicas à espécie Leptospira biflexa. As leptospiras são espiroquetas e delgadas com um gancho em uma ou em ambas extremidades afiladas. A motilidade é mediada por dois flagelos periplasmáticos que se estendem por toda a superfície bacteriana e são ancorados nos extremos opostos. As leptospiras são aeróbias estritas com temperatura ótima de crescimento entre 28°C a 30°C, em meios suplementados com vitaminas (B2, B12), ácidos graxos de cadeia longa e sais de amônio. O significado prático destas características é que esse microrganismo pode ser cultivado em um meio específico, a partir de amostras clínicas coletadas de pacientes infectados. Por serem delgadas, as lepstospiras estão no limite de resolução do microscópio ótico e, portanto, não podem ser observadas por microscopia ótica convencional. A coloração de Gram ou de prata não são confiáveis na detecção dessas bactérias. Imagem disponível em: https://goo.gl/ybPs9b 26 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA A microscopia de campo escuro também é relativamente insensível, podendo levar a resultados inespecíficos. Preparações de anticorpos marcados com fluoresceína têm sido utilizadas para corar as leptospiras, mas não estão disponíveis na maioria dos laboratórios clínicos. As leptospiras podem ser cultivadas em meios especialmente formulados para essas bactérias. Elas crescem lentamente, requerendo incubação a 28°c a 30°C por até 4 meses, embora a maioria das culturas sejam positivas dentro de 2 semanas. A maioria das infecções humanas por leptospiras é clinicamente inaparente e é detectada apenas pela demonstração de anticorpos específicos. A infecção é introduzida através de abrasões cutâneas ou pela conjuntiva. 27 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA LISTERIA MONOCYTOGENES XV. Listeria monocytogenes L. monocytogenes é um bacilo Gram positivo pleomórfico, não produtor de endósporos e cápsula, móvel (com motilidade característica quando cultivado a 25°C). São anaeróbios facultativos, fermentadores de glicose e capazes de crescer numa faixa de temperatura entre 4°C e 45°C (psicrófilos e mesófilos), suportam uma variação de pH entre 6,0 e 9,0 e concentração de sal ate 20%. O cultivo primário da bactéria proveniente de sítios normalmente estéreis pode ser feito diretamente em ágar triptose contendo ou não 5% de sangue de carneiro. Por outro lado, espécimes obtidas de sítios não-estéreis ou isoladas de alimentos do ambiente, devem ser semeadas em meios de enriquecimento. O enriquecimento é especialmente indicado quando existe a suspeita de contaminação múltipla, no qual, o meio semeado é mantido a 4°C a 8°C durante 15 dias, efetuando-se repiques sucessivos a cada cinco dias. As colônias de Listeria crescidas após 24 a 48 horas a 35°C a 37°C são pequenas, translúcidas, vistas com bordos inteiros e apresentando uma tonalidade azul-acinzentada, quando a placa é examinada através de iluminação oblíqua. Imagem disponível em: https://goo.gl/2xCvB6 28 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Importante patógeno oportunista humano, causador de diversas infecções graves em indivíduos imunocomprometidos, mulheres grávidas e recém-nascidos. L. monocytogenes causa a listeriose que é adquirida após a ingestão de alimentos contaminados e manifesta-se como gastroenterite, meningite, encefalite, infecção materno-fetal e septicemia, resultando em uma taxa de mortalidade que ultrapassa 20%. Embora seja um microoganismo ubiquitário, bem adaptado ao ambiente, capaz de ser isolado de diversas fontes ambientais como água, solo, produtos alimentares, animais e humanos, ele possui um arsenal de genes que facilitam sua sobrevivência intracelular, uma vez que é capaz de invadir e sobreviver dentro da célula do hospedeiro, escapando, assim, do sistema imune. Bacteremia é a manifestação mais comum da infecção por Listeria, sendo a meningite a segunda em frequência. As manifestações clínicas incluem tipicamente febre e mialgias, embora sintomas prodrômicos como diarreia e náusea possam ocorrer. 29 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA MICROSPORUM GYPSEUM XVI. Microsporum gypseum O Microsporum gypseum é um fungo filamentoso, dermatófito, responsável por causar tineas na pele e no couro cabeludo. Por ser geofílico apresenta uma maior incidência clínica em trabalhadores agrícolas e em criança nas épocas quentes e úmidas. A morfologia macroscópica da colônia apresenta incialmente coloração branca e castanho, e a medida que os macronídeos são produzidos e estão em maior número, as colônias tornam-se planas e granulosas. A morfologia microscópica da colônia apresenta hifas hialinas, septadas e ramificadas, macroconídios em abundância, com forma elipsoide contendo de 2 a 6 células. Imagem disponível em: https://goo.gl/dEKSzK Imagem disponível em: https://goo.gl/ZX3KV5 30 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA MORAXELLA XVII. Moraxella As espécies de Moraxella são cocobacilos gram negativos, os quais, muitas vezes, têm tendência a resistir à descoloração de Gram. Elas são imóveis, aeróbicas, mas em algumas situações, podem crescer em ambientes anaeróbios. A melhor temperatura para crescimento é de 33°C a 35°C. O gênero Moraxella compreende aproximadamente 20 espécies que foram validamente nomeados. A maioria delas são catalase e oxidase positivas. A M. catarrhalis é a espécie mais frequentemente isolada. Ela foi originalmente classificada com Neisseria,devido às semelhanças em sua morfologia. M. catarrhalis na amostra de escarro de um paciente com pneumonia. Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 31 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS XVIII. Mycobacterium tuberculosis O gênero Mycobacterium consiste em bacilos aeróbios, imóveis, não formadores de esporos que medem de 0,2 a 0,6 x 1 a 10 µm. Uma vez corados, os bacilos não podem ser descorados com soluções ácidas, por isso são chamados de ácidos resistentes. O Mycobacterium tuberculosis é o agente causador da maioria dos casos de tuberculose. Ele possui uma parede celular rica em lipídios. Esta parede é responsável por muitas propriedades características da bactéria: crescimento lento, resistência a detergentes, aos antibióticos comuns e a colorações tradicionais, por exemplo, o meio Löwenstein Jensen é um meio de cultura utilizado no isolamento inicial de micobactérias. Sua cor normal é verde clara e o crescimento de colônias amareladas é indicativo de positividade. O método de Ziehl-Neelsen, que requer o aquecimento da lâmina após a adição de fucsina básica para que haja a penetração do corante no interior da bactéria, tem na coloração vermelha, a confirmação de que a bactéria é álcool ácido resistente. Microscopia eletrônica de Mycobacterium tuberculosis. Imagem disponível em: https://goo.gl/KxX3Dy 32 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA Mycobacterium tuberculosis em meio Löwenstein Jensen. Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Mycobacterium tuberculosis em meio de Ziehl-Neelsen. Imagem disponível em: http://textbookofbacteriology.net/medical_1.html 33 http://textbookofbacteriology.net/medical_1.html C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA NEISSERIA SUBFLAVA XIX. Neisseria subflava Neisseria são diplococos, com lados adjacentes achatados, gram negativos, aeróbios, imóveis, não esporulados e oxidase positivos. Um dos cocos gram- negativos aeróbicos são comumente isolados. Neisseria subflava, um organismo saprófito que é frequentemente encontrado na nasofaringe e no trato geniturinário, é uma rara causa de doença invasiva em adultos e crianças. As infecções sistêmicas infrequentes associadas a esse microorganismo incluem meningite, endocardite, infecções oculares, artrite e bacteremia. Neisseria subflava na coloração Gram. Imagem disponível em: http://microbe-canvas.com/Bacteria/gram-negative-cocci/oxidase- positive-3/neisseria-subflava.html 34 http://microbe-canvas.com/Bacteria/gram-negative-cocci/oxidase- C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA PASTEURELLA MULTOCIDA XX. Pasteurella multocida Pastereulla são pequenos pleomórficos cocobacilos gram negativos, imóveis, anaeróbios facultativos e fermentadores. A Pasteurella multocida é catalase e oxidase positiva, reduz nitrito a nitrato e são sensíveis à penicilina. Ela é comumente encontrada como comensal na nasofaringe de animais saudáveis. A maioria das infecções humanas ocorre devido ao contato com eles, por exemplo, durante a mordida ou arranhadura. P. Multocida em material do trato respiratório de paciente com pneumonia (seta). Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 35 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA PROTEUS VULGARIS XXI. Proteus vulgaris Proteus é um gênero de bacilos Gram negativos, móveis, não esporulados, facultativo anaeróbio. Produtor de urease cliva a ureia em dióxido de carbono (CO2) e amônia. Proteus, tem a capacidade de migrar periodicamente na superfície dos meios de agar revestidos. Este ciclo de migração e consolidação alternadas é devido a uma característica chamada "motilidade de swarming" e produz uma série de anéis concêntricos visíveis. Proteus vulgares em microscopia eletrônica. Disponível em: https://goo.gl/1gFfHK Proteus vulgares. Imagem disponível em: https://goo.gl/LcTrFk 36 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA PSEUDOMONAS AERUGINOSA XXII. Pseudomonas aeruginosa O gênero Pseudomonas caracteriza-se como bacilos gram negativos retos ou ligeiramente curvos, aeróbios estritos, a maioria das cepas apresenta motilidade por meio de um ou mais flagelos polares, utiliza glicose e outros carboidratos oxidativamente e em geral são citocromo oxidase positivos. Uma característica da espécie é a capacidade de produzir um pigmento azul esverdeado (piocianina), denominado de bacilo piociânico, encontrado em pacientes com queimaduras ou fibrose cística, estes pacientes são mais propensos a transmitir a infecção por Pseudomonas aeruginosa devido ao estado imunodeprimidos. Essa espécie compreende um grande número de espécies de bacilos Gram- negativos diferenciados por meio de provas bioquímicas, formação de pigmentos, teste de sensibilidade a antibióticos, números e localização dos flagelos, é considerado oportunista podendo causar várias infecções e a maioria dessas infecções é adquirida nos hospitais. Fig Microscopia eletrônica de Pseudomonas aeruginosas. Imagem disponível em: https://goo.gl/cyaNcm Coloração de Gram de Pseudomonas aeruginosas com celular arranjadas de forma isoladas e aos pares. Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 37 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA SACCHAROMYCES CEREVISIAE XXIII. Saccharomyces cerevisiae O gênero Saccharomyces constitui um grupo de leveduras de vasto conhecimento humano, sendo o representante mais famoso deste conhecido como Saccharomyces cerevisiae, amplamente utilizado na panificação, produção de etanol e vinhos, além do uso na indústria farmacêutica. No campo biomédico, a pesquisa de anticorpos anti-Saccharomyces cerevisiae (ASCA) é marcador importante para diagnóstico da doença de Crohn. Morfologicamente, é constituída por uma única célula, de forma oval ou esférica. Saccharomyces cerevisiae em microscopia eletrônica. Imagem disponível em: http://www.chateauneuf.dk/artikler/vini15.jpg Saccharomyces cerevisiae. Imagem disponível em: https://goo.gl/jDHDbr 38 http://www.chateauneuf.dk/artikler/vini15.jpg C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA SALMONELLA ENTERITIDIS XXIV. Salmonella enteritidis O gênero Salmonella compreende a bacilos Gram negativos não produtores de esporos. É constituído por bastonetes de 0,5 a 0,7 por 1 a 3 micrômetros. São anaeróbios facultativos, produzem gás a partir de glicose (exceto S. Typhi) e são capazes de utilizar o citrato como única fonte de carbono. A maioria é móvel, através de flagelos peritríquios, exceção desta à S. pullorum e à S. gallinarum, que são imóveis. A taxonomia do gênero Salmonella é baseada na composição de seus antígenos de superfície, que são os antígenos somáticos (O), os flagelares (H) e os capsulares (Vi). A Salmonella enteritidis é uma das aproximadamente 2200 Salmonella não-tifóide sorotipos, os quais causam gastroenterite em seres humanos.É uma bactéria que atinge tanto homem como animal sendo a principal causa de surtos de toxinfecção por alimentos em todo o mundo. Ela reside tipicamente no trato gastrointestinal. Salmonela enteretidis em microscopia eletrônica. Imagem disponível em: https://goo.gl/wu1WSk Salmonela enteretidis na coloração Gram. Imagem disponível em: https://goo.gl/XpE2J3 39 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA SARCINA XXV. Sarcina Sarcina é um gênero de bactérias Gram-positivo, anaeróbias que foi descrita pela primeira vez em 1842. O gênero é único porque as células são dispostas em três dimensões cubos de oito células que podem formar esporos. Foi isolado do solo, grãos e espécimes clínicos. Sarcina são sensíveis ao oxigênio e crescerão somente sob condições anaeróbias bem mantidas. Estes organismos necessitam de hidratos de carbono fermentáveis e crescerão numa gama de pH entre 1 e 9,8. Sarcina SP. Imagem disponível em: https://goo.gl/wo32ec Sarcina sp na coloração Gram. Imagem disponível em: https://goo.gl/9fJLcV 40 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA SHIGELLA FLEXNERI XXVI. Shigella flexneri O gênero Shigella compreende bactérias bacilares, Gram negativas, imóveis, anaeróbicas facultativas, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Dentre elas, existem diversas espécies que podem causar diarreia e disenteria, shigellosis, como a Shigella flexneri. Potencialmente com risco de vida, os efeitos de S. flexneri incluem bacteremia, síndrome urêmica hemolítica (HUS) e megacólon tóxico. Shigella flexneri em microscopia eletrônica. Imagem disponível em: https://www.eurekalert.org/multimedia/pub/2 3040.php Shigella flexneri em coloração Gram. Imagem disponível em: https://goo.gl/2o9Zcx 41 http://www.eurekalert.org/multimedia/pub/2 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA STAPHYLOCOCCUS AUREUS XXVII. Staphylococcus aureus Os Staphylococcus aureus (aureus, do latim, “dourado”) são cocos gram positivos não esporulados, imóveis, anaeróbios facultativos, catalase e coagulase positivos. As colônias de S. aureus podem se apresentar em colocação gram, na qual se observa cocos gram positivos (coloração roxo-azulada), dispostos em grupos ou em forma de “cachos de uvas”. No Ágar Sangue, pode haver ou não formação de beta hemólise no halo ao redor da colônia e no Ágar Manitol, meio de cultura com indicativo vermelho de fenol, observa-se a formação de halo amarelo ao redor das colônias. S. aureus em coloração Gram. 42 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA S. aureus em Agar sangue. Imagem disponível em: http://lib.jiangnan.edu.cn/ASM/121-4.jpg S. aureus em Agar manitol. Imagem disponível em: http://microbeonline.com/wp-content/uploads/2013/08/thumb_MRSA.MSA_.jpg 43 http://lib.jiangnan.edu.cn/ASM/121-4.jpg http://microbeonline.com/wp-content/uploads/2013/08/thumb_MRSA.MSA_.jpg C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA GÊNERO STREPTOCOCCUS XXVIII. Gênero Streptococcus O gênero Streptococcus é formado por diversos cocos Gram positivos, dispostos aos pares ou em cadeias. A maioria das espécies é anaeróbia facultativa, imóvel e algumas crescem somente em atmosfera enriquecida com dióxido de carbono (crescimento capnofílico). As exigências nutricionais são complexas, necessitando do uso de meios enriquecidos com sangue ou soro para o isolamento. Fermentam carboidratos, resultando na produção de ácido lático e são oxidase e catalase negativos. Microscopia eletrônica do Streptococcus sp. Imagem disponível em: https://naturalnascer.files.wordpress.com/2013/03/strep.jpg 44 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS MUTANS XXIX. Streptococcus mutans S. mutans é uma alfa-hemolítica ou não hemolítica, sem motilidade, anaeróbios facultativos e é resistente à optoquina. É causa comun de endocardite subaguda em pacientes com problemas nas válvulas cardíacas ou próteses valvulares cardíacas. Eles também são responsáveis por bacteremia dental ou urogenital. Streptococcus mutans na coloração Gram. Imagem disponível em: https://goo.gl/UYbtKq 45 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE XXX. Streptococcus pneumoniae S. pneumoniae são cocos gram positivo em forma de vela, encapsulados, alfa- hemolíticos, sem motilidados, catalase negativo e facultativamente anaeróbio. Crianças e adultos são os principais portadores. O organismo coloniza normalmente a nasofaringe, sendo, portanto, uma importante causa de pneumonia e meningite bacteriana adquirida na comunidade em adultos. o Streptococcus pneumoniae na coloração Gram. Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 46 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS PYOGENES XXXI. Streptococcus pyogenes S. pyogenes é um beta-hemolitico, sem motilidade, encapsulados, crescem otimamente a 37º C e são inibidos em alta concentração de glicose. As colônias são geralmente transparentes ou translúcidas e sua superfície é brilhante ou fosca, são convexas e tem bordas contínuas. O Streptococcus pyogenes é o principal membro dos estreptococos do grupo A, sendo responsável por uma variedade de infecções graves, como por exemplo, faringite streptococos ("garganta strep"), impetigo, glomerulonefrite e febre reumática aguda (IRA). Streptococcus pyogenes na coloração Gram. Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 47 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA VIBRIO CHOLEREAE XXXII. Vibrio cholereae Vibrio spp. são bactérias Gram-negativas. Têm a forma de bastonetes, frequentemente curvados, móveis, podem crescer em ambientes aeróbicos e anaeróbicos. Sua dispersão pode ocorrer no solo e na água e se alimentam de matéria orgânica em decomposição. V. Cholerae, O1 toxigênico ou O139, bacilo Gram-negativo, com flagelo polar, aeróbio ou anaeróbio facultativo, isolado por Koch no Egito e na Índia, em 1884, inicialmente denominado de Kommabazilus (bacilo em forma de vírgula), é o agente etiológico da cólera. Vibrio cholerae em microscopia eletrônica. Imagem disponível em: http://textbookofbacteriology.net/medical _1.html Vibrio cholerae na coloração Gram. Imagem disponível em: http://www.fundacionio.org/img/bacte riology/img/vibrio_cholerae_03.jpg 48 http://textbookofbacteriology.net/medical http://www.fundacionio.org/img/bacte C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA YERSINIA ENTEROCOLITICA XXXIII. Yersinia enterocolitica Yersinia é um pequeno bacilo Gram negativo, medindo ao redor de 0,5 x 0,8 μm de largura por 1 x 3 μm de comprimento. Em culturas jovens a 25ºC predominam formas cocóides, em culturas velhas a 37ºC os bacilos tendem ao pleomorfismo. É um microrganismo incomum entre as enterobactérias por ser psicotrófico tendo a capacidade de multiplicar-seem temperaturas variando de 0 a 44ºC, sendo a ótima entre 25 a 28ºC. A maioria dos sintomas da infecção por Y.enterocolitica ocorre em crianças, principalmente naquelas abaixo de cinco anos de idade. Nesses pacientes, a yersiniose apresenta-se como diarreia, frequentemente acompanhada por febre baixa e dores abdominais. A caracterização da diarria varia de aquosa a mucóide, sendo baixa a porcentagem de ocorrência de fezes sanguinolentas. A duração da doença típica varia de poucos dias a três semanas, embora alguns doentes desenvolvam enterocolite crônica que pode persistir por vários meses. Y.enterocolitica em microscopia eletrônica. Imagem disponível em: https://goo.gl/6msPvs Y.enterocolitica na coloração Gram. Imagem disponível em: https://goo.gl/DVRaSm 49 C U R S O D E M E D I C I N A ATLAS DE MICROBIOLOGIA BIBLIOGRAFIA BOCKEMUHL, J. et. al. Manual of clinical microbiology. 8ª ed. Washington, DC: ASM Press; 2003. p.672-83. DO CARMO, A., COSTA, E., MARQUES, M. et al. Fusarium dimerum species complex (fusarium penzigii) keratitis after corneal trauma. Mycopathologia, 8 dez. 2016. v. 181, n.11–12, p. 879–884. Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/s11046-016-0060-1>. Acesso em: 17 ago. 2017. DUARTE, P., F. Efeito de inibição de cepas de Lactobacillus, isolados de fezes humanas, frente a diferentes patógenos / Priscila Filgueiras Duarte; orientador Ismael Maciel de Mancilha. – 2007. FRANCO, B. D. G. M.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2004. GABIDULLIN, Z. G.; ISHKILDIN, I. B. 1989. Morphological properties and adhesiveness of bacteria of the genus Proteus. J. Microbiol. Epidemiol. Immunol. 6 ed, 1989. p. 83–86. HOLT, J.G. et al. 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Actinomyces ATLAS DE MICROBIOLOGIA II. Bacillus cereus ATLAS DE MICROBIOLOGIA III. Bifidobacterium ATLAS DE MICROBIOLOGIA IV. Bordetella ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA V. Campylobacter jejuni ATLAS DE MICROBIOLOGIA VI. Candida albicans ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA VII. Clostridium perfrigens ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA VIII. Corynebacterium diphteriae ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA ENTEROCOCCUS FAECIUM IX. Enterococcus faecium ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA ESCHERICHIA COLI X. Escherichia coli ATLAS DE MICROBIOLOGIA STAPHYLOCOCCUS XI. Staphylococcus ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA KLEBSIELLA PNEUMONIAE XII. Klebsiella pneumoniae ATLAS DE MICROBIOLOGIA LACTOBACILLUS BULGARICUS XIII. Lactobacillus bulgaricus ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA LEPTOSPIRA SPP. XIV. Leptospira spp. ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA LISTERIA MONOCYTOGENES XV. Listeria monocytogenes ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA MICROSPORUM GYPSEUM XVI. Microsporum gypseum ATLAS DE MICROBIOLOGIA MORAXELLA XVII. Moraxella ATLAS DE MICROBIOLOGIA MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS XVIII. Mycobacterium tuberculosis ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA NEISSERIA SUBFLAVA XIX. Neisseria subflava ATLAS DE MICROBIOLOGIA PASTEURELLA MULTOCIDA XX. Pasteurella multocida ATLAS DE MICROBIOLOGIA PROTEUS VULGARIS XXI. Proteus vulgaris ATLAS DE MICROBIOLOGIA PSEUDOMONAS AERUGINOSA XXII. Pseudomonas aeruginosa ATLAS DE MICROBIOLOGIA XXIII. Saccharomyces cerevisiae ATLAS DE MICROBIOLOGIA SALMONELLA ENTERITIDIS XXIV. Salmonella enteritidis ATLAS DE MICROBIOLOGIA SARCINA XXV. Sarcina ATLAS DE MICROBIOLOGIA SHIGELLA FLEXNERI XXVI. Shigella flexneri ATLAS DE MICROBIOLOGIA STAPHYLOCOCCUS AUREUS XXVII. Staphylococcus aureus ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA GÊNERO STREPTOCOCCUS XXVIII. Gênero Streptococcus ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS MUTANS XXIX. Streptococcus mutans ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE XXX. Streptococcus pneumoniae ATLAS DE MICROBIOLOGIA STREPTOCOCCUS PYOGENES XXXI. Streptococcus pyogenes ATLAS DE MICROBIOLOGIA VIBRIO CHOLEREAE XXXII. Vibrio cholereae ATLAS DE MICROBIOLOGIA YERSINIA ENTEROCOLITICA XXXIII. Yersinia enterocolitica ATLAS DE MICROBIOLOGIA BIBLIOGRAFIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA ATLAS DE MICROBIOLOGIA
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