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Atlas de Microbiologia pdf

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ATLAS DE 
MICROBIOLOGIA 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA 
 
REITOR 
Oscar Rodrigues Junior 
 
PRÓ-REITORIA ADMINISTRATIVA 
Ingrid Soraya Oliveira Sá 
 
PRÓ- REITORIA EXECUTIVA INSTITUCIONAL 
Daniel Rontgen Melo Rodrigues 
 
PRÓ- REITORIA DE SUPERVISÃO INSTITUCIONAL 
Francisca Neide Camelo Martins Rodrigues 
 
PRÓ- REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO 
Rômulo Carlos de Aguiar 
PRÓ- REITORIA EXECUTIVA DE GRADUAÇÃO EM 
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
Lindomar Jémison Moura Rodrigues 
PRÓ- REITORIA DE CARREIRAS MÉDICAS E 
ODONTOLÓGICAS 
José Klauber Roger Carneiro 
PRÓ- REITORIA DE PESQUISA E PÓS- 
GRADUAÇÃO STRICTO SENSU 
Chrislene Carvalho dos Santos 
PRÓ- REITORIA DE DESENVOLVIMENTO 
PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL 
Marisa Pascarelli Agrello 
 
 PRÓ- REITORIA DE CARREIRAS DE GESTÃO E 
TECNOLOGIA 
 Eliza Angélica Rodrigues Ponte 
 
DIRETORIA DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL 
Cel. Raimundo Tadeu de Araújo 
 
DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
Eliza Angélica Rodrigues Ponte 
 
DIRETORIA DE ESTÁGIOS 
Michelle Alves Vasconcelos 
 
DIRETORIA DE EXTENSÃO E RESPONSABILIDADE 
SOCIAL 
Regina Maria Aguiar Alves 
 
DIRETORIA DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL 
João José Saraiva da Fonseca 
 
DIRETORIA DE CONTROLE E ACOMPANHAMENTO 
DE NEGÓCIOS 
Prof. Francisco Linhares Ponte Júnior 
 
OUVIDORIA 
Jucelaine Zamboni (Interina) 
 
CAPELANIA 
Gerson Pires de Araújo 
 
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO 
Rita de Cássia Marques Costa 
COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA 
José Klauber Roger Carneiro 
 
EQUIPE DE PLANEJAMENTO DO ATLAS 
Theodora Thays Arruda Cavalcante 
Luís Antônio de Oliveira Alves 
Davi de Paula Brito 
Evanildes Barros Muniz 
 
COORDENADOR DO MÓDULO 
Theodora Thays Arruda Cavalcante 
 
NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE – NDE 
Bruna Vieira Gomes 
Felipe Mendes Conrado 
Geison Vasconcelos Lira 
José Klauber Roger Carneiro 
Luiz Derwal Salles Júnior 
Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro 
Theodora Thays Arruda Cavalcante 
 
 
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO – NAPE 
Bruna Vieira Gomes 
Felipe Mendes Conrado 
Geison Vasconcelos Lira 
José Klauber Roger Carneiro 
Leandro Cordeiro Portela 
Niedja Maruccy Gurgel da Cruz Grangeiro 
Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro 
 
NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ESTUDANTE 
DE MEDICINA – NAPEM 
Ana Neiline Cavalcante 
Antônio Flávio Queiroz de Oliveira 
Geison Vasconcelos Lira 
José Cleano Dias Arruda 
Marisa Pascarelli Agrello 
Mikkael Duarte dos Santos 
Niedja Maruccy Gurgel da Cruz Grangeiro 
Rafael Nobre Lopes 
 
NÚCLEO DE ESTUDOS, PESQUISA E EXTENSÃO EM 
CIÊNCIAS MÉDICAS DR. THOMAZ CORRÊA ARAGÃO 
NUCIM 
Ana Neiline Cavalcante 
Cícero Igor Simões Moura Silva 
Danielle Rocha do Val 
Geison Vasconcelos Lira 
José Jackson do Nascimento Costa 
Luís Antônio de Oliveira Alves 
Maria Auxiliadora Silva Oliveira 
Regina Coeli de Carvalho Porto Carneiro 
Theodora Thays Arruda Cavalcante 
 
COORDENAÇÃO DE SECRETARIA 
Cricilane Alcântara de Araújo 
 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. ACTINOMYCES 6 
 
II. 
 
BACILLUS CEREUS 
 
7 
 
III. 
 
BIFIDOBACTERIUM 
 
8 
 
IV. 
 
BORDETELLA 
 
9 
 
V. 
 
CAMPYLOBACTER JEJUNI 
 
11 
 
VI. 
 
CANDIDA ALBICANS 
 
12 
 
VII. 
 
CLOSTRIDIUM PERFRIGENS 
 
14 
 
VIII. 
 
CORYNEBACTERIUM DIPHTERIAE 
 
16 
 
IX. 
 
ENTEROCOCCUS FAECIUM 
 
18 
 
X. 
 
ESCHERICHIA COLI 
 
20 
 
XI. 
 
STAPHYLOCOCCUS 
 
21 
 
XII. 
 
KLEBSIELLA PNEUMONIAE 
 
23 
 
XIII. 
 
LACTOBACILLUS BULGARICUS 
 
24 
 
XIV. 
 
LEPTOSPIRA SPP. 
 
26 
 
XV. 
 
LISTERIA MONOCYTOGENES 
 
28 
 
XVI. 
 
MICROSPORUM GYPSEUM 
 
30 
 
XVII. 
 
MORAXELLA 
 
31 
 
XVIII. 
 
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS 
 
32 
 
XIX. 
 
NEISSERIA SUBFLAVA 
 
34 
 
XX. 
 
PASTEURELLA MULTOCIDA 
 
35 
 
 
 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
XXI. PROTEUS VULGARIS 36 
 
XXII. 
 
PSEUDOMONAS AERUGINOSA 
 
37 
 
XXIII. 
 
SACCHAROMYCES CEREVISIAE 
 
38 
 
XXIV. 
 
SALMONELLA ENTERITIDIS 
 
39 
 
XXV. 
 
SARCINA 
 
40 
 
XXVI. 
 
SHIGELLA FLEXNERI 
 
41 
 
XXVII. 
 
STAPHYLOCOCCUS AUREUS 
 
42 
 
XXVIII. 
 
GÊNERO STREPTOCOCCUS 
 
44 
 
XXIX. 
 
STREPTOCOCCUS MUTANS 
 
45 
 
XXX. 
 
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE 
 
46 
 
XXXI. 
 
STREPTOCOCCUS PYOGENES 
 
47 
 
XXXII. 
 
VIBRIO CHOLEREAE 
 
48 
 
XXXIII. 
 
YERSINIA ENTEROCOLITICA 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
I. Actinomyces 
 
 
Gênero de bactérias que se apresentam na forma de bastonetes filamentosos ou 
difteróides, gram positivos (0,5m de largura), frequentemente observados em 
forma esférica devido a coloração irregular. São capnofílicos (microrganismo que 
cresce melhor em ambiente enriquecido com 5 a 10% de CO2) ou anaeróbios 
facultativos. Exigem meio com sangue ou soro; possuem crescimento lento, não 
crescem em meio Ágar Sabouraud nem à temperatura ambiente e apresentam 
teste catalase negativo. 
São microrganismos encontrados na cavidade oral e trato gastrointestinal, podem 
ser cultivados em meio ágar sangue e a patologia mais conhecida é a 
actinomicose, causada por Actinomyces israeli. 
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de aspirado de lesões, e no exame 
direto, caracterizado pela presença de grânulos de enxofre (rosetas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/SvsDAV 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
II. Bacillus cereus 
 
 
Formador de esporos, móveis, bacilos Gram positivos. Produzem enterotoxinas 
termoestável e termolábel. B. cereus e outras espécies de Bacillus são 
microrganismos ubiquitários, presentes em praticamente todos os ambientes. As 
espécies de Bacillus crescem rapidamente e são facilmente detectadas pela 
coloração de Gram e cultura de amostras obtidas de olhos infectados, sítios de 
cultura intravenosos e outros locais. B. cereus são principalmente patógenos 
oportunistas, com capacidade relativamente baixa de virulência. As doenças 
comumente observadas são: gastroenterite, infecções oculares, sepse relacionada 
ao uso de cateteres intravenosos e, mais raramente, pneumonia grave. B. cereus é 
responsável por duas formas de intoxicação alimentar: a doença com vômito (forma 
emética) e a doença diarreica (forma diarreica). Em muitos pacientes, a forma 
emética da doença resulta do consumo de arroz contaminado por enterotoxinas 
termoestáveis. A forma diarreica de intoxicação alimentar por B. cereus é uma 
infecção que resulta do consumo de carne, vegetais ou molhos contaminados por 
enterotoxinas termolábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Imagem disponível em: https://goo.gl/fLhYv5 Imagem disponível em: https://goo.gl/zRezPb 
 
 
7 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
III. Bifidobacterium 
 
 
O gênero Bifidobacterium faz parte da microbiota normal humana. São 
caracterizadas como bactérias gram-positivas, que não formam esporos, 
desprovidos de flagelos, catalase negativos e anaeróbios, podendo apresentar 
formas variadas que incluem bacilos curtos e curvados a bacilos bifurcados. A 
temperatura ótima de crescimento das bactérias bífidas abrange de 37ºC a 41ºC, 
não havendo crescimento em temperaturas abaixo de 25-28ºC e acima de 43º 
45ºC. O pH ótimo de crescimento compreende a faixa de seis (6,0) a sete (7,0), 
não ocorrendo crescimento abaixo de quatro e meio (4,5) a cinco (5,0) ou acima de 
oito (8,0) a oito e meio (8,5). 
Diversas espécies incluem esse gênero, mas uma delas tem origem de leite 
fermentado e apresenta grande tolerância ao oxigênio. São microrganismosformadores de ácido lático e ácido acético como seus produtos finais principais do 
metabolismo de carboidratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/gq2YTE Imagem disponível em: https://goo.gl/3Vpx6W 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
IV. Bordetella 
 
 
O gênero Bordetella é constituido de cocobacilos Gram-negativos delicados. Eles 
são aeróbios obrigatórios (necessitam de oxigênio livre para a respiração) e não 
fermentam carboidratos como a glicose. Englobam 3 espécies: Bordetella 
pertussis, Bordetella parapertussis (causa infecção respiratória semelhante à 
coqueluche; entretanto, o paciente não apresenta o quadro de tosse paroxística), 
Bordetella bronchiseptica (é uma bactéria primariamente patogênica para animais - 
coelho, cobaia, rato, porco, cachorro e outros sendo suas infecções 
frequentemente epidêmicas. Raramente causa infecção no homem). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/M8T35C 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
A Bordetella pertussis cresce somente em meios especiais contendo sangue. Ela 
sofre mutações de vários tipos, quando submetida a culturas sucessivas no 
laboratório. Estas mutações, que aliás são frequentes, determinam alterações 
profundas na estrutura, metabolismo e virulência da bactéria. 
A bactéria Bordetella pertussis é considerada uma bactéria pequena, com 
aproximadamente 0,8 por 0,4 micrômetros. É um cocobacilo encapsulado e não 
produz esporos. Arranja-se isoladamente ou em grupos pequenos e não é 
distinguida facilmente da espécie haemophilus. 
A coloração utilizada para o estudo microscópico dessas bactérias, é o método de 
Gram, que consiste, essencialmente, no tratamento sucessivo do esfregaço 
bacteriano, fixado pelo calor, utilizando cristal violeta, lugol, álcool e fucsina como 
reagentes. Utilizando essa coloração, podemos constatar que a bactéria Bordetella 
pertussis trata-se de uma bactéria Gram negativa, apresentando-se avermelhada 
após tal tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
V. Campylobacter jejuni 
 
 
Bacilo Gram negativo, fino e curvo. São móveis por meio de um flagelo polar. 
Possuem crescimento lento, geralmente necessitando de 48 a 72 horas ou mais de 
incubação. Os microgarnimos são finos e não podem ser observados facilmente 
quando corados pelo método de Gram. Apesar da baixa sensibilidade dessa 
coloração, eles aparecem caracteristicamente como bacilos finos em forma de “S”. 
Hospedeiros reservatórios usuais: aves, bovinos e ovinos. Doenças humanas 
associacadas: gastroenterite, infecções extraintestinais, síndrome de Guillain Barré, 
artrite reativa. A maioria das infecções é autolimitada, mas podem persistir por uma 
semana ou mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/rD4yK2 Imagem disponível em: https://goo.gl/vazM8r 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
VI. Candida albicans 
 
 
Fungo patógeno e oportunista. Candida spp. coloniza a mucosa gastrointestinal e 
atinge a corrente sanguínea por translocação gastrointestinal ou através de 
cateteres vasculares contaminados, interage com defesas do hospedeiro e deixa o 
compartimento intravascular invadindo tecidos profundos de órgãos-alvo como 
fígado, baço, rins, coração e cérebro. Possui a capacidade de sofrer translocação de 
leveduras para hifa (capacidade denominada de mudanças fenotípicas), regulado 
tanto por pH quanto por temperatura. As hifas de C. albicans exibem tigmotropismo 
(um sentido de tato), que lhes permite crescer ao longo de depressões ou através de 
poros e pode auxiliar na infiltração de superfícies epiteliais; os tubos germinativos de 
C. albicans são hidrofóbicos, enquanto os brotos ou blastoconídeos são hidrofílicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/SVZmbY 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
Diversas espécies de Candida secretam aspartil proteinases, que hidrolisam as 
proteínas do hospedeiro envolvidas em defesas contra a infecção, permitindo que 
as leveduras rompam barreiras de tecido conjuntivo. Da mesma forma, a maioria 
das espécies de Candida que causam infecção em humanos produz fosfolipases. 
Estas enzimas lesam as células do hospedeiro, sendo consideradas importantes na 
invasão tecidual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/wcQytJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
VII. Clostridium perfrigens 
 
 
Pertence ao gênero Clostridium, é um bacilo grande, retangular, anaeróbio e Gram 
positivo, com esporos raramente observados in vivo ou após o cultivo in vitro. Este 
organismo é um dos poucos clostrídios imóveis, mas o crescimento rápido e 
espalhado em meios de laboratório é característico. Essa bactéria cresce 
rapidamente em meios tecidos e culturas, é hemolítica e metabolicamente ativa, 
características que tornam possível a identificação em laboratório. 
Sob condições adequadas, C. perfrigens se divide a cada 8 a 10 minutos, portanto, 
o crescimento em agar ou em caldo de hemocultura pode ser detectado em apenas 
algumas horas de incubação. 
C. perfrigens pode causar um amplo espectro de doenças, de gastroenterite 
autolimitada até uma devastadora destruição do tecido associada à mortalidade 
muito elevada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/pvEyre 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
A toxina alfa é a toxina mais importante e produzida por todos os cinco tipos de C. 
perfrigens (principalmente por C. perfrigens tipo A). Esta toxina provoca hemólise 
massiva, aumento da permeabilidade vascular e hemorragia, destruição tecidual, 
toxicidade hepática e disfunção miocárdica. 
C. perfrigens tipo A é responsável pela maioria das infecções humanas, incluindo 
infecções em tecidos moles, intoxicação alimentar e septicemia primária. C. 
perfrigens tipo C é responsável por uma outra infecção importante em humanos – a 
enterite necrotizante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/nCBv95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
VIII. Corynebacterium diphteriae 
 
O gênero Corynebacterium é formado por mais de 100 espécies e subespécies que 
apresentam parede celular contendo resíduos de arabinose, galactose, ácido 
meso-diaminopimélico (meso-DAP) e ácidos micólicos de cadeias curtas. Não são 
capazes de corar por métodos de álcool-acidorresistencia. Na coloração de Gram, 
são observados bacilos Gram positivos irregulares agregados ou em cadeias curtas 
(formato de clava). Corinebactérias são microrganismos aeróbios anaeróbios 
facultativos, imóveis e catalase-positivos. Muitas espécies crescem bem em meios 
de cultura comumente utilizados nos laboratórios. No entanto, algumas espécies 
requerem meios de cultura suplementados com lipídeos (bactérias lipofílicas) para 
que ocorra crescimento in vitro. 
Corynebacterium diphtheriae, o agente etiológico da difteria, é a espécie mais 
conhecida. A espécie C. diphtheriae é formada por bacilo pleomórficos que se 
coram irregularmente. Granulações metacromáticas podem ser observadas nas 
células bacterianas coradas com azul de metileno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/beMiqn 
16 
C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
Os microrganismos apresentam colônias grandes, contendo 1 a 3 mm de diâmetro, 
quando cultivados por uma noite em meio agar sangue. Meios seletivos e 
diferenciais podem serutilizados para o isolamento de C. diphteriae, a partir de 
espécimes clínicos contaminados com outras espécies bacterianas, como em 
materiais obtidos da faringe. 
A espécie C. diphtheriae é dividida em quatro biótipos diferentes de acordo com a 
morfologia colonial bacteriana e algumas propriedades bioquímicas. Os biotipos 
são denominados: belfanti, gravis, intermedius e mitis. A maioria dos casos de 
difteria descrito na literatura foi causada pelos biotipos gravis e mitis. 
O principal fator de virulência é a toxina diftérica, uma exotoxina do tipo A-B. Esta 
exotoxina é produzida no local da infecção e se dissemina pela corrente sanguínea, 
produzindo os sinais sistêmicos da difteria. O microrganismo não precisa entrar na 
corrente sanguínea para causar a doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/K8koBJ 
 
 
 
 
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C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
ENTEROCOCCUS FAECIUM 
 
 
 
 
IX. Enterococcus faecium 
 
 
A espécie Enterococcus faecium é, em geral, a segunda de maior frequência entre 
os enterococos isolados de espécimes clínicos, estando em primeiro lugar 
Enterococcus faecalis. 
Enterococos podem ser cultivados nos meios de cultura comuns, inclusive em 
meios seletivos para bactérias Gram negativas. Podem ser facilmente identificados 
através de suas características fisiológicas, destacando-se o fato de serem 
positivos para os testes de hidrólise da esculina na presença de bile, hidrólise de 
pirrolidonil-beta-naftilamida (PYR) e da leucina-beta-naftilamida, e de crescerem em 
meios contendo concentrações elevadas de NaCl (6,5%). Estes testes, entre 
outros, são úteis para diferenciar os membros do gênero Enterococcus dos outros 
gêneros de cocos Gram-positivos, catalase-negativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/wEGYu4 
 
 
 
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C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
Para a identificação das espécies do gênero são empregados diversos outros 
testes, incluindo a utilização de açúcares, hidrólise da arginina, produção de 
pigmento e motilidade. Métodos moleculares têm sido avaliados para a 
caracterização das espécies mais frequentes (E. faecalis e E faecium), bem como a 
identificação rápida de genes de resistência. Para fins de rastreamento 
epidemiológico, diversas metodologias de tipagem molecular podem ser usadas, 
mas uma das mais recomendadas é a análise dos perfis de fragmentação do DNA 
cromossômico, após eletroforese em campo pulsado (PFGE). 
Os enterococos são membros da microbiota normal do trato intestinal, sendo 
também encontrados nas mucosas de outros tratos, embora em menor 
concentração. As infecções surgem quando a bactéria é translocada para órgãos 
ou locais sensíveis. O trato urinário, as feridas, sobretudo as decorrentes de 
cirurgias, e a corrente circulatória são os locais mais frequentemente infectados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/w8QfMN 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
ESCHERICHIA COLI 
 
 
 
X. Escherichia coli 
 
Pertence ao gênero Escherichia, o qual é o membro mais comum e mais 
importante. É um bacilo Gram negativo, anaeróbio facultativo, são fermentadores e 
oxidase negativos. Estes micro-organismos crescem rapidamente, na maioria dos 
meios de cultura este micro-organismo está associado a uma variedade de 
doenças, incluindo gastroenterite e infecções extraintestinais como infecções do 
trato urinário (ITUs), meningites e sepses. Uma variedade de cepas pode causar 
doenças, sendo alguns sorotipos associados à virulência. As cepas de E. coli 
possuem fatores de virulência específicos, que podem ser organizados em duas 
categorias principais: adesinas e exotoxinas. 
Gastroenterite é a doença clinica mais comum causada por cepas de E. coli, as 
quais são subdivididas em cinco grupos principais: enterotoxigênica (ETEC), 
enteropatogênica (EPEC), enteroagregativa (EAEC), entero-hemorrágica (EHEC) e 
enteroinvasiva (EIEC). Os três primeiros grupos causam uma diarreia secretora 
envolvendo o intestino delgado, enquanto nos dois últimos grupos a infecção 
envolve o intestino grosso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
STAPHYLOCOCCUS 
 
 
 
 
 
XI. Staphylococcus 
 
 
O nome do gênero staphylococcus se refere ao fato de que as células destes cocos 
Gram positivos crescem com um perfil que se assemelha a cachos de uvas; no 
entanto, os organismos em material clínico podem também aparecer como células 
únicas, pares ou cadeias curtas. 
Staphylococcus é um gênero aeróbio-catalase positivo, são imóveis, anaeróbios 
facultativos, são capazes de crescer em meios contendo alta concentração de sal e 
a temperaturas que variam de 18°C a 40°C. Os estafilococos crescem rapidamente 
quando cultivados em meios não seletivos. Os meios seletivos (por exemplo, agar 
manitol salgado) podem ser utilizados para recuperar S. aureus em espécimes 
contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/v45Thg 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
Os estafilococus são importantes patógenos para os seres humanos, causam um 
amplo espectro de doenças sistêmicas que ameaçam a vida, incluindo infecções de 
pele, tecidos moles, ossos, trato urinário, bem como infecções oportunistas. 
As colônias de S. aureus são douradas como resultado de pigmentos carotenoides 
formados durante o seu crescimento; daí o nome da espécie. Também é a única 
espécie encontrada em seres humanos que produz a enzima coagulase, desse 
modo, são coagulase positivos. Esses fatores de virulência incluem componentes 
estruturais que facilitam a aderência aos tecidos do hospedeiro e evitam a 
fagocitose, e uma variedade de toxinas e enzimas hidrolíticas. Os pacientes sob 
risco para doenças específicas relacionadas à essa espécie, incluem crianças 
(síndrome da pele escaldada), crianças pequenas com pouca higiene pessoal 
(impetigo e outras infecções cutâneas), mulheres menstruadas (síndrome do 
choque tóxico), pacientes com cateteres intravasculares (bacteremia e endocardite) 
ou shunts (meningites) e pacientes com função pulmonar comprometida ou 
infecção respiratória viral antecedente (pneumonia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/ruuHQs 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
KLEBSIELLA PNEUMONIAE 
 
 
 
XII. Klebsiella pneumoniae 
 
 
Klebsiella pneumoniae é um bacilo Gram-negativo, membro da família 
Enterobacteriaceae, encontrado em locais como água, solo, plantas e esgoto. Sua 
colonização em seres humanos provavelmente ocorre por contato com as diversas 
fontes ambientais e pode ser encontrada colonizando a orofaringe e fezes de 
pessoas sadias. Já no organismo de pessoas imunocomprometidas esta bactéria 
encontra um ambiente propício para seu crescimento, levando aos quadros de 
infecção. 
O gênero Klebsiella é definido como contendo bacilos Gram-negativos da família 
Enterobacteriaceae, não móveis, geralmente encapsuladas e em forma de bastão, 
que produzem lisina descarboxilase mas não produzem ornitina descarboxilase. 
Compreende cinco espécies: K. pneumoniae, K. oxytoca, K. planticola, K. terrigena 
e K. ornithinolytica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/dHBhhR Imagem disponível em: https://goo.gl/Qn5hdi 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
LACTOBACILLUS BULGARICUS 
 
 
 
XIII. Lactobacillus bulgaricus 
 
 
Bactérias Gram positivas de forma bacilar que geralmente formam longas cadeias. 
Se desenvolve a 15°C, e é incapaz de crescer em meio contendosolução a 2,5% 
de cloreto de sódio. Não se desenvolve em pH 7,8. 
O gênero Lactobacillus foi isolado pela primeira vez por MORO em 1900, a partir 
das fezes de lactentes amamentados ao peito materno. Este investigador atribuiu- 
lhes o nome de Bacillus acidophilus, designação genérica dos lactobacilos 
intestinais. Estes microrganismos são geralmente caracterizados como Gram 
positivos, incapazes de formar esporos, desprovidos de flagelos, possuindo forma 
bacilar ou cocobacilar, e aerotolerantes ou anaeróbios. O gênero compreende 
neste momento 56 espécies oficialmente reconhecidas. As mais utilizadas para fins 
de aditivo dietético são: L. acidophilus, L. rhamnosus e L. casei. ou L. acidophilus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/BuhneY 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
Pertencente ao gênero Lactobacillus, família Lactobacillaceae, estes 
microrganismos são bacilos geralmente largos e finos, que formam cadeias na 
maioria de suas espécies. São microaerófilos, catalase positivo, Gram negativos e 
fermentam os açúcares produzindo ácido láctico como principal produto. Se são 
homofermentativos, fermentam o açúcar formando principalmente, ácido láctico e 
insignificantes quantidades de ácido acético, dióxido de carbono e outros produtos. 
Se são heterofermentativos, produzem ácido láctico e uma importante quantidade 
de compostos voláteis, entre eles se encontram o álcool (JAY, 1994). O 
Lactobacillus bulgaricus e o Lactobacillus acidophillus estão entre os lactobacilos 
homofermentativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/iNXBEN 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
LEPTOSPIRA SPP. 
 
 
 
XIV. Leptospira spp. 
 
 
A taxonomia do gênero Leptospira é bastante confusa. Tradicionalmente, o gênero 
tem sido agrupado por características fenotípicas, reação sorológica e 
patogenicidade. As cepas patogênicas foram agrupadas na espécie Leptospira 
interrogans e as não patogênicas à espécie Leptospira biflexa. 
As leptospiras são espiroquetas e delgadas com um gancho em uma ou em ambas 
extremidades afiladas. A motilidade é mediada por dois flagelos periplasmáticos 
que se estendem por toda a superfície bacteriana e são ancorados nos extremos 
opostos. As leptospiras são aeróbias estritas com temperatura ótima de 
crescimento entre 28°C a 30°C, em meios suplementados com vitaminas (B2, B12), 
ácidos graxos de cadeia longa e sais de amônio. O significado prático destas 
características é que esse microrganismo pode ser cultivado em um meio 
específico, a partir de amostras clínicas coletadas de pacientes infectados. 
Por serem delgadas, as lepstospiras estão no limite de resolução do microscópio 
ótico e, portanto, não podem ser observadas por microscopia ótica convencional. A 
coloração de Gram ou de prata não são confiáveis na detecção dessas bactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/ybPs9b 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
A microscopia de campo escuro também é relativamente insensível, podendo levar 
a resultados inespecíficos. Preparações de anticorpos marcados com fluoresceína 
têm sido utilizadas para corar as leptospiras, mas não estão disponíveis na maioria 
dos laboratórios clínicos. 
As leptospiras podem ser cultivadas em meios especialmente formulados para 
essas bactérias. Elas crescem lentamente, requerendo incubação a 28°c a 30°C 
por até 4 meses, embora a maioria das culturas sejam positivas dentro de 2 
semanas. 
A maioria das infecções humanas por leptospiras é clinicamente inaparente e é 
detectada apenas pela demonstração de anticorpos específicos. A infecção é 
introduzida através de abrasões cutâneas ou pela conjuntiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
LISTERIA MONOCYTOGENES 
 
 
 
XV. Listeria monocytogenes 
 
 
L. monocytogenes é um bacilo Gram positivo pleomórfico, não produtor de 
endósporos e cápsula, móvel (com motilidade característica quando cultivado a 
25°C). São anaeróbios facultativos, fermentadores de glicose e capazes de crescer 
numa faixa de temperatura entre 4°C e 45°C (psicrófilos e mesófilos), suportam 
uma variação de pH entre 6,0 e 9,0 e concentração de sal ate 20%. 
O cultivo primário da bactéria proveniente de sítios normalmente estéreis pode ser 
feito diretamente em ágar triptose contendo ou não 5% de sangue de carneiro. Por 
outro lado, espécimes obtidas de sítios não-estéreis ou isoladas de alimentos do 
ambiente, devem ser semeadas em meios de enriquecimento. O enriquecimento é 
especialmente indicado quando existe a suspeita de contaminação múltipla, no 
qual, o meio semeado é mantido a 4°C a 8°C durante 15 dias, efetuando-se 
repiques sucessivos a cada cinco dias. As colônias de Listeria crescidas após 24 a 
48 horas a 35°C a 37°C são pequenas, translúcidas, vistas com bordos inteiros e 
apresentando uma tonalidade azul-acinzentada, quando a placa é examinada 
através de iluminação oblíqua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/2xCvB6 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
Importante patógeno oportunista humano, causador de diversas infecções graves 
em indivíduos imunocomprometidos, mulheres grávidas e recém-nascidos. L. 
monocytogenes causa a listeriose que é adquirida após a ingestão de alimentos 
contaminados e manifesta-se como gastroenterite, meningite, encefalite, infecção 
materno-fetal e septicemia, resultando em uma taxa de mortalidade que ultrapassa 
20%. Embora seja um microoganismo ubiquitário, bem adaptado ao ambiente, 
capaz de ser isolado de diversas fontes ambientais como água, solo, produtos 
alimentares, animais e humanos, ele possui um arsenal de genes que facilitam sua 
sobrevivência intracelular, uma vez que é capaz de invadir e sobreviver dentro da 
célula do hospedeiro, escapando, assim, do sistema imune. 
Bacteremia é a manifestação mais comum da infecção por Listeria, sendo a 
meningite a segunda em frequência. As manifestações clínicas incluem tipicamente 
febre e mialgias, embora sintomas prodrômicos como diarreia e náusea possam 
ocorrer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
MICROSPORUM GYPSEUM 
 
 
 
 
XVI. Microsporum gypseum 
 
 
O Microsporum gypseum é um fungo filamentoso, dermatófito, responsável por 
causar tineas na pele e no couro cabeludo. Por ser geofílico apresenta uma maior 
incidência clínica em trabalhadores agrícolas e em criança nas épocas quentes e 
úmidas. 
A morfologia macroscópica da colônia apresenta incialmente coloração branca e 
castanho, e a medida que os macronídeos são produzidos e estão em maior 
número, as colônias tornam-se planas e granulosas. 
A morfologia microscópica da colônia apresenta hifas hialinas, septadas e 
ramificadas, macroconídios em abundância, com forma elipsoide contendo de 2 a 6 
células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: https://goo.gl/dEKSzK Imagem disponível em: https://goo.gl/ZX3KV5 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
MORAXELLA 
 
 
 
XVII. Moraxella 
 
 
As espécies de Moraxella são cocobacilos gram negativos, os quais, muitas vezes, 
têm tendência a resistir à descoloração de Gram. Elas são imóveis, aeróbicas, mas 
em algumas situações, podem crescer em ambientes anaeróbios. A melhor 
temperatura para crescimento é de 33°C a 35°C. O gênero Moraxella compreende 
aproximadamente 20 espécies que foram validamente nomeados. A maioria delas 
são catalase e oxidase positivas. A M. catarrhalis é a espécie mais frequentemente 
isolada. Ela foi originalmente classificada com Neisseria,devido às semelhanças 
em sua morfologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M. catarrhalis na amostra de escarro de um paciente com pneumonia. 
Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. 
Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS 
 
 
 
XVIII. Mycobacterium tuberculosis 
 
O gênero Mycobacterium consiste em bacilos aeróbios, imóveis, não formadores de 
esporos que medem de 0,2 a 0,6 x 1 a 10 µm. Uma vez corados, os bacilos não 
podem ser descorados com soluções ácidas, por isso são chamados de ácidos 
resistentes. O Mycobacterium tuberculosis é o agente causador da maioria dos 
casos de tuberculose. Ele possui uma parede celular rica em lipídios. Esta parede é 
responsável por muitas propriedades características da bactéria: crescimento lento, 
resistência a detergentes, aos antibióticos comuns e a colorações tradicionais, por 
exemplo, o meio Löwenstein Jensen é um meio de cultura utilizado no isolamento 
inicial de micobactérias. Sua cor normal é verde clara e o crescimento de colônias 
amareladas é indicativo de positividade. O método de Ziehl-Neelsen, que requer o 
aquecimento da lâmina após a adição de fucsina básica para que haja a 
penetração do corante no interior da bactéria, tem na coloração vermelha, a 
confirmação de que a bactéria é álcool ácido resistente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microscopia eletrônica de Mycobacterium tuberculosis. 
Imagem disponível em: https://goo.gl/KxX3Dy 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mycobacterium tuberculosis em meio Löwenstein Jensen. 
Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; 
PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mycobacterium tuberculosis em meio de Ziehl-Neelsen. 
Imagem disponível em: 
http://textbookofbacteriology.net/medical_1.html 
 
 
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http://textbookofbacteriology.net/medical_1.html
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
NEISSERIA SUBFLAVA 
 
 
 
XIX. Neisseria subflava 
 
 
Neisseria são diplococos, com lados adjacentes achatados, gram negativos, 
aeróbios, imóveis, não esporulados e oxidase positivos. Um dos cocos gram- 
negativos aeróbicos são comumente isolados. Neisseria subflava, um organismo 
saprófito que é frequentemente encontrado na nasofaringe e no trato geniturinário, 
é uma rara causa de doença invasiva em adultos e crianças. As infecções 
sistêmicas infrequentes associadas a esse microorganismo incluem meningite, 
endocardite, infecções oculares, artrite e bacteremia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neisseria subflava na coloração Gram. Imagem disponível em: 
http://microbe-canvas.com/Bacteria/gram-negative-cocci/oxidase- 
positive-3/neisseria-subflava.html 
 
 
 
 
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http://microbe-canvas.com/Bacteria/gram-negative-cocci/oxidase-
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
PASTEURELLA MULTOCIDA 
 
 
 
XX. Pasteurella multocida 
 
 
Pastereulla são pequenos pleomórficos cocobacilos gram negativos, imóveis, 
anaeróbios facultativos e fermentadores. A Pasteurella multocida é catalase e 
oxidase positiva, reduz nitrito a nitrato e são sensíveis à penicilina. Ela é 
comumente encontrada como comensal na nasofaringe de animais saudáveis. A 
maioria das infecções humanas ocorre devido ao contato com eles, por exemplo, 
durante a mordida ou arranhadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P. Multocida em material do trato respiratório de paciente com pneumonia (seta). 
Imagem disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. 
Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
PROTEUS VULGARIS 
 
 
 
XXI. Proteus vulgaris 
 
 
Proteus é um gênero de bacilos Gram negativos, móveis, não esporulados, 
facultativo anaeróbio. Produtor de urease cliva a ureia em dióxido de carbono 
(CO2) e amônia. Proteus, tem a capacidade de migrar periodicamente na superfície 
dos meios de agar revestidos. Este ciclo de migração e consolidação alternadas é 
devido a uma característica chamada "motilidade de swarming" e produz uma série 
de anéis concêntricos visíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
Proteus vulgares em microscopia eletrônica. 
Disponível em: https://goo.gl/1gFfHK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteus vulgares. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/LcTrFk 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
PSEUDOMONAS AERUGINOSA 
 
 
 
XXII. Pseudomonas aeruginosa 
 
 
O gênero Pseudomonas caracteriza-se como bacilos gram negativos retos ou 
ligeiramente curvos, aeróbios estritos, a maioria das cepas apresenta motilidade 
por meio de um ou mais flagelos polares, utiliza glicose e outros carboidratos 
oxidativamente e em geral são citocromo oxidase positivos. Uma característica da 
espécie é a capacidade de produzir um pigmento azul esverdeado (piocianina), 
denominado de bacilo piociânico, encontrado em pacientes com queimaduras ou 
fibrose cística, estes pacientes são mais propensos a transmitir a infecção por 
Pseudomonas aeruginosa devido ao estado imunodeprimidos. 
Essa espécie compreende um grande número de espécies de bacilos Gram- 
negativos diferenciados por meio de provas bioquímicas, formação de pigmentos, 
teste de sensibilidade a antibióticos, números e localização dos flagelos, é 
considerado oportunista podendo causar várias infecções e a maioria dessas 
infecções é adquirida nos hospitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig Microscopia eletrônica de 
Pseudomonas aeruginosas. Imagem 
disponível em: https://goo.gl/cyaNcm 
Coloração de Gram de Pseudomonas 
aeruginosas com celular arranjadas de 
forma isoladas e aos pares. Imagem 
disponível: Murray, P.R.; ROSENTHAL, 
K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 
7 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
SACCHAROMYCES CEREVISIAE 
 
 
 
 
 
XXIII. Saccharomyces cerevisiae 
 
 
O gênero Saccharomyces constitui um grupo de leveduras de vasto conhecimento 
humano, sendo o representante mais famoso deste conhecido como 
Saccharomyces cerevisiae, amplamente utilizado na panificação, produção de 
etanol e vinhos, além do uso na indústria farmacêutica. No campo biomédico, a 
pesquisa de anticorpos anti-Saccharomyces cerevisiae (ASCA) é marcador 
importante para diagnóstico da doença de Crohn. Morfologicamente, é constituída 
por uma única célula, de forma oval ou esférica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saccharomyces cerevisiae em microscopia 
eletrônica. Imagem disponível em: 
http://www.chateauneuf.dk/artikler/vini15.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saccharomyces cerevisiae. Imagem disponível 
em: https://goo.gl/jDHDbr 
 
 
 
 
 
 
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http://www.chateauneuf.dk/artikler/vini15.jpg
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
SALMONELLA ENTERITIDIS 
 
 
 
XXIV. Salmonella enteritidis 
 
 
O gênero Salmonella compreende a bacilos Gram negativos não produtores de 
esporos. É constituído por bastonetes de 0,5 a 0,7 por 1 a 3 micrômetros. São 
anaeróbios facultativos, produzem gás a partir de glicose (exceto S. Typhi) e são 
capazes de utilizar o citrato como única fonte de carbono. A maioria é móvel, 
através de flagelos peritríquios, exceção desta à S. pullorum e à S. gallinarum, que 
são imóveis. A taxonomia do gênero Salmonella é baseada na composição de seus 
antígenos de superfície, que são os antígenos somáticos (O), os flagelares (H) e os 
capsulares (Vi). 
A Salmonella enteritidis é uma das aproximadamente 2200 Salmonella não-tifóide 
sorotipos, os quais causam gastroenterite em seres humanos.É uma bactéria que 
atinge tanto homem como animal sendo a principal causa de surtos de toxinfecção 
por alimentos em todo o mundo. Ela reside tipicamente no trato gastrointestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salmonela enteretidis em microscopia 
eletrônica. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/wu1WSk 
Salmonela enteretidis na coloração 
Gram. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/XpE2J3 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
SARCINA 
 
 
 
 
XXV. Sarcina 
 
 
Sarcina é um gênero de bactérias Gram-positivo, anaeróbias que foi descrita pela 
primeira vez em 1842. O gênero é único porque as células são dispostas em três 
dimensões cubos de oito células que podem formar esporos. Foi isolado do solo, 
grãos e espécimes clínicos. Sarcina são sensíveis ao oxigênio e crescerão 
somente sob condições anaeróbias bem mantidas. Estes organismos necessitam 
de hidratos de carbono fermentáveis e crescerão numa gama de pH entre 1 e 9,8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sarcina SP. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/wo32ec 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sarcina sp na coloração Gram. 
Imagem disponível em: 
https://goo.gl/9fJLcV 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
SHIGELLA FLEXNERI 
 
 
 
XXVI. Shigella flexneri 
 
 
O gênero Shigella compreende bactérias bacilares, Gram negativas, imóveis, anaeróbicas 
facultativas, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Dentre elas, existem diversas 
espécies que podem causar diarreia e disenteria, shigellosis, como a Shigella flexneri. 
Potencialmente com risco de vida, os efeitos de S. flexneri incluem bacteremia, síndrome 
urêmica hemolítica (HUS) e megacólon tóxico. 
 
 
 
 
 
 
 
Shigella flexneri em microscopia eletrônica. 
Imagem disponível em: 
https://www.eurekalert.org/multimedia/pub/2 
3040.php 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Shigella flexneri em coloração Gram. 
Imagem disponível em: 
https://goo.gl/2o9Zcx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.eurekalert.org/multimedia/pub/2
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
STAPHYLOCOCCUS AUREUS 
 
 
 
XXVII. Staphylococcus aureus 
 
 
Os Staphylococcus aureus (aureus, do latim, “dourado”) são cocos gram positivos 
não esporulados, imóveis, anaeróbios facultativos, catalase e coagulase positivos. 
As colônias de S. aureus podem se apresentar em colocação gram, na qual se 
observa cocos gram positivos (coloração roxo-azulada), dispostos em grupos ou 
em forma de “cachos de uvas”. No Ágar Sangue, pode haver ou não formação de 
beta hemólise no halo ao redor da colônia e no Ágar Manitol, meio de cultura com 
indicativo vermelho de fenol, observa-se a formação de halo amarelo ao redor das 
colônias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S. aureus em coloração Gram. 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S. aureus em Agar sangue. Imagem disponível em: 
http://lib.jiangnan.edu.cn/ASM/121-4.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S. aureus em Agar manitol. Imagem disponível em: 
http://microbeonline.com/wp-content/uploads/2013/08/thumb_MRSA.MSA_.jpg 
 
 
43 
http://lib.jiangnan.edu.cn/ASM/121-4.jpg
http://microbeonline.com/wp-content/uploads/2013/08/thumb_MRSA.MSA_.jpg
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
GÊNERO STREPTOCOCCUS 
 
 
 
XXVIII. Gênero Streptococcus 
 
 
O gênero Streptococcus é formado por diversos cocos Gram positivos, dispostos 
aos pares ou em cadeias. A maioria das espécies é anaeróbia facultativa, imóvel e 
algumas crescem somente em atmosfera enriquecida com dióxido de carbono 
(crescimento capnofílico). As exigências nutricionais são complexas, necessitando 
do uso de meios enriquecidos com sangue ou soro para o isolamento. Fermentam 
carboidratos, resultando na produção de ácido lático e são oxidase e catalase 
negativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microscopia eletrônica do Streptococcus sp. Imagem disponível 
em: https://naturalnascer.files.wordpress.com/2013/03/strep.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
STREPTOCOCCUS MUTANS 
 
 
 
 
 
XXIX. Streptococcus mutans 
 
S. mutans é uma alfa-hemolítica ou não hemolítica, sem motilidade, anaeróbios 
facultativos e é resistente à optoquina. É causa comun de endocardite subaguda 
em pacientes com problemas nas válvulas cardíacas ou próteses valvulares 
cardíacas. Eles também são responsáveis por bacteremia dental ou urogenital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Streptococcus mutans na coloração Gram. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/UYbtKq 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE 
 
 
 
 
 
XXX. Streptococcus pneumoniae 
 
S. pneumoniae são cocos gram positivo em forma de vela, encapsulados, alfa- 
hemolíticos, sem motilidados, catalase negativo e facultativamente anaeróbio. 
Crianças e adultos são os principais portadores. O organismo coloniza 
normalmente a nasofaringe, sendo, portanto, uma importante causa de pneumonia 
e meningite bacteriana adquirida na comunidade em adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Streptococcus pneumoniae na coloração Gram. Imagem disponível: Murray, 
P.R.; ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
 
 
 
46 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
STREPTOCOCCUS PYOGENES 
 
 
 
 
 
XXXI. Streptococcus pyogenes 
 
S. pyogenes é um beta-hemolitico, sem motilidade, encapsulados, crescem 
otimamente a 37º C e são inibidos em alta concentração de glicose. As colônias 
são geralmente transparentes ou translúcidas e sua superfície é brilhante ou fosca, 
são convexas e tem bordas contínuas. O Streptococcus pyogenes é o principal 
membro dos estreptococos do grupo A, sendo responsável por uma variedade de 
infecções graves, como por exemplo, faringite streptococos ("garganta strep"), 
impetigo, glomerulonefrite e febre reumática aguda (IRA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Streptococcus pyogenes na coloração Gram. Imagem disponível: Murray, P.R.; 
ROSENTHAL, K.S; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 7 ed. – Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014. 
 
 
 
 
 
 
47 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
VIBRIO CHOLEREAE 
 
 
 
XXXII. Vibrio cholereae 
 
 
Vibrio spp. são bactérias Gram-negativas. Têm a forma de bastonetes, 
frequentemente curvados, móveis, podem crescer em ambientes aeróbicos e 
anaeróbicos. Sua dispersão pode ocorrer no solo e na água e se alimentam de 
matéria orgânica em decomposição. V. Cholerae, O1 toxigênico ou O139, bacilo 
Gram-negativo, com flagelo polar, aeróbio ou anaeróbio facultativo, isolado por 
Koch no Egito e na Índia, em 1884, inicialmente denominado de Kommabazilus 
(bacilo em forma de vírgula), é o agente etiológico da cólera. 
 
 
 
 
 
 
 
Vibrio cholerae em microscopia 
eletrônica. Imagem disponível em: 
http://textbookofbacteriology.net/medical 
_1.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vibrio cholerae na coloração Gram. 
Imagem disponível em: 
http://www.fundacionio.org/img/bacte 
riology/img/vibrio_cholerae_03.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
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http://textbookofbacteriology.net/medical
http://www.fundacionio.org/img/bacte
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
YERSINIA ENTEROCOLITICA 
 
 
 
XXXIII. Yersinia enterocolitica 
 
 
Yersinia é um pequeno bacilo Gram negativo, medindo ao redor de 0,5 x 0,8 μm de 
largura por 1 x 3 μm de comprimento. Em culturas jovens a 25ºC predominam 
formas cocóides, em culturas velhas a 37ºC os bacilos tendem ao pleomorfismo. É 
um microrganismo incomum entre as enterobactérias por ser psicotrófico tendo a 
capacidade de multiplicar-seem temperaturas variando de 0 a 44ºC, sendo a ótima 
entre 25 a 28ºC. A maioria dos sintomas da infecção por Y.enterocolitica ocorre em 
crianças, principalmente naquelas abaixo de cinco anos de idade. Nesses 
pacientes, a yersiniose apresenta-se como diarreia, frequentemente acompanhada 
por febre baixa e dores abdominais. A caracterização da diarria varia de aquosa a 
mucóide, sendo baixa a porcentagem de ocorrência de fezes sanguinolentas. A 
duração da doença típica varia de poucos dias a três semanas, embora alguns 
doentes desenvolvam enterocolite crônica que pode persistir por vários meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Y.enterocolitica em microscopia 
eletrônica. Imagem disponível em: 
https://goo.gl/6msPvs 
 
Y.enterocolitica na coloração Gram. Imagem 
disponível em: https://goo.gl/DVRaSm 
 
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ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
 
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C U R S O D E M E D I C I N A 
 
ATLAS DE MICROBIOLOGIA 
 
MURRAY, P.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER,M.A. . Microbiologia médica. 6ª 
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	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	I. Actinomyces
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	II. Bacillus cereus
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	III. Bifidobacterium
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	IV. Bordetella
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	V. Campylobacter jejuni
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	VI. Candida albicans
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	VII. Clostridium perfrigens
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	VIII. Corynebacterium diphteriae
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ENTEROCOCCUS FAECIUM
	IX. Enterococcus faecium
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ESCHERICHIA COLI
	X. Escherichia coli
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	STAPHYLOCOCCUS
	XI. Staphylococcus
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	KLEBSIELLA PNEUMONIAE
	XII. Klebsiella pneumoniae
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	LACTOBACILLUS BULGARICUS
	XIII. Lactobacillus bulgaricus
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	LEPTOSPIRA SPP.
	XIV. Leptospira spp.
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	LISTERIA MONOCYTOGENES
	XV. Listeria monocytogenes
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	MICROSPORUM GYPSEUM
	XVI. Microsporum gypseum
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	MORAXELLA
	XVII. Moraxella
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS
	XVIII. Mycobacterium tuberculosis
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	NEISSERIA SUBFLAVA
	XIX. Neisseria subflava
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	PASTEURELLA MULTOCIDA
	XX. Pasteurella multocida
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	PROTEUS VULGARIS
	XXI. Proteus vulgaris
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	PSEUDOMONAS AERUGINOSA
	XXII. Pseudomonas aeruginosa
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	XXIII. Saccharomyces cerevisiae
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	SALMONELLA ENTERITIDIS
	XXIV. Salmonella enteritidis
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	SARCINA
	XXV. Sarcina
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	SHIGELLA FLEXNERI
	XXVI. Shigella flexneri
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	STAPHYLOCOCCUS AUREUS
	XXVII. Staphylococcus aureus
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	GÊNERO STREPTOCOCCUS
	XXVIII. Gênero Streptococcus
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	STREPTOCOCCUS MUTANS
	XXIX. Streptococcus mutans
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE
	XXX. Streptococcus pneumoniae
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	STREPTOCOCCUS PYOGENES
	XXXI. Streptococcus pyogenes
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	VIBRIO CHOLEREAE
	XXXII. Vibrio cholereae
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	YERSINIA ENTEROCOLITICA
	XXXIII. Yersinia enterocolitica
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	BIBLIOGRAFIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA
	ATLAS DE MICROBIOLOGIA

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