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Anotações - Personalidade

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Anotações Fundamentos Epistemológicos das Teorias da Personalidade
Início da metapsicologia freudiana: o método catártico passa para associação livre, onde o paciente pode falar mais livremente, sem juízo de valor para expressar. Freud faz a escuta e conseguia articular a interpretação dos sintomas que apareciam. Inicialmente seus estudos foram com “mulheres histéricas”. Percebe que há um padrão de que elas haviam sido abusadas sexualmente por seus pais.
Começa identificar questões fantasiosas que influenciam na estrutura psíquica do indivíduo.
“Não possuímos o nosso eu. Ele sobra em nós, foge por muito tempo e volta em suspiro” (Hugo Von Hoffmannsthal).
Freud cria o dispositivo do divã: paciente permanece deitado falando e ele vê o paciente sem ser visto. Não é apenas um móvel, mas a falta de acesso ao semblante do analista impossibilita ver expressões faciais de concordância ou reprovação, certo ou errado. Permite que o paciente escute a si mesmo, sem um juízo moral.
Transferência e contratransferência: por exemplo, a forma como a pessoa se relaciona com outras pessoas pode ser uma transferência da forma como se relacionava com a mãe. Ela pode ser positiva ou negativa. É o que o paciente direciona a nós (transferência). É o que o analista direciona ao paciente (contratransferência). A transferência, no sentido Freudiano, é feita por amor.
Setting: ambiente da análise ou a organização da pessoa.
Pulsão escópica: termo de Lacan sobre como o nosso olhar fala muita coisa e pode dizer sem ser tão explícito.
Fliess: um otorrino que acreditava que o catarro tinha algo a ver com a sexualidade. Ele acabou fazendo a função de analista de Freud, principalmente por cartas.
Interpretação dos sonhos: estudos que foram um grande marco para a psicanálise. Em sua teoria dos sonhos é como se fosse um iceberg. A parte visível é o consciente, parte logo abaixo da superfície é o pré-consciente e a parte mais profunda o inconsciente. Entre o pré-consciente e o inconsciente, parte maior, está o recalque, gênese do sintoma – negação do eu (deixar de lembrar cenas/situações que não dou conta).
Consciência: elementos facilmente acessíveis à memória.
Pré-consciente: elementos que com um pouco de esforço é possível lembrar.
Inconsciente: elementos de difícil acesso para recordação, mesmo com esforço. Funciona como um arquivo. Freud diz que há uma barreira entre a inconsciência e a pré-consciência (o recalque), onde há a negação do eu. São questões que não daríamos conta de administrar até mesmo para conseguir viver. Serve como uma proteção ao Ego.
Recalque: uma espécie de barreira que impede que muitos elementos fiquem na consciência. Elementos não aceitos, indesejados, uma coisa que eu não posso. Mecanismo psíquico que direciona lembranças e esquecimentos apresentando esteira relação com o tempo. Só é observável após um tempo transcorrido; mostra pelos seus efeitos e em condições necessárias para sua realização (quando alguma coisa não funciona muito bem); deixa rastros, indícios do retorno do recalcado; só é possível com a divisão ente o consciente e o inconsciente; contribui para a instauração e manutenção dessa divisão; é um mecanismo que visa evitar o desprazer e, para tanto, promove um deslocamento do afeto; sua finalidade é evitar desprazer; alcança algum êxito com o tempo.
Decomposição temporal do recalque: recalque original ou originário: inferido pelos efeitos posteriores em interditar ao representante da pulsão à entrada e admissão na CS.; exerce sorte atração sobre tudo o que, de alguma forma, pode se conectar a ele; não ocorre por meio de novas representações capazes de trazer alguma mudança efetiva nos comportamentos do indivíduo, para afastar o desprazer (isso é repetição); recalque secundário: representações derivadas do representante recalcado original.
Organização do aparelho psíquico (segunda tópica): id, ego e superego. Ficam no inconsciente.
Id (isso): primeira parte, primitiva, início do aparelho psíquico que não está constituído como sujeito. É o lugar de origem das pulsões, força motriz dos desejos, somático e psíquico se encontram. Inscrição das representações no corpo. Aspecto da personalidade aliado aos instintos; fontes de energia psíquica do Id opera de acordo com o princípio do prazer.
Ego (eu): que será formado; autoconservação, depósito de identificações, autoerotismo, representação de si e articulação entre os afetos (CS). Há um dualismo entre o ideal eu (aquilo que acho que fui) e o eu ideal (precursor do eu – “aquilo que eu gostaria de ser”). É o aspecto racional de personalidade, responsável pela orientação e controle dos instintos de acordo com o princípio da realidade. Representação do real e irá mediar os conflitos de interesse entre o real e as forças do Id.
Super ego: é o aspecto moral da personalidade: a introjeção dos valores e padrões dos pais e da sociedade; é o produto do complexo de édipo que faz uma observação, como um vigia, é comparativo, julgamento, punição (pelo sentimento de culpa). Moralidade. Autoritário. Ao fazer algo não aprovado por ele a punição produzida é a culpa.
Pulsão: desejo, vontade. Não é só de coisas boas.
Quando falamos em aparelho psíquico, na psicanálise, falamos de vários aspectos que estruturam em uma engrenagem. Apesar de trabalharmos conceito a conceito, eles funcionam em um único aparelho. Sendo importante conhecer cada ‘peça’ que o compõem, a sua fundação (como se funda, como passa a existir e atua/funcionar), as suas influências individuais e como se articulam para fazer funcionar o restante desses outros aspectos da engrenagem.
Formação do aparelho psíquico
Instâncias -> regra e organização própria
P ou pcp:t pré-consciente. Aonde chegam as primeiras informações. Se eu recebo uma informação e memorizo ela pode ir para o meu inconsciente, onde fica o registro que pode representar alguma coisa (somático).
Pulsão: (podemos pensar como o que pulsa, que colo em movimento – mesmo que isso signifique não movimentar). Pulsão é um processo dinâmico que constitui um impulso que possui uma fonte na excitação corporal. Esse impulso move o aparelho psíquico para descarregar a tensão produzida. Quanto maior a tensão = desprazer. Menor a pressão da pulsão = prazer.
Pulsão entre anímico e o somático: como representante psíquico dos estímulos oriundos do interior do corpo que alcançam a alma, como uma medida de exigência de trabalho imposta ao anímico em decorrência de sua relação com o corporal.
Quatro elementos da pulsão:
1. Pressão: “fator motor, a soma de força ou a medida da exigência de trabalho que ela representa [...] toda pulsão é uma parcela de atividade; quando se fala de modo descuidado de pulsões passivas, essa nada mais seriam que pulsões com uma meta passiva” (p. 25).
2. Objeto: é aquele junto ao qual, ou através do qual, a pulsão pode alcançar sua meta. É o que há de mais variável na pulsão, não estando originariamente a ela vinculado, sendo apenas a ela atribuído por sua capacidade de tornar possível a satisfação. Não é necessariamente um objeto material estranho ao sujeito, podendo ser até mesmo uma parte do próprio corpo, podem ser substituídos incontáveis vezes no decurso dos destinos vividos pela pulsão (p.25-26)
3. Meta: “é sempre a satisfação que só pode ser alcançada pela suspensão do estado de estimulação junto à fonte pulsional. Mas mesmo que essa meta final permaneça inalterada para todas as pulsões, diferentes caminhos podem conduzir a essa mesma pulsão diversas metas aproximadas ou intermediárias, as quais podem ser combinadas ou substituídas umas por outros [...] pulsões ‘inibidas em sua meta’ em processos que são tolerados durante uma parcela de seu caminho ruma à satisfação pulsional, mas que depois experimentam uma inibição ou desvio” (p. 25). A meta é sua satisfação completa, mas o máximo se pode atingir é uma satisfação parcial através da descarga da tensão nos seus objetos.
4. Fonte: “processo somático em um órgão ou parte do corpo cujo estímulo é representado na vida anímica pela pulsão” (p. 26).
Pluralismo dos componentesda teoria da sexualidade e sua origem infantil
Muito além dos órgãos genitais, puramente, há zonas erógenas que se organizam ao serem herogenizadas e que conferem contorno ao corpo no encontro entre o psíquico entre o psíquico e o somático.
Teoria da sexualidade infantil
Zonas erógenas: trata-se de uma parte da pela ou mucosa em que certos tipos de estimulação provocam uma sensação prazerosa; qualquer ponto da pele pode tomar a seu encargo as funções de uma zona erógena.
Pulsões parciais: a maioria delas pode ser ligada numa zona erógena determinada (boca, pênis, vagina, anus) enquanto outas se definem pela sua meta, por exemplo, a pulsão de dominação (agressividade), pulsão de olhar (ver/ser visto) e pulsão de saber. Nesta fase as pulsões estão inteiramente desvinculadas e independentes ente si e seus esforços pela obtenção de prazer (diferente do que ocorre a partir da puberdade, quando já há genitalidade).
Autoerotismo: significa que a pulsão não está dirigida para outra pessoa; satisfaz-se no próprio corpo. A criança que chucha busca um prazer já vivenciado e agora relembrado. Não se serve de um objeto externo para sugar, mas prefere uma parte de sua própria pele (a chupeta também), porque isso lhe é mais cômodo, porque a torna independente do mundo externo, que ela ainda não consegue dominar.
Disposição perverso polimorfa: perversão = conjunto de comportamentos dessa esfera psicossexual, que visa à obtenção do prazer sexual que não seja por penetração genital com uma pessoa do sexo oposto. Polimorfa = várias formas. Freud, no início do século XX escandalizou quando afirmou que ‘a disposição à perversão’ não é algo raro nem singular, mas pode fazer parte da chamada constituição ‘normal’ do ser humano. Ele conclui que, inicialmente, há uma disposição perverso polimorfa em toda criança, pois a sexualidade manifesta-se desde o seu início na relação com o seio, mamilo, pênis etc. é perversa, pois liga-se à objetos parciais e polimorfa, pois se manifesta individualmente sob inúmeras formas.
Amnésia infantil: encobre os primeiros anos da infância, até os seis ou oito anos de idade; impressões por nós esquecidas deixaram, ainda assim, os mais profundos rastros em nossa vida anímica e se tornaram determinantes para todo o nosso desenvolvimento posterior; normalmente nos lembramos apenas de fragmentos, mas as pessoas do entorno nos revelam que mostrávamos amor, ciúme, raiva e outras paixões que então nos agitavam violentamente.
Atividade oral – zona erógena boca
Período pré-genital (anterior à possibilidade de ato sexual); chuchar: a atividade sexual se desliga da atividade de alimentação, renunciou ao objeto alheio em troca de um objeto situado no próprio corpo. Posteriormente: beijo, beber, fumar. Caso sobrevenha o recalcamento – nojo da comida ou vômitos histéricos, distúrbios alimentares na garganta.
Atividade anal – zona erógena ânus
Período pré-genital (anterior à possibilidade de ato sexual). Retenção das fezes – estimula a mucosa. Recusa x docilidade – a barganha com os cuidados = ambivalência; pulsão de dominação: a crueldade é natural no caráter infantil, já que a trava que faz a agressividade deter-se ante a dor do outro (a capacidade de compadecer-se) tem um desenvolvimento relativamente tardio.
Atividade genital – zona erógena pênis/clitóris
Aparece brevemente na lactância e retorna aos 3 ou 4 anos (mas só podemos falar em exercício da genitalidade na puberdade); masturbação/enurese; diferença sexual anatômica – completo de castração e inveja do pênis (já vistos); teoria sobre o nascimento dos bebês; o que imaginam ser a relação sexual; o fracasso da investigação sexual.
Período de latência
· Pulsão do saber (originada da pulsão de ver) – inicia na mesma época que a excitação genital – 2 a 5 anos...
· 1ª curiosidade sobre as questões sexuais e mais tarde se transformarão em curiosidades sobre questões intelectuais – essas sim, típicas do período de latência;
· Formação reativa: surge asco, vergonha, moral;
· Sublimação: prazer na atividade intelectual;
· Escolaridade e dificuldades – pode ser ruptura da latência.
· Bi temporalidade da escolha de objeto amoroso: se efetua em dois tempos. A 1ª começa entre os 2 e os 5 anos e retrocede ou é detida pelo período de latência. A 2ª sobrevém com a puberdade e determina a configuração definitiva da vida sexual;
· Os resultados da escolha objetal infantil prolongam-se e se conservam como tal ou passam por uma renovação na época da puberdade.
Mecanismos de defesa
Repressão: envolve a negação inconsciente da existência de algo que causa angústia;
Negação: envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático;
Formação reativa: envolve a expressão de um impulso do id que é oposto daquele que está realmente guiando a pessoa;
Projeção: envolve a atribuição de um impulso perturbador a outra pessoa ou coisa;
Regressão: envolve a volta de um período anterior menos frustrantes da vida e apresenta características infantis de comportamento dependente deste período mais seguro;
Racionalização: envolve a reinterpretação de comportamento para torná-lo mais aceitável e menos ameaçador;
Deslocamento: envolve o deslocamento dos impulsos do id de um objeto ameaçador e indisponível para outro substituto disponível;
Sublimação: envolve a alteração ou deslocamento de impulsos do id transformando a energia instintiva em comportamentos socialmente aceitáveis.
Por que a fala?
Fala: toda produção do campo do sentido é o da ordem simbólica, seja ela falada ou não (ELIA, 2010, p. 21). Cadeia de palavras. O Inter jogo de significantes -> significado. Primazia do significante -> significante -> aqueles que fazem significar.
Para Lacan, primeiro vem o significante, que é a representação que eu tenho de algo. Só depois eu vou entender o real significado de cada coisa. À medida que o tempo passa, com a aquisição e desenvolvimento na linguagem, vou dando novos significados às coisas.
Significante: estrutura da linguagem. É como se fosse uma sensação, a representação anterior de algo. É individual.
Significado: a forma de comunicar.
Palavra -> significante -> horizontal, contexto, 1+1
 |
Significado –> vertical –> conceito.
Quando falo sei do que estou falando, significados. Mas o receptor escuta os significantes. O significado estando no outro.
“O inconsciente freudiano exige, portanto, um suporte metodológico que o situe, no plano conceitual, em relação a dois estatutos: ele deve ser material (a psicanálise é um saber materialista) e, ao mesmo tempo, simbólico (a psicanálise não é uma biopsicologia).
Significante: material (imagem sonora, unidade material da fala humana);
Simbólico: a articulação em cadeia produz uma ordem capaz de engendrar o significado, que não se encontra constituído desde o começo, antes da articulação significante.
Associação livre: falar livremente, sem juízo de valores, tudo o que vêm à cabeça sem lhe atribuir qualidade, julgamentos. Regra fundamental: não é a pessoa, mas a sua palavra (“tentar entender o discurso, não a pessoa”).
“Desqualificar a fala do sujeito equivale, portanto, a criar as condições de desqualificação, de ausência de qualidades, que pavimentam as vias de acesso do inconsciente à fala, ao discurso concreto do sujeito. Desqualificar a fala do sujeito é o equivalente a ‘qualificar’ o sujeito do inconsciente como ‘um sujeito sem qualidades’ e é a única forma de criar um acesso precisamente pela via da fala assim proposta a que o sujeito do inconsciente possa emergir nessa fala” (ELIA, 2007, p. 19).
Complexo de Édipo
Em uma rede de relações que ocorrem na infância de todo sujeito e que é responsável pela organização da nossa subjetividade desejante (COSTA, 2010, p. 7).
Universalidade dos desejos edipianos –> percorrer um caminho para superar o complexo de Édipo -> sexualidade adulta.
Por que usar o mito?
O mito é o que confere uma fórmula discursiva a qualquer coisa que não pode ser transmitida na definição da verdade, porque a definição da verdade não se pode apoiar senão sobre si mesma, e é enquanto a palavraprogride que ela a constitui.
No completo de Édipo é a forma mítica da origem da Lei.
Para a psicanálise: como a noção de Lei primordial (fundadora das leis sociais).
Autoerotismo é vivenciado pela primazia dos órgãos genitais (1º autoerotismo para só depois passar ao aloerotismo).
Para que isso ocorra são vivenciados dois tempos:
1- Predomínio das pulsões parciais e o pluralismo das correntes pulsionais (satisfação própria de cada uma, por ex. satisfação da pulsão oral vivenciada pela zona erógena lábios/mucosa da boca;
2- Período de latência: que consiste em uma interrupção da vida sexual.
A criança entra no complexo de édipo pela fase fálica (curiosidades sobre o corpo).
O processo que atua na estruturação de toda organização psíquica.
Nas estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão.
Ideia da universalidade do pênis: na menina a fantasia de ser mutilada (entra no complexo de édipo pelo medo de ser castrada. No menino a ameaça da castração. Sai do édipo pelo medo da castração.
1º tempo: “sujeito completo”. Autoerotismo; bebê se coloca como objeto de satisfação materno; “rei” /sua majestade o bebê; eu ideal (Lacan) ou narcisismo primário (Freud); há uma relação de completude: mãe-bebê e bebê-mãe.
2º tempo: entrada do pai. O 4º elemento; pai simbólico (cultura/lei); ser -> ter (ser ou não o falo); presença – ausência; a criança, inicialmente, se sente o próprio falou e, à medida que o tempo passa, se questiona se é ou não esse falo.
Estágio do espelho: funda o ICS; diferenciar o eu do outro; falta – falta em mim e falta na mãe.
3º tempo: ter o dom do falo. Quem tem esse falo que pode me proporcionar? Para a menina poderia ser um filho. Para o menino é a angústia de perder o falo.
A bissexualidade (importante para o Édipo). “em ambos os sexos a força relativa das disposições sexuais masculinas e femininas é o que determina se o desfecho da situação edipiana será uma identificação com o pai ou com a mãe” (...).
"Devido à bissexualidade presente em todo sujeito, devemos considerar...
Dupla polaridade:
Forma positiva: amor ao genitor do sexo oposto e ódio ao mesmo sexo.
Negativa: amor ao genitor do mesmo sexo e ódio ao genitor do sexo oposto.
Para a menina são duas operações: deverá abandonar a erotização clitoriana (correlato ao pênis) para a erotização vaginal. Pré-edípica (também é a mãe o primeiro objeto de amor); o complexo de édipo é secundário, pois o enamoramento pelo pai é o sucessor da intensa ligação originária com a mãe. O édipo é a saída para a menina desligar-se da mãe.
“o que ameaça a menina não é a castração, mas o medo da perda do amor (...). A constatar-se castrada entende como responsável a mãe, aquela que a fez faltante ela se aproxima do pai, entrando no complexo de édipo”.
Entrada da menina: a busca pelo equivalente fálico (desejo ter um filho). Decepção frente ao pai progressivamente vai abandonando o complexo de édipo.
ALFRED ADLER (1870-1937) – PSICOLOGIA INDIVIUAL 
Infância marcada por doença, consciência de morte e ciúmes do irmão mais velho. Os quais ‘buscou’ superar.
A meta da alma humana é a conquista, perfeição, segurança e superioridade. Toda criança de depara com tantos obstáculos na vida que nenhuma delas cresce sem luar por alguma forma de sentido.
Teoria da personalidade: psicologia individual. Personalidade é moldada pelo ambiente e interações sociais peculiares...
Sentimentos de inferioridade: “motivação para superar a inferioridade, lutar por níveis mais altos de desenvolvimento”. O crescimento individual = compensação. “Sentimento de inferioridade é o estado normal de todas as pessoas, a fonte de toda a luta humana”. Força motivadora.
Processo que inicia na infância -> desenvolvem sentimentos de inferioridade em compensação às pessoas maiores e mais fortes.
Complexo de inferioridade: incapacidade de superar o sentimento de inferioridade e não há compensação. Manifesta-se na infância devido a três fontes: orgânica (limitações individuais); mimo excessivo; negligência.
Complexo de superioridade: envolve uma opinião exagerada da capacidade, internamente satisfeita e superior, sem necessidade de demonstrar superioridade com realizações. Luta pela superioridade (fundamental para a vida). Ânsia pela perfeição ou completude que motiva cada um de nós.
Finalismo ficcional: o temo finalismo à ideia de que temos uma meta principal, um estado final de ser uma necessidade de caminhar na direção dele. As metas pelos quais lutamos são potencialidades e não realidades. Em outras palavras, lutamos por ideais que existem subjetivamente em nós.
Luta pela superioridade (principal meta): 1- um aumento de tensão = buscar a perfeição requer um grande dispêndio de energia e esforço. 2- Individual e social = buscamos a superioridade ou a perfeição não só como pessoas, mas também como membros de um grupo. Nós tentamos atingir a perfeição da nossa cultura. Isso é realizado nos estilos de vida formados por cada pessoa.
Estilo de vida: estrutura ou padrão de comportamentos e características de caráter peculiar, pelo qual buscamos a perfeição. Sentimentos de inferioridade e compensação (4-5 anos) -> conjunto de comportamentos (interações sociais). Dominador, dependente, esquivo, socialmente úteis.
Self: poder criativo “habilidade de criar um estilo de vida apropriado”. Altamente personalizado; faz as interpretações do externo; faz a intermediação entre os interesses internos e externos.
Interesse social: compensação pelo natural fraqueza humana; luta pela superioridade nos torna socializada (força interna que busca a superação); ser gregário (social por natureza), quer dizer, coletivo; papel é desenvolver o interesse social; subordinar os interesses individuais aos interesses comuns (sociais); as comunidades são indispensáveis para a proteção e sobrevivência dos seres humanos. Papel fundamental da mãe para desenvolver o interesse social. Esta ligação (entre mãe e filho) é tão íntima e de tão longe alcance que nunca seremos capazes de apontar qualquer característica como hereditária mais adiante na vida. Todas as tendencias que poderiam ser herdadas já foram adaptadas, treinadas, educadas e referidas pela mãe. A sua capacidade, ou falta dela, influenciará toda a potencialidade da criança.
A posição na ordem de nascimento...
“Os primogênitos ficam excessivamente interessados em manter a ordem e a autoridade, tornam-se bons...
O segundo filho: sempre tem o exemplo do primeiro filho -> por isso tende a se desenvolver mais rapidamente que o primeiro;
Os cuidados dos pais são diferentes -> ansiedade em relação aos cuidados.
O filho caçula: geralmente tem um bom desenvolvimento -> superar os irmãos;
Habilidades a serem cuidados -> dificuldades à idade adulta.
O filho único: “nunca perde a sua posição de primazia e poder que tem na família; continua sendo o centro das atenções. Passando mais tempo na companhia de adultos do que de uma criança com irmãos, os filhos únicos amadurecem cedo e manifestam comportamentos e atitudes adultos. Eles tendem a enfrentar dificuldades quando descobrem que, em áreas da vida fora de casa, como a escola, não são o centro das atenções. Não aprenderam a compartilhar nem a competir. Se as suas habilidades não lhe trouxerem reconhecimento e atenção suficientes, sentem-se profundamente desapontados”.
Intervenção e técnicas:
Primeiras lembranças (primeiros 4-5 anos): “técnica de avaliação de personalidade na qual se presume que as nossas primeiras memórias, quer sejam de eventos reais quer sejam de fantasias, revelam interesse básico da nossa vida”.
Teoria desenvolvida: psicologia individual;
Como a pessoa é formada: autodeterminado;
Qual o impacto da experiência: modela sua personalidade a partir dos significados que atribui a elas.
Qual a capacidade humana de transformação da realidade: criatividade (self criativo).
O passado é determinante na vida: não, para o autor presente e futuro são mais importantes.
O estilo de vida pode ser considerado: o objetivo traçado (CS ou ICS) e pode ser transformado a qualquer momento.
O que é considerável saudável para Adler:convívio em sociedade. Do contrário, quanto mais voltada para si mais dificuldades emocionais vivenciará.
Melanie Klein
Começa estudando Freud (interpretação dos sonhos). Tinha o sonho de fazer medicina, como seu pai. Se casou jovem com um amigo do irmão, o qual tinha muito apreço. Teve três filhos. Traz muitos aspectos de sua vida pessoal nas suas obras (depressão).
É uma psicanalista que sempre acreditou no ICS.
1910 conhece Sándor Ferenczi e em 1914 faz análise com ele. Foi uma figura importante, pois incentivou o estudo da psicanálise com crianças.
1918: membra da associação psicanalítica de Budapeste (observação que fazia do filho). Congresso Internacional de Psicanálise (Freud – Linhas de Progressos na Terapia Psicanalítica – sintomas e as invasões). Abertura de um campo de psicanálise com crianças.
1920: devido ao desmoronamento do império austro-húngaro foi exilada em Berlim, e foi convidada por Karl Abraham e continuou sua formação em psicanálise e análise própria com Abraham. Primeiros tratamentos com crianças pequenas (inclusive seus filhos) com o método e técnica do brincar.
Início do método: primeiros pacientes – atendidos em suas casas; caixa de brinquedos individual. Klein se diferenciou do método pedagógico.
Klein e a teoria das relações objetais
Minha prática com as crianças, assim como com os adultos, e toda a minha contribuição para a teoria psicanalítica derivam da técnica do brincar.
O bebê se relaciona emocionalmente no inicio da vida, muito fortemente como um objeto, embora, no começo, de forma não integrada.
O bebê vai se relacionando com a mãe, ou melhor, com a parte da mãe na qual tem interesse no momento – o seio – como um objeto bom ou ideal, se estiver num estado de contentamento; ou pode sentir a mãe como perigosa e persecutória, se estiver se sentindo frustrado e com raiva.
A relação da criança com o seio é fundamental e serve como um protótipo para as relações posteriores com objetos totais, como a mãe e o pai.
Assim, as ideias de Klein tendem a mudar o foco para o papel da fantasia precoce na formação das relações interpessoais.
Trata-se de destruir o trabalho da repressão e restituir à criança a capacidade de fantasia, base de todo o desenvolvimento.
É de que a vida fantasística que modela a realidade e não o contrário, como postulava a educação analítica.
Ênfase na importância dos primeiros 4 a 6 meses após o nascimento.
Os impulsos do bebê (fome) são direcionados para um objeto: o seio.
Na tentativa de lidar com a dicotomia de bons e maus sentimentos, os bebês organizam suas experiências em posições, ou formas de lidar com os objetos internos e externos.
Klein via os bebês como constantemente se engajando em um conflito básico entre a pulsão de vida e pulsão de morte, ou seja, entre bom e mau, amor e ódio, criatividade e destruição.
Os bebês possuem imagens inconscientes de ‘bom’ e ‘mau’. Por exemplo, um estomago cheio é bom; um vazio é mau (ex. quando os bebês que adormecem enquanto sugam os dedos estão fantasiando ter o seio bom da mãe dentro deles. Bem como quando estão com fome que choram estão fantasiando chutar o seio mau).
À medida que o bebê amadurece, as fantasias inconscientes conectas com o seio continuam a exercer um impacto na vida psíquica, mas também surgem novas fantasias. 
As fantasias posteriores são herdadas pelas experiências.
O papel da realidade: o bebê vem ao mundo como pulsões intensas e de tal violência que, ao utilizar os mecanismos de projeção e introjeção, ocorre uma distorção na realidade.
Participação ativa na construção subjetiva da realidade.
Toda pulsão tem como correlato uma fantasia de objeto que pode satisfazê-la.
O termo ‘posição’ em vez de ‘estágio do desenvolvimento’ para indicar que as posições se alternam para a frente e para trás; elas não são períodos ou fases do desenvolvimento.
As posições representam o crescimento e o desenvolvimento social normal.
As suas posições básicas são à posição esquizoparanóide e a posição depressiva.
Posição esquizoparanóide: nesse momento de seu desenvolvimento, a criança ainda não tem a concepção de uma pessoa total: relaciona-se com os objetos parciais, fundamentalmente o seio. O objeto está dividido em um objeto ideal e outro objeto persecutório, e a angústia predominante nessa etapa é de índole persecutória: o temor de que os perseguidores invadem e destruam o eu e o objeto ideal. A meta da criança consiste, portanto, em possui o objeto ideal e identificar-se com ele e, também projetar e evitar os objetos maus e seu próprio impulso destrutivo.
A posição esquizoparanóide vai do nascimento aos seis meses de vida. Nesse momento o desenvolvimento do eu é determinado pelos processos de introjeção e projeção. A primeira relação objetal do bebê dá-se com o seio amado ou odiado – seio bom ou seio mau.
Durante os primeiros meses de vida (3 e 4 meses) o bebê entra em contato com o seio bom e o seio mau. Essas experiências alternantes de gratificação e frustração ameaçam a própria existência de seu ego vulnerável.
O bebê deseja controlar o seio devorando-o e abrigando-o, ao mesmo tempo, os impulsos destrutivos inatos do bebê criam fantasias de dano ao seio mordendo-o, rasgando-o aniquilando-o.
Para tolerar tais sentimentos em relação ao mesmo objeto ao mesmo tempo, o ego se divide retendo parte de sua pulsão de vida e de morte enquanto desvia partes das pulsões para o seio.
Posição depressiva: em torno de 5 ou 6 meses, o bebê começa a ver os objetos externos como um todo e a entender que o bom e o mau podem existir na mesma pessoa. Nessa época, desenvolve uma imagem mais realista da mãe e reconhece que ela é uma pessoa independente que pode tanto ser boa quanto má. Além disso o ego está começando a amadurecer ao ponto em que consegue tolerar alguns dos próprios sentimentos destrutivos, em vez de projetá-los. No entanto, o bebê também percebe que a mãe pode ir embora e ser perdida para sempre. Temendo essa possível perda, o bebê deseja proteger a mãe e mantê-la afastada dos perigos de suas próprias forças destrutivas, aqueles impulsos canibais que anteriormente tinham sido projetados nela.
Nesta fase, ocorrem certas mudanças na vida psíquica do bebê que demonstram o gradativo desenvolvimento do eu. A relação do bebê com o mundo externo (pessoas e coisas) torna-se diferenciada, aumenta sua capacidade de expressar emoções e de se comunicar com as pessoas e suas gratificações e interesses assumem um âmbito mais extenso.
Esta mudança no estado de integração do eu e do objeto traz consigo uma modificação no conteúdo de suas angústias. Enquanto temia a destruição por parte de seus perseguidores, agora o bebê teme que a própria agressão destrua o objeto ambivalente amado. Sua angústia deixa de ser paranoide para ser depressiva. A criança fica exposta a experiência de que sua agressão destruiu a mãe, o que dá origem aos sentimentos de culpa e luto, mas também à possibilidade de reparação da relação objetal.
Portanto, durante o desenvolvimento e a elaboração da posição depressiva, há um fortalecimento do eu pelo crescimento e pela assimilação de objetos bons, os quais são introjetados no eu e no supereu. As crianças na posição depressiva reconhecem que o objeto amado e o objeto odiado sã, agora, um único objeto. Essa posição é resolvida quando as crianças fantasiam que fizeram a reparação por suas transgressões anteriores e quando reconhecem que a mãe não irá embora permanentemente, mas retornará depois de cada partida.
Quando a posição depressiva é resolvida, as crianças encerram a dissociação entre a mãe boa e a mãe má. Elas são capazes não só de experimentar o amor da mãe, mas também de expressar seu amor por ela. Contudo, uma resolução incompleta da posição depressiva pode resultar em falta de confiança, luto patológico pela perda de uma pessoa amada e uma variedade de outros transtornos psíquicos.
Complexo de Édipo
Primeiro ano de vida, associado a travessia pela posição esquizoparanóide e o estabelecimento da posição depressiva; à medida que o bebê consegue reparar o mal que, em sua fantasia, fezà mãe, conseguindo, consequentemente, vê-la integrada, fará uma transição ao segundo objeto – ao pai (posição depressiva); o supereu é constituído precocemente (precede o completo de édipo e promove o seu desenvolvimento).
Método Clínico
Brincar: atividade natural das crianças – é a expressão simbólica da fantasia inconsciente. Ela afirmou que pelas brincadeiras a criança traduz de modo simbólico suas fantasias, seus desejos e suas experiências vividas. O elemento organizador essencial é a prevalência da fantasia e dos ‘objetos internos’ sobre as experiências desenvolvidas no contato com a realidade externa.
“Embora a psicologia e a pedagogia tenham sempre mantido a crença de que uma criança é um ser feliz e sem conflitos e tenham suposto que os sofrimentos dos adultos resultam dos encargos e das durezas da realidade, devemos afirmar que justamente o oposto é verdadeiro. O que aprendemos sobre a criança e sobre o adulto através da psicanálise é que todos os sofrimentos da vida ulterior são, em sua maior parte, repetições de sofrimentos infantis e que toda criança, nos primeiros anos de vida, passa por um grau incomensurável de sofrimento”. Definição de angústia (superego precoce e pelas fantasias).
Apresentação dos seminários
1- Fundamentos da psicologia analítica Junguiana: Ele nasceu em 1875, filho mais velho de um pastor suíço, estudou medicina, contato com a mediunidade (frequentava o espiritismo). Fez sua tese de doutorado baseado em uma menina médium. Optou pela psiquiatria para estudar o biológico + espiritual. Laboratório de psicologia com a técnica de livre associação de palavras.
Enviou algumas de suas obras para Freud, mas depois rompeu com ele. Foi presidente da associação psicanalítica, teoria dos arquétipos (símbolos, mitos, por exemplo) e faleceu em 1961 aos 86 anos.
Foi criticado por Freud pela associação com espíritos e o criticou pelas teorias da sexualidade.
Funções ectopsíquicas: sentimento, pensamento, intuição e sensação. É o sistema de relacionamento dos conteúdos da consciência com o ambiente. Elas se caracterizam por uma soma das percepções dos sentidos.
ECTOPSIQUE
A ectopsique é um sistema de relacionamento dos conteúdos da consciência com os fatos e dados originários do meio ambiente.
Então, é um sistema de orientação que significa a manipulação de fatos exteriores, com os quais entra em contato através das funções sensoriais.
As funções ectopsíquicas são o pensamento, sentimento, a intuição e a sensação. Elas se caracterizam por ser uma soma total de percepções de fatos externos, vindas por meio dos sentidos.
Começando com a sensação que é a soma da percepção sensorial dos fatos externos por meio dos órgãos dos sentidos (diz o que algo é). Ela percebe a existência das coisas.
O pensamento é a apercepção, ele exprime o que a coisa é, dá nome, associa a conceitos, categoriza e julga. Refere-se ao processo de pensamento cognitivo.
O sentimento informa o valor das coisas por meio das percepções. E a função do julgamento ou da avaliação subjetivos. (exprime valor da coisa).
Já a intuição é recrutada em situações em que não há valores preestabelecidos nem conceitos firmados. Ela refere-se à percepção por meio do inconsciente. Essa função não passa pelos sentidos sensoriais. Os sonhos premonitórios por exemplo são uma propriedade da intuição.
Resumindo, a função da sensação nos assegura de que algo existe, a do pensamento nos diz do que se trata, o sentimento nos fornece seu valor, e por meio da intuição, temos um palpite das possibilidades que temos, do que podemos fazer com isso.
A diferenciação dessas funções começa na primeira infância, a partir das preferências, atitudes e comportamentos que vão se diferenciando a partir das experiências subjetivas
As funções psicológicas são controladas habitualmente pela vontade. Quando elas são controladas, podem ser postas fora de uso, podem ser suprimidas, selecionadas, aumentadas de intensidade, dirigidas por uma intenção. Mas, podem também agir de modo autônomo, sem controle, o que ocorre com certa frequência.
Essas funções são dotadas de energia específica, não se pode anular um sentimento ou uma sensação. Ninguém pode dizer "eu não vou sentir", pois o sentimento surgirá de qualquer maneira.
ENDOPSIQUE
A endopsique é o sistema de relação entre os conteúdos da consciência e os processos desenrolados do inconsciente.
As funções endopsíquicas da consciência são a memória ou reprodução, os componentes subjetivos das funções conscientes, as emoções e afetos e as invasões
A primeira função do lado endopsíquico é a memória ou reprodução, que nos liga aos fatos enfraquecidos na consciência, aos dados que se tornaram subliminares ou que
foram reprimidos. O que denominamos memória é a faculdade de reproduzir conteúdos inconscientes e é a primeira função a ser claramente distinguida no relacionamento entre a nossa consciência e os conteúdos que realmente não se encontram visíveis. Ela é controlável até certo grau, não se deixa ser guiada por completo.
Componentes subjetivos das funções conscientes: seria uma reação subjetiva. Exemplo:
ao vermos uma pessoa que não vemos a muito tempo concebemos um pensamento a seu respeito, nem sempre pensamos coisas que possam ser ditas, talvez admitamos fatos que não sejam verdadeiros, que não se apliquem à pessoa.
O terceiro componente endopsíquico, que não podemos tratar exatamente como uma função. Emoções e afetos: O ego decente se anula. É comum que se diga "Ele está fora de si" "O que deu nele hoje", pois nesse estado estamos realmente como possuídos.
Tornamo-nos irreconhecíveis, nosso autocontrole desce praticamente a zero. É a condição que o lado oculto do homem o domina, e ele não pode impedir que isso aconteça.
Invasão: Quando o lado obscuro (inconsciente) tem domínio completo e irrompe na consciência. O controle consciente é totalmente debilitado. Nessa condição podemos esperar as coisas mais inabituais do indivíduo. Quando isso ocorre, a pessoa fica subitamente alterada, por se encontrar privada de si mesmo, se sente perdida.
EGO
A psicologia se relaciona com a consciência, uma vez que ela trata dos produtos do inconsciente, que não podem ser diretamente explorados, já que não temos acesso a ele.
O único meio de conseguirmos tratar sobre a realidade é com o campo inconsciente
Tudo o que conhecemos sobre ele, foi transmitido pelo consciente. A psique inconsciente tem natureza desconhecida, sempre se relaciona através de elementos conscientes e em termos de consciência, ele é responsável pelas nossas ações.
Quando dizemos "eu" não existe um critério absoluto para constatar se temos uma experiência de fato que seja esse "eu".
O mundo da consciência se caracteriza por uma certa estreiteza, ele pode admitir poucos dados simultâneos num dado momento. Pode se dizer também, que o ego é seletivo, permitindo na consciência apenas uma parte dos estímulos aos quais estamos expostos, e uma parte dos processos psicológicos. Dessa maneira, o ego nunca está totalmente consciente de tudo que se passa na mente. Exemplo: estou consciente do que falo, mas não dos gestos que estou fazendo.
A área da consciência é um campo restrito de visão momentânea, enquanto o campo do inconsciente é imenso e sempre contínuo.
Jung coloca o inconsciente como um elemento inicial do qual brotaria a condição consciente. As funções mais importantes de qualquer natureza instintiva são inconscientes, sendo a consciência quase como um produto dessas grandes áreas obscuras. Ficamos cansados depois de um prolongado estado consciente, somos as vezes levado ao estado de exaustão, pois se trata de uma condição que demanda de um grande esforço, quase antinatural.
Na consciência não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Já que ele é o centro da consciência. Assim, o que não se pode relacionar com o ego não poderá atingir a consciência. A partir disso, podemos definir a consciência como uma relação dos fatos psíquicos com o ego.
O ego é um dado complexo, que é formado por uma percepção geral de nosso corpoe existência (responsável pelo sentimento de continuidade e identidade), e a seguir pelos registros de nossa memória. Todos temos uma ideia de já termos existido, ou seja, de nossa vida em outros momentos, todos acumulamos uma longa série de recordações.
Esses dois fatores são os componentes principais do ego.
É ele que atrai o conteúdo do inconsciente, daquela área obscura sobre a qual nada se conhece.
Portanto, o ego é uma espécie de complexo o mais próximo e valorizado que conhecemos. É sempre o centro de nossas atenções e nossos desejos, ele é indispensável da consciência.
Jung argumentava que o ego é apenas uma parte da psique e que a nossa identidade consciente é influenciada por fatores inconscientes e coletivos.
PSICOTERAPIA JUNGUIANA
Os fundamentos da psicologia analítica junguiana enfatizam a importância do acesso ao inconsciente como uma ferramenta para o crescimento pessoal, a compreensão das profundezas da psique e a busca da individuação.
Um terapeuta treinado em psicologia analítica pode ajudar um indivíduo a explorar o inconsciente por meio de técnicas de conversa, interpretação de sonhos e outras abordagens terapêuticas.
O trabalho com o inconsciente, segundo Jung, pode ser um processo desafiador e demorado, nem todas as pessoas têm acesso imediato a todos os aspectos do inconsciente. A exploração do inconsciente é uma jornada individual e pessoal que pode levar tempo e esforço.
Funções endopsíquicas: memória, componentes subjetivos das funções conscientes; emoções e afetos; invasões.
Ego: é o centro da consciência; formado através da experiência e da interação com o mundo exterior; relação com o inconsciente coletivo; “ponte” entre o mundo exterior e interior. Ele nunca está completamente consciente de tudo o que está ocorrendo, mas é momentâneo.
Psique:
1 Consciente:
2 Inconsciente pessoal: experiências que não obtém aceitação do ego (guarda, recalca, reprime). São conteúdo pessoais. É necessário fazer uma análise para que as experiencias reprimidas sejam trabalhadas. A função do ICS não é apenas receber experiências, mas ele também cria.
3 Inconsciente coletivo: início de seus estudos. São os arquétipos. É toda a carga de experiências históricas da humanidade que são passadas ao longo das gerações, como opiniões, preconceitos. São as pré-disposições para agir que ajudam a formar a personalidade dos indivíduos e que fazem com que hajamos de tal modo.
4 Self: é quem você verdadeiramente é na sua essência. O ego nada mais é que uma projeção do self, que é o que um dia ele quer chegar a ser. É uma estrutura psíquica inconsciente que rege todo o demais. É um ideal de ser humano que todos carregam. Ele foi construído no inconsciente pela influência de toda experiência histórica individual e coletiva.
Como acessar o inconsciente: associação de palavras, análise de sonhos, imaginação ativa.
Psicologia Junguiana – Grupo 2
Como se estrutura a teoria de Jung: consciente, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo. 
Como os mitos se estruturam e se relacionam com os arquétipos? Mitologia foi a primeira tentativa de descrição da humanidade. Uma explicação da realidade, não é uma ficção ou fuga da realidade.
Pacientes de Jung – ele associa com os sonhos e fantasias.
Freud: Édipo.
Jung: Jornada do herói
A mitologia [...] é uma espécie de projeção do inconsciente coletivo [...]. Portanto, podemos estudar o inconsciente coletivo de duas maneiras: na mitologia ou na análise pessoal.
Arquétipos e o self: os arquétipos possuem um caráter filogenético, são os modelos estruturados que possuem raízes do passado coletivo de toda humanidade. O self é o principal arquétipo para ele, pois é o princípio organizador de personalidade, organizando os demais arquétipos e procurando sempre esse equilíbrio.
Existem vários arquétipos na mente humana, relacionados principalmente a situações típicas da existência humana: nascimento, morte, casamento, doenças e outros.
Arquétipo de Persona: a forma como nos mostramos para a sociedade no geral. É a imagem que projetamos validação. Representa um papel que corresponde às exigências sociais. Ex: pessoas introvertidas. Identificação excessiva e afastamento de si. O meu posicionamento em diversos ambientes.
Arquétipo de Grande Mãe: representa a figura materna; vista na relação mãe – filho. Representa o amor, segurança, proteção; não se limita apenas às mulheres. Ex: branca de neve, deusa Deméter.
Arquétipo de sombra: parte oculta, rejeitada, não reconhecida; raiva, egoísmo, preconceito; não é sempre negativa, pois é repreendida pelas normas sociais; necessário reconhecer e reintegrar. Podem ser potencialidades da pessoa.
Arquétipo de Anima: de energia feminina presente no inconsciente masculino; lado emocional e não lógico; sua primeira projeção é na figura materna e, posteriormente, pode projetar na sua parceira.
Arquétipo de Animus: de energia masculina no inconsciente feminino; lado racional e lógico; a primeira projeção é na figura paterna e pode, posteriormente, projetar no seu parceiro.
Anima e Animus: relação quartenária de oposição e complementariedade; fisiológica (feminino e masculino) e psíquica (anima e animus).
Arquétipo do Velho Sábio: energia velha e sábia, que impõe experiência e respeito; seu lado negativo expressa rigidez e inflexibilidade, um falso saber. Líderes políticos geralmente tem esse de modo evidente.
Arquétipo do herói: de pessoa poderosa que luta contra adversidades ou o mal; representa um modelo de personalidade a ser seguido e nos mostra as conquistas que nossos antepassados tiveram; geralmente desestimula o arquétipo de herói nosso, quando vemos uma vitória de um herói nos filmes.
Complexos e suas relações com os arquétipos: são um conglomerado de ideias interrelacionados que tem forte valor emocional e que se organizam entorno de um arquétipo; diferente dos arquétipos, os complexos são totalmente pessoais, e pode ser apenas do inconsciente ou de ambos. Por exemplo, quando você possui uma experiencia totalmente contraria com a sua mãe do que seria ao arquétipo de mãe pode trazer misturas confusas que podem ser expressas através dos sonhos.
Por que as mandalas? Auxilia, traz clareza. Começou utilizá-las em 1916. Os pilares da construção da mandala são: fantasia, desejos, motivação e objetivos.
Gustav Carl Jung
1875-1961. Tinha interesse em ciências naturais, filosofia, arqueologia e histórica; inquietação religiosa (pais); optou por medicina/psiquiatria; interesse pelo homem (dimensão biológica/espiritual); fundou a psicologia analítica; foi assistente e mais tarde colaborador de Eugen Bleuler, o eminente psiquiatra que desenvolveu o conceito de esquizofrenia, es estudou brevemente com Pierre Janet, o aluno e sucessor de Charcot em Paris.
Energia psíquica
Libido: forma ampla e generalizada de energia psíquica.
Psique: se refere a personalidade. Jung sai da libido psicanalítica para a psique. Quando uma pessoa investe grande quantidade de energia psíquica em uma ideia ou sensação, diz-se que ela tem um alto valor psíquico e pode influenciar muito a vida da pessoa.
Funcionamento da energia psíquica
	Princípio de equivalência
	Princípio da oposição
	Princípio da entropia
	Princípio físico da conservação da energia aos eventos psíquicos. A energia gasta para resolver uma determinada situação é transferida para outra parte da personalidade (não se perde, ela é reinvestida ou flui para o ICS).
	Conflitos entre tendências ou processos opostos e necessário para a geração de energia psíquica.
	Tendência de equilíbrio da personalidade. O ideal é uma distribuição da energia psíquica por todas as estruturas da personalidade.
Estrutura da personalidade: a estrutura como um todo
Ego, persona, sombra, anima e animus, inconsciente pessoal; inconsciente coletivo.
Principais conceitos da Psicologia Analítica
O inconsciente mais do que um lugar é um processo. Ele se transforma e provoca transformações.
Percepção, raciocínio, sensação, lembrança: EGO: centro da consciência. É a consciência que temos de nós mesmos. Ele é seletivo.
Atitudes: de extroversãoe introversão.
A energia psíquica pode ser canalizada externamente, para o mundo exterior, ou internamente, para o self.
Inconsciente pessoal: sombra, anima, animus, complexos. Eventos perdidos pela memória consciente, percepções e sentimentos subliminares, material que não atinge a consciente porque são rejeitados ou esquecidos.
A sombra: consiste em tendência moralmente censuráveis, além de inúmeras qualidades construtivas que, no entanto, somos relutantes em enfrentar. É o centro do inconsciente pessoal em relação aos elementos. Núcleo de todo material reprimido da consciência.
Complexos: apresentam-se com uma grande carga emocional. Pode causar perturbações verbais, estados de excitação, fantasia, transtornos somáticos. Podem tomar conto ego. Surgem mudanças comportamentais repentinas e mudanças que podem alterar a consciência. Pode de tornar patológico e dominar a consciência em maior grau (psicose). Integram o desenvolvimento natural da psique. Essa energia pode ser aliada no desenvolvimento psíquico.
Self: CS e ICS não estão necessariamente como opostos, mas complementam-se mutuamente para formar a totalidade. É o centro de toda personalidade (CS e ICS). É um fator interno de orientação. Personalidade total. Pode aparecer nos sonhos = imagens significantes.
Inconsciente coletivo: arquétipos. Se assemelham à todas as pessoas. Instintos psíquicos que nos predispões a viver de modo universal. São imagens antigas ou arcaicas do ICS coletivo.
Existencialismo
· Jean-Paul Sartre (1905-1980); existencialismo; O ser; para-si/em-si; Liberdade e responsabilidade; essência.
· Paulo Perdigão: existência e liberdade.
· Filósofo, escritor (ensaios, peças de teatro), crítico, francês; um dos representantes do existencialismo; serviu o exército durante a 2ª Guerra; o ser e o nada (1943); parceria com Simone de Beauvior.
· É um conjunto de doutrinas filosóficas voltadas à existência; pretende analisar os meandros da relação homem-mundo usando o método fenomenológico, que almeja tornar a filosofia uma ciência de rigor;
· O método é o fenomenológico (Hursell); Como o fenômeno se dá, como aparece;
· A filosofia sartriana não nos diz “como a vida deve ser vivida”, nem pergunta “por que o homem existe”: limita-se a descrever o que a vida é, que tipo de Ser o homem é.
O que é o ser?
· Substância oculta por trás das coisas que nos aparecem;
· O ser é o que é – algo que está aí;
· Sartre segue o princípio de Husserl: “tudo que está em ato”. Ou seja, a aparência (fenômeno) das coisas já encerra toda a essência (nômeno);
· Os fenômenos que nos aparecem (os “entes” de Heidegger) são totalmente reveladores de si mesmos e nada contêm de oculto: são exatamente aquilo que mostram ser, e não devemos supor que existem potências ocultas, ou essências armazenadas por detrás das aparências que podemos observar. Todos os fenômenos através dos quais se manifesta o Ser (sejam os objetos, as emoções, os conflitos humanos etc.) estão em ato e só existem dando provas dessa existência em ato.
· Conforme eu vou agindo neste mundo que fui lançado eu vou construindo minha personalidade de acordo com minhas ações. Minhas ações têm uma consequência no mundo, que também influencia na construção da minha personalidade.
· Má-fé: quando a pessoa se recusa a utilizar a liberdade dela devido sua responsabilidade.
· Em-si: não possui consciência; facticidade; não é nada além do que é. Projeto acabado.
· Para-si: consciência; relações; transcende a facticidade. Eu tenho consciência da minha existência, que estou lançado no mundo e vou fazendo as minhas escolhas. Sou um eterno vir-a-ser, estou sempre me construindo. Somos projeto em construção.
Liberdade e responsabilidade
· Se livre é fazer escolhas concretas;
· Toda liberdade é liberdade situada na realidade objetiva, situada no campo da facticidade;
· Liberdade situada: não podemos fazer o que queremos. Na verdade nossa liberdade é limitada.
· A liberdade humana está na autonomia da escolha. Não consiste em poder fazer o se quer, mas em querer fazer o que se pode;
· O importante é o que fazemos daquilo que somos feitos; a pessoa se assume tal como é? Ou aceita tudo como rótulo, como desculpa? O que me faz bem? O que me faz mal? Como eu poderia superar isso? Faço o tratamento?
· Em cada escolha livre há uma consequência, por isso para Sartre o conceito de liberdade está totalmente atrelado à responsabilidade.
· Redução fenomenológica: quando eu afasto as minhas percepções, os meus valores para que o fenômeno se apresente como tal. Uma busca de ser neutralidade. Como o fenômeno se apresente ao cliente? Percebo isso, percebo aquilo... É realmente isso que você quis dizer? É colocar entre parênteses.
· Condenados a ser livres. Lançados neste mundo em que tem que fazer escolhas.
Essência:
· A existência precede a essência; eu a construo. Minhas escolhas definem o que sou.
· Possibilidade de ser; estamos no mundo. O mundo é a condição existencial das possibilidades.
· Superar a facticidade e o dado pela ação; lançar-se; fazer.
· Escolhas: autoconhecimento é importante. As minhas escolhas estão de acordo com aquilo que eu quero? Ou seja, minha autenticidade, é proporcionada pelas minhas escolhas?
· Angústia está atrelada à possibilidade. Está no nada. No desconhecido.
· Culpa: quando eu assumo. É genuíno. É consciente.
· Consciência: é intenção. É de algo.
DIBS: Caso clínico
Técnicas de ludoterapia: psicodrama.
Carlos Ransom Rogers
Nasceu no subúrbio de Chicago, em 1902. Depois de mudou ao interior (1914). Foi participar de uma conferência cristã na China, o que influenciou em sua teoria, o humanismo. 
Conceito chave: tendência atualizante: experiências terapêuticas.
“Todo organismo é movido por uma tendencia inerente para desenvolver todas as suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua conservação e seu enriquecimento”.
Abordagem centrada na pessoa.
Quando as experiências vivenciadas estão em concordância com a estrutura de self do indivíduo elas são significadas. Quando não são, elas são apropriadas de maneira distorcida.
A função do terapeuta é criar um ambiente livre de ameaças para que o cliente não se sinta amedrontado a confrontar seus dados que são antagônicos (itens apropriados de forma distorcida).
Teoria centrada na pessoa
Todo ser humano tem uma tendencia atualizadora. É uma forma de colocar em movimento de desenvolvimento nas suas experiências.
Elementos teóricos:
· Raízes no humanismo;
· A partir da experiencia clínica;
· Centrada na pessoa – experiencia autêntica;
· Natureza positiva;
· Autorrealização;
· Fenomenologia (forma única);
· Autodirigidos.
“A expressão teoria centrada na pessoa sugere que o dom de mudar ou se aperfeiçoar é centrado no interior da pessoa”.
Motivação única, inata e imprescindível: tendência a atualizar e desenvolver a nossa capacidade e nossos potenciais... Esse objetivo essencial e atualizar o self.
Somos seres racionais governados por uma percepção consciente de nós mesmos e de nosso mundo imanente.
Percepções conscientes: pensar e refletir objetivamente;
Percepções inconscientes: não estão disponíveis objetivamente.
Campo fenomenal: percepções conscientes e inconscientes (campo fenomenal); inacessível aos ouros (podemos entender o significado psicológico que tem para outra pessoa).
Em razão da consciência e no presente: “surgiu que a personalidade poderia ser entendida apenas a partir de nosso próprio ponto de vista, baseada em nossas experiencias subjetivas. Ele trabalha com a realidade da maneira como ela é conscientemente percebida por nós e notou que essa percepção nem sempre coincide com a realidade objetiva”.
Realidade: como é percebida conscientemente por nós nem sempre coincide com a realidade objetiva.
Tendências humanas:
I- Tendência formativa (evoluir): toda matéria existente (orgânica ou inorgânica) – evolução simples para complexo;
II- Tendência atualizadora (realizadora): fisiológica e psicológica. Realização plena de seus potenciais (necessidades orgânicas; expressão de sentimentos). Há uma necessidade de manutenção:conservadoras (alimento, segurança, resistir a mudanças); resistimos novas ideias e distorcemos experiencias – contraposição/ameaças; necessidade de aperfeiçoamento (aprendizagem; desenvolvimento); curiosidade; brincadeira; autodesconfiança.
Saudável psicologicamente: percepções conscientes; capazes de se tornar conscientes; são determinantes no comportamento.
Self: autoconceito; se modifica ao longo da vida (gradual; relação com outras percepções); percepções (coerência): como eu me vejo, como eu vejo o mundo, como eu me vejo no mundo. É autônomo para o próprio desenvolvimento. Formado por percepções conscientes ou que podem tornar-se conscientes.
Self ideal: autoconceito: idealização que cada um de nós faz de nós mesmos.
Autorrealização (o que move o ser humano): desenvolvimento das potencialidades plena – impulso humano; vida como processo ativo; crescimento: simples para complexo; rígido para mudança ou flexível. “Sinto-me mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos” (Rogers).

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