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APRESENTAÇÃO PSICO PERSONA

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CAPÍTULO 18
ROTTER E MISCHEL: TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL COGNITIVA
PANORAMA GERAL DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL COGNITIVA
As Teorias da aprendizagem social cognitiva de Julian Rotter e de Walter Mischel possuem pontos em comum, pois baseiam-se no pressuposto de que fatores cognitivos ajudam a moldar como as pessoas reagem às forças ambientais;
Também compartilham da ideia de que as expectativas que o indivíduo tem dos eventos futuros são os determinantes primários do desempenho;
Rotter destaca-se por ser INTERACIONISTA, ou seja, acredita que o comportamento humano é definido através de uma compreensão da interação das pessoas com seus ambientes significativos;
Estudo fundamental: PREDIÇÃO DE COMPORTAMENTOS – cognições, histórias passadas e expectativas futuras;
Diferenças com Skinner: acredita que o comportamento é moldado pelo reforço imediato, sendo que este é proveniente do ambiente.
BIOGRAFIA DE JULIAN ROTTER
Nasceu em 22 de Outubro de 1916 na cidade de Brooklyn em uma família considerada de classe média
Sofreu de depressão, o que fez surgir sua preocupação com a injustiça social, na medida que as condições situacionais afetam o comportamento humano
Grande admirador das obras de Adler – teve a oportunidade de assistir suas conferências e várias de suas demonstrações clínicas
Estudou Química em Brooklyn College; fez Mestrado em Psicologia na Universidade de Iowa e obteve seu Doutorado em Psicologia Clínica pela Universidade da Indiana
Foi casado com Clara Barnes, que faleceu em 1986, e tiveram 02 (dois) filhos desta união.
Teve várias publicações importantes, sendo que dentre elas destaca-se a ESCALA DE LOCUS DE CONTROLE
Foi muito premiado nas áreas de Psicologia Social e da Personalidade
INTRODUÇÃO À Teoria da aprendizagem social cognitiva de rotter
São 05 hipóteses básicas que predizem o comportamento humano:
Pressupor que os seres humanos interagem com seus ambientes significativos;
Pressupor que a personalidade humana é aprendida;
Pressupor que a personalidade humana possui uma unidade básica;
Pressupor que a motivação é direcionada para o objetivo (Lei empírica do efeito); e,
Pressupor que as pessoas são capazes de prever eventos.
AFINAL: O QUE É A APRENDIZAGEM SOCIAL COGNITIVA?
De modo geral, podemos dizer que é aprendizado através da contínua interação dos indivíduos, comportamentos e meio ambiente. 
Predição de comportamentos específicos
Como a preocupação primária de Rotter é a predição do comportamento humano, ele sugeriu quatro variáveis que devem ser analisadas para que se façam predições corretas em uma situação específica.
Potencial do comportamento 
Refere-se a probabilidade de que determinado comportamento ocorra em uma situação particular.
Esse conceito abrangente permite que Rotter inclua como comportamento construtos hipotéticos como a generalização, a solução de problemas, o pensamento , a análise, entre outros. 
Expectativa
É a esperança que a pessoa tem de ser reforçada.
Expectativa geral e específica.
A expectativa total de sucesso é uma função tanto das expectativas generalizadas quanto de uma expectativa especifica do individuo. A expectativa total determina, em parte, a quantidade de esforço que as pessoas empregarão na busca de seus objetivos.
Valor do Reforço
 É a preferência por um reforço em particular.
Quando as expectativas e as variáveis situacionais são mantidas constantes, o comportamento é moldado pela preferencia do individuo pelos reforços possíveis, ou seja, o valor do reforço.
Situação Psicológica
Refere-se a um padrão complexo de pistas que a pessoa percebe durante um período de tempo específico.
A interação entre pessoa e ambiente é um fator crucial na modelagem, do comportamento.
A situação psicológica deve ser considerada, com as expectativas e o valor do reforço, determinando a probabilidade de uma resposta específica. 
Predição de comportamentos 
Gerais
Predição Geral é tudo aquilo que engloba algo futuro como o exemplo apresentado no texto sobre David, que trabalhou 18 anos na loja de ferragem e pode ser demitido, ou seja, trazendo a ideia de o que ele fará no futuro.
EXPECTATIVAS GENERALIZADAS
Permite a definição de algumas características pessoais, as quais possibilitam prever o comportamento do corpo humano, apresentado no texto revelando ainda o comportamento de David. Se, no passado, David, em geral, foi recompensado por comportamentos que aumentaram seu status social, existe apenas uma pequena probabilidade que o leva a implorar ao senhor Hoffman pelo emprego, porque tais ações são contrarias a um status social mais elevado.
NECESSIDADES
Rotter definiu necessidades como um comportamento ou conjunto de comportamentos que as pessoas veem como impulsionando-as na direção de um objetivo. As necessidades não são estados de privação ou excitação, mas indicadores da direção do comportamento
 O conceito de necessidade permite previsões mais generalizadas do que as possibilitadas pelas quatro variáveis especifica que compreendem a fórmula de ambiente básico.
CATEGORIAS DAS NECESSIDADES
Listaram-se seis categorias amplas de necessidade, são elas:
RECONHECIMENTO-STATUS: A necessidade de ser reconhecido pelos outros e de alcançar um status a seus olhos é um aspecto poderoso para a maioria das pessoas.
DOMINÂNCIA: A necessidade de controlar o comportamento dos outros é chamada de dominância.
INDEPENDÊNCIA: Independência é a necessidade de ser livre da dominação dos outros.
PROTEÇÃO-DEPENDÊNCIA: Um conjunto de necessidades quase opostos a independência são as de proteção e dependência.
AMOR E AFEIÇÃO: A maioria das pessoas possui forte necessidade de amor e afeição, isto é, necessidade de aceitação por parte dos outros que vai além do reconhecimento e status, de modo a indicar que os outros possuem sentimentos afetuosos positivos por elas. 
CORPO FÍSICO: O corpo físico talvez é a necessidade mais básica, porque as demais necessidades são aprendidas em relação a ele.
FÓRMULA DE PREDIÇÃO GERAL
A fórmula de predição geral básica está limitada a situações altamente controladas, em que as expectativas, o valor do reforço e a situação psicológica são todos relativamente simples e discretos.
Na maioria das situações, no entanto, a predição do comportamento é muito mais complexa, porque os comportamentos e os reforços em geral ocorrem em sequências funcionalmente relacionadas.
A fórmula de predição geral de Rotter permite que a história da pessoa de usar experiências similares antecipe o reforço atual. Ou seja, ela tem uma expectativa generalizada de sucesso.
As duas escalas mais populares de Rotter para medir a expectativa generalizada são a Escala de Controle Interno-Externo e a Escala de Confiança Interpessoal.
Controle Interno e Externo do Reforço (Locus do Controle)
“[...] tanto a situação quanto a pessoa contribuem para sentimentos de controle pessoal.” 
“[...] uma pessoa com uma expectativa generalizada de sucesso em uma situação pode ter sentimentos de controle pessoal baixos em outra.”
(Rotter, 1990)
Escala de Controle Interno-Externo
Desenvolvida em 1966 com base nas teses de doutorado de dois alunos de Rotter (Phares e James);
Consiste em 29 itens de escolha obrigatória;
Destes, 23 pares são pontuados e outros 6 não;
É pontuada na direção do controle externo;
Os escores têm apenas uma correlação modesta com uma escala de conveniência social;
A escala I-E de Rotter se tornou um dos tópicos mais detalhadamente investigados em Psicologia, bem como em outras Ciências Sociais, tendo estimulado milhares de publicações desde sua concepção.
LOCUS DE CONTROLE INTERNO
1.	a. Sorte é a razão principal para o sucesso das pessoas.
	b. As pessoas fazem a própria sorte.
2. 	a. Uma forma de provocar um temporal é planejar um piquenique ou algum outro evento ao ar livre.
	b. Os padrões do clima não tem nada a ver com os desejos das pessoas.
3.	a. As notas dos estudantes são, sobretudo, resultado do acaso.
	b. As notas dos estudantes são, sobretudo, resultadodo trabalho árduo.
4. 	a. As pessoas não têm controle sobre as grandes indústrias que poluem o ambiente.
	b. As pessoas podem trabalhar em conjunto para impedir que as grandes indústrias descartem objetos no ambiente.
5.	a. A popularidade entre os estudantes do ensino médio é devida, sobretudo, a coisas além de seu controle, por exemplo, a boa aparência.
	b. A popularidade entre os estudantes do ensino médio é devida, sobretudo, aos esforços dos próprios estuda antes.
6. 	a. Ferimentos por acidentes de trânsito não podem ser prevenidos. Quando é sua vez, é sua vez.
	b. Usar cinto de segurança, ter air-bags em seu automóvel e dirigir dentro do limite de velocidade são formas comprovadas de reduzir ferimentos por acidentes de trânsito.
Concepções Falsas da Escala
“Os escores na escala são determinantes do comportamento.”;
“O locus do controle é específico e pode predizer a realização em uma situação em particular.”;
“A escala divide as pessoas em dois grupos distintos: internas e externas.”;
“Muitas pessoas parecem acreditar que escores internos altos significam traços socialmente desejáveis e que escores externos altos indicam características indesejáveis no âmbito social.”.
Confiança Interpessoal
“Uma expectativa generalizada sustentada por um individuo de que se pode confiar na palavra, na promessa, na declaração oral ou escrita de outro indivíduo ou grupo.”
“[...] crença nas comunicações dos outros quando não existem evidências para desacreditar.”
(Rotter, 1980)
Escala de Confiança Interpessoal
Desenvolvida em 1967 para avaliar a confiança interpessoal; 
Solicita que concorde ou discorde entre 25 itens;
Destes, 15 itens são inócuos;
É pontuada na seguinte graduação:
Concordo plenamente
Concordo
Discordo
Discordo totalmente
Os escores altos indicam a presença de confiança interpessoal e pontuação baixa uma expectativa generalizada de desconfiança.
1. Ao lidar com estranhos, é melhor ser cauteloso até que eles tenham apresentado evidências de que são confiáveis.
2. Os pais, em geral, merecem a confiança de que irão cumprir suas promessas.
3. Pais e professores tem maior probabilidade de dizer o que eles acreditam e não apenas o que acham que seja bom para o filho/aluno ouvir.
4. A maioria dos políticos eleitos é realmente sincera em suas promessas de campanha.
5. Nesses tempos competitivos, deve-se estar alerta ou é provável que alguém se aproveite de você.
6. Podemos contar que a maioria das pessoas fará o que diz que irá fazer.
7. A maioria dos vendedores é honesta na descrição de seus produtos.
Comportamento Desadaptado
Comportamento persistente que impede a pessoa de se aproximar de um objetivo desejado;
Surge da combinação de valor da necessidade alto e liberdade de movimento baixa;
Quando as pessoas definem metas muito altas, elas não conseguem aprender comportamentos produtivos, porque seus objetivos estão fora de alcance.
Fazem uma avaliação incorreta da situação presente.
Psicoterapia 
O que é psicoterapia
A psicoterapia é um procedimento usado por psicólogos para ajudar as pessoas a levarem uma vida mais feliz, saudável e produtiva.
Nessa modalidade a relação paciente e profissional é muito importante já que se trata de um tratamento colaborativo onde há a interação de ambos visando facilitar o autoconhecimento do paciente
Segundo Rotter “os problemas da psicoterapia referem-se a como efetuar mudanças no comportamento por meio da interação de uma pessoa com outra. Ou seja, eles são problemas de aprendizagem humana em uma situação social” 
O objetivo da terapia de Rotter é trazer harmonia à liberdade de movimento e ao valor da necessidade, reduzindo comportamentos defensivos e de esquiva através de duas maneiras: 
Mudando objetivos 
Mudar os objetivos quer dizer que o trabalho do terapeuta é apontar os objetivos de natureza equivocada e ensinar meios construtivos de lutar por objetivos realistas. Estão listados três fontes de problemas que podem causar objetivos inapropriados: 
1- DOIS OU MAIS OBJETIVOS CONFLITANTES
2- OBJETIVOS AUTODESTRUTIVOS
3- OBJETIVOS MUITO ALTOS
Eliminando Expectativas baixas 
O terapeuta tenta eliminar as expectativas baixas de sucesso e a baixa liberdade de movimento. As pessoas podem ter liberdade de movimento reduzidas por três razões: 
1- CARÊNCIA DE HABILIDADES OU INFORMAÇÕES PARA SE ESFORÇAREM COM SUCESSO EM DIREÇÃO AOS SEUS OBJETIVOS 
2- AVALIAÇÃO EQUIVOCADA DA SITUAÇÃO PRESENTE
3-GENERALIZAÇÃO INADEQUADA
Biografia Walter Mischel 	
Biografia de Walter Mischel e introdução à teoria da personalidade
Biografia	
Walter Mischel, nasceu em 22 de Fevereiro de 1930 em Viena - Áustria, e seu falecimento foi em 12 de Setembro de 2018, em Nova Iorque EUA; 
Casado com Harriet Nerlove, e antes do divórcio tiveram 3 filhas;
Classe média alta;
Devido invasão nazista, se mudou da Áustria para os Estados Unidos;
Apaixonado por arte, como pinturas e esculturas; 
Biografia
Leitura de Freud, pensadores existencialistas e poetas; 
Programa de mestrado em psicologia clínica em Nova Iorque;
Trabalhador social as favelas de Lower East Side;
Necessidade de evidências empíricas para avaliar os fatos e verdades da psicologia; 
Biografia
Através do seu doutorado na Universidade de Ohio State, em 1953 - 1956, que ele se desenvolveu como psicólogo social cognitivo, basendo seus estudos sob influência de Julian Rotter e George Kelly, que eram dois membros do corpo docente que ele admirava. 
Estudava sobre cultos religiosos que praticavam possessão de espíritos, e o adiamento da gratificação em um contexto transcultural. 
Colega de Albert Bandura; 
Docente da Universidade de Columbia por mais de 20 anos,
Biografia
Principais prêmios: 
Distinguishd Scientist da American Psychological Association (APA) - 1978 ;
 APA Distinguished Scientific Contribution - 1982; 
Principais obras: 
Personality and Assessment, 1968 (Personalidade e avaliação); 
Introdution to personality, 1971 (Introdução à personalidade); 
Introdução à Teoria da Personalidade
Primeira categoria vê a personalidade como uma entidade dinâmica motivada por impulsos, percepções, necesidades, expectativas e objetivos; 
A segunda, enfatiza a importância de traços e disposições pessoais relativamente estáveis; 
“O comportamento se origina de disposições pessoais relativamente estáveis e processos cognitivos-afetivos que interagem com uma situação específica.”
ANTECEDENTES DO SISTEMA DE PERSONALIDADE COGNITIVO-AFETIVO
Alguns teóricos, acreditavam que o comportamento era, sobretudo, um produto de traços de personalidade relativamente estáveis. Todavia, Walter Mischel contestou esse pressuposto. Desde 1958, levou a acreditar que o comportamento era, em grande parte, função da situação.
PARADOXO DA CONSISTÊNCIA.
 O QUE É PARADOXO DA CONSISTÊNCIA? Foi o termo que Walter Mischel deu para observação de que a intuição clínica e as percepções dos leigos sugerem que o comportamento é coerente, enquanto a pesquisa constata que não é. Nesse sentido Mischel verificou que tanto leigos como psicólogos parecem acreditar de modo intuitivo que o comportamento das pessoas é relativamente consistente, embora surgir muitas variabilidade no comportamento, situação que ele denominou de paradoxo da consistência.
Além disso muitos acreditam que as disposições globais expliquem muito do comportamento. Ex.1: agressividade, honestidade, avareza, pontualidade etc. 
Outros como psicólogos, bem como os leigos, sintetizaram o comportamento das pessoas usando tais definições de traços descritivos. Outros presumiram que os traços de personalidade globais se manifestem por um período de tempo e também conforme a situação. Mas Mischel afirma que eles podem estar parcialmente certos. Pois ele acredita que alguns traços básicos podem até persistem ao longo do tempo, mas existem poucas evidências de que eles se generalizam de uma situação para outra.
Ademais, Mischel contestava enfaticamente as tentativas de atribuir o comportamento a esses traços globais, mas por muitosanos as pesquisas não conseguiram apoiar a consistência dos traços de personalidade entre as situações, Hugh Hartshorene e Mark May em 1928, em seus estudos clássicos constataram que as crianças em idade escolar ora era honestas ora desonestas. Ex.2:
Mas alguns psicólogos criticaram esses estudos , pois eram muito específicos. Epstein defendia que os pesquisadores precisavam agregar medidas de comportamento em vez de basearem em um único comportamento. 
Assim, mesmo diante de medidas perfeitamente fidedignas, Mischel afirmava que comportamento específicos não predizem com precisão os traços de personalidade. 
INTERAÇÃO PESSOA-SITUAÇÃO. 
Já no ano de 1973, Mischel acabou percebendo que as pessoas não são vasos vazios, sem traços de personalidade duradouros. Mas que a situação tem efeito poderoso sobre o comportamento. A objeção de Mischel ao uso de traços como preditores de comportamento não se baseava em sua instabilidade temporal, mas na inconsistência de uma situação para outra. Ex.3:
Para Mischel, as visões de traços ou disposições pessoais, embora importantes na predição do comportamento humano, negligenciam o significado da situação específica em que a pessoa funciona. Acredita-se que o comportamento não é causado por traços pessoais globais, mas pelas percepções que as pessoas têm de si mesmas em uma situação particular. Ex.4:
Já a visão condicional sustenta que o comportamento é moldado pelas disposições pessoais e pelos processos cognitivos e afetivos específicos de uma pessoa. 
Enquanto para teoria dos traços sugere que as disposições globais predizem o comportamento, Mischel argumenta que as crenças os valores, os objetivos, as cognições e os sentimentos interagem com essas disposições para moldar o comportamento. Ademais, ele assinala que, em uma variedade de situações, a conscienciosidade pode ser usada com outros processos congnitivo-afetivos para atingir um resultado específico.
Em um estudo exploratório para testar o modelo de Jack Wright e Mischel (1988) entrevistaram crianças de 8 a 12 anos e adultos e pediram que relatasse tudo que sabia sobre “grupos-alvo” de crianças. Notaram que todos reconheceram a variabilidade do comportamento de outras pessoas,porém os adultos estavam mais certos acerca das condições sob as quais comportamentos particulares ocorrem. Enquanto, as crianças restringiram os suas descrições. Ex.5:
Por fim, esses dados sugerem que as pessoas reconhecem prontamente a inter-relação entre situações e comportamento e que elas, de modo intuitivo, seguem uma visão condicional das disposições. 
Portanto, nem a situação isolada nem os traços de personalidade estáveis isolados determinam o comportamento. O comportamento é produto de ambos. Mischel e Shoda propuseram um sistema de personalidade congnitivo-afetivo que procura conciliar essas duas abordagens de predição dos comportamentos humanos. 
Assim conclui que:
A análise dos traços de personalidade pura e simples fornece-nos poucas dicas...
Então, é preciso considerar também o contexto e os fatores externos.
Assim, o melhor caminho para se prever o comportamento é observar a interação dinâmica entre o individuo e a situação em que está inserido .
SISTEMA DE PERSONALIDADE COGNITIVO-AFETIVO 
Explica a variabilidade entre as situações e a estabilidade do comportamento de uma pessoa.
As inconsistências aparentes no comportamento de uma pessoa não são resultado de um erro aleatório, 
nem produzidas apenas pela situação, pelo contrário, elas são comportamentos potencialmente previsíveis 
que refletem padrões de variação estáveis em uma pessoa
Seu padrão de variabilidade é sua assinatura comportamental da personalidade,
ou seja, sua maneira consistente de variar o comportamento em situações específicas 
(Shoda, LeeTieman & Mischel, 2002)
 Predição do comportamento
Mischel
"Se a personalidade é um sistema estável que processa as informações acerca das situações, 
externas ou internas, então, quando os indivíduos encontram diferentes situações, 
os seus comportamentos devem variar entre as situações"
VARIÁVEIS DA SITUAÇÃO
Eventos que parecem os mesmos podem produzir reações muito diferentes, 
já que as qualidades pessoais superam as situacionais. 
Mischel conduziu estudos demonstrando que a interação entre a situação e as várias qualidades pessoais
era um determinante importante do comportamento
Mischel concluiu que tanto a situação quanto os vários componentes cognitivo-afetivos
da personalidade desempenham um papel na determinação do comportamento
UNIDADES COGNITIVO-AFETIVAS
As unidades cognitivo-afetivas incluem todos os aspectos psicológicos, sociais e fisiológicos
que fazem as pessoas interagirem com seu ambiente em um padrão de variação relativamente estável. 
Essas unidades envolvem:
estratégias de codificação
(2) competências e estratégias autorregulatórias
(3) expectativas e crenças
(4) objetivos e valores
(5) respostas afetivas
 Estratégias de codificação
Uma unidade cognitivo-afetiva importante que acaba afetando o comportamento são os construtos pessoais das pessoas 
e as estratégias de codificação, ou seja, as formas de categorização das informações recebidas dos estímulos externos
Diferentes pessoas codificam os mesmos eventos de formas distintas, 
o que explica as diferenças individuais nos construtos pessoais. 
Além disso, a mesma pessoa pode codificar o mesmo evento de formas diferentes em situações distintas.
As entradas de estímulos são alteradas de modo substancial pela atenção seletiva das pessoas, pelo modo como elas
interpretam sua experiencia e pela forma como categorizam essas entradas. 
COMPETÊNCIAS E ESTRATÉGIAS AUTORREGULATÓRIAS
 A forma como nos comportamos depende, em parte, dos comportamentos potenciais disponíveis, 
de nossas crenças do que podemos fazer, de nossos planos e estratégias para realizar 
comportamentos e de nossas expectativas de sucesso.
Competências cognitivas, como se sair bem em um teste, são, em geral, mais estáveis temporariamente e
entre as situações do que outras unidades cognitivo-afetivas, ou seja, os escores das pessoas nos testes de 
habilidade mental não costumam apresentar grandes flutuações de uma vez até a seguinte, ou de uma situação para a outra
Mischel acredita que as pessoas usam estratégias autorregulatórias para controlar o próprio
comportamento por meio de objetivos auto impostos e consequências autoproduzidas
O sistema autorregulatório possibilita planejar, iniciar e manter comportamentos mesmo quando
o apoio ambiental é fraco ou inexistente. 
EXPECTATIVAS E CRENÇAS
Toda situação apresenta um grande número de potencial do comportamento, 
mas a forma como as pessoas se comportam depende de suas expectativas e cenas especificas
sobre as consequências de cada uma das diferentes possibilidades de comportamento. 
O conhecimento de hipóteses ou crenças das pessoas referentes ao resultado de uma situação é 
um preditor mais preciso do comportamento do que o conhecimento de sua capacidade de desempenho
As expectativas de estimulo­-resultado, que se refere as muitas condições de estímulos que influenciam
as prováveis consequências de um padrão de comportamento. As expectativas de estímulo-resultado
ajudam a predizer quais eventos tem probabilidade de ocorrer após certos estímulos. 
 Objetivos e valores
As pessoas não reagem passivamente as situações, mas são ativas e direcionadas para o objetivo. 
Elas formulam objetivos, fazem planos para atingi-los e, em parte, criam as próprias situações.
Os objetivos, os valores e as preferencias subjetivas das pessoas representam uma quarta unidade cognitivo-afetiva.
Valores, objetivos e interesses, juntamente com as competências, estão entre as unidades cognitivo-afetivas
mais estáveis, uma razão para essa consistência são as propriedades dessas unidadesde desencadearam emoções
RESPOSTAS AFETIVAS
As respostas afetivas, então, não existem de forma isolada.
Elas não só são inseparáveis dos processos cognitivos, como também influenciam 
cada uma das demais unidades cognitivo-afetivas
As respostas afetivas incluem emoções, sentimentos e reações fisiológicas
Em resumo, as unidades cognitivo-afetivas inter-relacionadas contribuem para o comportamento quando interagem com traços de personalidade estáveis e com um ambiente receptivo. As mais importantes dessas variáveis incluem: 
estratégias de codificação, ou como as pessoas interpretam ou categorizam um evento;
(2) competências e estratégias de autorregulação, ou seja, o que as pessoas podem fazer e suas estratégias e seus planos para realizar um comportamento desejado; 
(3) expectativas e cenas de comportamento-resultado e estímulo-resultado referentes a uma situação especifica; 
(4) objetivos, valores e preferencias subjetivas que determinam, em parte, a atenção seletiva aos eventos; 
(5) respostas afetivas, incluindo sentimentos e emoções, além de afetos que acompanham as reações fisiológicas. 
Críticas a teoria de aprendizagem social cognitiva
1-As teorias de Rotter é mishel estimularam um corpo de pesquisa significativo?
•Com base nesse critério, as teorias de aprendizagem social cognitiva geraram tanto quantidade quanto qualidades de pesquisa.
Exemplo:o conceito de Rotter de locus de controle foi , e continua a ser, um dos tópicos mais amplamente pesquisados na literatura psicólogica, o locus de controle, no entanto, não é o núcleo da teoria da personalidade de Rotter, e a teoria em si não gerol um nível comparável de pesquisa.
2-As teorias de aprendizagem social cognitiva são refutaveis?
•A natureza empírica do trabalho de Rotter e mishel expõe essas teorias, e possível refutação e verificação, entretanto, a fórmula de predição básica e a fórmula de predição geral são hipotéticas, e só podem ser testadas com precisão.
•A
3-Conforme o critério de organização do conhecimento, a teoria social cognitiva, se classifica um pouco acima da média, em tese, a fórmula de predição geral de Rotter e seus componentes de potencial, oferecem uma estrutura útil, para compreender muito do comportamento humano.
4-A teoria de aprendizagem social cognitiva serve como um guia para ação útil?
•Com base no critério, as ideias de Rotter sobre a psicoterapia são bastante explícitas e constituem um guia útil para O terapeuta, porém sua teoria da personalidade não é tão prática, as fórmulas matemáticas servem como uma estrutura útil para organizar o conhecimento, entretanto não sugerem um curso de ação específico para o praticante.
5-As teorias de Rotter e Mishel tem coerência interna?
•Rotter e cuidadoso na definição de conceitos, para que mesmo termo não tenha dois ou mais significados , os componentes separados de sua teoria são logicamente compatíveis.
6- A teoria de aprendizagem social cognitiva é parcimoniosa?
•Em geral, ela é relativamente simples, e não pretende oferecer explicações para toda a personalidade humana.
OBRIGADO

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