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NOVELA X EDUCAÇÃO 
As sociedades, ao longo da história, sempre se mostraram divididas em classes ou castas. 
Algumas vezes, definidas por questões religiosas, outras vezes, por questões econômicas 
– mas nunca definida como um grupo homogêneo. Se a sociedade apresentasse o aspecto 
de homogeneidade, seria possível um único projeto educativo para a sociedade inteira. 
Mas a homogeneidade aparece dentro de cada grupo (classe) que constitui a sociedade. 
Na verdade, o grupo é, geralmente, definido pelos elementos comuns que o concebem– 
cada um é um conjunto de pessoas que se identificam. A questão para se pensar aqui é 
sobre o modo como a divisão em grupos leva à realização da educação de maneiras 
diferentes. Falar da educação como se fosse um único processo que se realiza de modo 
objetivo em qualquer realidade é um discurso ideológico (Você se lembra do tema da 
ideologia?) É assim porque tenta transmitir a ideia de que todas as pessoas de uma 
sociedade recebem o mesmo nível de instrução e têm diante de si as mesmas 
oportunidades sociais – o que diferiria as pessoas seria apenas o mérito de cada uma. Isso 
não ocorre, pois as políticas educacionais, na prática, realizam processos que estabelecem 
modelos diferentes de educação. Significa compreender que a força dos contextos é 
tamanha que, dificilmente, é possível “remar contra a maré”. A sociedade dividida em 
classes está organizada de tal modo que a educação acaba corroborando essa divisão. A 
existência de diferentes modelos de escola reproduz os diversos interesses das classes 
sociais. Isso ocorre de tal modo que passa a ser considerado quase como algo natural. A 
escola é o lugar no qual a sociedade se mostra por meio de valores que guiam a prática e 
que são passados diretamente aos alunos. As classes sociais se utilizam do que dispõem 
para, ou corroborar, ou transformar a situação vigente. Poderíamos entender que, de um 
lado, temos uma instituição que forma para que o estudante tenha autonomia e liberdade 
para escolher seus caminhos de realização – é uma escola paga, que oferece conteúdo 
mais completo, ao se pensar a formação humana. Para esta, o sistema é bom e deve 
continuar, pois traz sempre mais benefícios. De outro lado, temos uma escola pública que, 
por conta de diversos fatores (em sua maioria, influenciados pelos econômicos), oferece 
uma instrução básica que predetermina os caminhos futuros possíveis, restringindo-os. 
Para esta, a situação deve ser alterada. Mas temos de ressaltar que a divisão de classes é 
extremamente complexa e o que falamos serve apenas como ilustração. De certo modo, 
podemos compreender que há um tipo de escola para cada classe social. Primeiramente, 
podemos pensar os projetos políticos que delineiam os caminhos possíveis para a 
educação as sociedades, ao longo da história, sempre se mostraram divididas em classes 
ou castas. Algumas vezes, definidas por questões religiosas, outras vezes, por questões 
econômicas – mas nunca definida como um grupo homogêneo. Se a sociedade 
apresentasse o aspecto de homogeneidade, seria possível um único projeto educativo para 
a sociedade inteira. Mas a homogeneidade aparece dentro de cada grupo (classe) que 
constitui a sociedade. Na verdade, o grupo é, geralmente, definido pelos elementos 
comuns que o concebem– cada um é um conjunto de pessoas que se identificam. A 
questão para se pensar aqui é sobre o modo como a divisão em grupos leva à realização 
da educação de maneiras diferentes. Falar da educação como se fosse um único processo 
que se realiza de modo objetivo em qualquer realidade é um discurso ideológico (Você se 
lembra do tema da ideologia?). É assim porque tenta transmitir a ideia de que todas as 
pessoas de uma sociedade recebem o mesmo nível de instrução e têm diante de si as 
mesmas oportunidades sociais – o que diferiria as pessoas seria apenas o mérito de cada 
uma. Isso não ocorre, pois as políticas educacionais, na prática, realizam processos que 
estabelecem modelos diferentes de educação.

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