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AULA 5 Programas e Políticas Públicas Voltadas a Grupos Vulneráveis

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AULA 5 Programas e Políticas Públicas Voltadas a Grupos Vulneráveis
DESCRIÇÃO
Ações, políticas, programas e estratégias para a garantia dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) a grupos em situações de vulnerabilidade social, seus desafios e dilemas visando ao direito à saúde dessas populações.
PROPÓSITO
Compreender a importância da atenção integral à saúde aos grupos vulneráveis proporcionará um olhar ampliado para as ações de promoção da saúde no âmbito individual e coletivo. O respeito e a atenção às pluralidades da sociedade contribuirão para uma formação mais humana e abrangente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o Programa de Combate às Carências Nutricionais na população, seus princípios, estrutura e funcionamento
MÓDULO 2
Identificar as diretrizes e os princípios do NutriSUS, dos programas e políticas de estímulo ao aleitamento materno no Brasil e dos programas voltados ao combate da obesidade
INTRODUÇÃO
A Atenção Primária à Saúde está relacionada à adoção de práticas cuidadoras, articulando com as diretrizes, programas e políticas elaboradas pelo Ministério da Saúde, em atenção à promoção, proteção e assistência à saúde, a fim de garantir a integralidade do cuidado e respeitando as peculiaridades da população (MOROSONI et al., 2018).
Programas e políticas voltados a grupos vulneráveis são caracterizados como estratégias importantes que visam assegurar os direitos humanos e universalizar o acesso aos serviços aos grupos vulneráveis (SIQUEIRA et al., 2017). Conforme Machado (2018), essa prática se dá mediante a concretização do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem os seus princípios pautados na universalidade, equidade e integralidade, assegurando que todos os brasileiros tivessem o direito à saúde de qualidade durante todas as fases de sua vida.
Segundo Siqueira e outros colaboradores (2017), a Atenção Primária à Saúde, por ser a principal porta de entrada no SUS, precisa ser um espaço de fomento à implementação de políticas e ações intersetoriais de promoção da equidade em saúde, acolhendo e articulando as demandas de grupos em situação de iniquidade no acesso e na assistência à saúde.
MÓDULO 1
Descrever o Programa de Combate às Carências Nutricionais na população, seus princípios, estrutura e funcionamento
PROGRAMA DE COMBATE ÀS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS (PCCN)
Os programas, as políticas e as ações têm por objetivo promover o respeito à diversidade e garantir o atendimento integral a populações em situação de vulnerabilidade em consonância com o princípio da equidade. Dessa forma, levando em consideração as desigualdades e as diferenças da população, reconhecendo a diversidade da condição humana e, com isso, a pluralidade das suas necessidades (BRASIL, 2013). Considerando tais particularidades, ações, programas e políticas de promoção e prevenção à saúde mostram-se de grande importância enquanto estratégias para a garantia da equidade, visando à redução das desigualdades e a atenção integral à saúde da população.
Segundo Bortolin e outros colaboradores (2020), as ações de promoção da saúde vão além da assistência baseada em patologias e em seus respectivos tratamentos. Programas, políticas e diretrizes do SUS voltadas à promoção, prevenção e vigilância da saúde são direcionados ao cuidado integral da saúde da população, abarcando todo o seu processo de crescimento e desenvolvimento, além da garantia dos direitos à cidadania, considerando os aspectos epidemiológicos, sociais e culturais.
O Ministério da Saúde desenvolveu diversos programas de combate às carências nutricionais na população, com o objetivo de planejar e coordenar estratégias de prevenção e controle de carências nutricionais no âmbito do Sistema Único de Saúde. Em 1999, foi instituído o Programa de Combate a Carências Nutricionais (PCCN), que teve por objetivo reduzir e controlar a desnutrição infantil em geral e as carências nutricionais específicas — principalmente, a anemia ferropriva e a hipovitaminose A —, e incentivar a prática do aleitamento materno (BRASIL, 2001).
SAIBA MAIS
O PCCN destinou-se a crianças de 6 a 23 meses com desnutrição energético-proteica, crianças na faixa etária de 2 a 5 anos com deficiência de ferro e/ou de vitamina A e gestantes e idosos em risco nutricional. O programa apresentava ações tímidas e mais direcionadas ao nordeste, tendo sua atividade realizada até o ano de 2001.
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (PNAN)
Após discussões de autoridades do governo e da sociedade, em 1999, foi aprovada a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Essa política teve como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição, por meio de um conjunto de ações de suplementação, fortificação de alimentos e educação nutricional, de forma universal, participativa, intra e intersetorial (BRASIL, 2013).
A PNAN compõe um conjunto de políticas públicas desenvolvido pelo Estado brasileiro, que propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. Nesse sentido, a PNAN apresenta suas diretrizes consolidas em:
· Organização da atenção nutricional
· Promoção da alimentação adequada e saudável
· Vigilância alimentar e nutricional
· Gestão das ações de alimentação e nutrição
· Participação e controle social
· Qualificação da força de trabalho
· Controle e regulação dos alimentos
· Pesquisa, inovação e conhecimento em alimentação e nutrição
· Cooperação e articulação para a segurança alimentar e nutricional
ATENÇÃO
Dentre as diretrizes determinadas pela PNAN capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população, as ações de prevenção de carências nutricionais por meio da suplementação de micronutrientes visam melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde. A garantia da segurança alimentar e nutricional da população brasileira está contemplada na diretriz que trata a gestão de ações de alimentação e nutrição (BRASIL, 2013).
De acordo com a PNAN, as ações de prevenção das carências nutricionais específicas, por meio da suplementação de micronutrientes (ferro, vitamina A, dentre outros), serão de responsabilidade dos serviços de Atenção Básica, em acordo com o disposto nas normas técnicas dos programas de suplementação. As unidades hospitalares-maternidades devem colaborar na implementação dos programas de suplementação de micronutrientes, em especial, na suplementação de vitamina A para puérperas no pós-parto (BRASIL, 2013).
VOCÊ SABIA
Em 2011, a PNAN passou por uma atualização e manteve o destaque ao enfrentamento das carências nutricionais específicas do Brasil. Nesse sentido, a atenção nutricional no âmbito do SUS deverá dar respostas às demandas e necessidades de saúde do seu território, considerando as de maior frequência e relevância e observando critérios de risco e vulnerabilidade.
A PNAN destaca que, diante do atual quadro epidemiológico do país, são prioritárias as ações preventivas e de tratamento da obesidade, da desnutrição, das carências nutricionais específicas e de doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação e à nutrição (BRASIL, 2013). A partir de então, o Ministério da Saúde regulamenta os Programas Nacionais de Suplementação no Brasil, com vistas à promoção e à prevenção da saúde da população, e elabora portarias, normas e manuais técnicos nesse sentido. Abaixo, estão destacados os programas e as estratégias vigentes, objetivando o controle das deficiências de micronutrientes no Brasil.
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
Em 2005, foi publicada a Portaria nº 729, de 13 de maio, que definiu as diretrizes do Programa de Suplementação de Vitamina A e as responsabilidades dos três níveis de governo. Esse programa tem por objetivo reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade a partir da suplementação de megadoses da vitamina.O programa orienta a administração de uma dose única de 100.000UI de vitamina A para crianças de seis a 11 meses e o dobro da dose, em esquema semestral para crianças de 12 a 59 meses. A distribuição é feita associada às campanhas de vacinação, na rotina das unidades básicas ou ainda por visitas domiciliares feitas pelos agentes comunitários de saúde (ACS).
Conforme relatam os autores Silva e Jaime (2019), no início do funcionamento, o programa também atendia às puérperas (mulheres no pós-parto imediato, antes da alta hospitalar), residentes em regiões consideradas de risco. Porém, a partir da recomendação da Organização Mundial da Saúde, que afirma não existir fortes evidências para a suplementação de vitamina A para esse grupo como medida de saúde pública para a prevenção da morbimortalidade materna e infantil, essa estratégia foi interrompida em 2016, permanecendo apenas a suplementação das crianças de 6 a 59 meses.
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO (PNSF)
O Programa Nacional de Suplementação de Ferro foi instituído a partir da Portaria nº 730, de 13 de maio de 2005, destinado a prevenir a anemia ferropriva (deficiência de ferro) a partir da suplementação universal de crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana gestacional e mulheres até o 3º mês pós-parto e/ou pós-aborto. A compra dos suplementos era realizada de forma centralizada, ou seja, a aquisição era realizada pela esfera federal e depois distribuída aos municípios. O produto utilizado para o público infantil, xarope de sulfato ferroso, deveria ser oferecido às crianças semanalmente (SILVA; JAIME, 2019).
Em 2014, a Portaria nº 1.977, de 12 de setembro, atualizou as diretrizes do PNSF e alterou pontos importantes no programa. A partir de então, a suplementação profilática de ferro deverá ser para as crianças entre 6 e 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal até o 3º mês pós-parto e pós-aborto e na suplementação de gestantes com ácido fólico.
SAIBA MAIS
A portaria ainda determina que todas as condutas deverão seguir o Manual de Condutas Gerais do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, elaborado pelo Ministério da Saúde. Esse manual determina que os suplementos de ferro e ácido fólico deverão estar em todas as farmácias das UBS’s, em todo território nacional, e ser distribuído de maneira gratuita (BRASIL, 2013).
De acordo com o manual, o esquema de administração de suplementação deverá ser:
	Público
	Conduta
	Periodicidade
	Crianças de seis a 24 meses
	1mg de ferro elementar/kg
	Diariamente até completar 24 meses.
	Gestantes
	40mg de ferro elementar e 400mcg de ácido fólico
	Diariamente até o final da gestação.
	Mulheres no pós-parto e pós-aborto
	40mg de ferro elementar
	Diariamente até o terceiro mês pós-parto e até o terceiro mês pós-aborto.
Quadro: Administração da suplementação profilática de sulfato ferroso e ácido fólico.
Adaptado de Manual de Condutas Gerais do PNSF, BRASIL, 2013.
Além desses programas, o Ministério da Saúde apresenta estratégias complementares para o combate às carências de micronutrientes em consonância com as recomendações internacionais. A fortificação mandatória de alimentos é uma estratégia nesse sentido, sendo classificada em dois tipos: fortificação do sal com iodo e a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico (SILVA; JAIME, 2019).
FORTIFICAÇÃO DE SAL COM IODO
Essa estratégia é a mais antiga na prevenção das carências de micronutrientes no Brasil. Desde a década de 50, é obrigatória a iodação do sal para consumo humano em virtude dos casos de bócio em dadas regiões do país. O bócio é uma doença caracterizada pelo baixo consumo de iodo, tendo atingido cerca de 20% da população no ano de 1955 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021). Desde então, o governo vem elaborando e atualizando as orientações relacionadas à iodação do sal no Brasil. Em 2005, a partir da Portaria nº 2.362, de 1º de dezembro de 2005, foi instituído o Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo — pró-iodo, coordenado pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de fortalecer e aperfeiçoar as ações de monitoramento e controle dos distúrbios por deficiência de iodo.
O programa tem suas atividades pautadas em 4 linhas de ação:
I - Monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano
Verificar se a iodação do sal está sendo realizada de forma segura e sob rigoroso controle. Além disso, avaliar se o sal oferecido à população é capaz de fornecer a quantidade necessária de iodo para prevenir e controlar a deficiência sem risco de ocorrência de doenças associadas ao consumo excessivo desse micronutriente.
II - Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população
Monitorar, rigorosamente, os indicadores de resultado da iodação do sal, com o intuito de prevenir e controlar o surgimento de doenças associadas à deficiência ou ao excesso desse micronutriente.
III - Atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano
A partir das ações de monitoramento periódicos, realizar atualizações nos parâmetros legais dos teores de iodo no sal.
IV - Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social
Disponibilizar a toda população acesso às informações sobre as carências nutricionais, suas formas de intervenção e a evolução do programa; sensibilizar os profissionais de saúde e de outros setores envolvidos para adequado acompanhamento, avaliação e monitoramento do referido programa.
ATENÇÃO
Em busca de fortalecer as ações do programa, o governo elaborou um manual com o objetivo de orientar os profissionais de saúde e de outros setores para a adequada operacionalização e acompanhamento das ações destinadas à prevenção e ao controle dos distúrbios por deficiência de iodo no Brasil (BRASIL, 2008).
A partir das ações de monitoramento, identificou-se a necessidade de uma nova orientação sobre a dosagem de iodação no sal. A RDC nº 23, de 24 de abril de 2013, que dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao consumo humano, determina que a faixa de iodação seja de 15 a 45mg de iodo por kg de sal. Essa resolução está vigente e regulamenta as ações do Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo — pró-iodo.
FORTIFICAÇÃO DAS FARINHAS DE TRIGO E MILHO COM FERRO E ÁCIDO FÓLICO
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) visando à regulamentação da fortificação de todas as farinhas de trigo e milho no Brasil, elaborou a RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002, com o objetivo de tornar obrigatória a fortificação dessas farinhas com, no mínimo, 4,2mg de ferro e 150mcg de ácido fólico por 100g de farinha. A partir das recomendações da OMS em seu documento Guidelines on food fortification with micronutrientes, publicado em 2006, identificou-se a necessidade de realizar uma revisão na RDC acima citada (OMS, 2006). Para a revisão, o governo abriu uma consulta pública em 2016 e então foi elaborada e publicada a RDC nº 150, de 13 de abril de 2017, que estabeleceu uma nova faixa de fortificação de ferro (4 a 9mg por 100g de farinha) e ácido fólico (140 a 220mcg por 100g de farinha) no Brasil.
GUIDELINES ON FOOD FORTIFICATION WITH MICRONUTRIENTES
Diretrizes para fortificação de alimentos com micronutrientes.
ATENÇÃO
Essa regulamentação também determinou que é obrigatória a informação que esclarece ao consumidor o objetivo da fortificação e a faixa de enriquecimento nos rótulos dos alimentos. Ainda, de acordo com a RDC, não é obrigatório o enriquecimento das farinhas fabricadas pelos agricultores familiares e microempreendedores rurais, solidários e individuais, tendo em vista a estrutura física e operacional nessas fabricações (SILVA; JAIME, 2019).
O PAPEL DO NUTRICIONISTA FRENTE AOS PROGRAMAS DE COMBATE ÀS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS
A especialista Wanessa Natividade Marinho abordará o papel nutricionista atrelado aos programas de combate às carências nutricionais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Identificar as diretrizes e os princípiosdo NutriSUS, dos programas e políticas de estímulo ao aleitamento materno no Brasil e dos programas voltados ao combate da obesidade
ESTRATÉGIA DE FORTIFICAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL COM MICRONUTRIENTES EM PÓ – NUTRISUS
De acordo com Silva e outros autores (2020), a promoção da atenção integral à saúde da criança representa um campo prioritário dentre os cuidados à saúde da população. A partir da estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS), ocorreu a ampliação das ações de cuidado para esse grupo da população, impactando positivamente na saúde das crianças brasileiras.
Em atenção às carências de micronutrientes observado nas crianças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso de múltiplos micronutrientes em pó para fortificação de alimentos direcionados às crianças, com o objetivo de melhorar o estado nutricional e prevenir a anemia. Dessa forma, contribuindo para ingestão adequada de vitaminas e minerais. Essa estratégia destina-se a bebês de 6 a 23 meses e crianças em idade pré-escolar e escolar de 2 a 12 anos (WHO, 2011).
No Brasil, a partir da orientação da OMS, o Ministério da Saúde, com base em estudos nacionais e evidências internacionais, lançou em 2015 a estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó – NutriSUS, objetivando o cuidado integral à saúde da criança.
SAIBA MAIS
O NutriSUS visa e consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições oferecidas para as crianças diariamente nas creches brasileiras. Os micronutrientes em pó são embalados individualmente em forma de sachês (1g) e deverão ser acrescentados e misturados às preparações alimentares, obrigatoriamente, no momento que a criança for se alimentar (BRASIL, 2015).
De acordo com o caderno de orientações da estratégia, cada sachê é composto pelos 15 micronutrientes descritos na tabela abaixo.
	Composição
	Dose
	Vitamina A RE
	400μg
	Vitamina D
	5μg
	Vitamina E TE
	5mg
	Vitamina C
	30mg
	Vitamina B1
	0,5mg
	Vitamina B2
	0,5mg
	Vitamina B6
	0,5mg
	Vitamina B12
	0,9μg
	Niacina
	6mg
	Ácido Fólico
	150μg
	Ferro
	10mg
	Zinco
	4,1mg
	Cobre
	0,56mg
	Selênio
	17μg
	Iodo
	90μg
Quadro: Composição dos sachês de micronutrientes utilizados no NutriSUS.
Adaptado de Caderno de orientações do NutriSUS, BRASIL, 2015.
Os sachês são adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e encaminhados diretamente aos municípios, embalados em caixa de papel, contendo 30 envelopes de sachê em cada caixa. Cabe às equipes da Atenção Básica vinculadas às creches realizar a distribuição gradual, conforme a demanda de uso nas creches partícipes da ação (BRASIL, 2015).
Em busca de bons resultados, o Ministério da Saúde recomenda que a administração dos sachês ocorra da seguinte forma:
Administração de um sachê por dia (de segunda a sexta feira) em uma das refeições da criança (até finalizar o ciclo de 60 sachês).
Pausa na administração durante um período de três a quatro meses.
Administração de um sachê por dia (de segunda a sexta feira) em uma das refeições da criança (até finalizar o ciclo de 60 sachês).
É fundamental que a ação seja adaptada ao calendário escolar da creche, para que não haja interrupção. Essa estratégia vem sendo implantada em 1.044 municípios brasileiros, contemplando 6.338 creches, 304.606 crianças e 20 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI) com 4.290 crianças indígenas. Dessa forma, mostra-se bastante relevante no sentido de reforçar o conjunto de ações existentes na prevenção e controle da anemia e das deficiências de micronutrientes na infância (SILVA; JAIME, 2019).
PROGRAMAS E POLÍTICAS DE ESTÍMULO AO ALEITAMENTO MATERNO
O estímulo ao aleitamento materno é uma proposta discutida mundialmente desde a década de 1980.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) recomendaram a criação de normas éticas para a comercialização de substitutos do leite materno. Isso resultou na aprovação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno pela Assembleia Mundial de Saúde em 1981 (BRASIL, 2017).
Por conseguinte, em 1989, foi lançado também pela OMS e pela Unicef a Declaração Conjunta sobre o Papel dos Serviços de Saúde e Maternidades, definindo assim os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”, reforçando a relevância das ações de incentivo ao aleitamento materno (BRASIL, 2017).
Na década de 1990, foi construída a Declaração de Innoccenti, documento internacional que recomendou um conjunto de metas para a prática da amamentação, de forma exclusiva a todas as crianças, do nascimento até os 4-6 meses de vida, e a continuidade da amamentação sendo complementada com alimentação saudável até o 2º ano de vida ou mais (VENÂNCIO, 2019).
Em atenção ao cumprimento dos “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” e buscando a promoção das ações de incentivo à amamentação, no Brasil, foi lançada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), em 1991, com o objetivo de resgatar o direito da mulher de amamentar, tendo em vista as mudanças nas rotinas das maternidades (BRASIL, 2017).
Para que o hospital tenha o título de “Amigo da Criança”, ele deve cumprir os “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação”, as normas da NBCAL, o Cuidado Amigo da Mulher, os critérios brasileiros que visam à permanência da mãe ou pai junto ao recém-nascido 24 horas por dia e livre acesso a ambos ou, na falta destes, ao responsável legal, além de não aceitar doação de substitutos do leite materno (VENÂNCIO, 2019). Abaixo, seguem os “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação”:
	1º passo: Ter uma política de aleitamento materno que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.
	2º passo: Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar essa política.
	3º passo: Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.
	4º passo: Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento, conforme nova interpretação. Além disso, colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora, e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais de que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda, se necessário.
	5º passo: Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos.
	6º passo: Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista.
	7º passo: Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães e recém-nascidos permaneçam juntos horas por dia.
	8º passo: Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.
	9º passo: Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes.
	10º passo: Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos quando da alta da maternidade, conforme nova interpretação, e encaminhar as mães a grupos ou outros serviços de apoio à amamentação, após a alta.
Tendo em vista as normas éticas para a comercialização de substitutos do leite materno recomendadas pela OMS e pela Unicef no Brasil em 1992, visando à melhora dos aspectos de rotulagem desses produtos, instruiu-se a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL). Essa norma é um instrumento legal para regular a promoção comercial e o uso apropriado dos alimentos que estão à venda como substitutos ou complementos do leite materno, bem como de bicos, chupetas e mamadeiras (BRASIL, 2017).
No ano 2000, o Ministério da Saúde constituiu um grupo de trabalho para a revisão da NBCAL, com a participação de técnicos do Ministério da Saúde, Anvisa, Ministério da Agricultura, Ministério Público, Assessoria Parlamentar do Senado Federal, Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (Rede IBFAN), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),Sociedade Brasileira de Pediatria, Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (CONAR), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), representantes de indústrias de alimentos infantis e de chupetas e mamadeiras e alguns consultores do programa de aleitamento materno. Esse grupo elaborou um material que tinha como objetivo regulamentar a rotulagem e a promoção de produtos direcionados para as crianças.
Segundo relatos de Venâncio (2019), dando continuidade ao trabalho realizado no âmbito do aleitamento materno, em 2002, a OMS e a Unicef publicaram a Estratégia Global para a Alimentação Infantil, reforçando o compromisso global com a saúde das crianças e bebês, reiterando as iniciativas existentes e propondo ações para proteger, promover e apoiar a alimentação infantil. Nesse sentido, no Brasil, foram criadas outras estratégias que, direta ou indiretamente, buscam incentivar o aleitamento materno, como o Programa de Humanização no Pré-parto e nascimento, o Método Canguru, o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação, a Rede Cegonha, além das ações comunitárias por grupos não governamentais, como a Pastoral da Criança e as Amigas do Peito.
Em 2008, o Ministério da Saúde lançou a primeira política voltada à promoção da amamentação na Atenção Básica denominada Rede Amamenta Brasil, visando ao aumento da prevalência do aleitamento materno, apoiada nos princípios da educação crítico-reflexiva (BRASIL 2017).
No âmbito da Atenção Básica, a Portaria nº 1.920, de 5 de setembro de 2013, institui a Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde (SUS), a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), com o objetivo de qualificar as ações de promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável para crianças menores de 2 anos de idade. E ainda, aprimorar as competências e habilidades dos profissionais de saúde para a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar como atividade de rotina das UBS’s.
A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil resultou da integração das ações da Rede Amamenta Brasil e da Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável (Enpacs), lançadas em 2008 e 2009, respectivamente (BRASIL, 2017).
Em 2015, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante atenção e cuidados integrados da gestação aos 9 anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade. Tudo isso visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida, com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento.
Para além dos programas e políticas vigentes no Brasil, o Ministério da Saúde elabora diversos materiais educativos visando intensificar as ações de promoção da amamentação e da alimentação saudável para a população brasileira. Abaixo, seguem alguns dos materiais importantes nesse sentido:
· Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (2019)
· Caderno de Atenção Básica nº 33 - Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento (2012)
· Caderno de Atenção Básica nº 23 - Saúde da Criança: aleitamento materno e alimentação complementar (2015)
Todas essas normas, políticas, programas e materiais educativos citados no texto buscam a atenção integral à saúde desde o início da vida visando à promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável no Brasil. Além disso, essas ações do governo contribuem positivamente para a redução da mortalidade infantil de acordo com as orientações da OMS e da Unicef (VENÂNCIO, 2019).
PROGRAMAS VOLTADOS AO COMBATE DA OBESIDADE
No Brasil, os casos de obesidade têm aumentado de maneira exponencial. De acordo com dados do estudo Vigitel - 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 20,3% da população encontra-se no quadro de obesidade, ou seja, dois em cada 10 brasileiros estão obesos e 55,4 % da população está classificada com excesso de peso. Esses fatores estão diretamente envolvidos no aumento dos casos das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sendo esse um dos maiores problemas da saúde pública no Brasil (BRASIL, 2013).
Conforme Rauber e Jaime (2019), o excesso de peso e a obesidade são resultados de diversos fatores biológicos, comportamentais, ambientais, econômicos, sociais e culturais, influenciando, assim, nas escolhas alimentares, as quais são condicionadas pelo comportamento individual e pelo sistema alimentar no qual o indivíduo está inserido. Nesse sentido, a elaboração de políticas, programas e materiais educativos visando à promoção, prevenção e vigilância da saúde se tornam essenciais no enfrentamento à obesidade no Brasil, abarcando medidas complexas e articuladas entre governo e sociedade (RAUBER e JAIME, 2019).
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) destacou a necessidades dos cuidados relacionados à alimentação saudável e o cuidado integral às doenças ligadas à alimentação e nutrição na atenção primária à saúde, orientando ações que visem proporcionar ambientes alimentares e estilos de vida saudáveis (BRASIL, 2013). Em atenção ao cumprimento das orientações da PNAN, em 2014, o governo lançou a Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade em sintonia com o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan 2011-2022). A estratégia tem por objetivo prevenir e controlar a obesidade na população brasileira por meio de ações intersetoriais, promovendo a alimentação adequada e saudável, e a prática de atividade física no ambiente que vivemos (BRASIL, 2014). Para tanto, a estratégia é pautada em 6 eixos:
I - Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis
Apoiar e favorecer para que a população possa escolher e ter acesso a alimentos adequados e saudáveis; estimular a autonomia do sujeito para a decisão sobre o consumo, favorecendo a oferta de alimentos, respeitando as identidades culturais específicas de cada povo, inclusive, povos e comunidades tradicionais.
II - Ações de educação, comunicação e informação
Compartilhar conhecimentos e práticas que possam contribuir para a conquista de melhores condições de vida, saúde e segurança alimentar e nutricional da população. Estimular o autocuidado, além de realizar estratégias articuladas e contínuas de educação, mobilização da opinião pública, atreladas a medidas mais estruturantes que oportunizem as escolhas de alimentos saudáveis pela população.
III - Promoção de modos de vida saudáveis em ambientes específicos
Trata de mudanças estruturais, essencialmente, nos espaços institucionais e urbanos relacionadas à promoção da alimentação adequada e saudável, atividade física e acesso a espaços públicos de lazer, incluindo ambiente de trabalho, ambiente escolar, nas redes de atenção à saúde e socioassistenciais.
IV - Vigilância alimentar e nutricional
Monitoramento das condições de alimentação e nutrição de determinado indivíduo ou população. É um conjunto de orientações e interpretações que viabilizam desde a identificação de casos de indivíduos com obesidade e sobrepeso nos serviços de saúde até a realização de inquéritos populacionais periódicos, visando conhecer o perfil de saúde da população.
V - Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde
Prover um conjunto de cuidados que contemple ações de promoção e proteção da saúde, assim como a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da obesidade e outros agravos à saúde associados a ela, organizados e ofertados de forma conjunta pelas três esferas de gestão.
VI - Regulação e controle de qualidade e inocuidade de alimentos
Garantir acesso a alimentos básicos e minimamente processados, em condições ideais de consumo, e melhorar a qualidade nutricional de alimentosultraprocessados.
SAIBA MAIS
Além dessa estratégia, a PNAN orienta a utilização de um sistema de organização da informação para vigilância do estado nutricional e da situação alimentar da população brasileira, propondo o monitoramento da situação, de modo a agilizar os seus procedimentos e a estender sua cobertura a todo o país.
O SISVAN, operado a partir da Atenção Básica à Saúde, tem como objetivo principal monitorar o padrão alimentar e o estado nutricional dos indivíduos atendidos pelo SUS, em todas as fases do curso da vida (BRASIL, 2013). Esse sistema é um orientador para a realização de ações em atenção às necessidades, tendo em vista as situações de saúde da população brasileira e identificando possíveis determinantes e condicionantes da situação alimentar e nutricional da população. A partir de então, com o objetivo de regulamentar essas ações intersetoriais, o Decreto nº 8.553, de 3 de novembro de 2015, instituiu o Pacto Nacional para Alimentação Saudável. Esse decreto tem a finalidade de ampliar as condições de oferta, a disponibilidade e o consumo de alimentos saudáveis e o combate ao sobrepeso, à obesidade e às doenças decorrentes da má alimentação da população brasileira, assegurando a assistência integral ao usuário com excesso de peso e obesidade.
Os autores Rauber e Jaime (2019) ratificam que as ações da AB nesse sentido incluem:
· Vigilância alimentar e nutricional
· Promoção da saúde
· Prevenção do sobrepeso e obesidade
· Assistência terapêutica multiprofissional (educador físico, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros)
· Assistência multiprofissional aos usuários que realizam procedimento cirúrgico para o tratamento da obesidade
· O acolhimento adequado às pessoas com sobrepeso e obesidade
Tendo em vista essas ações, diversos materiais foram elaborados visando apoiar e nortear a implementação da linha de cuidado e prevenção das pessoas com sobrepeso e obesidade na Atenção Básica. Destacamos aqui dois materiais de grande importância:
· Caderno de Atenção Básica nº 38 - Estratégias para cuidado da pessoa com doença crônica obesidade, publicado em 2014.
· Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014.
A ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA E OS PRINCÍPIOS DO NutriSUS
A especialista Wanessa Natividade Marinho abordará a importância do NutriSUS para atuação do Nutricionista em Saúde Coletiva.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, diversas são as estratégias, as políticas e os programas direcionados à população vulnerável na atenção primária à saúde. As ações nesse sentido são amplas e diversas, e exigem a participação do governo e da sociedade de maneira conjunta.
Percorremos os principais pontos, identificando os marcos internacionais e nacionais para a criação e implementação das ações no âmbito do Sistema Único de Saúde do Brasil. Além disso, compreendemos a importância das ações realizadas pelo Governo Federal, visando à promoção, prevenção e vigilância da saúde da criança, bem como o controle e a redução dos casos de obesidade e sobrepeso na população brasileira. Dessa forma, contribuindo para a garantia dos princípios firmados na criação do SUS.
Todo esse conteúdo abordado será de grande relevância para a sua formação enquanto profissional da saúde e cidadão brasileiro.
PODCAST
Agora, a especialista Lorhane Carvalho encerra com um resumo sobre o tema.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Resolução nº 23, de 24 de abril de 2013. Dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao consumo humano e dá outras providências. Consultado na internet em: 12 mar. 2021.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. Resolução nº 344 de 13 de dezembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Consultado na internet em: 13 mar. 2021.
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EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:
· Acesse os materiais elaborados pelo Ministério da Saúde, a partir da biblioteca da Secretaria de Atenção Primária a Saúde (SAPS).
· Busque os protocolos de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira e do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos.
· Veja como Raquel Canuto e colaboradores sintetizam a eficácia das estratégias de intervenção nutricional no artigo Estratégias de intervenção nutricional para o manejo do sobrepeso e obesidade na atenção primária à saúde: uma revisão sistemática com meta-análise.
· Busque cursos sobre os assuntos abordados neste material na Rede de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde.
· Acesse os relatórios de saúde atualizados do Ministério da Saúde (Vigitel/POF).
· Observe a análise que Regina Bodstein e Rosana Magalhães trazem sobre os desafios e aprendizados das políticas do SUS no artigo Avaliação de iniciativas e programas intersetoriais em saúde: desafios e aprendizados.
CONTEUDISTA
Wanessa Natividade Marinho
CURRÍCULO LATTES

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