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Tecidos vegetativos: xilema Apresentação O xilema é um dos tecidos de grande importância para os vegetais. Este desempenha uma série de funções vitais para a planta, sendo que a que merece maior destaque está relacionada ao transporte de seiva bruta. Para tanto, é necessário que células especializadas atuem conduzindo água e demais solutos para todas as partes da planta. Assim, o tecido xilemático apresenta quatro tipos de células, com anatomias especializadas, as quais permitem que ocorra o deslocamento de seiva bruta pela planta devido à sua estrutura e aos fenômenos físicos associados. As categorias de células que podem ser encontradas no xilema são: as traqueídes, os elementos vaso traqueários, fibras xilemáticas e células parenquimatosas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá como o xilema desempenha suas funções, além de descrever a estrutura de cada tipo de célula que compõe esse tecido. Além disso, verá a grande especialização do xilema e como ele pode apresentar diferenças na sua estrutura, composição e desenvolvimento. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Nomear as funções e as características do xilema.• Reconhecer os tipos de células que compõem o xilema. • Diferenciar xilema primário e secundário.• Desafio A distribuição de água e nutrientes na planta é realizada pelo sistema vascular, do qual faz parte o xilema, responsável pela condução de água e sais minerais. A maioria das plantas terrestres têm tecidos vasculares desenvolvidos, o que engloba espécies como pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. O xilema apresenta paredes espessas e lignificadas na maioria de suas células, e essa característica faz com que o tecido seja mais rígido, estando presente em todos os órgãos da planta. O xilema é um tecido complexo, o qual se subdivide em primário e secundário. Identifique o xilema primário e o secundário, assim como um laudo dessas similaridades e diferenças quanto às suas funções e células constituintes, além da possível interferência causada pela vascularização vegetal. Além disso, você também deverá sinalizar o xilema primário e secundário, bem como os estágios de crescimento desse tecido de condução. Infográfico O xilema, que também pode ser denominado como tecido vascular, tecido de condução ou lenho, é essencial para o desenvolvimento das plantas, visto que a água e os solutos absorvidos pelas raízes devem ser conduzidos até as extremidades da planta. Sendo assim, o tecido xilemático está presente em todas as partes de um vegetal. Neste Infográfico, você vai identificar em detalhes a localização do xilema nas estruturas que compõem um vegetal. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/296b6b68-6137-4773-843e-6ac80d71d831/b4213300-ea11-4db2-a101-a3a45f5df3da.png Conteúdo do livro Os tecidos vegetais se dividem entre simples e complexos, bem como podem ser classificados quanto às funções que desempenham em uma planta. A condução de água e substâncias na planta é realizada por um tecido complexo (apresenta mais de um tipo de célula) e especializado nessa função, chamado de tecido condutor ou vascular xilema. O xilema, além de atuar no transporte de substâncias, trabalha para o suporte e a reserva de compostos no vegetal. Isso ocorre devido ao tipo de estruturas celulares que o compõem. Nesse sentido, merecem destaque os elementos traqueais, que são células mortas e impermeáveis devido à presença de lignina na constituição da sua parede celular. Outra diferenciação do xilema está relacionada ao crescimento, o qual pode ser primário e secundário, em virtude do desenvolvimento do vegetal. No capítulo Tecidos vegetativos: xilema, do livro Anatomia e morfologia vegetal, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as funções e as características do xilema. Além disso, vai reconhecer os tipos de células que compõem o xilema, bem como diferenciar xilema primário e secundário. Boa leitura. ANATOMIA E MORFOLOGIA VEGETAL Raquel Finkler Tecidos vegetativos: xilema Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Nomear as funções e características do xilema. Reconhecer os tipos de células que compõem o xilema. Diferenciar xilema primário e secundário. Introdução As plantas são constituídas de diferentes tecidos, que exercem funções específicas para a adaptação ao meio e a realização de processos vitais. Assim, nelas é possível encontrar tecidos especializados, dentre os quais estão aqueles que respondem pela condução de substâncias brutas e substâncias elaboradas. O tecido especializado na condução de água e substâncias inorgânicas é chamado xilema. Para que as funções do xilema sejam exercidas, há a presença de células características, como as traqueídes e os elementos de vasos. Neste capítulo, você vai estudar o xilema e suas funções para a planta. Você também vai verificar as peculiaridades das células que compõem o xilema, identificando as espécies botânicas onde elas podem ser en- contradas. Por fim, você vai compreender os tipos de xilema existentes nas plantas, que se diferenciam pelo seu tecido formador, dentre outras variáveis. Características e funções do xilema A sobrevivência das plantas depende da efi ciência da distribuição interna de substratos e produtos. Dessa forma, ela pode fazer a fotossíntese, transformando o substrato em seiva e, assim, obter energia para todos os seus processos. A condução dessas substâncias pelo vegetal ocorre por meio de tecidos com- plexos. O xilema e o fl oema são sistemas contínuos de tecido vascular que se estendem por toda a planta. O xilema, ou lenho, é o tecido responsável pela distribuição da seiva bruta. Xilema é um termo originado do grego xylon, que signifi ca madeira. Há dois tipos de seiva nas plantas: bruta e elaborada. O termo seiva está relacionado às substâncias transportadas pelos tecidos vasculares ou condutores nas plantas vasculares. Assim, a seiva bruta, também denominada xilemática, refere-se à água e aos sais minerais, substâncias inorgânicas absorvidas por meio da raiz de um vegetal, que devem ser transportadas e distribuídas eficientemente por todo o organismo, para serem transformadas pela fotossíntese. O produto do processo fotossintético é denominado seiva elaborada ou floemática e se refere a uma solução aquosa composta por açúcares e solutos, que, depois de distribuídos por toda a planta, servem para sua manutenção e sobrevivência, conforme Raven, Evert e Eichhorn (2016). A principal função do xilema é atuar na condução de água e sais minerais na planta. O tecido transporta também pequenas moléculas orgânicas, que são absorvidas por meio da raiz e transportadas para todas as regiões da planta. No xilema, o fluxo da água tem direção ascendente, permitindo, dessa forma, a reposição da água perdida por meio da evapotranspiração. As células do xilema têm uma anatomia especializada, que permite o transporte de grandes quantidades de água com eficiência. De acordo com Taiz et al. (2017), no desenvolvimento do xilema, ocorre a perda do núcleo celular e de outras estruturas celulares, formando, dessa forma, a rede de tubos para o transporte da água. O xilema também tem função de suporte e de reserva. O xilema tem origem no procâmbio ou no câmbio vascular e pode ser encontrado em todos os órgãos das plantas vasculares, conforme ilustrado pela Figura 1. Tecidos vegetativos: xilema2 Figura 1. Representação esquemática do corpo de uma eudicotiledônea típica, com indicação dos principais órgãos e tecidos (xilema e floema). Fonte: Adaptada de Taiz et al. (2017). A presença de paredes celulares rígidas e persistentes na constituição dos elementos traqueais facilita sua preservação e estudo de seus fósseis. Considerando o exposto, o xilema é o tecidoempregado para a identificação de plantas vasculares. Ainda, Raven, Evert e Eichhorn (2016) afirmam que, devido aos padrões das paredes, os elementos traqueais servem para a avaliação da inter-relação entre grupos de plantas vasculares. 3Tecidos vegetativos: xilema Células e estruturas do xilema O xilema é um tecido complexo, ou seja, formado por mais de um tipo de célula, sendo que estas podem estar vivas ou mortas. Como característica diferencial desse tecido, pode-se citar a presença de elementos traqueais (elementos de vasos e traqueídes). Os elementos traqueais são constituídos por células com paredes celulares impregnadas de lignina; devido à presença desse composto aromático, as células são mortas e tendem a ser endurecidas e ocas. De acordo com Raven, Evert e Eichhorn (2016), a lignina também tem função de impermeabilização da parede celular, o que permite o transporte de água no xilema, por limitar o movimento da água para o exterior da célula. Pode-se verificar a existência de quatro tipos distintos de células que formam o xilema: as traqueídes, os elementos de vasos traqueários, as fibras xilemáticas e as células parenquimatosas. Essas tipologias são detalhadas na sequência. Traqueídes A traqueíde é uma célula menos especializada do que o elemento de vaso. As traqueídes possuem formato fusiforme, com pequeno diâmetro (até 80 µm de diâmetro), elevada relação comprimento/largura, bem como parede secundária homogênea. São células que apresentam pontoações, que se localizam em oposição às pontoações das traqueídes adjacentes, formando, portanto, pares de pontoações. Dessa forma, forma-se um caminho de baixa resistência à passagem de água. As traqueídes têm dupla função, atuando no transporte de substâncias e na sustentação da planta. Nas traqueídes, ocorre a passagem da água através da membrana. Segundo Taiz et al. (2017), essas células estão presentes em todas as plantas vasculares, angiospermas e gimnospermas. Elementos de vaso Segundo Taiz et al. (2017), os elementos de vaso formam colunas largas (vasos), com até 0,7 mm, pela sobreposição das extremidades. Apresentam perfurações em áreas com ausência de paredes celulares primária e secundária; essas regiões são denominadas placas de perfuração. A união das extremidades terminais é denominada vaso. Segundo Evert (2013) e Aguiar (2018), a placa de perfuração pode ser: Tecidos vegetativos: xilema4 a) simples: vasada com uma única perfuração; b) múltipla: várias perfurações alongadas em arranjo paralelo (placa de perfuração escalariforme); perfurações menores formando retículo (placa de perfuração reticulada); ou perfurações de orifícios circulares (placa de perfuração foraminada). A função dos elementos de vaso é atuar no transporte de água e solutos. Elementos de vaso são encontrados em angiospermas e em um grupo de gimnospermas denominado Gnetales, bem como em alguns fetos. A Figura 2 apresenta o desenho esquemático das traqueídes e dos elementos de vaso. Figura 2. (a) Esquema de traqueídes com destaque no corte transversal, indicando o espessamento da parede secundária em espiral e anelar; e (b) esquema de elementos de vaso, que apresentam pontoações e placas de perfuração. Fonte: Adaptada de Taiz et al. (2017). 5Tecidos vegetativos: xilema Sobre a eficiência das estruturas de condução da água na planta, Raven, Evert e Eichhorn (2016) afirmam que os elementos de vasos são mais eficientes do que as traqueídes. Entretanto, como os elementos de vasos são sistemas abertos, são menos seguros do que as traqueídes. Os autores também afirmam que vasos largos são mais eficientes na condução da água do que os estreitos; isso se deve ao fato de que as fibras mais largas e longas possuem maior condutividade hidráulica, ou seja, menor resistência ao fluxo da água. Fibras xilemáticas São fi bras de esclerênquima que se encontram no meio do xilema. São fi bras longas, com paredes secundárias lignifi cadas e com espessura variada. Ainda, podem ser categorizadas como fi brotraqueídes (com pontoações areoladas) e fi bras libriformes (com pontoações simples). Podem ser encontrados os dois tipos de fibras em uma mesma espécie e que ambas podem ser gelatinosas. A função dessas fibras está relacionada ao suporte da planta. Células parenquimatosas São células vivas que podem ser encontradas junto ao sistema traqueário. Esse tipo de célula tem função de reserva e de suporte do tecido xilemático. As células parenquimatosas do xilema são um caminho relevante para o deslocamento de água e substâncias entre as partes viva e morta do sistema de condução. Xilemas primário e secundário Os xilemas primário e secundário apresentam diferenças histológicas, mas, em vários pontos, as características se sobrepõem. Portanto, na análise des- ses tecidos, deve ser considerada uma visão abrangente, relacionando esses componentes ao desenvolvimento da planta. Os xilemas primário e secundário apresentam uma série de diferenças, que serão apresentadas na sequência. O Quadro 1 apresenta uma síntese das características desses dois tipos de xilema. Tecidos vegetativos: xilema6 Fonte: Adaptado de Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006). Origem Sistema Células constituintes Função do tecido Xilema primário Procâmbio Axial Traqueídes Elementos de vasos Fibras libriformes Fibrotraqueídes Parênquima axial Transporte de água Sustentação Armazenamento (eventual) Xilema secundário Iniciais fusiformes do câmbio Axial Traqueídes Elementos de vasos Fibras libriformes Fibrotraqueídes Parênquima axial Transporte de água Sustentação Armazena- mento, translo- cação de água e solutos à curta distância Iniciais radiais do câmbio Radial Parênquima radial (raio) Armazenamento, translocação de água e solutos à curta distância Quadro 1. Síntese da diferenciação entre os xilemas primário e secundário O xilema primário tem origem no meristema primário, também chamado de procâmbio. Nesse tecido, é possível encontrar células alongadas, com citoplasma e núcleo definidos. A parede celular é composta por celulose. Pode se diferenciar em protoxilema (do grego proto, primeiro) e metaxilema (do grego meta, que significa após/além). O protoxilema apresenta paredes secundárias lignificadas precocemente. O tecido do protoxilema contém poucos elementos traqueais inclusos no parên- quima. Ele possui células com paredes secundárias descontínuas, com padrões distintos de espessamento, conforme aponta Aguiar (2018), podendo ser: anelares (forma de anel); espiraladas (forma helicoidal); escalariformes; reticuladas. 7Tecidos vegetativos: xilema Esse tecido se diferencia na proximidade do meristema apical sob influência das forças de tração, devido ao alongamento das células em diferenciação. O protoxilema amadurece antes de o caule e a folha apresentarem alongamento extensivo. Na raiz, as estruturas dos elementos amadurecem além dessa região, o que resulta em uma maior persistência. De acordo com Evert (2013), de forma geral, o metaxilema é mais complexo do que o protoxilema. Além de apresentar elementos traqueais e células pa- renquimáticas, possui também fibras, que podem aparecer em fileiras radiais. Devido a essa constatação, podem ocorrer confusões, levando pesquisadores a confundirem o xilema primário com o secundário. No metaxilema, as paredes secundárias dos elementos traqueais são con- tínuas e com pontoações; dessa forma, não são extensíveis, conforme leciona Aguiar (2018). As células relacionadas à condução se diferenciam de forma mais tardia, o que permite aumentar seu tamanho, resultando em elementos traqueais com diâmetros maiores no metaxilema. Outro aspecto de diferenciação do tecido de condução é a maturação do xilema primário. Na raiz das plantas, os elementos traqueais (protoxilema) ocorrem em posições periféricas do cilindro vascular; nesse caso, a maturação é centrípeta,sendo que o xilema é chamado de exarco. Ainda segundo as autoras, no caule, os elementos traqueais estão localizados mais distantes da periferia, com maturação centrífuga, sendo o xilema denominado endarco. As seguintes categorias de plantas são constituídas por tecidos primários (aqui inclui-se o xilema primário): plantas vasculares antigas e muitas contem- porâneas, como pequenas eucotiledôneas e a maioria das monocotiledôneas. Plantas de crescimento secundário possuem xilemas primários que não se renovam e são funcionais ao longo de toda a vida do vegetal. Por sua vez, o xilema secundário se origina no câmbio vascular, organi- zando-se nos sistemas axial e radial (Figura 3), conforme Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006). Células parenquimáticas axiais são aquelas com características fusiformes alongadas, com origem no câmbio, tendo direção orientada no sentido vertical na raiz ou no caule. Já as células parenquimáticas radiais são curtas, se comparadas às do câmbio, e têm seu eixo com orien- tação vertical e horizontal com relação ao eixo da raiz ou do caule. O autor conclui indicando que as células parenquimáticas radiais e axiais têm paredes secundárias lignificadas, com pares de pontoações areoladas, semiareoladas ou simples. De acordo com Aguiar (2018), o xilema secundário representa a maior parte da biomassa de plantas lenhosas. Tecidos vegetativos: xilema8 Figura 3. Elétron-micrografia de varredura de vasos do xilema secundário: a) placa de perfuração simples de tília (Tilia americana); b) placa de perfuração escalariforme entre elementos de vaso do amieiro (Alnus rubra). Fonte: Adaptada de Raven, Evert e Eichhorn (1996). (a) (b) Assim, pode-se concluir que os xilemas primário e secundário não apre- sentam grandes diferenças quanto às funções que exercem na planta, mas se diferenciam em função do tecido que lhes dá origem e das células que os compõem. AGUIAR, C. Manual de botânica: estrutura e reprodução. Bragança: Instituto Politécnico, 2018. v. 1. APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.; CARMELLO-GUERREIRO, S. M. (Ed.) Anatomia vegetal. 2. ed. Viçosa (MG): Editora UFV, 2006. EVERT, R. F. Anatomia das Plantas de Esau: meristemas, células e tecidos do corpo da planta: sua estrutura, função e desenvolvimento. São Paulo: Blucher, 2013. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 5. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 1996. 9Tecidos vegetativos: xilema RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2016. TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Leitura recomendada KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Tecidos vegetativos: xilema10 Dica do professor O xilema apresenta como função principal a condução de seiva bruta. Esse transporte ocorre devido a uma série de características próprias desse tecido. Além disso, fenômenos atuam para que o deslocamento de água e nutrientes seja eficiente, sendo estes: pressão radicular e coesão-tensão. Ainda, para a diferenciação celular, outro fenômeno ocorre, sendo este conhecido como apoptose. Nesta Dica do Professor, você vai ver como cada fenômeno pode contribuir para que o xilema desempenhe adequadamente a seiva bruta, bem como as características histológicas, as quais asseguram o transporte. Além disso, vai ver como a apoptose contribui na formação dos vasos traqueais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2b3244ca933aac58c807e778a38c94e3 Exercícios 1) O xilema é um tecido com elevada complexidade em virtude das funções que desempenha em um vegetal; suas características permitem a movimentação da seiva bruta. Sobre funções do xilema e da seiva, assinale a alternativa correta. A) O xilema é o único tecido vascular contínuo que pode ser encontrado em uma planta. B) O transporte da seiva bruta ocorre no sentindo descente, uma vez que a transpiração é responsável pela pressão interna nos elementos traqueais. C) Além da função de transporte de seiva elaborada, o xilema tem funções de distribuir os nutrientes das folhas para as outras partes da planta. D) A seiva bruta, a qual é conduzida via xilema no vegetal, é constituída por água e sais minerais. E) Devido à presença de traqueídes, é possível relacionar e identificar plantas vasculares. 2) As traqueídes constituem um dos grupos celulares presentes do tecido xilemático, as quais podem ser verificadas em todas as plantas vasculares: angiospermas e gimnospermas. Para a sua identificação morfológica deve-se atentar para seus atributos específicos quanto à estrutura e existência de organelas celulares. Sobre isso, é correto o que se afirma em qual alternativa? A) A tranqueíde pode ser considerada a estrutura mais especializada presente no tecido do xilema. B) Uma das características da traqueíde é a presença de pontoações localizadas de forma adjacente, constituindo pares de pontoações. C) As traqueídes têm formato fusiforme, apresentando grandes diâmetros e parede celular secundária homogênea. D) Elevado número de pares de pontoações acabam impedindo o fluxo de água no interior da estrutura. E) As traqueídes são estruturas das células com função exclusiva de transporte de substâncias. 3) Os elementos de vaso junto com as traqueídes formam os elementos traqueais característicos do xilema. Essa estrutura que compõe o tecido pode ser encontrada nas angiospermas, mas somente em um grupo de gimnospermas (Gnetales) e em algumas pteridófitas. Sobre os atributos e as funções dos elementos de vaso, analise as sentenças e marque a alternativa correta. A) As regiões dos elementos de vaso com perfurações e ausência de paredes celulares primária e secundária são denominadas placas de perfuração. B) Os elementos de vaso formam elementos estreitos pela sobreposição de suas extremidades. C) Assim como as traqueídes, os elementos vaso têm dupla função: transporte e sustentação das plantas. D) As placas de perfuração podem ser classificadas como múltipla escalariforme, múltipla reticulada e múltipla foraminada. E) Na condução de água, os elementos de vasos são menos eficientes que nas traqueídes. 4) O xilema é composto por quatro tipos distintos de células que se organizam de diferentes maneiras para que a condução da seiva bruta ocorra. A eficiência no transporte está relacionada à disposição das células na planta, bem como devido à ocorrência de fenômenos como a pressão radicular e a coesão-tensão. Analise as assertivas apresentadas sobre as estruturas celulares xilemáticas e assinale a alternativa correta. A) Os tipos de células que formam o xilema são: as traqueídes, os elementos vaso traqueários, as fibras xilemáticas e as células esclerenquimáticas. B) As fibras que se encontram no meio do xilema são curtas, com paredes primárias lignificadas e com espessura constante. C) No desenvolvimento do xilema, é possível visualizar a perda de núcleo e outras estruturas que formam a rede de tubos de transporte de água. D) As células parenquimatosas do xilema são células vivas com função de suporte. E) Os elementos traqueais são formados por células vivas e mortas, sendo que estas apresentam-se endurecidas e ocas. 5) A palavra xilema é originária do grego xylon e significa madeira. Esse tecido se diferencia em primário e secundário de acordo com suas origens, células que os constituem e funções desempenhadas no vegetal. Sobre a diferenciação do tecido xilemático, assinale a alternativa correta. A) O xilema secundário se forma a partir do procâmbio nos sistemas axial e radial. B) No xilema secundário é possível encontrar células alongadas, com citoplasma e núcleo definidos. C) O xilema se divide em protoxilema e metaxilema, sendo que o primeiro é o tecido mais complexo. D) A maior parte da biomassaencontrada nas plantas lenhosas são decorrentes da presença de protoxilema. E) Xilema primário e secundário têm diferenciações histológicas e características sobrepostas, sendo importante a análise do desenvolvimento da planta para a análise dos tecidos. Na prática Diversas doenças podem atingir os vegetais ocasionando danos e até mesmo a sua destruição. A ocorrência de doenças acarreta uma diminuição da qualidade do cultivo, bem como pode ser uma das responsáveis por perdas de produção e de lucro. Alguns dos sintomas de doenças podem ser claros, pois se apresentam na parte externa das plantas, como manchas, desidratação, queima, etc. Neste Na Prática, você vai ver um caso de murchidão em tomateiro. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/cae7e97f-9dc8-4787-bb51-846efb2eabad/3dc0a6ad-7e8a-4385-a994-b9c393decf90.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Xilema: fatores externos que influenciam no seu funcionamento, conectando o cotidiano ao científico Eitelven, Luvison e Severo (2017) descrevem em seu artigo um experimento de identificação do xilema em uma espécie da família Anteraceae, bem como a influência de fatores ambientais sob o tecido. Veja a seguir. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Alterações anatômicas do sistema vascular em porta‐enxertos de videira Com plantas de interesse econômico, como videiras, vários estudos vêm sendo desenvolvidos para melhorar diferentes aspectos relacionados ao cultivo e à produtividade. Neste artigo é analisado o padrão de vascularização (condições do xilema) em porta-enxertos de diferentes genótipos de videira. A análise desses padrões pode contribuir para a escolha de técnicas de enxertia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Sistema vascular Algumas confusões podem ser feitas quanto à diferenciação de xilema e floema. Neste vídeo, você vai poder esclarecer detalhes sobre a estrutura desse tecido tão importante para a sobrevivência das plantas. http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/ricaucs/article/view/5203/2876 http://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/21853/13273 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/cBD9hVaNVw4