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DESENVOLVIMENTO-NEUROPSICOLÓGICO-ENVELHECIMENTO-DEMÊNCIAS-SENIS-E-ESTIMULAÇÃO

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SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
1 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NEUROLÓGICO .................... 3 
1.1 Sinapse ....................................................................................... 4 
2 ENVELHECIMENTO ......................................................................... 7 
3 ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA ................................ 9 
3.1 Envelhecimento ativo ................................................................ 11 
3.2 Qualidade de vida: física, psicológica, social e ambiental ......... 13 
4 HIPÓTESES PARA O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA 
NERVOSO (SN).......... ..................................................................................... 16 
4.1 Fatores que influenciam o envelhecimento cognitivo ................ 18 
4.2 Desempenho cognitivo e envelhecimento ................................. 19 
5 PRINCIPAIS DEMÊNCIAS NA FASE DE ENVELHECIMENTO ..... 22 
5.1 Demência: introdução e conceito .............................................. 22 
5.2 Doença de Alzheimer ................................................................ 23 
5.3 Os fatores que explicam a involução cerebral ........................... 25 
5.4 Cuidador familiar ....................................................................... 27 
6 ASPECTOS NEUROBIOLÓGICOS DA DEPRESSÃO ................... 31 
6.1 Depressão e funções cognitivas ................................................ 32 
7 ESTIMULAÇÃO COGNITIVA .......................................................... 33 
8 BIBLIOGRAFIA ............................................................................... 35 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre 
o tema tratado. 
O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
3 
 
 
1 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NEUROLÓGICO 
 
Fonte: observatorionacionaldoidoso.id 
O Sistema Neurológico recebe, analisa e integra informações. Receptores 
especializados são capazes de detectar estímulos e transformá-los em sinais 
elétricos. Esses sinais envolvem a comunicação intercelular e representam a 
informação neural que é integrada e processada pelo SN, dando origem a 
respostas apropriadas. 
O SN pode ser dividido em central e periférico: 
O sistema nervoso central (SNC) inclui o encéfalo e a medula espinal. 
O sistema nervoso periférico (SNP) representa a interface entre o meio 
ambiente e o SNC e inclui nervos cranianos e periféricos, sendo 
classificados em neurônios sensitivos (aferentes), neurônios motores 
(efetores) ou mistos. O SNP também pode ser subdividido em somático 
e autônomo (KOEPPEN; STANTON, 2009; DUTTON, 2010). 
Os principais componentes celulares do SN são os neurônios e as células 
gliais. Os neurônios são diferenciados por serem especializados em 
comunicação intercelular. Essa comunicação entre neurônios e células efetoras 
integra as informações sensoriais e promove respostas adequadas. 
As informações são codificadas em potenciais de ação conduzidos na 
membrana dos neurônios, os quais são passados adiante por processos 
químicos e elétricos, conhecidos como transmissão sináptica. Os neurônios são 
 
4 
 
delimitados por uma membrana plasmática e consistem em um corpo celular 
(soma) do qual emergem dendritos e um axônio. 
O corpo celular contém o núcleo e o citoplasma com organelas 
necessárias para a síntese proteica e a manutenção metabólica. Os dendritos 
representam a principal área de recepção e contato sináptico, enquanto os 
axônios transmitem os estímulos elétricos. A velocidade de transmissão da 
informação ao longo do axônio pode ser determinada pela bainha de mielina. 
Diferentemente dos neurônios, as células gliais não propagam potenciais 
de ação. Em vez disso, elas proporcionam suporte estrutural aos neurônios e 
mantêm o microambiente apropriado, o que é essencial para a função neuronal. 
As células gliais constituem a maioria das células do SN, podendo ser astrócitos, 
oligodendrócitos, células de Schwann e macrófagos. 
Os astrócitos modulam a atividade sináptica em sua vizinhança, secretam 
fatores de crescimento, participam do metabolismo e desempenham um papel 
fundamental no suporte estrutural e na resposta às lesões. 
Os oligodendrócitos (no SNC) e as células de Schwann (no SNP) 
envolvem o axônio, formando a bainha de mielina, que consiste em múltiplas 
camadas de membranas gliais justapostas e atua como isolante elétrico, 
resultando no aumento da velocidade de condução do potencial de ação. 
1.1 Sinapse 
Sinapses são os contatos funcionais dos neurônios, o que permite a sua 
comunicação com outro neurônio ou com uma célula efetora. Com base em seu 
mecanismo de transmissão, as sinapses podem ser classificadas em elétricas, 
que envolvem junções comunicantes, ou químicas, as quais liberam 
neurotransmissores, sendo a maioria das sinapses no SN do tipo química. 
A liberação dos neurotransmissores desencadeia respostas elétricas 
pós-sinápticas (na célula receptora) mediadas por sua ligação a 
receptores. Essa resposta elétrica promove ações pós-sinápticas 
excitatórias ou inibitórias. Os principais neurotransmissores são 
glutamato, GABA (ácido γ-aminobutírico), acetilcolina, serotonina, 
dopamina e noradrenalina (KOEPPEN; STANTON, 2009). 
O SN é dividido em SNC e SNP, sendo o primeiro composto por medula 
espinal, córtex cerebral, bulbo, ponte, cerebelo, mesencéfalo, tálamo, 
 
5 
 
hipotálamo e núcleos da base. Os centros superiores são responsáveis por 
captar as informações sobre o meio ambiente por meio do SNP (receptores 
sensoriais), além de integrar e processar essa informação. 
A partir dos circuitos neurais, eles são capazes de organizar respostas 
voluntárias, reflexas e comportamentais. Além disso, essas estruturas estão 
implicadas na cognição, no aprendizado e na memória, planejando e executando 
os movimentos voluntários. 
A medula espinal é composta por 31 nervos espinais, os quais têm uma 
raiz dorsal, composta por fibras responsáveis pela inervação sensorial, e uma 
raiz ventral, formada por feixes de fibras nervosas responsáveis pela inervação 
motora. A medula ainda pode ser dividida de acordo com a vértebra pela qual 
suas raízes nervosas entram ou saem, podendo ser cervical, torácica, lombar ou 
sacral. 
A medula participa de quatro funções essenciais: 
Avaliação do sistema neurológico 1. receber impulsos sensoriais dos 
receptores na pele, no músculo, nos tendões e nas vísceras e, por meio 
da retransmissão desses impulsos sensoriais, conduzir aos centros 
encefálicos superiores. 2. conter neurônios motores somáticos que 
inervam os músculos esqueléticos e neurônios motores viscerais. 3. 
abranger fibras somatossensoriais que entram na medula e 
influenciam neurônios motores por intermédio de interneurônios, 
resultando nos movimentos reflexos. 4. incluir fibras descendentes que 
influenciam a atividade dos neurônios medulares. (KOEPPEN; 
STANTON, 2009. apud. DUTTON, 2010)Essas fibras se originam no córtex e no tronco cerebral e controlam os 
movimentos. O SNP é composto por nervos cranianos e nervos espinais. Os 
nervos que se conectam ao encéfalo são os cranianos e aqueles que começarem 
na medula são os periféricos. 
Os nervos cranianos compreendem 12 pares, cujas raízes entram e saem 
do tronco cerebral a fim de fornecer inervação sensorial e motora à cabeça e aos 
músculos da face. Os nervos periféricos são derivados da medula e são divididos 
em pares cervicais, torácicos, lombares, sacrais e um par coccígeo. Os nervos 
podem ser classificados de acordo com a sua função em sensitivos, motores ou 
mistos. 
As fibras sensoriais são as vias aferentes e entram pelo corno dorsal 
da medula, enquanto as fibras motoras representam as vias eferentes 
e saem pelo corno dorsal da medula. Os nervos sensitivos carregam a 
informação sensorial, que é codificada e transmitida por meio de 
 
6 
 
receptores específicos de órgãos dos sentidos, como visão, audição e 
olfato, ou também podem transmitir as informações detectadas por 
mecanorreceptores, termorreceptores, nociceptores e 
quimiorreceptores, enviando-as por vias aferentes para a medula e 
áreas superiores do SNC. Os nervos motores carregam a informação 
motora, ou seja, o comando motor que descende do córtex motor pelos 
tratos descendentes, e faz a sinapse na medula com o neurônio 
inferior, saindo desta e inervando o órgão efetor (KOEPPEN; 
STANTON, 2009; DUTTON, 2010). 
O planejamento do movimento é comandado pelo córtex cerebral, pelo 
tronco encefálico, pelos núcleos da base e pelo cerebelo. A execução envolve 
três estruturas: motoneurônio superior, motoneurônio inferior e músculo estriado 
esquelético. O motoneurônio superior está localizado no encéfalo (córtex motor) 
e faz sinapse com o motoneurônio inferior na medula. O principal trato 
descendente que conduz a informação motora é o trato corticospinal. 
O motoneurônio inferior sai pelo corno ventral da medula espinal e conduz 
a informação até as fibras musculares, fazendo sinapse na junção 
neuromuscular. Essa sinapse é mediada pela liberação de acetilcolina e resulta 
na contração muscular. 
Os núcleos da base e do cerebelo são considerados uma unidade de 
controle e agem ajustando o movimento. Os primeiros atuam corrigindo o 
movimento com base nas informações recebidas pelo córtex, enquanto o 
cerebelo também corrige o movimento, tornando-o melhor na próxima execução 
(aprendizado) depois de suavizar as transições. 
Receptores musculares e tendíneos fornecem informações sensoriais 
importantes para o controle do movimento. Essa informação é 
denominada proprioceptiva e serve como mecanismo de proteção, 
estabilização e manutenção do tônus muscular, auxiliando no controle 
dos movimentos e ajudando a guiar os movimentos voluntários e 
involuntários. O fuso muscular, localizado nas fibras musculares, é 
ativado pelo estiramento muscular (alongamento) e responde 
reflexamente com uma contração. Já o OTG se encontra na junção 
musculotendínea e responde ao aumento de tensão, promovendo 
relaxamento muscular (DUTTON, 2010). 
Além dos movimentos voluntários controlados pelos centros superiores, 
existem os movimentos reflexos, que são as respostas involuntárias ao estímulo, 
estereotipadas. Os reflexos são essenciais para a função normal e podem ser 
usados como ferramenta para avaliar a integridade funcional da medula. 
O circuito básico do reflexo é o arco reflexo, que pode ser dividido em três 
partes: ramo aferente (receptores e axônios sensoriais), que transporta 
 
7 
 
informações para o SNC; componente central (sinapses e interneurônios no 
SNC); e ramo eferente (neurônios motores), o qual é responsável pela resposta 
motora. 
Os reflexos são desencadeados por estímulos sensoriais, resultando, 
automaticamente, na resposta de um efetor. Eles podem ser controlados via 
espinal e supraespinal, sendo o primeiro mais simples e localizado por completo 
na medula espinal (reflexo de estiramento do fuso muscular, por exemplo). 
A via supraespinal envolve vias descendentes e o córtex, os quais geram 
e modulam padrões de movimento, incluindo reflexos posturais. Como essa 
resposta após o estímulo é previsível, os reflexos são úteis para entender a 
função medular. Apesar de a pessoa sentir o movimento em resposta ao reflexo, 
ela não sente que ele foi gerado por ela (por essa razão o reflexo é involuntário). 
2 ENVELHECIMENTO 
 
Fonte: homecareidosos.com 
Para Moraes & Lima (2010), envelhecer representa todas as 
consequências ou efeitos da passagem do tempo todos os principais sistemas 
fisiológicos são afetados biologicamente, o que pode ser visto como um processo 
morfologicamente evolutivo. 
No entanto, essa intrusão não impede que a pessoa permaneça ativa, 
independente e feliz. Do ponto de vista espiritual, representa a conquista da 
sabedoria e a plena compreensão do sentido da vida. 
 
8 
 
Este processo do envelhecimento humano se dá em três níveis 
diferentes: biológico, psicológico e social. O envelhecimento biológico 
envolve mudanças fisiológicas, anatômicas, bioquímicas e hormonais, 
acompanhadas de gradual declínio das capacidades do organismo, 
causando mais fragilidades no organismo às agressões externas e 
internas. Há evidências de que o envelhecimento é de natureza 
multifatorial e ligada à programação genética e das alterações que 
ocorrem em nível celular-molecular (MORAES et al.; 2010.apud. DANI 
A; 2012). 
 
No processo do envelhecer, tanto normal quanto patológico, as funções 
executivas tendem a ficar prejudicadas. As alterações destas funções ocorrem 
de modo gradual e lento até os 60 anos, sendo considerado normal, tornando-
se mais aceleradas a partir dos 70 anos. 
Segundo Dani A (2012), embora a grande maioria dos idosos, pelo menos 
uma doença crônica, não são todos que ficam limitados por essas doenças, e 
muitos levam vida perfeitamente normal, com as suas enfermidades controladas. 
Ainda de acordo com a autora supracitada consideram que as deficiências 
funcionais vão surgindo de maneira insidiosa no decorrer da vida, sendo 
apontada por senescência, sem comprometer as decisões, a organização e o 
planejamento de atividades rotineiras, não devendo ser considerado patologia. 
O envelhecimento psicológico transparece pelos comportamentos das 
pessoas em relação a si próprias ou aos outros, ligados a mudanças de atitude 
e limitações das capacidades em geral, levando a inadequações, readaptações 
e reajustamentos dos repertórios comportamentais, face às exigências da vida. 
O envelhecimento social está associado às normas ou eventos sociais que é 
regido, por um critério de idade, como casamento e aposentadoria, conforme 
DANI A; (2012). Estes três níveis de envelhecimento não tem uma ordem exata 
quanto ao seu aparecimento. 
DANI A; (2012) coloca que entender o envelhecimento a partir da sexta 
década de vida como atribuiu a O.M.S. seria um equívoco; porque ele está se 
processando durante a existência da pessoa. Por conta deste processo, 
enquanto um adolescente está maturando, paralelamente está ocorrendo o 
envelhecimento de certos sistemas do seu corpo, envelhecimento este que só 
irá parar com a morte. 
 
9 
 
3 ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA 
Para MOTA R; et al. (2017) A atenção à qualidade de vida tem se tornado 
cada vez mais importante devido ao aumento do número de idosos e ao aumento 
da expectativa de vida. E se envelhecer é uma mudança, então essas mudanças 
devem levar a uma melhor qualidade de vida. 
Portanto, identificar as condições para envelhecer bem, com boa 
qualidade de vida, é tarefa de diversas disciplinas das ciências biológicas, 
psicologia e ciências sociais, além dos limites da responsabilidade individual e 
hoje é considerada uma questão sociocultural o negócio. 
A literatura sugere que existem correlações entre qualidade de vida e 
relacionamentos sociais, suporte e expectativade vida, pois indivíduos que 
mantêm mais contato com amigos e familiares podem viver mais do que aqueles 
que não respeitam esses relacionamentos. E repensar o envelhecimento para 
destacar suas virtudes, potencialidades e características que promovem a 
longevidade saudável na terceira idade. 
Para Carneiro (2007) oferecer apoio físico, social, cultural, econômico e 
psicológico aos idosos, fazendo-os acreditar que são queridos, amados, 
valorizados e que fazem parte de uma rede social. Essa crença pode ter 
implicações positivas para sua saúde. 
Por outro lado, as relações sociais precárias são um fator de risco para a 
saúde dos idosos, podendo afetar as funções físicas e cognitivas na velhice, da 
mesma forma, os idosos que vivem em maior isolamento social apresentam 
maior risco de adoecimento ou morte. 
Portanto, em idosos que são altamente adaptativos e tendem a consumir 
e se exercitar moderadamente, há evidências de que as diferenças no 
envelhecimento podem ser devido a fatores genéticos, ambientais e outros 
fatores e estilo de vida. 
Assim, o envelhecimento ativo, que é o processo de otimização das 
oportunidades de saúde, participação e segurança, tem aumentado a qualidade 
de vida dessas pessoas. 
A avaliação da qualidade de vida do idoso envolve a adoção de diversos 
critérios biológicos, psicológicos e socioculturais. Boa velhice significa estar 
satisfeito com a vida presente e ter expectativas positivas para o futuro. 
 
10 
 
Como resultado, vários fatores foram identificados como determinantes 
ou indicadores de felicidade na velhice, tendências como: 
 
Satisfação, aspecto interno e subjetivo que se trata de um construto 
multidimensional envolvendo a saúde biológica. 
Interação dentro e fora da família e avaliação que o idoso faz de sua situação 
atual. 
Atividade, quanto mais ativo o idoso, maior sua satisfação onde a questão não 
é a quantidade, mas quais, como e quanto aos pequenos eventos da vida 
diária estruturam a vida das pessoas idosas. 
Senso de controle, quanto menor, maiores as possibilidades de depressão, 
preocupação e desamparo. 
Mecanismos de autorregulação são responsáveis pela mobilização de 
comportamentos auto orientado pela auto-observação, julgamento e auto 
reação, onde influenciam descobrir significados para a existência que é crucial 
para os idosos. 
Processo adaptativo, a capacidade de lidar com eventos estressores. 
 
Assim, uma velhice satisfatória é amplamente medida subjetivamente, e 
é referenciada ao sistema de valores vigente por um período. A visão 
predominante é, portanto, que envelhecer satisfatoriamente depende de um 
delicado equilíbrio entre os limites e as potencialidades de um indivíduo que lhe 
permitirá enfrentar, com diferentes graus de eficácia, as inevitáveis perdas do 
envelhecimento. 
Neste sentido, a qualidade de vida que as pessoas terão quando avós 
dependem não só dos riscos e oportunidades que experimentarem 
durante a vida, mas também da maneira como as gerações posteriores 
irão oferecer ajuda e apoio mútuos, quando necessário (FRAIMAN, 
2004 apud MOTA R; et al., 2017). 
 
À medida que os indivíduos envelhecem, sua qualidade de vida é 
fortemente determinada por sua capacidade de manter autonomia e 
independência. (OMS, 2005). 
Onde há uma boa velhice não é um atributo ou responsabilidade 
individual, mas uma interação entre o indivíduo e seu contexto, ambos em 
constante fluxo. 
 
11 
 
Não reprimido, o medo de nos sentirmos velhos é um fator que precisa 
ser debatido entre todos, especialistas e leigos, para que surjam outras possíveis 
soluções sociais. 
Indivíduos e organizações públicas e privadas devem enfrentar seus 
preconceitos e tabus diante da velhice, repensando o grande problema dos 
idosos: a incapacidade de participar da sociedade Presente positivo, mesmo 
com limitações enraizadas no físico e emocional, natural no decorrer da vida, 
amadurecer, envelhecer e morrer. 
De acordo com Santana (2012) as ações do governo e da sociedade 
brasileira para desenvolver políticas públicas de atendimento ao idoso têm 
aumentado, assim como a sociedade civil e outras organizações que têm focado 
suas ações e contribuído sobremaneira para o avanço da terceira idade. Estes 
desenvolvimentos ilustram os esforços nas áreas da prevenção, promoção, 
cuidados aos idosos e segurança social desta população. 
A implementação de um estilo de vida saudável, como ser fisicamente 
ativo, alimentar-se de forma saudável, abster-se do fumo e do álcool, participar 
dos cuidados com a própria saúde é importante em todas as etapas e pode 
prevenir doenças e comprometimento da função, aumentar a expectativa de vida 
e a qualidade de vida dos indivíduos. Portanto, rede de apoio social e 
relacionamentos pessoais, estilo de vida saudável são de grande importância na 
velhice. 
3.1 Envelhecimento ativo 
O processo de envelhecimento está associado a muitos fatores, como o 
estilo de vida, as escolhas profissionais, a herança genética, dentre outros, que, 
juntos, marcam o corpo e a mente e passam a evidenciar os sinais deixados pelo 
tempo, modificando a relação do idoso com o mundo e com ele mesmo. O 
envelhecimento, contudo, também pode ser compreendido como uma fase de 
transformações positivas, que incluem o aperfeiçoamento de habilidades e a 
busca por mais satisfação de vida. (PEREIRA; COUTO, 2015 apud ABREU B; 
et al., 2018). 
Se por um lado os idosos passam a demandar cuidados e assistência 
quando a autonomia e as capacidades se tornam comprometidas e cujas 
 
12 
 
soluções para o problema incluem custos arcados por toda a sociedade, visto 
que se trata de uma questão de direitos humanos; por outro, a velhice pode ser 
pensada como ativa, com menos grau de dependência e mais inclusão. As 
mudanças na expectativa de vida atribuem a esse público idoso mais visibilidade 
e o introduz nas agendas políticas de forma mais efetiva. 
Para a OMS, o envelhecimento está associado ao desenvolvimento e o 
destaca como recurso precioso para as famílias, para a economia e para a 
sociedade como um todo, visto que, viver mais, significa acumular e repassar 
experiências e habilidades. 
Entretanto, a OMS também alerta que a não inclusão dos idosos em 
estratégias de desenvolvimento humano pode levar ao sofrimento deles, 
podendo resultar em processos de exclusão e de abandono. São desafios que 
se intensificam em países menos desenvolvidos, onde o número de idosos 
aumenta de maneira mais acelerada e com as piores condições para se fazer 
frente a esse fenômeno. (OMS, 2015 apud ABREU B; et al., 2018) 
A nova realidade brasileira e mundial impõe aos gestores públicos o 
desafio de pensar políticas integradas com ações intersetoriais de assistência e 
de inserção das pessoas idosas e também compreender o envelhecimento como 
um processo que ocorre durante toda a vida, tornando necessário investir na 
prevenção de doenças e no cuidado com a saúde. 
Envelhecer de forma saudável, então, segundo Vasconcelos (2007) tem 
como base “o desenvolvimento das potencialidades individuais, a motivação 
para conhecimentos e atividades sociais, estimulando, dessa forma, a 
capacidade de decisão e controle mental” (VASCONCELOS, 2007. apud. 
ABREU B et al., 2018). 
Por esse motivo, a longevidade somente representará um ganho se a 
qualidade de vida estiver associada à perspectiva de viver mais. Dessa forma, 
os estudos passam a voltar-se para definir políticas que proporcionem esse 
desenvolvimento saudável e ativo para toda a população, valorizando a 
participação em questões sociais, em atividades físicas frequentes e 
estimulando a capacidade mental para que possa chegar à velhice com mais 
qualidade de vida. 
Como destacam Alfama e Cruells (2016 apud ABREU B; et al., 2018), as 
próprias pessoas idosas e as suas famílias devem assumir esta 
 
13 
 
responsabilidade de preparar para envelhecer bem, o que não elimina a 
responsabilidadeda sociedade e das administrações públicas de se adaptarem 
às mudanças naturalmente impostas. 
A OMS e o ILC apontam a necessidade de implementar programas de 
envelhecimento ativo para a população, sendo este pautado no 
processo de otimização das oportunidades de saúde, aprendizagem 
ao longo da vida, participação e segurança, com o objetivo de melhorar 
a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem, 
contribuindo para o bem-estar físico, mental e social em todas as 
idades. (OMS, 2005 apud ABREU B; et al., 2018) 
 
É importante, aqui, explicitar que a abordagem do envelhecimento ativo, 
ao qual procura-se entender, se baseia no reconhecimento dos direitos humanos 
dos idosos e nos princípios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, 
que são: independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização 
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, p. 14 apud ABREU B; et al., 2018). 
Trata-se de uma nova maneira de compreender a pessoa idosa, que deixa 
de ser considerada como sujeito passivo (receptora de cuidados) e passa a ser 
compreendida como sujeito capaz, que deseja e tem potenciais para participar 
da vida social nos seus diferentes âmbitos. 
Ou seja, são pessoas idosas diferentes e, portanto, se fazem necessárias 
políticas públicas adaptadas a esta nova realidade e em consonância com as 
normas legais, tais como o Decreto-Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003 
(BRASIL), que “dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências’’: 
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para 
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, 
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. (BRASIL, 
2003 apud ABREU B; et al., 2018). 
3.2 Qualidade de vida: física, psicológica, social e ambiental 
A atividade física traz muitos benefícios para o corpo. Sua prática regular 
afeta tanto variáveis fisiológicas quanto psicológicas e sociais. 
Aumentar a força muscular, melhorar a flexibilidade e amplitude de 
movimento, reduzir o percentual de gordura, melhorar os aspectos neurológicos, 
 
14 
 
reduzir os fatores de risco para quedas, controlar e prevenir o diabetes, manter 
ou melhorar a melhora da densidade, reduzindo assim o risco de osteoporose, 
podem ser considerados como uma série de fatores fisiológicos os benefícios 
que a atividade física traz para o corpo (FORTI, 1999 apud MOTA R; 2017). 
Os benefícios relacionados aos aspectos psicológicos podem ser 
percebidos como a satisfação com a aparência, a melhora da 
autoestima, autoimagem e autoconceito, a diminuição da ansiedade, a 
diminuição de casos de depressão e a melhora de alguns aspectos 
cognitivos (ARAÚJO et al., 2006 apud MOTA R; 2017). 
Em relação às relações sociais, os autores supracitados defendem que a 
inclusão social é de grande importância para a saúde física e mental do idoso, 
cuja ausência pode causar transtornos, aumentos na velhice e podem contribuir 
para estados depressivos. 
Ainda segundo o autor, a interação social potencializa o acesso aos 
recursos e também contribui para o desenvolvimento de relações solidárias fora 
do ambiente domiciliar. 
Por outro lado, fatores ambientais e carga genética, são caracterizados 
por um declínio na capacidade de funcionar. No entanto, o estilo de vida que 
cada pessoa adota pode reduzir esse declínio em sua capacidade, tornando-a 
mais saudável na velhice. 
É importante mencionar que viver mais é importante desde que seja 
possível agregar qualidade aos anos extras de vida, quando o processo natural 
de envelhecimento pode acarretar limitações e aumentar a incidência de 
doenças crônicas e incapacitantes. 
Portanto, devido ao envelhecimento, o declínio físico e intelectual muitas 
vezes afeta a qualidade de vida dos idosos e continua sendo um grande desafio 
para a ciência. (SANTOS, 2011 apud MOTA R; 2017). 
 
Desenvolvimento psíquico 
Conforme MOARES E; et al., (2010), 
o envelhecimento psíquico ou 
amadurecimento não é naturalmente 
progressivo nem ocorre 
inexoravelmente, como efeito da 
Como descrito por MOARES E; et al., 
(2010), com o envelhecimento 
psíquico há, portanto, redução da 
vulnerabilidade. A pessoa idosa torna-
se suficientemente sábia para aceitar 
 
15 
 
passagem de tempo. Depende 
também da passagem do tempo, mas, 
sobretudo, do esforço pessoal 
contínuo na busca do 
autoconhecimento e do sentido da 
vida. O autoconhecimento, o estudo 
da estrutura e dinâmica do psiquismo 
e a superação dos conflitos do 
cotidiano são indispensáveis para que 
se possa atingir a independência 
psíquica, condição indispensável para 
a sabedoria. 
a realidade, tolerar a dor ou a perda 
da independência biológica, pois seus 
dispositivos de segurança são cada 
vez mais eficazes na relação com o 
mundo. É a liberdade plena ou 
independência psíquica, pois 
compreende o sentido da vida (para 
quê). 
Os valores que regem a sua vida 
(filosofia de vida) são cada vez mais 
elevados, racionais, inteligentes, 
enfim, conscientes. O idoso “entrega-
se à existência com a pureza das 
crianças, mas sem a sua ingenuidade, 
com o vigor do adolescente, mas sem 
a sua pugnacidade, com a sensatez 
do homem maduro, mas sem o seu 
orgulho. 
O amadurecimento é conquista 
individual e se traduz pela 
modificação dos valores de vida ou 
pela aquisição da consciência (para 
que vivemos?). “Só é consciente a 
pessoa que se conhece, que conhece 
os reais motivos do seu viver, sua 
capacidade de controle desses 
motivos e de organização desse 
controle”. É a personalização do 
indivíduo, harmonizando-o consigo 
mesmo e com o mundo. 
Torna-se cidadão do Universo com a 
astúcia da raposa e a malícia da 
serpente, o que faz dele um sábio”. A 
vida é uma grande viagem em busca 
da máxima felicidade ou êxtase 
místico. Para tanto, faz-se necessário 
o aproveitamento de todas as fases 
da vida, superando-se os conflitos 
inerentes a cada ciclo, na busca de 
um equilíbrio cada vez maior. 
 
 
 
16 
 
4 HIPÓTESES PARA O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO (SN) 
Diante das alterações sofridas pelo sistema nervoso, em virtude do 
processo de envelhecimento, algumas hipóteses de possíveis causadores de 
tais mudanças são descritas na literatura. Uma das correntes destas hipóteses 
centra-se na ideia de que o envelhecimento é resultado do acúmulo passivo de 
alterações nos ácidos nucléicos das células. 
Um dos principais processos para estas alterações no DNA seria a 
acumulação de moléculas danificadas por radicais livres, os quais são 
formados através de complexas reações químicas que quebram as 
moléculas livres de oxigênio (O2) formando moléculas simples deste 
elemento químico (O2) que são altamente reativas e tendem a ligar-se 
com quaisquer outras moléculas que encontrem o que é prejudicial ao 
sistema nervoso, pois segundo conclusão do estudo de Giovannelli 
este sistema é altamente vulnerável ao dano oxidativo. (GIOVANNELLI 
et al., 2003 apud CARDOSO A; et al., 2008), 
O aumento no número de radicais livres nas células do sistema nervoso 
pode ocorrer em função vários fatores, dos quais, destacam-se: o alto consumo 
de oxigênio pelo cérebro (cerca de 20% de todo oxigênio consumido, a 
dependência do metabolismo aeróbio de carboidratos, a complexa formação 
lipídica em suas membranas e a diminuição da capacidade de eliminar estas 
moléculas de radicais livres, ou seja, a diminuição dos mecanismos 
antioxidantes, à qual é talvez um dos fatores mais influentes. 
O acúmulo de radicais livres é ainda responsável pela aglomeração de 
pigmentos (lipofucsina) nas células, pela formação de placas neuríticas, e 
responsável por determinadas ligações cruzadas capazes de afetar o DNA. 
Estas ligações cruzadas com o processode envelhecimento tendem a 
aumentar seu número, afetando a ligação entre algumas proteínas, 
dentre elas o colágeno, impedindo processos metabólicos através da 
obstrução da passagem de nutrientes e resíduos para dentro e fora da 
célula. Contudo, as ligações cruzadas são, provavelmente, mudanças 
bioquímicas relacionadas à idade, e não parecem ser o fator mais 
contribuinte para este processo (HAYFLICK, 1997 apud CARDOSO A; 
et al., 2008). 
O acúmulo de erros no DNA pode se dar não somente pela ação dos 
radicais livres, mas também em virtude da transcrição do DNA em RNA não 
ocorrer com total confiabilidade, gerando assim certos erros que dão lugar a 
proteínas não funcionais. 
 
17 
 
Apesar dos níveis de erro nesta transcrição parecerem não aumentar com 
a idade, essas sucessivas mutações, espontâneas ou provocadas ao longo da 
vida, acabariam por esgotar os genes redundantes a determinados fenótipos, 
gerando assim a degeneração morfofuncional do sistema nervoso interligada ao 
envelhecimento. 
Esse princípio parte de uma teoria onde é postulada a redundância 
gênica, que aponta a existência de múltiplos genes para cada fenótipo, sendo 
alguns redundantes para tal. 
Todavia as alterações no DNA decorrentes deste processo tendem a se 
acumular e reproduzir através das clonagens posteriores. Derivada da ideia das 
alterações no DNA, cuja teoria do encurtamento dos telómeros, que induz a ideia 
de que em cada divisão celular poderia ocorrer uma perda de certa parte do 
DNA. No entanto, ainda não está clara a sua associação com o envelhecimento. 
A outra corrente das hipóteses sobre o envelhecimento do sistema 
nervoso centra-se na ideia de que o envelhecimento é resultado de um programa 
genético, Lent cita um experimento de Hayflick, onde em placas de cultura de 
tecidos, foi contado o número de vezes que os fibroblastos conseguiam se dividir. 
(LENT, 2001 apud CARDOSO A; et al., 2008) 
 
 Foram então comparados os fibroblastos de diferentes espécies e 
verificou-se que os de camundongos se dividiam menos que os de 
humanos e, que estes por sua vez, se dividiam menos que os de 
tartaruga (sabe-se que as tartarugas vivem mais que os homens e 
estes por sua vez mais que os camundongos). Através deste 
experimento Hayflick sugeriu a existência de um relógio biológico que 
controlaria o tempo de vida das células, não sendo a idade cronológica 
totalmente responsável por este. (CARDOSO A; et al., 2008). 
 
Esta teoria é baseada nos exemplos de morte celular programada, que 
ocorrem durante todo processo de desenvolvimento. Este fenômeno de morte 
celular ocorre em todo o sistema nervoso, não sendo exclusivo dos humanos. A 
este fenômeno é dado o nome de apoptose, ou seja, um processo ativo de 
“suicídio” celular, que se dá através da síntese de proteínas cuja função é matar 
a célula (LENT, 2001 apud CARDOSO A; et al., 2008). 
Têm-se proposto mecanismos moleculares do envelhecimento que 
reúnem diversas hipóteses, aceitando-se que este processo está, em parte, 
programado geneticamente, porém, este “programa” é susceptível a 
modificações. 
 
18 
 
4.1 Fatores que influenciam o envelhecimento cognitivo 
De acordo com o que elucida CANCELA D; (2007) existe uma série de 
fatores que influenciam o grau de alteração cognitiva que as pessoas manifestam 
com a idade. São eles: 
 
Fatores genéticos: Cerca de 50% da variabilidade cognitiva na terceira- idade 
pode ser devida a fatores genéticos. 
Saúde: Idosos de ótima saúde ultrapassam em muitos testes cognitivos os 
que não tem doenças do foro médico. 
Instrução: A instrução explica até 30% da variabilidade cognitiva na terceira 
idade. 
Atividade mental: Atividades mentalmente estimulantes estão com 
correlação com melhor desempenho cognitivo e menor declínio longitudinal. 
Conhecimentos especializados: Especialistas a envelhecer podem 
desenvolver estratégias compensadoras para manterem um alto nível de 
desempenho, apesar de certa erosão das capacidades cognitivas subjacentes. 
Personalidade e humor: A depressão está em correlação com insuficiência 
autopercebida da memória e com défices do desempenho se os sintomas são 
graves. 
Meio social e cultura: Os lapsos quotidianos da memória poderão ser 
julgados mais severamente quando experimentados por idosos do que por 
adultos jovens. 
Treino cognitivo: idosos cognitivamente intactos beneficiam da prática e do 
treino em capacidades cognitivas específicas. 
Diferenças entre os sexos: as tendências cognitivas no envelhecimento são 
semelhantes nos dois sexos, mas em mulheres podem revelar défices em 
tarefas espaciais numa idade inferior à dos homens e estes podem mostrar 
défices em tarefas verbais numa idade inferior à das mulheres. 
Diferenças raciais e étnicas: Foram descritas em alguns testes cognitivos 
diferenças no desempenho a favor dos idosos brancos, mas quando o grau de 
instrução está equiparado entre os grupos estas diferenças são menores. 
Fonte: CANCELA D; 2007. 
 
19 
 
4.2 Desempenho cognitivo e envelhecimento 
Segundo MENEZES V; (2013), os efeitos do envelhecimento cognitivo 
são observados mais intensamente entre os 50 e 60 anos de idade e se 
intensificam a partir da sétima década de vida. As alterações mais frequentes 
englobam alguns componentes da memória e funções executivas, havendo 
maior dificuldade para realizar novas aprendizagens e lentidão no 
processamento das informações. 
As mudanças cognitivas na velhice também podem ser decorrentes do 
envelhecimento cerebral. Variações morfofuncionais compatíveis com a idade 
são caracterizadas por alterações como redução gradual do peso e volume de 
massa encefálica. 
Dessa forma, o desempenho cerebral já não apresenta as mesmas 
potencialidades de um cérebro jovem. Algumas das mudanças são atribuíveis 
ao próprio processo de envelhecimento, enquanto outras são manifestações de 
doenças relacionadas à idade, incluindo as demências. 
Como aponta MENEZES V; (2013), o desenvolvimento da cognição, ao 
longo da vida, sofre influências fisiológicas, das predisposições genéticas e 
fatores ambientais. 
As alterações fisiológicas e o fator genético podem gerar declínio no 
funcionamento sensorial e diminuição na velocidade de processamento da 
informação, associados a alterações neurológicas típicas do envelhecimento. 
Os fatores ambientais determinam o desenvolvimento e a manutenção 
das capacidades dependentes da experiência, e podem ter uma ação 
compensatória em relação às perdas decorrentes do envelhecimento biológico. 
Para Proust-Lima et al., o declínio cognitivo é diretamente proporcional à idade 
e inversamente proporcional ao nível educacional. 
De acordo com MENEZES V; (2013), Alterações cognitivas decorrentes 
do envelhecimento são preocupantes para o indivíduo que deseja permanecer 
independente pelo maior tempo possível e para a família que se preocupa com 
o bem-estar do idoso. 
Adultos mais velhos queixam-se, frequentemente, de uma redução em 
sua capacidade para manter a atenção em eventos específicos por longos 
períodos de tempo, especialmente em face à distração. Entre elas, funções como 
 
20 
 
memória, linguagem, funções executivas e habilidades visuoespaciais podem 
sofrer alterações. 
Ainda de acordo com MENEZES V; (2013), a memória corresponde à 
capacidade de armazenar informações para serem utilizadas em um dado 
momento. A memorização envolve três procedimentos: 
 Registro de informações através da percepção sensorial. 
 Armazenamento. 
 Resgate da informação (MENEZES V; 2013). 
 Nas palavras de MENEZES V; (2013), a capacidade de se comunicar 
através da linguagem permanece inalterada em toda a vida adulta. No entanto, 
os idosos têm maior dificuldade em compreender mensagens longas ou 
complexas. Na velhice, a capacidade em recuperar e reproduzir nomes ou 
termos específicos é mais lento. 
O discurso tende também a ser mais repetitivo. A função executiva (FE)é 
entendida como a capacidade de resolução de problemas, planejamento de 
ações sequenciais, inibição de respostas, abstração e processamento de 
informações. São esperadas alterações significativas nestas funções. 
Como descrito por MENEZES V; (2013), no que diz respeito às aptidões 
visuoespaciais, no envelhecimento cognitivo normal a capacidade de reconhecer 
lugares, rostos e objetos permanecem inalteradas. No entanto, verifica-se um 
declínio na capacidade de reconhecer e reproduzir configurações complexas ou 
que não são familiares. 
Normalmente, as funções que permanecem inalteradas com o 
envelhecimento são: habilidade comunicativa, vocabulário, atenção sustentada 
e habilidade de percepção visual. 
Por outro lado, a memória de trabalho e memória episódica, atenção 
seletiva, orientação temporal, nomeação de objetos, fluência verbal, e a 
velocidade perceptual são competências que tendem a declinar na velhice. 
Constatam-se diferenças entre os gêneros, níveis de escolaridade e saúde 
percebida no desempenho cognitivo na velhice. 
De acordo com MENEZES V; (2013), a tabela abaixo, resume achados 
gerais sobre o impacto do envelhecimento para áreas específicas da cognição. 
Nesta tabela, as alterações cognitivas associadas ao envelhecimento normal 
 
21 
 
podem ser classificadas como leve e moderada, enquanto outras áreas mantêm 
o desempenho estável ou melhoram. 
Para MENEZES V; (2013), as funções que parecem ser mais resistentes 
ao envelhecimento competem às habilidades motoras, informações 
autobiográficas, conhecimento semântico e habilidade de recordar informações 
por pré ativação na memória implícita. 
Os idosos apresentam estratégias para compensar as perdas cognitivas. 
Para manter a função cognitiva, em idades mais avançadas, os indivíduos 
apresentam padrões de superativação, principalmente do córtex frontal, mas 
podem incluir áreas do lobo parietal, médio-temporal, e região occipital. 
Nas décadas de 1980 e 1990, as abordagens comportamentais a respeito 
do envelhecimento cognitivo documentaram declínio em quatro domínios 
principais: memória operacional, controle inibitório, velocidade de 
processamento e memória de longo prazo. 
Para MENEZES V; (2013), alguns autores sugerem que a memória 
operacional é particularmente mais afetada pelo envelhecimento. Outros 
pesquisadores argumentam que com o envelhecimento é mais difícil inibir ou 
controlar estímulos dispersores da atenção. 
A diminuição na velocidade de processamento da informação é a 
alteração cognitiva mais evidente no idoso. A lentificação no processamento de 
informações pode ser observada na dificuldade que o idoso apresenta em 
compreender textos, necessidade de explicações mais detalhadas e 
significativas, necessitando de mais tempo para executar cálculos. 
O autor conclui que esta lentificação pode comprometer todas as outras 
funções cognitivas em idosos. Os déficits das habilidades cognitivas geram 
preocupação aos idosos e seus familiares. 
Dessa forma é necessário identificar precocemente se há declínio 
patológico ou se o estado do indivíduo é compatível com envelhecimento 
cognitivo normal. 
 
22 
 
5 PRINCIPAIS DEMÊNCIAS NA FASE DE ENVELHECIMENTO 
5.1 Demência: introdução e conceito 
De acordo com PARMERA J; et al., (2015), atualmente, define-se 
demência como condição na qual ocorre decréscimo cognitivo comparado a um 
nível prévio do indivíduo, com comprometimento de suas funções sociais e 
funcionais. 
Há várias propostas para a definição a ser adotada de demência, entre 
elas a do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM IV), na 
qual o comprometimento de memória é exigido necessariamente na 
apresentação, ademais deverá haver declínio em relação a um padrão prévio 
cognitivo e não poderá haver delirium concomitante durante a avaliação. 
De acordo com PARMERA J; et al., (2015), outras, como a do Grupo de 
Trabalho do National Institute on Aging (NIA) e Alzheimer’s Association (AA), 
propõem novos critérios que não exigem comprometimento de memória 
inicialmente, possibilitando sua aplicação para várias etiologias de demência. 
Esses últimos são, portanto, os critérios recomendados para a aplicação no 
Brasil pela Academia Brasileira de Neurologia. 
Na avaliação inicial dos pacientes, idealmente, seria interessante 
comparar longitudinalmente suas performances cognitivas para se realizar com 
acurácia tal diagnóstico, contudo, como esses dados são de difícil obtenção no 
âmbito prático, determina-se o diagnóstico através de exames cognitivos com 
escore e resultados padronizados para a média da população. 
Conforme PARMERA J; et al., (2015), considerando a crescente 
prevalência populacional, as demências tornam-se uma questão primordial em 
saúde pública, ocasionando gastos diretos e indiretos, com aposentadorias, 
internações, assim como repercussões em trabalhadores ativos por 
acometimento de familiares que requerem seus cuidados. 
Medidas públicas de saúde e conscientização tornam-se urgentes para o 
cuidado e atendimento dessa parcela da sociedade em ascensão demográfica 
comparativa aos outros grupos etários. 
De acordo com PARMERA J; et al., (2015), podem-se dividir as 
demências em categorias diversas para estudos e pesquisas direcionadas, a 
 
23 
 
exemplo das divisões em degenerativas e não degenerativas, corticais e 
subcorticais, com início precoce (ou pré-senil – antes dos 65 anos de idade) e 
tardio (a partir dos 65 anos), reversíveis ou irreversíveis, e rapidamente ou 
lentamente progressivas. 
Em sua maior parte, as demências têm início insidioso e evolução lenta, 
entretanto as mais diversas formas de apresentação se fazem possíveis e uma 
acurada suspeição diagnóstica em relação às diversas formas de apresentação 
das síndromes demenciais é imprescindível para evitar erros ou atraso no 
diagnóstico de doenças potencialmente tratáveis. 
5.2 Doença de Alzheimer 
A doença de Alzheimer (DA) foi descoberta em meados de 1907 pelo 
alemão Alois Alzeimer o qual era neuropatologista e psiquiatra. DA é uma 
doença crônica degenerativa, a união de demências junto ao envelhecimento é 
uma realidade para os seguintes anos (GUTIERREZ et al., 2014). 
Existe uma maior expressão epidemiológica da doença de Alzheimer em 
mulheres, estudos mostram e justificam que o sexo masculino habitualmente 
chega a óbito por outros fatores, um grande exemplo são os problemas 
cardiovasculares, em contrapartida, as mulheres são menos propensas a essa 
patologia, sendo reféns mais facilmente das demências, em especial a DA 
(TEXEIRA et al., 2015 apud ARAÚJO T; 2019 apud ARAÚJO T; 2019). 
 
Além dos danos pessoais ocasionados aos pacientes, existe os gastos 
governamentais, uma sobrecarga para a sociedade e saúde pública, 
suas principais despesas são voltadas aos fármacos distribuídos 
amplamente em território nacional (CAUWENBERHGE; 
BROECKHVEN; SLEEGERS, 2015 apud ARAÚJO T; 2019). 
 
 
A doença de Alzheimer é a mais comum demência relacionada ao 
envelhecimento, como consequência existe a modificação cognitiva e 
comportamental, o tratamento para DA é paliativo e não é detectada 
precocemente em exames, a memória de fatos passados é mais fixa e, 
geralmente o paciente têm falhas e perca inicialmente na memória de curto 
prazo, as lembranças mais recentes (FAGUNDES et al., 2019 apud ARAÚJO T; 
2019). 
 
24 
 
A DA que ataca cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo, é 
geralmente considerada como uma doença neurodegenerativa relacionada com 
a idade, quase uma doença exclusiva do idoso. 
Demência é uma síndrome identificada por redução constante da 
memória, linguagens e outras zonas da cognição, que modificam o 
comportamento habitual no meio social e familiar, prejudicando assim 
a qualidade de vida dos idosos. Se sabe que a demência e DA é 
resultante de fatores ambientais e genéticos (RODRÍGUEZ; 
HERRERA, 2014 apud ARAÚJO T; 2019). 
Todavia,os pacientes com demência possuem suas atividades limitadas, 
sua mobilidade é diminuída e os mesmos correm maiores riscos de acidentes 
domésticos, quedas acidentais, as quais podem se caracterizar em fraturas 
ósseas, complicando ainda mais o quadro de saúde do paciente. 
A redução cognitiva e perca do equilíbrio são frutos da demência e de 
alterações que modificam o estilo de vida de idosos (LIMA et al., 2016 apud 
ARAÚJO T; 2019). 
Ainda não se sabe a cura para DA, apesar de inúmeras pesquisas ao 
longo dos anos. Mas, a ciência sempre está em busca de uma melhor 
qualidade para os pacientes portadores buscando e pesquisando a fim 
de estabelecer os sintomas para melhorar a qualidade de vida desses 
indivíduos (CAETANO; SILVA; SILVEIRA, 2017 apud ARAÚJO T; 
2019). Segundo Teixeira o Alzheimer em 2009, foi responsável por 
cerca de 65% da causa de morte em mulheres e 51,1% entre os 
homens, na sua pesquisa epidemiológica. (TEIXEIRA, et al., 2015 apud 
ARAÚJO T; 2019) 
 
Dentre as várias demências que prejudicam os idosos, a DA é a mais 
dominante delas. Atualmente, 54% dos idosos com demências têm DA e os 
casos desse mal crescem. No ano de 2010, um milhão de idosos no Brasil tinham 
Alzheimer. 
Estima-se que em 2020 serão 1,6 milhão. No Sistema Único de Saúde 
(SUS), somente o Alzheimer, realizou 38,13 milhões de serviços ambulatoriais 
no ano de 2015 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER, 2016 apud 
ARAÚJO T; 2019). 
Na doença de Alzheimer existem três estágios evolutivos: leve, moderado 
e grave. Em casos de demência leve o idoso ainda possui sua independência 
em suas tarefas básicas, mas com dificuldade em linguagem e inicia-se a perca 
evolutiva da memória, em casos estágios moderados se caracteriza com a perca 
 
25 
 
mais efetiva da memória, em estágios graves idosos com demência mostraram 
dependência completa. 
A doença é silenciosa e continua podendo levar de 2 a 15 anos, para seu 
desenvolvimento e manifestações por completo, em casos terminas que 
acontecem em 8 a 15 anos, todas as partes e funções exercidas pelo cérebro 
são modificadas e atacadas pela demência (XIMENES; RICO; PEDREIRA, 2014 
apud ARAÚJO T; 2019). 
Conforme RIBEIRO C; (2010), as formas mais comuns da demência são: 
a Doença de Alzheimer (DA), a demência pré-senil e a demência senil. Alguns 
neurologistas consideram a DA como uma entidade independente, já outros 
afirmam que forma uma parte do quadro geral da demência senil idiopática. 
Ambos processos são patologicamente análogos, contudo, a DA começa antes 
e tem um curso clínico mais rápido e grave. 
Sua manifestação clínica é uma perda lenta e progressiva da capacidade 
do pensamento abstrato, da possibilidade de assimilar novos conhecimentos e 
da habilidade de se expressar com claridade. 
5.3 Os fatores que explicam a involução cerebral 
O envelhecimento prematuro do cérebro e a degeneração neurofibrilar 
dos neurônios: Desde a descrição de Alois Alzheimer em 1907, pensou-se que 
havia uma destruição acelerada das células do cérebro e que se acumulavam 
muitas proteínas dentro e fora dos neurônios. Esses processos podem aparecer 
debilmente em anciãos, mas são intensos na DA. 
Tenta-se impedir o desenvolvimento do processo de involução celular e 
da formação de placas, já que é muito lento (superior a 30 anos) e poderia 
realizar-se um bom trabalho de prevenção obtendo resultados na investigação 
em andamento (Correa, 1996 apud RIBEIRO C; 2010). 
As alterações metabólicas: Já foram descritas muitas alterações 
metabólicas na DA, tanto de glucídios, lipídios e prótidos, como da respiração. A 
redução da entrada sanguínea tem como consequência uma diminuição da 
entrada do oxigênio e da glicose, que são elementos indispensáveis para o bom 
funcionamento das células cerebrais, conforme RIBEIRO C; (2010). 
 
26 
 
As alterações dos neurotransmissores: Em certas regiões do cérebro, 
foi-se constatada uma diminuição da concentração de acetilcolina, redução de 
uma enzima indispensável para a síntese da acetilcolina e uma perda de 
neurônicos colinérgicos. Parece que os neurônicos colinérgicos de certas 
regiões reguladores do cérebro sofrem uma evolução seletiva que desencadeia 
uma séria de alteração nos neurônios do córtex cerebral, conforme RIBEIRO C; 
(2010). 
Sua disfunção origina a aparição dos sintomas da DA. Essa teoria 
colinérgica deu origem aos fármacos cujo mecanismo de ação é prolongar a vida 
da acetilcolina. A vulnerabilidade celular: Certos autores assinalam a existência 
de células cerebrais de “alto risco” que sofrem mais que outras e que são de 
alguma forma frágeis”. (CORREA, 1996; apud RIBEIRO C; 2010) 
Entre essas células figurariam os neurônios colinérgicos e algumas 
regiões do córtex cerebral. Os desequilíbrios dos “fatores de crescimento” e os 
“fatores de envelhecimento” no sistema nervoso central: nos últimos anos foram 
encontradas uma série de substâncias que se produzem uma pequena 
quantidade, mas mantém a sua função, defendem as células e faz com que se 
adaptem as sobreviventes para suplantar a função dos neurônios que morrem 
(“fatores de crescimento”) (CORREA, 1996 apud RIBEIRO C; 2010). 
Quando não se formam esses fatores, não se produzem as mudanças 
adaptativas próprias da fase adulta e da senil, trazendo a degeneração dos 
neurônios e a demência. Ao mesmo tempo, outros “fatores de envelhecimento” 
ou “morte neuronal” torna-se mais agudo o processo involutivo. 
 A perda de fatores tróficos e o aumento de fatores de envelhecimento 
são, atualmente, as características mais definitórias da DA, assim 
como a linha mais importante para o desenvolvimento de novos 
fármacos. É uma doença progressiva e variável, podendo ser 
caracterizada em estágios degenerativos classificados em: leve, 
moderado e severo, mesmo considerando as diferenças individuais 
que possam existir. O estágio leve tem duração de dois a três anos, 
com sintomas vagos e difusos, em que há perda de memória episódica 
e grande dificuldade de aprendizagem de novos eventos (GALLUCCI, 
TAMELINI, & FORLENZA, 2005 apud RIBEIRO C; 2010). 
 
Enfim, a DA é caracterizada por prejuízos de funções neuropsiquiátricas 
e cognitivas superiores com manifestações de alterações de comportamento e 
de personalidade, interferindo nas habilidades do indivíduo em desempenhar 
suas atividades normais do dia a dia e, somente nos estágios finais da doença, 
 
27 
 
ele se torna apático, apresentando sua função motora inteiramente prejudicada 
(DAILY, 2004 apud RIBEIRO C; 2010). 
5.4 Cuidador familiar 
A família é indispensável para dar o apoio e cuidados necessários ao 
idoso, para a constituição Federal e o Estatuto do Idoso; a família, a sociedade 
e o Estado têm a obrigação de amparar a pessoa idosa, assegurando o bem-
estar e o direito à vida (GOMES, 2009 apud TELES R; 2015). 
A função de cuidador está internamente relacionada ao responsável pelos 
cuidados. Nos cuidados destinados ao idoso dependente, na sua percepção 
geralmente quem faz tal função é a esposa (o), um dos filhos, ou outro parente, 
ou uma pessoa contratada para essa função. 
Quando o idoso requer cuidados especiais ou alguém para ajudar na sua 
vida diária torna-se um indivíduo dependente e de certa forma pode se angustiar 
ao necessitar de uma pessoa para ajudá-lo. (KAWASAKI e DIOGO, 2001 apud 
TELES R; 2015) 
Nessa condição, aparece a figura do cuidador, designado para ajudar o 
idoso em suas dificuldades e necessidades e nas realizações das tarefas do dia 
a dia e pode ser um parente mais próximo, que já vive com o idoso e que não 
trabalhe fora, esse cuidado ainda pode ser assumido de maneira inesperada por 
não ter outra pessoa disponível para exercer essa função de cuidador ou destinar 
pequenos cuidados ao idoso, com isso, o familiar acaba se envolvendo com os 
cuidados gerais. Frequentemente o cuidador em execução é definido dentro do 
seio familiar (TAUB et al, 2004 apud CRUZ; HAMDAN, 2008apud TELES R; 
2015). 
De acordo com Gonçalves et al (2006 apud TELES R; 2015) diversas 
situações colaboram para que uma pessoa se torne cuidadora principal, 
destacando a obrigação moral, os aspectos culturais e religiosos; esposo ou 
esposa; a falta de outras pessoas para a tarefa do cuidar. 
A obrigação de cuidar de um idoso origina-se de uma obrigação 
circunstancial mais do que de uma preferência. O indivíduo que ajuda o idoso 
nem sempre fez essa escolha de ser o cuidador por si mesmo, muitas vezes são 
escolhidos pela família ou até mesmo pelo idoso. 
 
28 
 
As tarefas efetuadas pelo cuidador são: escutar, estar atento e ser 
solidário com o indivíduo, auxiliar nos cuidados de higiene, alimentação, 
locomoção, atividades físicas, estimular atividades de lazer e ocupacionais, 
mudar de posição na cama e na cadeira e fazer massagens de conforto. 
Assim como também são tarefas do cuidador auxiliar o idoso na 
administração dos medicamentos de acordo com a prescrição e orientação 
médica, e comunicar sobre as mudanças no estado de saúde, dentre outras. 
O cuidador familiar é um membro da família que assume o compromisso 
dos cuidados fornecido para o idoso com demência de Alzheimer (DA). E se 
responsabilizar pelos cuidados deste idoso com demência de longa duração é 
uma tarefa muito difícil, pois tratar-se de um transtorno que tem efeitos intensos 
podendo ter diversas consequências emocionais para o cuidador familiar 
(BARLOW, 2008 apud TELES R; 2015). 
O ato de cuidar é uma função socialmente atribuída às mulheres e são 
desempenhadas exclusivamente por elas, uma vez que os homens não estariam 
preparados para exercer essa função, mesmo que o quisessem. Assim a figura 
da mulher enquanto cuidadora é normatizada pela sociedade, portanto o cuidar 
de idoso é mais um papel realizado pela mulher dentro do lar, trabalhando ou 
não fora de casa (BAPTISTA et al, 2012 apud TELES R; 2015). 
 
[...] quem mais assume essa responsabilidade são as mulheres e por 
muitas vezes por obrigação. Ainda relata que maioria dos casos, são 
os familiares que assumem a responsabilidade dos cuidados do 
dependente, mais especificamente a mulher é que se demonstra como 
a “grande cuidadora” (seja ela mãe, esposa ou filha). Essa relação 
pode ser entendida culturalmente e socialmente bem como pela via 
religiosa, pois perpassa a relação matrimonial. É esperado que o casal 
cuide um do outro “até que a morte os separe”, sendo esta a condição 
que muitas vezes define quem irá cuidar se o cônjuge puder ou não 
realizar tal ação. Sendo assim na maioria das vezes, num casal de 
idosos quem assume o cuidado é a esposa, e quando ela não 
consegue cuidar sozinha ou não tem essa disponibilidade o cuidado é 
assumido pelas filhas (MENDES, 1995 apud BERWANGER, 2012, p. 
59-60 apud TELES R; 2015). 
 
Os cuidados oferecidos ao idoso com demência se esbarram com o 
desafio de auxiliar um indivíduo com dificuldade. Esses cuidadores enfrentam 
uma rotina que varia muito em virtude da demência, já que num dia o idoso pode 
estar agitado e em outro não, sendo necessário aprender a lidar da melhor forma 
 
29 
 
possível com uma pessoa idosa com demência de Alzheimer (VIEIRA; FIALHO 
et al, 2011 apud TELES R; 2015). 
A doença de Alzheimer se caracteriza como um dos transtornos mentais 
que tem uma violenta consequência negativa na vida do idoso e da família, 
devido às incapacidades que este transtorno produz, segundo os mesmos 
autores: 
Uma demência que se caracteriza pelo comprometimento cognitivo e 
que traz como consequência a perda da capacidade funcional, 
aumentando a demanda por cuidados, que geralmente são cada vez 
mais complexos. Causa um ônus crescente sobre o idoso e a família e 
um enorme custo financeiro para o sistema de saúde. (PAVARINI; 
MELO, et al, 2008 apud TELES R; 2015). 
 
Segundo Luzarda; et al, 2006 com o aparecimento da demência, várias 
necessidades surgem e tornam a função do cuidador complicada, pois o idoso 
com demência precisará de cuidados contínuos e cada dia mais complexos, 
aumentando as responsabilidades nos cuidados destinados ao idoso com 
demência. 
Fica para o cuidador o compromisso de realizar as funções que o idoso 
com a demência não tem mais capacidade de efetuar sozinho; funções que vão 
desde a higiene pessoal até o controle financeiro da família. (LUZARDA; 
GORINI; SILVA, 2006 apud TELES R; 2015) 
O cuidar de um idoso com demência necessita de dedicação total, 
sempre que isso é realizado exclusivamente por um cuidador, o mesmo 
fica sobrecarregado devido ao estresse físico e psíquico advindo do 
cuidar, afetando dessa forma a qualidade dos cuidados destinados ao 
idoso, já que esta atividade se torna um serviço repetitivo e sem pausa. 
(DOMINGUES; SANTOS; QUINTANS, 2009 apud TELES R; 2015). 
Na fase moderada o avanço da demência é identificado por uma 
diminuição das agilidades mentais e físicas e pelo aparecimento de mudanças 
no comportamento como agitação e perambulação, exigindo maior cuidado. Esta 
fase é a que os cuidadores têm mais dificuldades, pois se torna muito 
estressante até mesmo para os próprios idosos. 
Em decorrência de acontecimentos de estresse o idoso pode não querer 
fazer determinadas tarefas, por exemplo, tomar banho ou trocar de roupa, nesse 
caso apresenta características e sentimentos de irritabilidade com o cuidador, ou 
talvez, pode optar por tirar a roupa em lugar impróprio sem ter noção das suas 
ações. 
 
30 
 
Segundo o mesmo autor, o idoso pode apresentar também os seguintes 
sintomas: Perda de memória mais acentuada; confusão mental; dificuldade em 
manter a atenção; problemas no reconhecimento de amigos e familiares; 
dificuldade com linguagem; problemas com leitura e com números; dificuldade 
em se organizar e pensar com lógica; incapacidade de aprender novas coisas 
ou de lidar com situações inesperadas; agitação, dificuldade em repousar; medo 
e ansiedade, especialmente ao entardecer; alucinações, ilusões, irritabilidade, 
desconfiança ou paranoia; perda de controle dos impulsos (uso de linguagem 
vulgar, despir-se em locais e momentos inadequados, utilizar modos não aceitos 
socialmente); dificuldade de percepção espacial como, por exemplo, dificuldade 
em se levantar da cadeira ou se posicionar na mesa (ABRAS, apud DUARTE, 
2002 apud TELES R; 2015). 
Com esses sintomas que são gradativos, essa tarefa pode gerar um abalo 
emocional, afetivo e um desgaste físico para os cuidadores, uma vez que o idoso 
se torna dependente. Esta condição aumenta com o aparecimento dessas 
perturbações provocando grande sofrimento tanto para o idoso quanto para seus 
cuidadores familiares (TELES R; 2015). 
Nesse caso, são forçados a se reorganizarem para proporcionar os 
cuidados ao idoso que tende a ficar adoecido. Em muitos casos, esse familiar 
que assume a função de cuidador passa a viver em função do idoso e esquece 
a sua própria vida. 
Isso pode ocorrer devido ao fato deles ficarem atarefados, angustiados, 
ansiosos, insatisfeitos e preocupados, com problemas originados por brigas 
entre os integrantes da família e por ser uma demência degenerativa e não ter 
cura, a tarefa de cuidador torna-se cada vez mais complicada (PAVARINI, et al, 
2008 apud TELES R; 2015). 
Na fase severa, o idoso passa a ter demência grave. As funções 
cognitivas morrem por inteiro e o idoso perde a capacidade de falar e entender, 
perde a prática de andar, sentar, sorrir e engolir ficando absolutamente 
dependente. Nesse caso, complica cada vez mais a tarefa do cuidador, onde se 
torna muito cansativo e estressante. A doença de Alzheimer muda totalmente a 
rotina do cuidador, fazendo-o sentir-se como um desconhecido em seu mundo. 
(CERQUEIRA, 2009 apud TELES R; 2015) 
 
31 
 
Esta alteração origina-se em uma situação angustiante e de fragilidade 
pois ele passa por vários problemas exaustivos, pelo fardo de cuidar sozinho e 
não ter um revezamento com outros cuidadoresou familiares, a vida desses 
cuidadores fica totalmente comprometida, no qual apresenta uma queda do 
autocuidado e qualidade de vida; diminuição do tempo de lazer, vida social, vida 
familiar e afetiva (VALIM et al, 2010 apud TELES R; 2015). 
Outras demandas podem surgir no ambiente familiar, além dos cuidados 
necessários ao idoso com demência, problemas com filhos e irmãos e outras 
doenças que podem se apresentar em outro membro da família, somando-se à 
sobrecarga do cuidador, incluindo o seu próprio adoecer. (PAVARINI et al, 2008 
apud TELES R; 2015) 
6 ASPECTOS NEUROBIOLÓGICOS DA DEPRESSÃO 
Determinar o início da depressão e as circunstâncias específicas em que 
ela ocorre é um fator crítico para determinar a causa da depressão e seus 
sintomas, bem como seu tratamento e prognóstico. Como resultado, os 
pacientes que desenvolvem depressão no início da vida e continuam na velhice 
têm um forte componente genético. 
Em contraste, em indivíduos com depressão iniciada após os 65 anos, a 
intervenção genética tendeu a ser menos intensa e os fenômenos 
neurobiológicos tenderam a ser mais proeminentes. É claro que a atividade de 
componentes de natureza mental que se acumulam ao longo da vida não pode 
ser descartada. (STELLA F; et al., 2002). 
Determinados fatores neurobiológicos podem conduzir à depressão de 
início tardio por aumentarem o risco e a vulnerabilidade do idoso à 
depressão, tais como alterações neuroendócrinas (redução da 
resposta ao hormônio estimulador da tireoide), alterações de 
neurotransmissores (redução da atividade serotoninérgica e 
noradrenérgica), alterações vasculares e processos de degeneração 
de circuitos corticais e subcorticais responsáveis pelo processamento 
e elaboração da vida afetiva e emocional. A produção diminuída de 
serotonina pelos Núcleos da Rafe e a diminuição dos receptores para 
estes neurotransmissores representam fatores de vulnerabilidade à 
depressão no idoso. (STELLA F; et al., 2002). 
Depressão com sintomas psicóticos, ansiedade, irritabilidade, 
instabilidade emocional tendem a predizer o aparecimento de distúrbios 
 
32 
 
comportamentais, especialmente agressividade e agitação psicomotora. (KIM et 
al. 1999 apud STELLA F; et al., 2002) 
6.1 Depressão e funções cognitivas 
O aparecimento de transtornos depressivos em idosos tem sido implicado 
como fator de risco para o desenvolvimento posterior de demência. Alguns 
estudos sugerem que 50% dos pacientes deprimidos desenvolvem demência em 
5 anos. (RASKING, 1998 apud STELLA F; et al., 2002). Depressão e demência 
mórbidas contribuem para o declínio das habilidades funcionais. 
A depressão pode causar alterações temporárias nas funções cognitivas, 
o que muitas vezes dificulta a distinção entre a condição e a demência. Por outro 
lado, em muitos pacientes, o início da demência de Alzheimer se manifesta por 
sintomas depressivos. 
Além disso, há associação entre sintomas depressivos e declínio cognitivo 
em idosos, com ou sem demência. Distúrbios de memória são comuns em 
pacientes deprimidos, tradicionalmente sugerindo a ocorrência do termo 
“pseudodemência depressiva”. (NETO, et al., 1999 apud STELLA F; et al., 2002), 
a relação recíproca entre depressão e demência se manifesta da seguinte forma: 
 
Depressão na demência: 
Os sintomas depressivos constituem parte integrante do processo demencial. 
Demência com depressão: 
Coexistência de ambos os fenômenos, sendo que os sintomas depressivos se 
instalam em um quadro demencial preexistente. 
Depressão com comprometimento cognitivo: 
A depressão evolui com dificuldades cognitivas, particularmente, de 
concentração e de memória recente. 
Demência na depressão: 
Onde o comprometimento cognitivo resulta do processo depressivo 
(“pseudodemência depressiva”). 
(STELLA F; et al., 2002) 
 
 
33 
 
7 ESTIMULAÇÃO COGNITIVA 
 
A estimulação cognitiva em idosos tornou-se, nos últimos anos, possível 
graças a um conceito protegido na neurociência, a plasticidade cerebral. 
FERRARI et. al., (2001) menciona que as transformações adaptativas na 
estrutura e funções do sistema nervoso denominada plasticidade cerebral, 
descoberto em 1930, pelo fisiologista alemão Albrecht Bethe. 
E que se trata de uma das mais importantes descobertas científicas das 
últimas décadas, a qual pôs um ponto final em um dos dogmas da Neurociência 
onde até então havia o entendimento de que os neurônios em adultos não se 
reproduziam (MELO, 2008). 
(...) a plasticidade neural é uma propriedade intrínseca do Sistema 
Nervoso que ocorre ao longo de toda a vida [...] como resposta ao 
ambiente interno e externo à lesão ou comprometimento que este 
indivíduo se encontra. (PASCUAL-LEONE et. al. 2005, p. 396) 
Assim, sabemos que a plasticidade cerebral é bastante reduzida no idoso, 
devido às condições fisiológicas do envelhecimento, independente de um 
processo patológico. 
No entanto, a estimulação cognitiva em idosos tem objetivos mais 
modestos, como apontado por Singer, 2003, que é manter as funções existentes 
e possibilitar a compensação de funções prejudicadas. 
Diversas técnicas podem ser utilizadas na estimulação cognitiva em 
idosos, tais como: terapia dirigida ao fato, incluindo treinamento sistemático de 
informações atuais e permanentes, apoiado por estimular o ambiente de 
orientação espacial e temporal, os pontos que orientam o homem para o mundo. 
Essa terapia utiliza atividades do dia a dia do indivíduo, como ver 
calendário, jornais, vídeos, fotografias e familiares, o que auxilia na 
execução de tarefas diárias do idoso (HOLDERBAUM et.al., 2006). 
Outra técnica, de acordo com os autores supracitados, é a terapia 
retrospectiva, que utiliza as experiências passadas do idoso, suas próprias 
histórias, para manter ou restaurar a memória autobiográfica do idoso 35, 
reduzindo assim a necessidade de sua ajuda e a interação do idoso com o meio 
ambiente. 
 
34 
 
Essa estratégia é muito utilizada em reuniões de equipe, pelo menos uma 
vez por semana. Os autores acrescentam ainda que o uso da assistência externa 
também é uma técnica e envolve treinamento e uso de ferramentas, que podem 
ser eletrônicas, como celulares e computadores, e também não eletrônicas, 
como agenda, agenda diária e semanal, cartão de gorjeta, agenda. 
Eles podem atuar como um ponto de apoio para que o idoso se lembre e 
realize atividades simples da vida diária. Aprender sem errar, segundo os 
mesmos autores, é ajudar os idosos a aprender novas informações sem errar. 
Esse aprendizado depende da memória latente, que é relativamente preservada 
em idosos com doença de Alzheimer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
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