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lterar modo de visualização Peso da Avaliação4,00 Qtd. de Questões2 Nota 9,50 1 - É crescente no meio científico pesquisas com foco na microbiota intestinal, apontando-a como um importante fator no desenvolvimento de doenças inflamatórias. Disserte sobre a relação entre a microbiota intestinal e Diabetes Melitus tipo 2 (DM2). Resposta esperada - A microbiota intestinal se relaciona com nutrição, ambiente e genética do hospedeiro para o desenvolvimento de distúrbios metabólicos relacionados à obesidade. - A disbiose microbiana do trato gastrointestinal aumenta a captação de energia e expressão de um fenótipo obeso. - Mudanças na razão Bateroidetes/Firmicutes associam-se à maior expressão de genes microbianos que codificam enzimas relacionadas ao metabolismo dos carboidratos. O microbioma de pessoas obesas difere do microbioma de indivíduos magros e são caracterizados por uma prevalência mais baixa de Bateroidetes e mais alta de Firmicutes. - Essa alteração na razão Bateroidetes/Firmicutes é um fator ambiental que fornece material genético para uma capacidade aumentada de captar energia da dieta. - Essa maior captação de energia promove a lipogênese e aumenta o número e o tamanho das gotículas de lipídeos nos tecidos extraintestinais. - As alterações no perfil da microbiota e consequentemente no perfil de fermentação do microbioma alteram a permeabilidade intestinal e a homeostase energética, o que causa endotoxemia, inflamação de baixo grau e obesidade. - Isso tudo acarreta uma hiperglicemia, hiperlipidemia que favorece a obesidade e pode levar a uma resistência à insulina. - Assim, é importante uma reintegração da microbiota intestinal por meio da utilização de prebióticos e probióticos no tratamento do paciente com DM2. Minha resposta A relação entre a microbiota e o DM2 foi estabelecida por um desequilíbrio em certos filos bacterianos causados por uma dieta rica em gordura. Esta dieta contribui para aumento de oxidação de ácidos graxos no fígado e no tecido adiposo, produzindo espécies reativas de oxigênio, que diminuem a produção de muco epitelial intestinal e rompem as junções as junções apertadas, reduzindo a integridade da barreira intestinal. E ainda, consumir grandes quantidades de gordura também pode levar à morte de bactérias Gram-negativas, aumentando assim a quantidade de lipopolissacarídeos (LPS) no intestino. O aumento de permeabilidade intestinal e a translocação de LPS levam à ativação de receptores Toll-like 4. A ativação desses receptores estimula a síntese de oxido nítrico e citocinas inflamatórias, fator que leva à fosforilação do substrato 1 do receptor de insulina (IRS-1), em resíduos de serina e, portanto, na resistência à insulina. Indivíduos com DM1 e DM2 apresentam disbiose intestinal e diversidade microbiana alterada em comparação com indivíduos não diabéticos. Essa disbiose parece estar envolvida na patogênese de várias maneiras, incluindo alterações no metabolismo energético, produção de endotoxinas inflamatórias, aumento da permeabilidade intestinal e produção de células imunes associadas à autoimunidade. Como exemplo dessa relação, a presença de bactérias patogênicas no intestino, como o Clostridium, que pode levar ao aumento da inflamação e alterações nos processos autoimunes, causando à destruição das células beta do pâncreas. Pesquisas promissoras sugerem que o uso de probióticos pode ter benefícios no tratamento do diabetes, possivelmente mitigando os efeitos da disbiose e restaurando a saúde intestinal. Retorno da correção Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados. 2 - Dados apresentados pela Federação Brasileira de Gastroenterologia apontam que é significativa a prevalência das doenças de trato gastrointestinal na população brasileira. Disserte sobre cinco das principais doenças do trato gastrointestinal superior (definições). Resposta esperada - Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) consiste no retorno ou refluxo de conteúdo alimentar presente no estômago para o esôfago, normalmente com pH ácido. Esta anormalidade é causada pela incapacidade do esfíncter inferior do esôfago (válvula cárdia) de reter o bolo alimentar e sucos digestivos no interior do órgão, provocando a regurgitação. O refluxo, por conter material ácido, atinge a faringe e até a boca, provocando tal como na azia, ardor, queimação e mal-estar. - Gastrite é uma inflamação do revestimento do estômago causada por uma variedade de fatores. As causas podem ser infecção, lesão, uso regular de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e consumo excessivo de álcool. Os sintomas incluem dor na parte superior da barriga, náuseas e vômitos. Às vezes, não há sintomas. O tratamento depende da causa. - Úlcera é uma ferida que se desenvolve na mucosa do esôfago, estômago ou intestino delgado. As úlceras ocorrem quando o ácido estomacal danifica o revestimento do trato digestivo. As causas comuns incluem a bactéria H. Pylori e analgésicos anti-inflamatórios, incluindo a aspirina. Dor na região superior do abdômen é um sintoma comum. O tratamento costuma incluir medicamentos para diminuir a produção de ácido estomacal. - Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica. O consumo de álcool está diretamente associado à maioria dos casos da doença, também podendo ser ocasionada por cálculos biliares. A pancreatite pode começar subitamente e durar dias ou pode ocorrer ao longo de muitos anos. Os sintomas incluem dor na parte superior do abdômen, náuseas e vômitos. Normalmente, o tratamento requer hospitalização. Depois de estabilizarem o paciente, os médicos tratam a causa subjacente. - Os cálculos biliares são depósitos de material sólido (predominantemente de cristais de colesterol) na vesícula biliar. O fígado pode secretar muito colesterol, que é transportado com a bile para a vesícula biliar, onde o colesterol em excesso forma partículas sólidas e se acumula. Os cálculos biliares podem variar em tamanho e número e podem ou não provocar sintomas. Em geral, pessoas que apresentam sintomas precisam de cirurgia de remoção da vesícula biliar. Os cálculos biliares que não causam sintomas geralmente não precisam de tratamento. Minha resposta A incidência significativa de enfermidades no trato gastrointestinal superior no Brasil foi evidenciada por dados apresentados pela Federação Brasileira de Gastroenterologia. Cinco dessas patologias primordiais incluem: 1 - Refluxo Gastroesofágico (DRGE): o retorno de ácido estomacal para o esôfago caracteriza o DRGE, manifestando sintomas como azia, frequentemente decorrente da fragilização do esfíncter esofágico inferior. 2 – Úlcera Péptica: ferimento no estômago ou duodeno são definidos como úlceras pépticas, muitas vezes ocasionados por infecção de Helicobacter pylori ou uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Podem gerar desconforto abdominal e complicações graves. 3 – Esôfago de Barrett: está condição emerge quando as células do esôfago sofrem transformações devido ao refluxo crônico, intensificando o risco de câncer esofágico. Requer vigilância médica sistemática. 4 – Dispepsia Funcional: caracterizada pelo desconforto na região superior do abdômen, associada a sensações de plenitude e náusea. A origem exata é incerta, e não se observa anomalias estruturais. 5 – Gastrite: a inflamação da mucosa gástrica, podendo ser desencadeada por infecção de H. pylori, consumo excessivo de álcool ], AINEs ou outras irritações. Indícios incluem dor abdominal, náusea e indigestão. Essas condições impactam distintas regiões do sistema gastrointestinal, desde o esôfago até o estômago, apresentando variações em sua severidade. Retorno dacorreção Parabéns acadêmico, sua resposta se aproximou dos objetivos da questão, poderia apenas ter apresentado mais argumentos acerca dos conteúdos disponibilizados nos materiais didáticos e estudos.
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