Buscar

CUIDADOS-DE-ENFERMAGEM-NO-PÓS-PARTO-IMEDIATO-Prática-educativa-realizado-no-Hospital-Municipal-de-Ji-ParanáRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

82 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-PARTO IMEDIATO: Prática 
educativa realizado no Hospital Municipal de Ji-Paraná/RO 
 
Rejeane Carpanini Mota Silva1 
Olga Andrade Gomes2 
Rosenilde Pereira Rulnix3 
Alexandre Zandonadi Meneguelli4 
 
RESUMO: No puérperio é imprescindível a atuação do enfermeiro com ações minimizadoras 
da vulnerabilidade puerperal. Assim, o objetivo desse estudo foi descrever a assistência de 
enfermagem, destacando aspectos do puérperio, os cuidados assistenciais prestados pela 
equipe de enfermagem. Trata-se de um estudo de revisão da literatura sobre os cuidados 
prestados por Enfermeiros no puérperio, em âmbito hospitalar e ambulatorial. O puérperio é 
o período que se inicia logo após o parto, depois da fase de dequitação da placenta, com 
duração variável, que finaliza quando as alterações provocadas pela gravidez no organismo 
materno evoluem para seu estado normal anterior. A atenção à mulher no pós-parto imediato 
e nas primeiras semanas após o parto é fundamental para a saúde materna. O retorno da 
mulher ao serviço de saúde, depois do parto, deve ser incentivado desde o pré-natal e na 
maternidade. Neste sentido, pelo fato do puerpério se tratar de uma fase que gera 
insegurança, independentemente de ser ou não a primeira experiência como mãe, é 
importante que a enfermeira tenha sensibilidade o bastante para identificar quais são as reais 
necessidades desta mulher, principalmente em ambiente domiciliar. Utilizamos como fontes 
de pesquisa, livros, periódicos, artigos científicos, (SCIELO, LILACS), que contemplaram o 
tema desenvolvido na pesquisa. A assistência de enfermagem deve ser planejada; com 
obtenção de dados e identificação das respostas a problemas de forma individualizada, 
considerando o contexto em que a puérpera está inserida. Defronte ao exposto, surge a 
necessidade de refletir sobre as práticas assistenciais no puerpério, como também instigar os 
profissionais de saúde a vivenciarem a prática educativa como estratégia de promoção da 
saúde indispensável a esse importante período da vida da mulher. 
 
 Palavras-chaves: Puerpério. Ambiente Domiciliar. Assistência de Enfermagem. 
 
NURSING CARE IN THE IMMEDIATE POST-BREASTFEEDING: Educational 
practice carried out at the Hospital Municipal de Ji-Paraná / RO 
 
ABSTRACT: On puérperio it is essential to the performance of the nurse with minimizadoras 
shares of puerperal vulnerability. Thus, the aim of this study was to describe the nursing care, 
highlighting aspects of the puérperio, the social care provided by nursing staff. This is a review 
of the literature study on the care provided by Nurses in the puérperio, in hospital and 
outpatient context. The puérperio is the period that begins immediately after childbirth, after 
uterine emptying phase of the placenta, with variable duration, which ends when the changes 
 
1 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Panamericana de Ji-Paraná/UNIJIPA. 
2 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Panamericana de Ji-Paraná/UNIJIPA. 
3 Graduada em Enfermagem pela Faculdade Panamericana de Ji-Paraná/UNIJIPA. 
4 Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB/MS. Mestre em 
Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia. Especialista em Zoologia pela Faculdade 
de Ciências Biomédicas. Graduado em Ciências Biológicas. Professor do Ensino Superior na 
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná/ UNIJIPA. E-mail: alexandre.meneguelli@unijipa.edu.br 
83 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
caused by pregnancy on maternal body involute to your normal state before. Attention to 
women in the immediate postpartum and in the first weeks after birth is critical to maternal 
health. The return of women to the health service, after childbirth, should be encouraged since 
the prenatal and maternity. In this sense, because the puerperium is a phase that generates 
insecurity, regardless. 
 
Keywords: Puerperium. Home Environment. Nursing care. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A situação humana e social de um país e de seu povo é, certamente, expressa 
pela mortalidade materna (BENZECRY, 2000). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional de 
Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) definem mortalidade materna como sendo o óbito 
da mulher enquanto grávida ou dentro dos 42 dias completos do puerpério, 
independente da duração da gravidez e do sítio de implantação do ovo, decesso 
proveniente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação, ou de seu 
tratamento, excluindo-se fatores acidentais (REZENDE; MONTENEGRO, 1998). 
Segundo Benzecry e Arkader (2000). Considerando- se que pelo menos 
500.000 óbitos materno ocorrem, anualmente, no mundo todo. Os casos nos quais as 
gestantes ou as puérperas apresentam disfunções sistêmicas agudas, que, se não 
tratadas apropriadamente, poderiam resultar na morte das mesmas, despontam como 
indicadores essenciais na avaliação das principais e mais graves doenças obstétricas, 
freqüentemente relacionadas à mortalidade materna. 
Atualmente, sabe-se que as áreas com os maiores índices de mortalidade 
materna requerem as mais urgentes intervenções, mas, inevitavelmente, estas são as 
regiões que menos tem cobertura assistencial dos serviços de saúde e as pesquisas 
e os estudos são os únicos meios para obtenção de dados populacionais sobre a 
prevalência de certas morbidades (MANTEL et al., 1998). 
Segundo o ministério da saúde a mortalidade materna no Brasil caiu 58%, entre 
os anos de 1990 e 2015. Hoje o Brasil ocupa lugar relativamente modesto nessa 
hecatombe assistencial feminina, ostentando coeficiente de 55,7 óbitos maternos por 
100.000 nascidos vivos, consoante dados do Ministério da Saúde de 1996. 
O Puerpério é momento crítico onde a mulher requer uma atenção especial, 
uma vez que seu organismo está em transição voltando ao seu estado fisiológico 
84 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
anterior e é por isso que a enfermagem deve focar em alguns cuidados específicos e 
melhorar a qualidade da assistência com propósito de diminuir ou evitar que as 
intercorrências graves aconteçam como hemorragias, hipotensão, hipertensão que 
são complicações graves que pode levar a morte. 
O puerpério é um momento crítico e de transição na vida das mulheres, esse 
período tem início logo após o parto e tem duração variável. No puerpério, ocorrem os 
ajustes fisiológicos necessários ás manifestações evolutivas de recuperação e de 
adaptações ás alterações sofridas pelo organismo e seu estado pré-gravídico 
(LOWDERMILK, 2002). 
A complexidade do puerpério é conferida pelo entrelaçamento de aspectos 
fisiológicos, emocionais, relacionais, socioculturais, econômicos e de gênero. Além 
disso, no puerpério se exacerbam as demandas da maternidade, o que acarreta 
importantes transformações no estilo de vida e do casal, com complicações no 
relacionamento conjugal do casal e/ou na vida efetiva e sexual. Todos esses aspectos, 
individualmente ou sobrepostos, implicam diferentes situações de vulnerabilidade 
para as mulheres que vivenciam esse período (CABRAL, 2007). 
De acordo com Stefanello (2005) chamam a atenção para o fato de que, 
embora o puerpério seja um momento de vulnerabilidade e da Política de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), inclui em suas metas ações voltadas a esse 
período, o processo do puerpério ainda é pouco considerado pelos profissionais de 
saúde com a relevância do ponto de vista da prevenção de adoecimento e de 
promoção à saúde com mulheres. 
Por fim, é de suma importância destacar que os cuidados prestados às clientes 
no puerpério imediato inclui o cuidado com a ferida no pós- operatória, alimentação, 
deambulação, e orientações, estas voltadas aos cuidados que devem ser tomados 
com orecém-nascido, com o coto umbilical, higienização, com a amamentação, assim 
explicando a importância de amamentar, pois, o leite materno até os seis meses de 
vida é essencial para o RN (recém-nascido), também com o esquema do quadro 
vacinal da criança e entre outros. 
Este estudo teve por objetivo realizar ações educativas em saúde com as 
puérperas da obstetrícia do Hospital Municipal do Munícipio de Ji-Paraná, no pós-
85 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
parto imediato, para que, com isso elas saibam identificar possíveis intercorrências 
fisiológicas maternas controláveis quando identificadas, a fim de evitar complicações. 
 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1 Áreas do Estudo 
 
O projeto observacional foi desenvolvido na Maternidade do Hospital Municipal 
de Ji-Paraná, ou seja, em um dos setores, do único Hospital Público da cidade, tendo 
todos os tipos de atendimento como: Urgência e Emergência, Pronto Socorro, Pronto 
Atendimento Ambulatorial, Pediátrico, Cirurgia Geral, Ortopedia, Ginecologista e 
Obstetrícia, no setor da maternidade, Exames laboratoriais, Raio x, Tomografia de 
Emergência e Ultrassom de Emergência. 
 
2.2 Tipos de Pesquisa 
 
As características das participantes do projeto são mulheres em período fértil, 
com idade entre 10 e 49 anos, em período puerperal imediato. 
Trata-se de estudo observacional, com mulheres no período do puerpério 
imediato internadas em alojamento conjunto, na maternidade incluindo as de parto 
cesarianas. A condução da análise teve como base os componentes do cuidado de 
enfermagem no pós-parto imediato, tendo como proposta o enfoque com dados 
referentes à percepção de prevenção á agravos evitáveis como: hemorragias, 
hipotensão, hipertensão, e choque hipovolêmico, e infecções puerperais podendo 
levar a óbito. 
 
2.3 Desenvolvimentos das Atividades 
 
A aplicação do projeto observacional foi realizada através de palestras 
educativas para as puérperas no pós-parto imediato. 
86 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
 Respeitar a preferência alimentar da puérpera, dando opções de escolha. 
Como exemplo perguntando o que ela gostaria de comer, ou seja, dando a ela no 
mínimo duas opções de alimento. 
 Estimular o banho diário, e inclusive com lavagem de cabelos se 
necessários. Orientar higiene intima de qualidade, manter unhas sempre cortadas, e 
de preferência primeiro banho da paciente será assistido para a segurança da 
paciente. Quando falamos em estimular o banho diário, e lavagens dos cabelos 
querem quebrar esse mito de que um puérpera não pode tomar banho logo em 
seguida do parto, e muito menos lavar o cabelo, por antigamente elas ficavam os 
quarenta dias sem lavar o cabelo e em algumas regiões ou tradições a mulher nem 
saia do quarto durante o período de quarentena. 
 Estimular deambulação precoce do parto. A deambulação precoce apressa 
a involução uterina, promove a drenagem da loquiação, melhora o funcionamento da 
bexiga e do intestino melhora a circulação e reduz a incidência de tromboembolismo. 
Estimulando a deambulação precoce logo após o parto ajuda a puérpera na involução 
do útero, ou seja, faz com que o útero se contraia e volte ao seu tamanho normal mais 
rápido, e também ajuda na drenagem do sangue na cavidade uterina, melhorando 
também o funcionamento da bexiga e intestino e a circulação, pois assim evita a 
incidência de trombose. 
 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A palavra puerpério vem do latim e significa puer= criança e parere= parir e 
pode ser conhecido como pós-parto ou resguardo. Seu início é marcado pela 
dequitação ou saída da placenta e termina quando a fisiologia materna volta ao estado 
anterior, aproximadamente seis meses após o parto, embora ainda existam 
controvérsias entre os autores (LIMA, 2013;CABRAL et al., 2010). 
 O puerpério pode ser dividido em quatro períodos: o primeiro período, o 
imediato, que se inicia após o término da dequitação, chamado também de quarto 
período do parto, onde são mais freqüentes e graves as complicações hemorrágicas 
e suas consequências, uma vez que, nesse momento o útero e os vasos sanguíneos 
ainda se encontram dilatados, saindo do seu estado gravídico e retornando ao seu 
87 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
estado anterior, esse se estende até duas horas pós-parto, no parto cirúrgico a mulher 
estará na sala de recuperação anestésica nesse período (CABRAL et al., 2010). 
Depois é seguido pelo período mediato que vai da 2ª hora até o 10º dia pós-
parto, nesse período ocorre a regressão dos órgãos genitais, a loquiação é escassa e 
amarelada e a lactação já está plenamente instalada. O Terceiro, o período tardio, que 
perdura do 11º dia até o 42º dia pós-parto e, finalmente o quarto, o período remoto 
que segue após o 42º dia em diante (CABRAL et al., 2010). 
É importante incluir nos cuidados de enfermagem desse período os principais 
controles pós-anestésicos como: o grau de recuperação dos efeitos da anestesia, o 
grau de dor da puérpera, avaliação do nível de consciência, monitoração do retorno 
da sensibilidade das pernas, monitoramento do débito urinário e inspeção do curativo 
abdominal, além disso, atentar para os sinais vitais, fluxo do lóquios de 15 em 15 
minutos na primeira hora, a cada 30 minutos na segunda hora, e em um quadro 
estável de 4 em 4 horas no período que se segue(BRASIL, 2005). Porém, observamos 
que no HMJP não existe uma sala de recuperação pós-anestésica (SRA), após as 
cirurgias, as pacientes são encaminhadas imediatamente para a maternidade, no 
alojamento em conjunto (ALCON), sem assistências dos anestesistas, ficando 
vulneráveis a possíveis complicações anestésicas. 
 Ainda seguindo essa linha de raciocínio, é indispensável ressaltar também a 
responsabilidade da enfermagem no controle da infecção hospitalar. De fato, ao longo 
dos anos, a infecção puerperal tem se constituído em uma das mais importantes 
complicações médicas ameaçadoras da vida materna, ou seja, a qualidade da 
assistência está intimamente relacionada com a baixa taxa de infecção (FREITAS et 
al.,2011). 
É importante observar o estado geral da puérpera logo após o parto e 
reconhecer quais sinais e sintomas que fazem parte do padrão de normalidade 
esperado e quais seriam preocupantes. No período imediato a mulher poderá se 
apresentar com fáceis de cansaço, devido ao trabalho de parto ou procedimento 
cirúrgico e ansiedade(CABRAL et al., 2010). 
A partir do conhecimento cientifico á enfermagem utiliza como instrumento a 
(SAE), Sistematização de Assistência em Enfermagem, que identificam os problemas, 
88 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
diagnóstico-resultados de enfermagem representados como fenômenos que são 
focos da atuação do enfermeiro no parto e puerpério(BRASIL. 2005). 
Embora a maioria das alterações sejam fisiológica, as puérperas convivem com 
mudanças, medos, anseios e situações de risco que podem afetar negativamente o 
binômio mãe-filho. Somam-se a estes riscos os problemas reais já instalados, que 
indicam a necessidade de atuação da enfermagem através de uma assistência mais 
próxima da mulher (CARVALHO, 2014). 
Intercorrências no período puerperal representam boa parte das situações e 
morbidade e mortalidade materna. As principais causas morte materna no Brasil são 
as síndromes hemorrágicas, hipertensão arterial, gestações terminadas em 
abortamento e infecções puerperais (CABRAL et al.,2010). 
Apesar de o puerpério ser um período de maior vulnerabilidade e 
Intercorrências se comparada a outras etapas do ciclo gravídico- puerperal é a fase 
em que a mulher fica desassistida pela equipe de saúde, pois, ela recebe alta 
hospitalar, retornando para sua residência e âmbito familiar, dando maior importância 
para as orientações recebidas porterceiros, nesse ambiente familiar, do que para as 
orientações recebidas da equipe de saúde, demorando retornar as UBS (Unidade 
Básica de Saúde), e com isso, ficando mais expostas a problemas. Assim, com as 
orientações adequadas outras intercorrências como, o período de desmame precoce, 
a depressão pós-parto e uma nova gravidez no período puerperal seriam evitadas 
(BRASIL, 2005). 
A via de parto ideal e efetiva para a saúde do binômio mãe-filho é a via vaginal. 
A cesariana é um recurso eficiente que o médico obstétrico possui para lidar com as 
complicações emergenciais que possam advir de riscos ou de situações anômalas do 
trabalho de parto. É importante ressaltar que a indicação da cesárea deverá ser 
precisa e criteriosa, levando em consideração seus riscos e benefícios (CABRAL et 
al.,2010). 
Além das modificações de cunho social é nesse período que o organismo 
materno passa por profundas modificações fisiológicas a fim de retornar ao estado 
anterior à gestação, o estado pré-gravídico. Além disso, afora as mudanças 
biológicas, é no puerpério que se consolida o processo de maternidade, o qual envolve 
89 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
não apenas o fisiológico mais o emocional, psicológico, social, econômico e até as 
questões de gênero (LIMA, 2013). 
A qualidade de assistência de enfermagem às puérperas é primordial para 
manutenção e promoção da saúde. A (o) enfermeira (o) atuante precisa buscar 
respaldo em evidência científica para justificar suas práticas, além de, colocar as 
mulheres como centro das decisões na assistência e não apenas coadjuvantes 
(CABRAL et al., 2010). 
Para a aplicação do nosso projeto observacional utilizou-se de: palestras 
individuais, folder explicativos, para orientar as puérperas e parturientes no pós-parto 
imediato e na sala de pré-parto, sobre alguns problemas que podem ocorrer durante 
o puerpério, estimulando ao máximo de atenção possível e compreensão das 
mesmas, sobre o risco que podem estar ocorrendo no seu período pós-parto imediato. 
4 RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
 
Dentre as 35 mulheres que foram orientadas na maternidade do Hospital 
Municipal de Ji-paraná através de duas etapas com palestras e folders, explicativos 
sobre os cuidados imediatos no pós-parto tanto da paciente e também na orientação 
do acompanhante para que possa ajudar a puérpera durante seu estado puerperal. 
Ou seja, a assistência precisa ser planejada, para que haja a obtenção de resultados 
e a identificação das respostas a problemas ou à etapa do ciclo de vida, de forma 
individualizada, considerando o contexto em que a puérpera está inserida, é 
fundamental nesta fase. Nós como enfermeiras podemos contribuir significativamente 
na elaboração de intervenções focadas nas reais necessidades da puérpera 
qualificando assim o cuidado dispensado em sua recuperação pós- parto. 
 A aceitação do parto normal ainda é uma discussão que traz polêmica na 
sociedade deste município, dessa forma, devido à dor intensa, elas preferem parto 
cesariano, uma vez que, a demora do parto normal pode haver riscos e o bebe vir a 
óbito, assim, observamos que o número de parto cesariano é bem maior do que o 
parto normal, o que faz com que a descida do leite demore mais. 
90 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
O resultado esperado foi satisfatório na medida em que observamos a atenção 
dada sobre o assunto, mesmo algumas sendo totalmente leigas por serem primíparas 
ainda assim ouviram com bastante atenção, preocupações e questionamentos. 
Contudo, um pré-natal de qualidade reflete uma vida saudável entre a criança 
e a mãe, assim, essas crianças se tornam adultos fisicamente sadios, psicamente 
equilibrado e socialmente útil. Sendo assim, o presente estudo defende a hipótese de 
que os enfermeiros conhecem as práticas e fazem parte do processo de cuidar, 
embora a indicação nos remeta como acadêmicas para o não cumprimento desta 
prática. 
Acredita-se que as vivências de trabalho de parto e principalmente no pós- 
parto imediato de mulheres que tiveram a oportunidade de ter o acompanhante de sua 
escolha durante esses momentos são diferentes, pois eles ajudam as mesmas nos 
cuidados e principalmente o medo e complicações que possa haver no pós- parto, 
foram totalmente diferentes das que vivenciaram essas experiências sozinhas, 
mesmo que os profissionais envolvidos no processo ofereçam o cuidado e conforto 
necessários, pois as mesmas não tiveram os cuidados que seu acompanhante pode 
oferecer. 
Percebemos durante a aplicação do nosso projeto que a puérpera, sente-se 
mais acolhida e com força suficiente para vencerem todos os obstáculos e dores que 
iram passar a partir do momento que chega a hora de trazer seu bebê ao mundo. O 
acompanhante é classificado como uma prática comprovadamente útil e que deve ser 
estimulada, pois remete à mulher a sensação de tranquilidade, confiança e segurança. 
Sabe-se que a somente a presença do acompanhante não representa, em si, 
uma forma de suporte. Contudo, o fato de ter alguém para compartilhar o momento 
de dificuldade vivenciado foi considerado importante para essas mulheres. Elas 
mencionaram, em algumas falas, a necessidade de dividir a experiência, que 
descrevem como de dor e de sofrimento, como se o fato de ter alguém ao lado 
contribuísse pelo menos para amenizar a sensação de solidão. Percebe-se que 
escolher o acompanhante na hora do parto e no pós-parto imediato. A confiança se 
apresenta como pré-requisito, pois, para elas, tanto no nascimento e no pós-
nascimento. A escolha de familiares para vivenciar esse momento se deve, em parte, 
91 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
à existência de uma convenção social de que, em situações como o parto e o 
nascimento, o esperado é que se escolha alguém da família. 
As falas evidenciam que a participação do acompanhante tornou o processo do 
nascimento e no pós-parto, ficam mais tranquilos, pois o apoio proporcionado permite 
que a parturiente sinta-se mais segura pela presença de outra pessoa que colaborou 
ativamente com suas necessidades de cuidado. E além dessas atitudes, outras 
podem ser realizadas, como massagens, auxílio no banho de aspersão/imersão, na 
deambulação e cuidados durante o pós-parto imediato que são de extrema 
importância. 
Situações que proporcionam à mulher relaxamento, informações e contato com 
uma pessoa de sua confiança, fazem-na se sentir mais confortável para vivenciar o 
nascimento do filho, e meio que acalmar seu coração, pois gera elevação da auto 
estima e sensação de apoio, que resultam em satisfação e segurança. O alcance do 
bem-estar acontece quando a puérpera se sente amada e respeitada. 
Verificou-se que duas mulheres que estavam no pré-parto sem a presença de 
acompanhantes. Foi identificada uma lacuna na literatura no que concerne às 
pesquisas com mulheres que optaram por vivenciar o trabalho de parto e o parto 
sozinhas. Os poucos estudos sobre a percepção de parturientes/puérperas acerca 
dessa temática abordam apenas a percepção das que vivenciaram o processo 
parturitivo acompanhadas ou daquelas que desejariam compartilhar esse momento 
com alguém, nos casos de instituições que não cumprem a legislação brasileira. 
Ao citar a presença da mãe como uma possibilidade para a mudança de 
opinião, uma das puérperas, que não solicitou a presença de acompanhante, revelou 
que a pessoa que ela confiaria para dividir esse momento tão especial em sua vida, 
ou seja,o nascimento de seu filho era a sua mãe. Conforme já discutido, a confiança 
se apresenta como pré-requisito para a escolha do acompanhante, pois a existência 
de vínculo constitui a diferença entre qualquer pessoa e a pessoa desejada. 
Observou-se, ainda, que a responsabilidade da maternidade e dos fenômenos 
nela envolvidos foi reconhecidacomo de exclusividade da mulher, pois é ela quem 
gesta, pare e cuida. Destaca-se que a idéia da responsabilidade individual da mulher 
pela gestação e pelo nascimento se configura como um entrave para a humanização 
do parto, pois algumas vezes há certa dificuldade em inserir a família nesse contexto. 
92 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
O parto deve ser reconhecido como um evento familiar e social de extrema 
relevância, o qual envolve valor ético e humanitário. Entretanto, como inserir a família 
num contexto em que a parturiente se vê como única responsável pelo evento e não 
reconhece a importância de compartilhá-lo com outros tem sido um fato questionado. 
Verifica-se, portanto, que apesar das lutas para garantir o direito de 
participação do acompanhante durante o trabalho de parto, parto e puerpério imediato, 
a individualidade de cada mulher deve ser respeitada, uma vez que as opiniões dos 
profissionais não devem se sobrepuser às da protagonista desses eventos: a 
parturiente. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente projeto referente à educação em saúde com as puérperas da 
obstetrícia do HMJP no pós-parto imediato, destacou-se as percepções das puérperas 
ao esclarecer suas indagações a acerca do direito alcançado por elas sobre a 
presença e participação do acompanhante durante o trabalho de parto e no parto e si 
e principalmente no pós-parto imediato até a alta hospitalar, levando em consideração 
o contexto em que elas estavam inseridas. A importância da participação do 
acompanhante no processo de nascimento centrou-se na minimização dos 
sentimentos de solidão que se somavam às dores das parturientes. Verificou-se o 
valor atribuído pelas puérperas à escolha de pessoas conhecidas, com destaque às 
mães; algumas mulheres se mostraram indiferentes à ausência de acompanhantes. 
Evidenciou-se que somente a presença do acompanhante não foi considerada como 
suporte para as mulheres em trabalho de parto e pós- parto imediato, devido a sua 
sensibilidade e entendimento da situação e também pelo conhecimento nos cuidados 
e complicações que possam ocorrer no período do pós – parto imediato gerando assim 
o diferencial em torno das atitudes que os acompanhantes tiveram para proporcionar 
conforto a elas. 
Conclui-se que o cuidado, no pós-parto imediato, proporcionado pelos 
profissionais de saúde, e pelos acompanhantes, mostra-se imprescindível para 
garantir conforto e bem-estar para mulheres no momento do parto. E principalmente 
no pós-parto imediato. Que consiste em analisar as descrições das experiências de 
93 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
trabalho de parto e pós- parto, com a presença de alguém de sua escolha contribuiu 
para a compreensão do significado desses momentos para as parturientes. 
Refletir sobre a percepção de cada mulher quanto à vivência desses momentos 
auxilia na escolha de estratégias de cuidado que possam atender as necessidades 
individuais. A partir da descoberta das particularidades é que o cuidado pode ser 
planejado e construído, sempre com a finalidade de atender a parturiente de maneira 
integral. 
Propõe-se que os familiares e/ou outras pessoas escolhidas pela mulher 
possam ser inseridas no contexto da gestação desde a primeira consulta pré-natal, no 
parto e pós-parto imediato, e para que elas possam se sentir melhor preparados para 
acolher e apoiar as puérperas em suas reais necessidades, pois a simples presença 
no momento do parto não se mostra suficiente para as mulheres. Pois as mesmas 
necessitam de um cuidado maior no pós-parto imediato. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas 
Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-Natal e Puerpério: atenção 
qualificada e humanizada-manual técnico/Ministério da saúde, Secretaria de 
Atenção á Saúde, Departamento de Ações Problemáticas Estratégicas- Brasília: 
Ministério da Saúde, 2005. 
 
BENZECRY R, Arkader J. Mortalidade materna. In: Benzecry R, Oliveira HC, 
Lengruber I, editores. Tratado de Obstetrícia FEBRASGO. 1a ed. Rio de Janeiro: 
Revinter; 2000. p.159-63. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000093&pid=S0100-
7203200400040000900001&lng=en. Acessado em 25 de Ago.de 2017. 
 
 
CABRAL FB. Vulnerabilidade de puérperas: olhares de equipes do programa 
saúde da família em Santa Maria/RS [dissertação]. Porto Alegre: Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem; 2007. Disponível em: 
https://pdfs.semanticscholar.org/4e0b/02dc927f1ae5c13e8b826068a462362f7ad0.pd
f. Acesso em 29 de ago. de 2017. 
 
 
CABRAL, Antônio Carlos Vieira; REIS, Zilma Nogueira; PEREIRA, AlamandaKfouri; 
LEITE, Henrique Vitor; REZENDE, Cezar Alencar de Lima. Guia de Bolso de 
Obstetrícia. In: Assistência ao Puerpério. São Paulo: Atheneu, 2010. p. 233 – 241. 
Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000093&pid=S0100-7203200400040000900001&lng=en
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000093&pid=S0100-7203200400040000900001&lng=en
https://pdfs.semanticscholar.org/4e0b/02dc927f1ae5c13e8b826068a462362f7ad0.pdf
https://pdfs.semanticscholar.org/4e0b/02dc927f1ae5c13e8b826068a462362f7ad0.pdf
94 
 
Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 12 nº 1 Jan. 2019 ISSN 2359-3938 
 
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/conexao/article/viewFile/5031/3406. Acesso 
em 29 de ago. de 2017. 
 
 
CARVALHO, Geraldo Mota de Enfermagem em Obstetrícia/Geraldo Mota de 
Carvalho. 3. Ed. rev. E ampl. - {Reimpr.}. – São Paulo: EPU, 2014. 
 
FREITAS. et .al (2011). Rotinas em obstetrícia [recurso eletrônico] / Fernando 
Freitas... [et al.] – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
 
LIMA, D. M. O Cuidado de Enfermagem no Puerpério Cirúrgico: Aplicação de 
um Modelo de Cuidado. 2013. 144 f. Dissertação [Mestrado em Enfermagem] – 
Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Orientadora: Profa. Dra. Marilene Loewen 
Wall. Disponível em: http://www.saude.ufpr.br/portal/ppgenf/wp-
content/uploads/sites/9/2016/01/o-cuidado-de-enfermagem-no-puerp%c3%89rio-
cir%c3%9argico-aplica%c3%87%c3%83o-de-um-modelo-de-cuidado.pdf. Acesso dia 
28 de ago. de 2017. 
 
 
LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E; BOBAK, I. M. O cuidado em enfermagem 
materna. 5. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.Disponivel em: 
http://www.ppgenf.ufpr.br/disserta%c3%87%c3%83olu%c3%8dsacanestrarokalinows
ki.pdf. Acesso em 28 de ago. de 2017. 
 
 
REZENDE J, Montenegro CAB, Belfort P. Mortalidade materna e perinatal. In: 
Rezende J, editor. Obstetrícia. 8a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. 
p.1317-25. 
 
 
STEFANELLO, J. A vivência do cuidado no puerpério: as mulheres construindo 
se como mães. 118f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão 
Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. Disponível em: 
http://www.ppgenf.ufpr.br/dissertaçãoluísacanestrarokalinowski.pdf. Acesso em 
Ago.de 2017. 
 
 
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/conexao/article/viewFile/5031/3406
http://www.saude.ufpr.br/portal/ppgenf/wp-content/uploads/sites/9/2016/01/O-CUIDADO-DE-ENFERMAGEM-NO-PUERP%C3%89RIO-CIR%C3%9ARGICO-APLICA%C3%87%C3%83O-DE-UM-MODELO-DE-CUIDADO.pdf
http://www.saude.ufpr.br/portal/ppgenf/wp-content/uploads/sites/9/2016/01/O-CUIDADO-DE-ENFERMAGEM-NO-PUERP%C3%89RIO-CIR%C3%9ARGICO-APLICA%C3%87%C3%83O-DE-UM-MODELO-DE-CUIDADO.pdf
http://www.saude.ufpr.br/portal/ppgenf/wp-content/uploads/sites/9/2016/01/O-CUIDADO-DE-ENFERMAGEM-NO-PUERP%C3%89RIO-CIR%C3%9ARGICO-APLICA%C3%87%C3%83O-DE-UM-MODELO-DE-CUIDADO.pdf
http://www.ppgenf.ufpr.br/DISSERTA%C3%87%C3%83OLU%C3%8DSACANESTRAROKALINOWSKI.pdf
http://www.ppgenf.ufpr.br/DISSERTA%C3%87%C3%83OLU%C3%8DSACANESTRAROKALINOWSKI.pdf
http://www.ppgenf.ufpr.br/DISSERTAÇÃOLUÍSACANESTRAROKALINOWSKI.pdf

Continue navegando