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Platão identifica na felicidade

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Platão identifica na felicidade (eudaimonia) o objetivo mais elevado de um pensamento e de uma conduta moral. As virtudes (aretê) necessárias para obtê-la são apresentadas por meio dos diálogos, ou seja, as disposições da alma e da cidade que fundamentam uma vida digna de ser vivida florescem por meio do tipo de acordo ou impasse a que os personagens platônicos chegam.
Como vimos, para Aristóteles, o maior de todos os bens é a felicidade. Ela é autossuficiente, sendo o fim a que visam todas as ações. A felicidade tampouco é presente dos deuses nem da sorte: ela é produto da ação humana conforme a excelência.
Aristóteles escreveu dois tratados sobre ética: Ética a Nicômaco (2010) e Ética a Eudemo (2015). O percurso que encontramos em ambos se ocupa, em um primeiro momento, do conceito de felicidade (eudaimonia) e, somente então, do exame da natureza da virtude ou da excelência moral (aretê).
Ela depende do hábito e se delineia pela prática, como qualquer outra arte. Essa excelência é destruída pela deficiência ou pelo excesso
Já as práticas que caracterizam o excesso e a deficiência são, respectivamente, a prodigalidade e a avareza. O meio-termo da verdade é a veracidade; o excesso, a jactância; e a deficiência, a falsa modéstia.
A justiça também era, para Aristóteles, uma espécie de meio-termo, e na busca da excelência moral, assume a posição de maior das virtudes. Afinal, só se pode ser justo em relação às outras pessoas; portanto, apenas se é justo acerca dos “bem do outro” e não de si mesmo. É nesse sentido que ele apresenta a justiça proporcional (ou distributiva) e a justiça corretiva.
esse caso, o justo é aquilo proporcional; o injusto, o que viola a proporcionalidade.
A ética de Epicuroencontrar seu fundamento na ideia de prazer. A vida virtuosa, segundo ele, não é um meio para a vida feliz (como no caso do aristotelismo) nem idêntica a ela (como no estoicismo de Sêneca, que estudaremos na sequência).
Epicuro enumera três tipos de desejos:
	· Naturais e necessários.
· Naturais e não necessários.
· Nem naturais, nem necessários: Este tipo está associado a desejos, como, por exemplo, a imortalidade ou a busca por riquezas vazias.
Nas Cartas 94 e 95 (2020), Sêneca se perguntava se é devido concentrar nossos estudos nos preceitos (praecepta) ou nos princípios (decreta) para atingir o bem viver. Ele, porém, defendia as duas posições.
Por um lado, é possível considerar que, para agir com virtude, seria preciso imergir nos decreta, ou seja, nos princípios da Filosofia – e não em leis ou princípios práticos. De outro, ele argumentava que o estudo dos princípios filosóficos não é suficiente: seria preciso levar em conta as demandas que as situações específicas da vida nos colocam.
Segundo Sêneca, para alcançar a virtude, seria necessário:
	· Avaliar as situações.
· Considerar o que significa uma ação apropriada em cada caso.
· Desenvolver a capacidade de atribuir valor aos chamados indiferentes.
A ética de Agostinho recupera a eudaimonia da filosofia antiga, mas adia a felicidade para um além-mundo. Essa complexa conjunção de elementos da ética antiga com os princípios cristãos se explica
A ética de Agostinho recupera a eudaimonia da filosofia antiga, mas adia a felicidade para um além-mundo. Essa complexa conjunção de elementos da ética antiga com os princípios cristãos se explica. Ele se caracterizava, portanto, pela fundação de um pensamento filosófico cristão.
· Conceber que o mal existe, mas não foi criado por Deus, já que Ele é sumamente bom.
· Assumir que o mal existe e foi criado por Deus, considerando que Ele criou todas as coisas.
O problema da primeira alternativa é que Deus não teria criado tudo; o da segunda, que Ele não seria sumamente bom. Foi a partir do contato de Agostinho com as ideias neoplatônicas que uma alternativa se abriu para a resolução desse impasse inicial.
Agostinho argumentava que as coisas podem se corromper na medida em que se distanciam de Deus. O mal não teria, portanto, realidade em si; na verdade, ele estaria associado ao perecimento das coisas que não participam em Deus.
Boécio
Cada diferença tópica está associada a uma proposição máxima. No exemplo de Cícero e Demóstenes, essa proposição é que coisas iguais devem ser julgadas igualmente. A proposição máxima indica o sentido do argumento como um todo, mas também pode ser adicionada ao argumento para torná-lo formalmente válido. Contudo, é na aplicação dessa estrutura lógica ao estudo dos textos teológicos que Boécio se notabilizava. Agostinho foi pioneiro no uso da análise lógica em um contexto teológico, mas foi Boécio o responsável por aperfeiçoar a técnica. Com isso, tanto posições hereges quanto a doutrina cristã ortodoxa poderiam ser submetidas a um escrutínio rigoroso por intermédio do uso da lógica e da física aristotélicas.
A ética de Agostinho recupera a eudaimonia da filosofia antiga, mas adia a felicidade para um além-mundo. O pensamento de Agostinho, assim, tentava conciliar o trabalho doxográfico e de comentário das obras dos pensadores antigos com as questões postas por uma religião monoteísta em formação. O esforço de Agostinho significa a conciliação da ideia de um Deus cristão que cria todas as coisas (e é sumamente bom em sua criação) com a existência do mal e da corrupção no mundo. Essa ideia do mal como realidade em si se opõe à ideia de um Deus sumamente bom.
O problema da primeira alternativa é que Deus não teria criado tudo; o da segunda, que Ele não seria sumamente bom. Foi a partir do contato de Agostinho com as ideias neoplatônicas que uma alternativa se abriu para a resolução desse impasse inicial.
Agostinho argumentava que as coisas podem se corromper na medida em que se distanciam de Deus. O mal não teria, portanto, realidade em si; na verdade, ele estaria associado ao perecimento das coisas que não participam em Deus.
Boécio (2012) ajudou a elaborar um sistema de argumentos tópicos, ou seja, que valem mais por serem plausíveis do que por serem estritamente rigorosos. No exemplo de Cícero e Demóstenes, essa proposição é que coisas iguais devem ser julgadas igualmente.
Agostinho foi pioneiro no uso da análise lógica em um contexto teológico, mas foi Boécio o responsável por aperfeiçoar a técnica. Com isso, tanto posições hereges quanto a doutrina cristã ortodoxa poderiam ser submetidas a um escrutínio rigoroso por intermédio do uso da lógica e da física aristotélicas.
Pedro Abelardo, que viveu entre 1079 e 1142, foi um proeminente teólogo e filósofo do século XII. Seus trabalhos no campo da ética se notabilizam pela defesa da tese de que a avaliação moral de um agente deve se basear em suas intenções. Já as ações propriamente ditas são moralmente indiferentes.
Abelardo era um intencionalista na análise da moralidade cristã, ou seja, a intenção do agente determina o valor moral de sua ação. Ele dizia que a relevância moral das consequências de uma intenção era uma questão de “sorte moral”.
Para Abelardo, uma moralidade baseada na ação não tem qualquer valor nesse caso. Ele apontava que a negligência é um conceito moral mais relevante do que a ignorância.
Abelardo argumentava que os soldados que crucificaram Cristo não eram maus pela crucificação. A ignorância da natureza divina de Cristo não fez deles pessoas más. Eles teriam pecado, segundo o filósofo, se fosse necessário crucificar Cristo e eles tivessem se recusado. A culpa vem da ausência de correspondência entre consciência e ação moral.
No entanto, Tomás de Aquino argumenta, na Summa theologiae (2018), que a felicidade perfeita só pode ser alcançada na vida eterna cristã. De certa forma, é como se o argumento aristotélico de que uma vida em conformidade com a excelência moral basta para a felicidade fosse insuficiente para o frade católico, pois o bem viver que Aristóteles associa à vida terrena seria uma promessa que somente se cumpre efetivamente no além-mundo.
A filosofia de Bento de Espinosa (1632-1677) é considerada um dos marcos éticos da filosofia moderna pela forma que ela procurava conciliar os avanços das ciênciasnaturais no início da Modernidade com o desejo de manter o problema da boa vida como algo que coubesse aos seres humanos buscarem.
Essa conciliação é desenvolvida em sua obra Ética (2009), de 1675, que procura pensar como é possível a liberdade existir em uma realidade na qual tudo é determinado por uma causa. É nesse livro que Espinosa buscou dar sua resposta sobre o problema da vida boa.
O ponto de partida do filósofo para pensar a nossa condição ética foi a estrutura da realidade. Para ele, tudo o que existe é uma parte de Deus, pois Ele é tudo o que há. Deus é a causa da própria existência. Todas as coisas que existem, assim, são existentes na medida em que são parte Dele.
Na segunda metade do século XVIII, houve na Europa – e, sobretudo, na França – uma ampla movimentação de intelectuais que procurou combater inúmeras formas de dominação religiosa e política a partir de uma força libertadora do conhecimento. Conhecido como Iluminismo e composto por filósofos como Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755), Diderot (1713-1784) e D'Alembert (1717-1783), esse momento foi uma das principais inspirações para a Revolução Francesa que eclodiu em 1789.
Os iluministas tinham como principal alvo a Igreja, pois, para eles, essa instituição era uma das principais responsáveis por impedir o desenvolvimento da razão e de uma consciência individual e autônoma nos indivíduos que lhes permitiria conhecer o real e se orientar segundo seus desejos. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo francês que elaborou sua filosofia em proximidade com os iluministas. Diferentemente deles, porém, a sua obra tem uma posição mais ambígua sobre as capacidades da nossa razão e os efeitos da sociedade no desenvolvimento humano. O que vemos nela é a elaboração de uma filosofia ambígua, que enxerga na vida social uma explicitação das próprias tensões que compõem a natureza humana.
Para Rousseau, o homem possui duas tendências: Amor de si e CompaixãoÉ daí que provém a máxima mais famosa de Rousseau: o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.
Immanuel Kant (1724-1804) é um filósofo que revolucionou os principais campos da Filosofia. Seu principal impacto se deu no campo da teoria do conhecimento, área em que procurava investigar os limites da razão ao diferenciá-la da nossa capacidade de conhecer. ssa diferença foi elaborada por Kant para delimitar o campo apropriado de atuação da razão e do pensamento.
Para Kant, enfim, a liberdade não é uma capacidade de agir da maneira que se deseja, pois não é possível que qualquer ação nossa possa ser conhecida sem que ela esteja encadeada em alguma rede causal. A ação só é livre de um ponto de vista da intenção, pois, sob esse aspecto, ela não se encontra determinada por qualquer inclinação interna ou uma pressão externa a impeli-la em alguma direção.
O utilitarismo é uma doutrina elaborada na Modernidade que segue exercendo uma influência significativa na ética contemporânea. Suas bases foram elaboradas sobretudo por Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Para ele, o ser humano tem como princípio moral último a busca pela felicidade. Como Bentham procurava dar uma base sólida para a investigação ética inspirada na capacidade objetiva das ciências naturais, sua definição de felicidade assumia como fundamento a presença de prazer e ausência de dor. Trata-se de uma definição oriunda da própria visão que o filósofo tinha dos seres humanos: seres que se orientam em direção ao prazer e para longe da dor. A filosofia de Bentham, porém, não tem uma preocupação puramente egoísta: ele também afirmava que o princípio da busca por prazer envolve um elemento de simpatia. Como procuramos maximizá-lo e nossa vida social depende às vezes da realização do interesse dos outros, há momentos em que privilegiamos a realização do prazer do outro para que o prazer geral possa ser alcançado
John Stuart Mill foi um seguidor de Bentham que procurou levar adiante seu utilitarismo ao complexificá-lo. Para ele, nossa tarefa, como sujeitos éticos, seria procurar investigar quais são os tipos de prazeres mais desejáveis e quais contribuiriam para a promoção geral de felicidade em uma sociedade. Trata-se, portanto, de um esforço para estabelecer um elemento propriamente humano na ética ao destacar prazeres que apelam para faculdades mentais, as quais, em tese, seriam exclusivamente humanas. Vê-se, assim, como a tradição utilitarista representada por Bentham e Mill procurava determinar um conteúdo positivo para a felicidade a fim de que as ações éticas pudessem ser realizadas de forma mais eficaz. Observa-se ainda que, como a questão é promover não a felicidade de indivíduos singulares, e sim o bem geral, haveria uma tendência para o surgimento de uma maior igualdade entre os indivíduos de determinada comunidade.
O escritor e pensador francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um dos filósofos mais influentes do século XX. Ele é considerado a principal figura do existencialismo, uma corrente que procurava pensar a humanidade a partir da ausência de sentido na vida.
 filosofia sartriana é um sentimento de náusea no qual se revela o caráter absurdo da existência. Esse sentimento não é provocado por algo em particular, e sim pela simples percepção de que nossa experiência não tem qualquer sentido além daquele que estamos experimentando
Ao olharmos para outro sujeito, vemos nele algo que aparece para a consciência, ou seja, surge como um objeto. Olhando no seu olho, percebemos que ele é mais do que uma mera coisa. Seu olhar, como Sartre sublinha, mostra que ali também há um sujeito que visa a outros objetos.
O outro que olho também é uma consciência; por conta disso, ele não é um ser, e sim um nada. O problema dessa situação é que, ao tomar esse objeto da consciência como outra consciência, o primeiro sujeito acaba indiretamente se percebendo como objeto para esse outro.
Porém, como ele está ciente de seu caráter vazio, o que essa situação lhe provoca é uma sensação de incompletude que deixa o sujeito envergonhado. É com isso em mente que Sartre disse sua famosa frase: o inferno são os outros.
Michel Foucault (1926-1984) foi um filósofo francês que investigou as formas de saber, de poder e de subjetivação que, com ênfase na Modernidade, se desenvolveram na história do Ocidente. A verdade de um sujeito e o que importa numa vida, como, por exemplo, viver adequadamente, são, afinal, questões que perpassam toda a humanidade
O método socrático-platônico das definições universais, que parte do princípio que sempre há uma caráter comum-universal que abrange toda multiplicidade das particularidades. Por exemplo, a noção comum-universal de árvore abrange toda e qualquer árvore no mundo
O pensador alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um dos maiores críticos do que chamou de moral. Ele associava essa moral a um conjunto de valores criados a partir do pensamento socrático-platônico, que se manteve vigente ao ser, posteriormente, adaptado pelo cristianismo .
Immanuel Kant (1724-1804) foi outro filósofo que muito se debruçou sobre questões ético-morais, exatamente porque sabia que havia um limite para o racional e que não era possível saber qual é a regra na qual o outro sujeito está se baseando para agir.
Tentando responder a essa demanda, ele formulou o chamado imperativo categórico, que pode ser sintetizado na seguinte frase: “Aja de tal forma que sua ação possa ser considerada lei universal”. Em outras palavras, aja do jeito que gostaria que agissem com você. Ainda: considere ética toda ação sua, desde que você aceite que façam a mesmíssima coisa consigo.
Em vários momentos da história, a ética (ou a moral) foi vista como aquilo que tentou controlar o que se pode ou não fazer. Há uma frase muito citada, mas que não aparece exatamente assim, de Os irmãos Karamazov, obra literária do russo Fiódor Dostoiévski, que resume bem a intenção: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
Isto é, Deus (ou um ente que tivesse uma importância ética parecida) seria o tampão moral que nos impediria de cair no caoscompleto, na desordem total, no vale-tudo. Como se apenas uma mão pesada nos impedisse de nos destruir por completo.
Se não houvesse uma lei repressora, nós tenderíamos ao aniquilamento ou, no mínimo, à perda de certos traços que nos tornam diferentes de outros seres, a começar pelos outros animais.
Muitos pensadores ao longo da história da filosofia, como o suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), consideravam que o homem nasce livre, mas precisa se aclimatar à sociedade, diminuir seu ímpeto, se adaptar aos códigos impostos pela tradição.
Esses pensadores foram empurrando a fronteira do que se podia fazer ou não — ou seja, da moral — a cada vez que um impedimento dogmático aparecia.
Uma das questões primordiais do Iluminismo, por exemplo, foi a liberdade de expressão.
Segundo o historiador e jurista norte-americano Samuel Moyn, que defende essa onda atual de direitos humanos como uma espécie de última utopia humana e aponta a década de 1970 como o momento em que a Europa buscou uma identidade fora dos termos da Guerra Fria, que separava o mundo entre países alinhados aos EUA capitalistas ou à URSS comunista.

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