Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 1/15 Sistema digestório e glândulas anexas Histologia e Embriologia 1. Introdução O sistema digestório é constituído pela cavidade oral, faringe uma região de transição entre a cavidade oral e os sistemas digestório e respiratório, tubo digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e canal anal) e seus principais órgãos associados (língua, dentes, glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar). O sistema digestório fragmenta o alimento em moléculas menores para que possam ser absorvidas pelas células da mucosa digestiva. Essas moléculas serão, então, utilizadas no desenvolvimento e na manutenção do organismo e nas suas necessidades energéticas. Para que isso ocorra, o processo de digestão é dividido em várias fases: preensão dos alimentos, insalivação, mastigação, gustação, deglutição, digestão, formação do bolo alimentar, absorção de nutrientes, absorção hídrica. E o que não for utilizado pelo organismo será então eliminado por meio da formação do bolo fecal e defecação. Em adultos, o canal alimentar é um tubo musculomembranoso com cerca 9 m de comprimento. Esse canal possui duas aberturas: uma no início, que é a boca, e a outra é no fim, o ânus. Todo o trajeto do canal alimentar é revestido por uma mucosa digestiva, a qual desempenha várias funções (de secreção, de absorção, de barreira e de proteção imunológica), dependendo da parte do canal em que se encontra. Além da mucosa, a parede deste sistema apresenta mais 3 camadas: submucosa, muscular e adventícia. 2. Embriologia do sistema digestório Segundo Moore (2016), o intestino primitivo se forma durante a quarta semana do desenvolvimento embrionário humano, quando ocorre o dobramento cefalocaudal e lateral do embrião, promovendo a inclusão de parte do saco vitelino (vesícula umbilical). O endoderma do intestino primitivo dará origem maior parte do epitelial e das glândulas do trato digestório; a membrana orofaríngea (extremidade cranial) e a membrana cloacal (extremidade caudal), serão revestidos pelo ectoderma. Os componentes musculares, o tecido conjuntivo as outras camadas da parede que formam o trato digestório são originados do mesênquima esplâncnico, que circunda o intestino. O sistema digestivo é dividido em três porções: anterior, médio e posterior. O intestino anterior compreende a faringe, esôfago, estômago, porção proximal do duodeno, fígado, pâncreas e sistema biliar. O intestino médio compreende o duodeno (porção distal à entrada do ducto biliar), jejuno, íleo, ceco, apêndice e a dois terços, da metade direita do colo 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 2/15 transverso. O intestino posterior compreende ao terço final do colo transverso, ao colo descente, ao colo sigmoide, ao reto e à porção superior do canal anal. O esôfago começa a se desenvolver a partir do intestino anterior imediatamente caudal à faringe. A septação da traqueia do esôfago se dá pelo septo traqueoesofágico. Uma ligeira dilatação no intestino anterior, até o momento tubular, indica o local do primórdio do estômago. Esse primórdio expande e se amplia dorsoventralmente. A face dorsal do estômago cresce mais rapidamente do que a sua face ventral (curvatura do estomago). O duodeno se desenvolve a partir da porção caudal do intestino anterior, da porção cranial do intestino médio e do mesênquima esplâncnico associado ao endoderma dessas porções do intestino primitivo. O desenvolvimento do intestino médio é caracterizado pelo alongamento do intestino e seu mesentério resultando na formação de uma alça intestinal cefálica com a forma de U (alça do intestino médio). O ceco e o apêndice surgem como um divertículo da alça caudal durante o desenvolvimento do intestino. Por proliferação destas duas estruturas, o ceco cresce e o apêndice forma um tubo relativamente comprido ligado ao ceco. A porção inferior do canal anal se desenvolverá por meio da fosseta anal. A porção caudal do intestino posterior divide a cloaca no seio urogenital (bexiga urinário e uretra) e reto. Essa última estrutura e a porção superior do canal anal serão separados do exterior pelo tampão epitelial, a qual será decomposta ao final da 8 semana (Moore et al., 2016). O pâncreas se desenvolve a partir de brotos pancreáticos (dorsal e ventral) que se formam do revestimento endodérmico do intestino anterior, a partir do giro que o duodeno faz durante sua formação, proporcionando a fusão dos dois brotos pancreáticos. O fígado desenvolve-se como uma evaginação endodérmica a partir da parede do intestino anterior (do local que se tornará o duodeno) para formar o divertículo hepático. O divertículo prolifera-se dando origem aos hepatócitos, que se dispõem em cordões celulares (fígado), formando com isso o parênquima hepático. O pedículo original do divertículo hepático torna-se o ducto biliar comum. Uma evaginação do ducto biliar comum forma o divertículo cístico que dará origem à vesícula biliar e ao ducto cístico. (Ross & Pawlina, 2012). a 3. Estrutura geral do trato digestório Os componentes do trato digestório apresentam, em toda sua extensão, características estruturais semelhantes: um tubo oco composto por uma cavidade (luz ou lúmen) com diâmetro que pode variar, sendo este revestido por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia - descritas, abaixo, de acordo com Junqueira & Carneiro (2011): A camada mucosa é formada por um tecido epitelial de revestimento; uma lâmina própria formada por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sanguíneos linfáticos, células musculares lisas, além de glândulas e tecido linfóide; e uma camada muscular da mucosa (membrana mucosa) que separa a camada mucosa da submucosa, por meio de duas submucosas, uma mais interna com células musculares lisas circulares e uma mais externa com células musculares longitudinais. 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 3/15 A camada submucosa é constituída por tecido conjuntivo com vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo nervoso submucoso (ou plexo Meissner). Esta camada também pode apresentar glândulas e tecido linfoide. A camada muscular contém células musculares lisas orientadas em espiral, subdividida em duas partes: uma mais interna em forma circular e uma camada mais externa em forma longitudinal. Entre as duas camadas, encontra-se o plexo nervoso mioentérico (ou plexo de Auerbach), além de tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos. A camada serosa é constituída por uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo, revestida por um tecido epitelial simples com células pavimentosas – chamado de mesotélio. Diagrama e um corte histológico ilustrando a 04 camadas do trato gastrointestinal 4. Cavidade oral e seus principais órgãos associados A cavidade oral incluir a boca e suas estruturas: a língua, os dentes, as glândulas salivares e as tonsilas. O teto da boca é subdividido em palatos duro e mole. O tecido epitelial estratificado pavimentoso, queratinizado ou não, dependendo da região, reveste toda a cavidade da boca. A região queratinizada é encontrada na gengiva e no palato duro, a fim de ajudar na proteção da mucosa oral por causa das agressões mecânicas provocadas durante a mastigação. A lâmina própria dessa região é rica em papilas e repousa sobre o periósteo. A região da cavidade da boca com epitélio queratinizado é encontrada nos lábios, bochecha, palato mole e assoalho da boca. A lâmina própria dessa região possui papilas conjuntivas similares às da pele, é contínua à submucosa e possui glândulas salivares pequenas e dispersas. Em relação aos lábios, existe uma transição do epitélioqueratinizado da pele do rosto para o não queratinizado (Junqueira & Carneiro, 2011). https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img01-1-768x312.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img01-1-768x312.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 4/15 A língua é o principal órgão gustativo além de auxiliar na mastigação, deglutição dos alimentos e na articulação da fala. É uma estrutura acessória do sistema digestório. A língua é composta de músculo estriado esquelético revestido por uma camada mucosa, que varia de acordo com sua posição. As fibras musculares se entrecruzam em três planos, agrupando-se em feixes separados por tecido conjuntivo. A camada mucosa encontra-se aderida a essa musculatura, visto que o tecido conjuntivo da lâmina própria penetra nos espaços entre os feixes musculares. A superfície da porção ventral da língua é revestida por mucosa oral lisa, enquanto que superfície da porção dorsal é irregular, recoberta por eminências pequenas denominadas de papilas, na sua porção anterior (equivalente a dois terços da língua). O terço posterior da porção da língua é separado dos dois terços iniciais por uma região em forma de “V”. Na região posterior a esse “V” encontramos saliências compostas por pequenos grupos de nódulos linfáticos e por tonsilas linguais, que se agregam ao redor de invaginações denominadas criptas (Junqueira & Carneiro, 2011). Segundo Junqueira & Carneiro (2011), as papilas são saliências especializadas do epitélio oral e lâmina própria as quais possuem funções mecânicas e gustativas. Existem quatro tipos de papilas: 1. Papila filiforme: pontiagudas, com função mecânica. 2. Papilas fungiformes: forma de cogumelo com função gustativa. 3. Papilas circunvaladas: circundadas por um sulco profundo onde desembocam os ductos das glândulas salivares seromucosas de Von Ebner. 4. Papilas folhadas ou foliadas: presentes em macacos e coelhos e pouco presentes em humanos. Possuem duas ou mais rugas paralelas separadas por sulcos na porção superfície dorsolateral da língua, contendo muitos botões gustativos. Os dentes são responsáveis pela divisão mecânica dos alimentos (mastigação). Em humanos adultos existem 32 dentes permanentes, dispostos em dois arcos bilateralmente simétricos nos ossos maxilar e mandibular (Junqueira & Carneiro, 2011). Os dentes possuem diferentes porções: Ilustração da cavidade do sistema digestivo humano, realçando a as estruturas da cavidade oral. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img03-768x602.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img03-768x602.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 5/15 1. Esmalte: substâncias mais duras do corpo, 98% de material inorgânico. Cobre a porção visível do dente (coroa). 2. Dentina: situada logo abaixo do esmalte envolve a cavidade pulpar. Contém cerca de 75% de hidroxiapatita. Antes da mineralização da dentina, essa estrutura é chamada de pré-dentina. Os odontoblastos são células colunares responsáveis pela síntese de matriz da pré-dentina. 3. Cavidade pulpar: compartimento de tecido conjuntivo vascularizado e inervado localizado no centro do dente envolvido pela dentina. As fibras pulpares são sensíveis à dor, única modalidade sensorial reconhecida pelo dente. Apresenta a mesma forma do dente. 4. Periodonto: compreende as estruturas responsáveis por manter os dentes nos ossos da mandíbula e da maxila. Consiste em cemento, ligamento periodontal, osso alveolar e gengiva. A faringe é uma região de comunicação entre a região nasal (sistema respiratório) e a laringe (sistema digestório). É revestida por tecido epitelial estratificado não queratinizado na região contínua ao esôfago e, quando próxima à cavidade nasal, é revestida por epitélio pseudo- estratificado cilíndrico ciliado, com células caliciformes. Infográfico dentário de dente humano. 5. O tubo digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e canal anal) O esôfago é um tubo muscular com a função de transportar o alimento da boca até o estômago. As camadas do esôfago são assim constituídas: Mucosa: possui epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado sobre lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, o qual apresenta glândulas produtoras de muco (glândulas esofágicas da cárdia). A muscular da mucosa é formada por músculo liso orientado longitudinalmente à parede do órgão. Submucosa esofágica: constituída pelo tecido conjuntivo denso irregular, com vasos sanguíneos e linfáticos maiores. Contém glândulas esofágicas mucosas. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img04-768x509.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img04-768x509.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 6/15 Muscular: a camada interna está posicionada de forma circular e uma camada mais externa posicionada de forma longitudinal. A camada muscular divide-se em três partes ao longo do tubo esofágico: Terço superior: formado por tecido muscular estriado esquelético; Terço médio: formado por tecido muscular esquelético e liso (misto); Terço Inferior: formado por tecido muscular liso. Adventícia/Serosa: tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido adiposo contínuo com a traqueia no terço superior e médio (adventícia) e no terço inferior é limitada externamente por mesotélio (serosa), o peritônio visceral. O estômago é a parte expandida do tubo digestivo, situado na cavidade abdominal, abaixo do diafragma, vindo logo após o esôfago e anteriormente ao duodeno; nele, existem glândulas que produzem o suco gástrico, responsável por envolver os alimentos em digestão e transformar o bolo alimentar em quimo. O estômago é dividido, histologicamente, em três regiões, conforme o tipo de glândula presente: Região Cárdica (cárdia): porção próxima ao orifício esofágico contém glândulas cárdias (gl. tubulares simples ou ramificadas que secretam muco e lisozima). Recebe esse nome porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma. Região pilórica (piloro): porção proximal ao esfíncter pilórico; contém glândulas pilóricas (gl. tubulares que se abrem nas fossetas gástricas). O piloro regula a passagem do bolo alimentar, impedindo que passe prematuramente ao intestino delgado. O relaxamento de sua musculatura permite a passagem do conteúdo estomacal para o duodeno. Região fúndica (fundo e corpo): porção maior do estômago, localizada entre a porção cárdica e pilórica, contém glândulas gástricas. Essas glândulas possuem 3 porções distintas, formadas por diferentes tipos celulares: istmo (células mucosas, células-tronco e células parietais (oxínticas)); colo (células tronco, mucosas do colo e parietais) e base (células parietais e zimogênicas (principais). As quatro camadas que revestem a parede do estômago são: Mucosa gástrica: a superfície dessa região é revestida por um epitélio colunar simples e todas as células secretam muco alcalino. Esse epitélio sofre invaginações, denominadas de Micrografia de baixa ampliação mostrando uma seção transversal do esôfago. A mucosa que reveste o lume central mostra dobras recobertas por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img05-768x664.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img05-768x664.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=067/15 fossetas gástricas, onde desembocam as secreções de glândulas tubulares ramificadas. A lâmina própria é constituída de tecido conjuntivo frouxo, células musculares lisas e células linfoides. Entre as camadas mucosa e submucosa, existe a muscular da mucosa. Submucosa: região preenchida por tecido conjuntivo moderadamente denso, vasos sanguíneos e linfático e sem glândulas. Muscular: constituída por tecido muscular liso, posicionado de forma oblíqua (mais interna), circular (região média) e longitudinal (mais externa). Serosa: formada por uma camada estreita de tecido conjuntivo e revestida por externamente por mesotélio. Serosa: fina camada de membrana serosa delgada. De acordo com Junqueira & Carneiro (2011), o intestino delgado é o sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e secreção endócrina. É um tubo bastante longo, com cerca de 5 m e é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. O quimo proveniente do estômago entra no duodeno, onde a digestão é continuada por meio da ação de enzimas provenientes do pâncreas e da bile do fígado, que são despejadas no duodeno, e por meio de enzimas presentes na membrana das células intestinais (nas células absortivas intestinais). Assim, os peptídios, os polissacarídeos e os triglicerídeos são degradados em suas unidades, pelas enzimas dissacaridases e dipetidases (ROSS & PAWLINA, 2012). O intestino delgado apresenta várias adaptações que aumentam a superfície de absorção: a mucosa e a submucosa formam pregas, sendo essas pregas mais evidentes no jejuno. As vilosidades intestinais ou vilos também aumentam a superfície de absorção e são projeções alongadas da mucosa (epitélio e tecido conjuntivo), que medem 0,5 a 1,5 mm. Somando-se a essas duas estruturas, existem ainda na superfície das células epiteliais os microvilos, de 1 a 3 µm de comprimento – estima-se cerca de 3.000 microvilosidades por célula absortiva. Essas últimas estruturas são vistas em detalhes apenas em microscopia eletrônica. Em microscopia óptica, essa estrutura (sem muita resolução) é denominada de borda estriada. A somatória das pregas, vilosidades e microvilosidades promovem um aumento de 600 vezes na superfície intestinal. De acordo com Ross & Pawlina (2012), em toda a superfície da mucosa intestinal podem ser encontrados pelo menos cinco tipos de células, com funções diferenciadas: Células absortivas: absorvem as moléculas nutrientes provenientes da digestão; Células caliciformes: glândulas unicelulares que produzem muco afim de proteger e lubrificar o revestimento do intestino; Células enteroendócrinas: produzem hormônios parácrinos e endócrinos; Células de Paneth: secretam substâncias antimicrobianas para manter a imunidade inata da mucosa intestinal; Ilustração das partes e camadas do estômago. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img06-768x458.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img06-768x458.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 8/15 Células M (das micropregas): cobrem os nódulos linfáticos aumentados na lâmina própria, e assim podem captar antígenos por endocitose e transportá-los para os macrófagos e células linfoides adjacentes. Também são responsáveis pelo transporte de anticorpo (IgA) produzido nestes nódulos para a luz do intestino. De uma forma geral, o epitélio das vilosidades é formado por células absortivas, denominadas também de enterócitos (colunares altas e núcleo ovóide na porção basal) e por células caliciformes. Entre as vilosidades, existem pequenas aberturas de glândulas tubulares simples, denominadas de criptas (Glândulas de Lieberkühn). Nessas criptas, o epitélio pode ser formado por células absortivas, células caliciformes, células enteroendócrinas, células de Paneth e células-troco (Junqueira & Carneiro, 2011). As quatro camadas que revestem a parede do intestino delgado são: Mucosa: caracterizada pela presença de vilosidades revestidas por epitélio cilíndrico simples contento células absortivas sustentadas por lâmina própria repleta de criptas ou glândulas de Liebercküm. A musculatura lisa a qual é responsável pela motilidade das vilosidades, pode ser visualizada no interior das vilosidades. Submucosa: formada por tecido conjuntivo contendo vasos e nervos onde estão as glândulas de Brünner (gl. duodenais) responsáveis por uma secreção altamente básica para neutralizar a acidez do suco gástrico. Inseridas no tecido conjuntivo existem agrupamentos de células basófilas que integram o complexo nervoso denominado de plexo submucoso de Meissner. Muscular: composta por uma túnica circular interna e outra túnica longitudinal externa. Serosa: consiste em tecido conjuntivo contendo vasos e nervos limitado por mesotélio. No Jejuno-Íleo encontramos as mesmas características acima descritas, porém com a ausência das glândulas de Brünner na submucosa do Jejuno, sendo caracterizada por apresentar um tecido conjuntivo contendo o plexo submucoso de Meissner. Entretanto, na porção do Íleo a submucosa apresenta agregados de nódulos linfáticos (“gut-associated lymphoid tissue”, GALT), conhecidos como Placas de Peyer. O intestino possui uma rede de vasos sanguíneos e linfáticos que se ramificam pelas pregas e vilosidades. Os vasos sanguíneos removem a maioria dos produtos da digestão e os vasos linfáticos são responsáveis pela absorção de lipídeos, visto que a circulação sanguínea não aceita facilmente as lipoproteínas produzidas pelas células absortivas durante esse processo. Em relação à inervação do intestino, existem dois componentes: o intrínseco e o Anatomia do trato gastrointestinal. Evidenciando as vilosidades intestinais e as células epiteliais com microvilosidades (superior). Ilustração histológica da parede do intestino delgado (inferior). https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img07_-768x963.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img07_-768x963.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 9/15 extrínseco. O primeiro é constituído por grupos de neurônios que forma o plexo nervoso mioentérico (de Auerbach) entre as camadas musculares (interna e externa) e forma também, na submucosa, o plexo nervoso submucoso (de Meissner). Já a inervação extrínseca é formada pelo sistema nervoso autônomo formado por fibras que estimulam ou inibem a atividade da musculatura lisa intestinal (Junqueira & Carneiro, 2011). O intestino grosso é responsável pela absorção de água, fermentação, formação de massa fecal e produção de muco. Essa parte do intestino compreende as seguintes partes: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. As quatro camadas que revestem o cólon são: Mucosa: apresenta criptas de Lieberkhüm bem desenvolvidas, não possui vilosidades, e possui abundância de células caliciformes. As células absortivas são colunares e possuem microvilosidades curtas e irregulares. É rico em células linfóides e em nódulos linfóides que frequentemente se estendem até a submucosa. Submucosa: tecido conjuntivo rico em vasos e possui plexo submucoso de Meissner. Muscular: está constituída pela circular interna e longitudinal externa. No entanto, esta última camada de fibras é modificada e forma as tênias do cólon. O plexo nervoso mioentérico (de Auerbach) também está presente nessa camada. Serosa: há presença de muitos vasos sanguíneos. O reto é o único local do intestino grosso que apresenta pregas da mucosa. As glândulas de Lieberkhüm são pouco desenvolvidas ou menos profundas. A presença de nódulos linfódes fixos não é muito comum nesta região. No canal anal, a camada mucosa forma uma série de dobras longitudinais, ascolunas retais (de Morgagni). A região anocutânea pode apresentar anexos tegumentares como folículos pilosos e glândulas sebáceas. Na submucosa do conduto anal há um plexo de veias grandes que, quando dilatadas e varicosas, formam as hemorróidas. A transição destas duas regiões é marcada pela mudança de epitélio de revestimento cilíndrico simples para estratificado pavimentoso. O apêndice é um divertículo do ceco, com um lúmen de pequeno diâmetro, irregular e com a presença de muitos nódulos linfóides no córion. Observa-se, nessa região, também que as criptas de Liberkhüm são reduzidas e as células caliciformes estão em menor quantidade que em outras do intestino grosso. 6. Órgãos associados ao trato digestivo Os órgãos associados ao trato digestivo são as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. As glândulas salivares produzem a saliva, a qual têm as seguintes funções: umidificar e lubrificar a mucosa oral e o alimento ingerido, iniciar a digestão por meio de enzimas do tipo amilase e lipase, secretar substâncias germicidas e protetoras, prover a manutenção do pH neutro e, por fim, formar uma película sobre os dentes (Junqueira & Carneiro, 2011). De acordo com 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 10/15 Junqueira & Carneiro (2011), essas glândulas são do tipo exócrina, e subdividem-se em glândulas salivares maiores (parótida, submandibular (submaxilar) e sublingual) e menores (dispersas pela cavidade oral), conforme descritas abaixo: Glândulas Salivares Maiores Parótida: é uma glândula exócrina acinosa composta. Envolvida por cápsula de tecido conjuntivo que emite septos que sustentam e dividem o parênquima em lóbulos, levando vasos sanguíneos e filetes nervosos, contém também muitos plasmócitos (secretam IgA) e linfócitos, ajudando na defesa imunológica contra patógenos da cavidade oral. Sua porção secretora é exclusivamente do tipo serosa, contendo grânulos de secreção ricos em proteínas e alta atividade de amilase (hidrólise de carboidratos). Submandibular: é uma glândula exócrina tubuloalveolar composta. O tecido conjuntivo também encapsula essas glândulas e a subdivide em septos. Sua porção secretora é do tipo serosa e mucosa. As células secretoras serosas possuem núcleos arredondados e centrais (mais abundantes), as mucosas possuem núcleos basais e, há ainda células mistas (meia lua seromucosa (túbulos mucosos com semiluas serosas) que hidrolisam a parede de certas bactérias, por meio da secreção de lisozima. Sublingual: é uma glândula exócrina tubuloacinosa composta. Assim como as outras glândulas, também são encapsuladas por tecido conjuntivo e são subdivididas em septos, com vasos e nervos. Sua porção secretora é mista, com células serosas e mucosas. As células mucosas é que predominam nesta glândula, enquanto que as células serosas se apresentam na forma de semiluas serosas, na extremidade dos túbulos serosos. Glândulas Salivares Menores Essas glândulas distribuem-se por toda a mucosa oral e submucosa. Esse tipo de glândula não é encapsulado, possuem um ducto secretor curto, por onde a saliva produzida na porção secretora é eliminada na cavidade oral. A maior parte dessas glândulas produzem muco, e algumas poucas são serosas (localizadas na parte posterior da língua). O pâncreas possui a função de produzir enzimas digestivas que atuam no intestino delgado, mas também secretam insulina e glucagon (hormônios) para a corrente sanguínea, que atuam na metabolização dos nutrientes absorvidos (Junqueira & Carneiro, 2011). Diante disso, o pâncreas é uma glândula de função mista, subdividido em porção exócrina e endócrina. Ilustração das glândulas salivares. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img08-768x553.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img08-768x553.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 11/15 Porção Exócrina: é uma glândula acinosa composta, que produz as enzimas digestivas; são similares às glândulas parótidas quanto à sua estrutura. O lúmen dos acinos dessa parte glandular são penetrados com as porções iniciais de ductos intercalares. A porção intra- acinosa desses ductos intercalares é constituída por células centroacinosas. E esses ductos intercalares conectam-se a ductos maiores, denominados de ductos interlobulares, revestidos nesse caso de células epiteliais colunares. Já o acino pancreático é composto por várias células serosas que circundam o lúmen. Essas células serosas armazenam grânulos de secreção (grânulos de zimogênio), que variam conforme a fase digestiva, havendo uma concentração maior desses grânulos durante o período de jejum. O pâncreas é revestido por uma fina camada de tecido conjuntivo, que penetra o interior dessa glândula, dividindo-o em lóbulos. Os acinos são envolvidos por uma lâmina basal, sustentada por fibras reticulares; é também todo vascularizado. Essa porção exócrina do pâncreas é responsável por produzir diferentes tipos de enzimas, tais como proteinases, amilases, lipases, fosfolipases e nucleases. A maioria delas é armazenada na forma inativa, sendo ativadas apenas quando entram no lúmen do intestino. Esse fato ocorre para que as enzimas pancreáticas não atuem sobre o pâncreas, sendo essa uma ação protetiva. A secreção dessas enzimas é controlada pelo sistema nervoso e pela ação de dois hormônios: secretina e colecistoquinina. Porção Endócrina: é uma glândula cordonal, conhecida como ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans), as quais estão organizadas em cordões celulares, dispersas por todo o órgão. Essa região é facilmente identificada pelo arranjo celular característico e por se apresentar pouco corada, circundadas pelos acinos pancreáticos (porção exócrina) intensamente corados em lâminas histológicas coradas com H-E. Três tipos celulares principais são encontrados nessa porção endócrina: Células A (Alfa), Células B (Beta) e Células D (Delta). Células Alfa: secretam glucagon, localizam-se na porção periférica, constituem 15 a 20% da população das células das ilhotas. Células Beta: secretam insulina, localizam-se na porção central, predominam nos seres humanos (70%). Células Delta: secretam somatostatina, localizam-se também na porção periférica, constituem 5 a 10% da população das células das ilhotas (Ross & Pawlina, 2012). O fígado é o maior órgão interno do corpo e a maior glândula (cerca de 1,5 kg). É essencial no metabolismo dos lipídeos, carboidratos e proteínas; é essencial também na inativação e metabolização de muitas substâncias tóxicas e drogas. É responsável ainda por produzir a bile que Ilustração do pâncreas, evidenciando as ilhotas de Langerhans, contendo células alfa, beta e delta (esquerda). Imagem histológica da Ilhota de Langerhans que aparece como uma estrutura pálida e redonda, rodeada por ácinos pancreáticos exócrinos. Microscopia de luz corada com H&E. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img09-1-768x1277.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img09-1-768x1277.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 12/15 auxilia na digestão dos lipídeos, participar do metabolismo do ferro, sintetizar proteínas do plasma sanguíneo e fatores necessários para a coagulação do sangue. Os nutrientes absorvidos no trato intestinal são então processados e armazenados pelo fígado para utilização por outros órgãos. É, portanto, uma interfase entre o sistema digestivo e o sangue (Junqueira & Carneiro, 2011). O fígado está localizado na cavidade abdominal abaixo do diafragma, noquadrante superior direito, atingindo parcialmente o quandrante esquerdo, protegido pela caixa torácica. Esse órgão é encapsulado por um tecido fibroso (capsula de Glisson); essa capsula, por sua vez, é circundada por uma camada serosa, exceto onde fígado se adere diretamente ao diafragma ou a outros órgãos. O fígado é dividido anatomicamente por sulcos profundos em dois grandes lobos (direito e esquerdo) e em dois lobos menores (quadrado e caudado) (Ross & Pawlina, 2012). Os componentes estruturais do fígado compreendem: o parênquima, que consistem em placas organizadas de hepatócitos; o estroma de tecido conjuntivo, que é contínuo com a capsula fibrosa de Glisson, nessa região encontra-se vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e ductos biliares; capilares sinusóides, que são canais vasculares que permeiam as placas de hepatócitos; e espaços perissinusoidais (Espaços de Disse), que situam-se entre o endotélio sinusoidal e os hepatócitos (Ross & Pawlina, 2012).De acordo com Junqueira & Carneiro (2011) o fígado é constituído por células típicas desse órgão, os hepatócitos (células epiteliais diferenciadas), os quais se agrupam e se organizam em placas interconectadas (espessura de uma célula) formando os lóbulos hepáticos. Esses lóbulos são estruturas poligonais (normalmente hexagonais) formados por massas de células. Em cada um dos cantos dessa estrutura poliédrica (dos lóbulos), encontra-se um tecido conjuntivo contendo um ramo da artéria hepática, um ramo da veia porta, ductos biliares, vasos linfáticos e nervos. Essas regiões são denominadas de espaços porta. Os lóbulos hepáticos são formados por placas de hepatócitos que se distribuem de uma forma radial, partindo da periferia ao centro do lóbulo, podendo se anastomosar de forma aleatória, formando um labirinto (similar a uma esponja). Entre essas placas de hepatócitos, capilares sanguíneos percorrem todo esse espaço, os sinusóides (vasos sinusóides são irregularmente dilatados, formados por uma camada descontínua de células fenestradas). Uma lâmina basal descontínua e o espaço subendotelial (Espaços de Disse) separam as células endoteliais dos hepatócitos. Fluidos oriundos do sangue atravessam de uma forma rápida da parede do endotélio e estabelecem um contato direto com a parede dos hepatócitos, o que proporciona uma troca rápida de macromoléculas (lipoproteínas, albumina e fibrinogênio) entre o lúmen sinusoidal e os hepatócitos e vice-versa. Além dos hepatócitos, dois outros tipos celulares são encontrados nos lóbulos hepáticos: as células de Kupffer e as células de Ito. As células de Kupffer são macrófagos localizados na superfície luminal das células endoteliais, com as funções de metabolizar eritrócitos velhos, digerir hemoglobina, secretar proteínas relacionadas ao sistema imunológico, assim como destruir bactérias provenientes do intestino grosso que adentraram via sistema porta. Já as células de Ito, localizam-se no espaço de Disse (espaço perissinusoidal), responsáveis por Diagrama ilustrando a localização do fígado associado aos demais órgão do sistema digestório (esquerda) e diagrama ilustrando a veia porta e artéria hepática (direita). https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img10-1-768x401.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img10-1-768x401.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 13/15 armazenarem lipídeos e vitaminas lipossolúveis (A, B, E e K), assim como captam, armazenam e liberam retinóides, sintetizam e secretam várias proteínas da matriz extracelular e proteoglicanos, e secretam fatores de crescimento e citocinas. O trato biliar é formado por uma rede de canais que partem do interior dos lóbulos hepáticos, a partir dos canalículos biliares que se unem sucessivamente em canais maiores (dúctulos biliares, ductos biliares, ductos hepáticos direito e esquerdo) até formar ducto hepático. Este último recebe o ducto cístico oriundo da vesícula biliar e continua até o duodeno como ducto colédoco ou ducto biliar comum. Epitélio colunar simples, uma camada mucosa e uma camada muscular formam os ductos hepáticos, cístico e biliar. Esta última camada se torna cada vez mais espessa à medida que se aproxima do duodeno. Na porção intramural, forma-se um esfíncter que regula o fluxo biliar, chamado de esfíncter de Oddi. A vesícula biliar é um órgão oco, com formato de pera, que tem por função armazenar a bile, concentrá-la por meio da absorção de água e secretá-la no trato digestivo. O epitélio que reveste a vesícula biliar é cilíndrico simples, secretam muco e apresenta microvilosidades na superfície de suas células. Essas células apoiam-se sobre a lâmina própria formada de tecido conjuntivo frouxo. Esse conjunto de tecidos forma o que chamamos de túnica Mucosa. Estão presentes ainda nessa camada, próximo ao ducto cístico, glândulas tubuloacinosas, responsáveis pela secreção da maior parte do muco presente na bile. Encontra-se, ainda mais perificamente, a túnica muscular composta de músculo liso plexiforme entremeado com tecido conjuntivo perimuscular; externamente, encontra-se a túnica Serosa/Adventícia (Junqueira & Carneiro, 2011). Ilustração da anatomia do fígado humano, ilustrando a estrutura de um lóbulo hepático irrigado pela veia porta (azul), artéria hepática (vermelho), ducto hepático e canalículos (verde) (superior esquerda) e o a estrutura geral do fígado (superior direita). Imagem histológica dos lóbulos hepáticos e área portal (esquerda inferior) e os hepatócitos (regiões mais escuras) nos espaços sinusoidais (regiões claras) (inferior direita). Diagrama ilustrando a localização do fígado associado aos demais órgão do sistema digestório (esquerda) e diagrama ilustrando a veia porta e artéria hepática (direita). https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img11-1-768x686.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img11-1-768x686.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img12-768x279.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2018/10/aula_hisemb_top07_img12-768x279.jpg 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 14/15 7. Conclusão O sistema digestório é dividido em várias porções: na porção inicial do canal alimentar se encontra a boca, onde são realizadas a divisão mecânica dos alimentos (mastigação) e a mistura com o líquido secretado pelas glândulas salivares. Em seguida, encontram-se a faringe, responsável pela deglutição, e o esôfago, responsável pelo transporte dos alimentos para o estômago, onde ocorre o primeiro estágio do processo de digestão. Após o estômago, encontra-se o intestino delgado, formado por três partes: duodeno, jejuno e íleo. No intestino delgado, completa-se o processo da digestão e os produtos resultantes são absorvidos pelos vasos sanguíneos, os quais serão endereçados ao fígado, via veia porta, onde serão metabolizados e depois distribuídos ao corpo todo, após ter passado pela veia hepática até o coração. Associado ao intestino delgado, encontram- se o pâncreas - que libera enzimas digestivas para dentro da sua cavidade, as quais atuam no processo de digestão -, e a vesícula biliar, que libera bile na porção do duodeno. Na sequência, o intestino delgado desemboca no intestino grosso, constituído pelo ceco, cólons e reto, lugar onde ocorre a absorção de água, formação do bolo fecal e, consequentemente, as fezes. No término do canal alimentar, identifica-se a abertura terminal, o ânus. 8. Referências JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Texto/Atlas, Guanabara Koogan, 11ª edição, 2011. MOORE, K.L.; PERSUAD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. Embriologia Clínica. Elsevier, 10 edição, 2016. ROSS, M.H.; PAWLINA, W. HistologiaTexto e Atlas. Em correlação com biologia celular e Molecular. Guanabara Koogan, 6ª edição, 2012. YouTube. (2012, fev, 29). Embriologia – Desenvolvimento do trato gastrointestinal. 7min54seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=d47e5vHH3jE>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2017, mai, 24). Histologia do sistema digestório - Lingua 7min5seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=v1_4l452VbA>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2017, juh, 10). Histologia do sistema esôfago. 13min01seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oObxrhLjRjg>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2017, juh, 10). Histologia do sistema estômago.11min49seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IoK-sxjgPYc>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2017, juh, 11). Histologia do intestino delgado. 24min26seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1Z4el2b5E6k>. Acesso em: 13 set. 2018. a 20/10/23, 17:05 Sistema digestório e glândulas anexas https://ceadsaladeaula.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-digestorio-e-glandulas-anexas&dcp=histologia-e-embriologia&topico=06 15/15 YouTube. (2017, juh, 11). Histologia do intestino grosso. 15min12seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bgx2XJVo5u4>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2017, juh, 11). Histologia do sistema digestório - Pâncreas. 9min51seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vVz2WAnvp2k>. Acesso em: 13 set. 2018. YouTube. (2018, mar, 21). O que é a cirrose hepática. 3min27seg. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oo9HvO5CDwk>. Acesso em: 13 set. 2018.
Compartilhar