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Histologia do Sistema Digestório

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1 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
Sistema Digestório 
Ingestão- mastigação- digestão- absorção- 
eliminação de resíduos. 
O sistema divide-se em: 
▪ Cavidade oral 
▪ Esôfago 
▪ Estômago 
▪ Intestino 
▪ Glândulas associadas (salivares, pâncreas, 
fígado). 
 
Ceco: fermentadores pós gástricos- nos equinos é 
muito mais desenvolvido do que nos outros 
animais. 
 
É um tudo composto por uma luz de diâmetro 
variável, formado por 4 paredes: mucosa, 
submucosa, muscular e adventícia/serosa (mais 
perto do estômago). 
 
 
Cavidade oral 
Gengiva e Palato duro: encontra-se epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado e lâmina 
própria (LP) com várias papilas e repousa sobre o 
periósteo. 
 
Palato mole, bochechas e assoalho da boca: 
encontra-se epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, lâmina própria com papilas similares 
àquelas encontradas na derme e submucosa com 
glândulas salivares distribuídas de forma difusa. 
 
Lábios: ocorre uma transição do epitélio oral não 
queratinizado para o epitélio queratinizado (pele). 
No palato mole encontra-se no seu centro MEE e 
 
2 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
glândulas mucosas, e nódulos linfoides na 
submucosa. 
Língua: massa de MEE revestida por uma camada 
de mucosa aderida à musculatura, pois o tecido 
conjuntivo da lâmina própria penetra entre os feixes 
musculares. 
A superfície ventral (inferior) é lisa e a dorsal é mais 
irregular, pois é recoberta de PAPILAS (pequenas 
eminências). 
PAPILAS DA LÍNGUA 
 
Vária de espécie para espécie, o tamanho, 
quantidade e formas das papilas. A dieta do animal 
é a maior influência. 
▪ Papilas mecânicas: lambida e proteção. 
Superfície áspera, pois, apresenta grande 
distribuição na face dorsal- bovinos e 
felinos. 
▪ Papilas gustativas. 
As papilas fazem o reconhecimento do sabor, 
discriminação (alimento natural) e distinção entre 
os alimentos adequados ou não para seu organismo. 
Posteriormente, a língua apresenta saliências 
compostas por dois tipos de agregados linfoides, 
pequenos grupos de nódulos e tonsilas linguais- os 
nódulos se agregam ao redor de invaginações da 
camada mucosa (as criptas). 
 
 
PAPILAS FILIFORMES 
São de formato cônico e alongado, mais numerosas 
e estão presentes em toda a superfícies dorsal da 
língua. Sua função é mecânica de fricção entre o 
alimento e a língua, não possui botões gustativos e 
o epitélio é queratinizado. 
PAPILAS FUNGIFORMES 
Tem a forma de cogumelo (base mais estreita), 
apresentam poucos botões gustativos na superfície 
superior e estão irregularmente distribuídas entre as 
papilas filiformes. Imagem 1. 
 
PAPILAS FOLIADAS 
Apresentam duas ou mais rugas paralelas separadas 
por sulcos na superfície dorsolateral, contém muitos 
botões gustativos. 
Abundantes em macacos e coelhos. 
PAPILAS CIRCUNVALADAS 
Estão na região do V lingual, muitas glândulas 
serosas (glândulas de von Eber) secretam conteúdo 
dentro das depressões que circundam cada papila. 
Apresenta vários botões gustativos nas laterais e 
secretam lipase (enzima que serve para a digestão 
de gorduras). 
 
 
3 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
BOTÕES GUSTATIVOS 
Estruturas em forma de cebola que repousa sobre a 
lâmina basal e na região apical as células possuem 
microvilosidades que se projetam para o poro 
gustativo. 
▪ Células basais: serve para regenerar; 
▪ Suporte: dar suporte; 
▪ Gustativas: dar o paladar. 
 
Faringe 
É a região de transição entre a cavidade oral e os 
sistemas digestório e respiratório (área de 
comunicação entre a região nasal e a laringe). Seu 
epitélio é estratificado pavimentoso não 
queratinizado na região contínua com o esôfago e 
por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado 
com células caliciformes próximas à cavidade 
nasal. 
A região mucosa contém glândulas de secreção 
mucosa na lâmina própria. E os músculos 
constritores e longitudinais estão mais 
externamente. 
Dentes e estruturas associadas 
Varia de espécie para espécie, o número e o tipo de 
dente, a dieta influencia muito. 
▪ Incisivos; 
▪ Caninos; 
▪ Pré-molares; 
▪ Molares. 
 
DENTINA 
É um tecido mineralizado mais duro que o osso, 
formado por colágeno I, fosfoproteínas e 
fosfolipídios, GAGs e sais de cálcio hidroxiapatita. 
Sua matriz orgânica é produzida por odontoblastos 
(célula alongada que deposita matriz apenas na 
superfície dentária) localizados na periferia da 
polpa junto a dentina. A matriz não mineralizada no 
início, é chamada de pré-dentina. 
ESMALTE 
Componente mais duro do corpo (96% mineral, 3% 
água e 1% matriz orgânica). O mineral é 
principalmente cristais de hidroxiapatita, mas 
também se encontra outros íons como o estrôncio, 
chumbo, magnésio e fluoreto que estão presentes 
durante o desenvolvimento do esmalte (podem ser 
absorvidos pelos cristais). A susceptibilidade dos 
cristais do esmalte à dissolução em pH ácido é a 
base da cárie dental. 
É produzido pelos ameoblastos (maioria das outras 
estruturas origina-se do mesoderma ou células da 
crista neural), mas é produzido somente durante o 
desenvolvimento do dente. A matriz orgânica é 
composta por duas classes heterogêneas de 
proteínas- amelogeninas e enamelinas. 
POLPA DENTAL 
Tecido conjuntivo com odentoblastos, fibroblastos 
e uma matriz com fibrilas finas de colágeno e 
GAGs. É um tecido com muito vasos sanguíneos e 
nervos que penetram no dente pelo forame apical e 
formam ramificações, porém algumas fibras 
nervosas perdem suas bainhas de mielina e não se 
estendem tanto. 
*as fibras pulpares são sensíveis à dor, única parte 
sensitiva no dente. 
 
4 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
PERIODONTO 
Mantém os dentes fixos nos ossos maxilar e 
mandibular. 
Cemento: recobre a dentina, similar ao tecido 
ósseo, porém não apresenta vasos e sistemas 
Haversianos. Presença de cementócitos em lacuna 
(não se comunicam entre si e sua nutrição vem do 
ligamento periodontal). 
O cemento é lábil e reage às forças, com reabsorção 
do tecido antigo e produção de tecido novo- como o 
tecido ósseo. Ocorre produção contínua de 
cemento, isso compensa os desgastes nos dentes e 
faz com o que as raízes dos dentes e seus alvéolos 
mantêm-se próximos. 
Ligamento periodontal: é um tipo de tecido 
conjuntivo especial, com fibras em feixes grossos 
(fibras de Sharpey) que penetram no cemento e nas 
paredes ósseas dos alvéolos, permitindo 
movimentos limitados do dente. 
Osso alveolar: é o osso imaturo (primário), osso 
mais próximo à raiz dos dentes. Os vasos 
sanguíneos atravessam o osso alvéolos e penetram 
no ligamento periodontal ao longo da raiz, 
formando vasos perfurantes. Já alguns vasos e 
nervos estendem-se ao forame apical da raiz com o 
intuito de penetrar na polpa. 
Gengiva: é uma membrana mucosa aderida ao 
periósteo dos ossos maxilar e mandibular. Seu 
epitélio é estratificado pavimentoso e a lâmina 
própria com numerosas papilas conjuntivas. O 
epitélio juncional (parte do epitélio) está unido ao 
esmalte do dente por meio de uma cutícula similar 
a uma lâmina basal espessa. 
Esôfago 
É um tubo muscular que tem como função levar o 
alimento da boa para o estômago. 
É formado por 4 camadas: mucosa, submucosa, 
camada muscular e serosa/adventícia. 
 
Estômago 
 
Responsável pela digestão parcial dos alimentos e 
secreção de enzimas e hormônios. Transformas o 
bolo alimentar em uma massa por meio de atividade 
muscular e química. 
Digestão química: 
▪ Continuação da digestão dos carboidratos 
iniciada na boca; 
▪ Adição de HCl ao alimento ingerido; 
▪ Digestão parcial das proteínas (pepsina); 
▪ Digestão parcial dos triglicerídeos (lipase 
gástrica e lingual). 
 
5 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
Monogástricos: digestão ocorre normalmente. 
Poligástricos: o ruminante ingere o alimento que 
vai até o rúmen (microrganismos fazem a 
fermentaçãopara a digestão da celulose), depois 
passa para o retículo e faz com o alimento seja 
regurgitado e volte para boca, onde é novamente 
mastigado, depois é deglutido e passa para o omaso, 
ocorre a absorção de água, por fim segue para o 
estômago verdadeiro que é o abomaso. 
O estômago dos ruminantes apresenta 3 regiões que 
se originam da região esofágica e compões o 
proventrículo: rúmen, retículo e omaso, e uma 
região como o estômago nos não-ruminantes 
chamada de abomaso. 
RÚMEN OU PANÇA 
Apresenta muitas papilas revestidas por epitélio 
estratificado pavimento queratinizado. Local 
aglandular, sem muscular da mucosa e apresenta 
lâmina própria- submucosa de tecido conjuntivo 
frouxo. 
Túnica muscular bem desenvolvida, isso faz com 
que tenha redução mecânica, eructação e 
regurgitação. 
O epitélio queratinizado abriga muitos 
microrganismos fermentadores e ocorre a absorção 
de ácidos graxos voláteis e íons. 
 
RETÍCULO OU BARRETE 
É uma mucosa com formado similar a favos de mel, 
onde encontra-se cristas reticulares e as células 
reticulares (espaços entre as cristas). 
Auxilia no processo de fermentação e regurgitação. 
 
 
OMASO 
Seu epitélio é queratinizado com a mucosa pouco 
desenvolvida. Tem a presença de papilas e lâminas 
onde a muscular da mucosa e a camada muscular 
são bem desenvolvidas- tritura mecânica. 
 
CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO 
Carnívoros: 0,5-6,0L 
Equino: 16-25L 
Suíno: 20L 
Bovino: 52-250L 
Ovino e caprino: 7-8L 
 
Histologicamente estômago distingue-se em 3 
regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro (antro). O 
fundo e o corpo têm a mesma estrutura 
microscópica. 
 
 
6 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
MUCOSA 
Seu epitélio é colunar simples, sobre invaginações 
em direção à lâmina própria formando as fossetas 
gástricas (onde desemboca secreção das glândulas 
gástricas tubulares ramificadas). Secreção de muco 
alcalino. 
Lâmina própria é formada por tecido conjuntivo 
frouxo, células musculares lisas e tecido linfoide. 
Apresenta muscular da mucosa. 
CÁRDIA 
Uma banda circular estreita entre o esôfago e o 
estômago. 
A mucosa apresenta glândulas tubulares simples ou 
ramificadas (glândulas da cárdia). As porções 
terminais das glândulas são enoveladas e muitas 
células produzem muco e lisozima e poucas células 
parietais. 
 
FUNDO E CORPO 
A lâmina própria é preenchida por glândulas 
tubulares (glândulas fúndicas), na qual 3 a 7 abrem-
se em cada fosseta. 
As glândulas possuem 3 regiões: istmo, colo e base. 
Distribuição dos tipos celulares não é uniforme. 
Istmo: células mucosas em diferenciação 
(substituirão as células da fosseta e as superficiais), 
células-tronco e células parietais. 
Colo: células-tronco, células mucosas do colo, 
células parietais e células enteroendócrinas. 
Base: células parietais, células principais 
(zimogênicas) e células enteroendócrinas. 
PILORO 
São fossetas gástricas profundas onde as glândulas 
pilóricas (tubulosas simples ou ramificadas) se 
abrem. A região pilórica apresenta fossetas mais 
longas e glândulas mais curtas ao comparado com a 
região cárdia. 
As glândulas secretam muco lisozima (substâncias 
que podem destruir a parede de algumas bactérias) 
e gastrina (vai estimular a produção de ácido 
clorídrico pelas células parietais). 
 
SUBMUCOSA 
Tecido conjuntivo denso com vasos sanguíneos, 
linfáticos, células linfoides e macrófagos. 
CAMADAS MUSCULARES 
As fibras musculares são orientadas em 3 direções 
principais: 
▪ Camada externa: longitudinal; 
▪ Camada média: circular; 
▪ Camada interna: onblíqua. 
*na região pilórica a camada média é mais 
desenvolvida- esfíncter pilórico. 
SEROSA 
Membrana delgada que reveste o estômago. 
Intestino delgado 
A mucosa do intestino delgado tem uma grande 
importância no papel de absorção, por isso 
apresenta diversas estruturas para facilitar esse 
processo. Não apresentam as rugas como nas outras 
estruturas, mas sim pregas (dobras da mucosa e 
submucosa mais desenvolvidas no jejuno) e 
vilosidades (projeções, no duodeno em forma de 
folhas e mais perto do íleo em forma de dedo), que 
ainda são cobertas por microvilosidades. 
 
7 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
Duodeno: vilosidades com aspecto de folha, na 
mucosa encontra-se invaginações que são as criptas 
de Lieberkuhn e na camada submucosa as glândulas 
duodenais vão secretar o muco alcalino. 
 
Jejuno: vilosidades com formas de dedos, mantêm 
as invaginações, porém em alguns animais não se 
encontra mais as glândulas duodenais nessa região 
da submucosa. 
 
Ilio: vilosidades pouco menores (pouca absorção), 
presença de agregados de nódulos linfoides 
chamados de placas de Peyer. 
 
O epitélio do vilos apresenta células absortivas com 
microvilosidades (enterócitos) e células 
caliciformes. Já o epitélio das criptas apresenta 
células absortivas, células caliciformes, células 
enteroendócrinas, células de Paneth e células-
tronco. 
A presença de pregas, vilosidades e 
microvilosidades aumenta muito a superfície de 
revestimento intestinal, importante principalmente 
em um órgão que faz absorção intensa. 
Pregas aumentam 3x a superfície 
Vilosidades aumentam 10x a superfície 
Microvilosidades aumentam 20x a superfície 
 
LÂMINA PRÓPRIA 
Formada por tecido conjuntivo frouxo com vasos 
sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras 
musculares lisas. 
CAMADA MUSCULAR DA MUCOSA 
Formada por músculo liso. 
SUBMUCOSA 
Apresenta na parte inicial do duodeno grupo de 
glândulas tubulares enoveladas ramificadas que se 
abrem nas glândulas intestinais (glândulas 
duodenais ou de Brunner). Secretam muco alcalino 
que protege a mucosa duodenal contra efeitos da 
acidez do suco gástrico e neutraliza o pH do quimo, 
melhorando o pH para a ação das enzimas. 
Lâmina própria + submucosa: contêm agregados de 
nódulos linfoides: GALT (tecido linfoide associado 
ao intestino), são em maior quantidade no íleo, 
neste órgão conhecidos como placas de Peyer. 
CAMADAS MUSCULARES 
São bem desenvolvidas, apresentam túnica circular 
interna e túnica longitudinal externa. 
INERVAÇÃO 
No trato digestivo do esôfago ao ânus, está presente 
o sistema nervoso entérico (SNE). 
SNE: fibras nervosas, agregados de corpo de 
neurônios (células ganglionares) e células de 
sustentação (células gliais). Mais proeminente na 
túnica muscular externa e na submucosa. 
 
8 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
Plexo Mioentérico (Auerbach) são neurônios que 
regulam a motilidade do tubo digestivo, fica entre 
as duas camadas de músculos. 
 
Plexo Submucoso (Meisser): é menor, regula as 
secreções glandulares e o fluxo sanguíneo local. 
Também altera o transporte de água e eletrólitos. 
Pelo menos 30 neurotransmissores e 3 tipos 
funcionais de neurônios intrínsecos ocorrem no 
SNE (atuam de forma independente, mas são 
regulados pelo SNA, que une o SNE ao SNC): 
▪ Neurônios motores: modulam atividade do 
músculo liso, células enteroendócrinas e 
células epiteliais glandulares; 
▪ Neurônios sensoriais: transmitem impulsos 
ativos por estímulos mecânicos ou 
químicos da mucosa; 
▪ Interneurônios: células que repassam e 
integram as informações entre outros 
neurônios. 
1-No intestino delgado, as células que secretam 
lisozima e defensina (enzimas que podem 
permeabilizar e destruir a parede bacteriana) são: as 
células de Paneth. 
Intestino grosso 
 
É constituído pelo ceco, cólon, reto e ânus. 
O intestino grosso tem como funções, absorção de 
água, fermentação, formação de massa fecal e 
muco. 
CAMADA DA MUCOSA 
Não apresenta pregas (só no reto) e nem 
vilosidades. As criptas intestinais são longas e com 
grande abundância de células caliciformes e 
absortivas (são colunares e com microvilosidades) 
e um pequeno número de células enteroendócrinas. 
Na região anal forma-se uma séria de dobras 
longitudinais (colunas retais deMorgagni). 
Acima da abertura anal a mucosa do intestino é 
substituía por epitélio estratificado pavimentoso. 
LÂMINA PRÓPRIA 
É rica em células linfoides e GALT- relacionada as 
bactérias. 
CAMADA MUSCULAR 
Apresenta a região circular e a longitudinal. Fibras 
da camada longitudinal externa se unem para 
formar 3 bandas longitudinais espessas (tênias do 
cólon). 
Glândulas anexas 
Glândulas salivares 
▪ Maiores: parótida, mandibular e 
sublingual; 
▪ Menores: labial, lingual, bucal, molar 
(gatos) e zigomática (carnívoros). 
 
 
9 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
A função da saliva é umedecer o alimento, lubrifica 
a superfície dos órgãos digestivos (melhora o fluxo 
do alimento até o estômago), dissolve componentes 
hidrossolúveis do alimento (facilita o acesso às 
papilas gustativas). Nos animais domésticos seu 
papel é secundário na digestão dos alimentos antes 
que chegue no estômago, já os ruminantes têm 
grande volume de saliva, fonte importante de 
líquidos no rúmen. 
PARÓTIDA 
É uma glândula acinosa composta, nos mamíferos 
domésticos sua secreção normalmente é serosa, mas 
em cães e gatos pode ocorrer unidades secretoras de 
muco isoladas. 
As células secretoras contêm grânulos secretórios 
(grânulos zimógenos) que contém precursores de 
enzimas digestivas. Também tem a presença de 
células mioepiteliais (capacidade de contração) 
entre as células secretórias e membrana basal. 
Lúmen do ácino se abre no ducto intercalado 
(epitélio simples cúbico) - ducto estriado (epitélio 
colunar simples) - ducto interlobulares (epitélio 
colunar simples que se transforma em epitélio 
colunar estratificado) - ducto parótídeo (epitélio se 
transforma de estratificado colunar para 
estratificado pavimentoso no local onde o ducto 
parotídeo se abre na cavidade oral). 
 
 
 
 
 
MANDIBULAR 
É uma glândula tubuloacinosa composta, secretam 
secreção seromucosa, contém túbulos que 
produzem secreção mucosa e meias-luas (nos 
ácinos) que produzem secreção serosa. 
As células serosas são responsáveis por produzir 
uma pequena quantidade de amilase e secretam 
lisozima (substância bactericida). Presença de 
células miopiteliais em torno das unidades 
secretoras. 
*em cães e gatos é produzido mais secreção mucosa 
do que serosa. 
 
 
10 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
SUBLINGUAL 
É uma glândula tubuloacinosa composta, secretam 
uma secreção seromucosa. 
O número de ácinos mucosos e de meias-luas 
variam de espécie para espécie: 
▪ Bovinos, ovinos e suínos: praticamente 
mucosas, número pequeno de meias-luas 
serosas; 
▪ Cães e gatos: além do arranjo típico de 
ácinos mucosos e meias-luas serosas, 
apresentam ácinos serosos. 
 
GÂNDULAS SALIVARES MENORES 
São glândulas serosas ou seromucosas. Podem ser 
de diferentes formas, acinosas, tubulosas e 
tubuloacinosas. Tem mais frequência de túbulos e 
ácinos mucosos associados com meias-luas serosas. 
São denominadas de acordo com sua localização: 
linguais, gustativas, labiais, bucais e faríngeas. 
Em espécies domésticas, as glândulas salivar 
zigomática está presente apenas em carnívoros 
(tubuloacinosas ramificadas, predominantemente 
secretora de muco). A glândula salivar molar de 
gatos histologicamente é semelhante á glândula 
salivar zigomática. 
Pâncreas 
É uma glândula mista (anfícrina), tem uma porção 
endócrina e uma porção exócrina. 
Porção exócrina: acisona composta, produz o suco 
pancreático, rico em enzimas digestivas e 
bicarbonato (neutraliza a acidez do material que 
passa do estômago para o intestino) que serão 
liberadas no duodeno. 
Porção endócrina: são as ilhotas pancreáticas, 
cordonal (formam cordões ao redor dos vasos 
sanguíneos), secretam os hormônios insulina e 
glucacon (ótimo para o metabolismo de proteínas, 
carboidratos, entre outras substâncias). 
Parênquima está separado por lóbulos distintos por 
um estroma de tecido conjuntivo. Tem a estrutura 
semelhante a parótida, porém não apresenta ductos 
estriados. 
As enzimas pancreáticas são armazenadas na forma 
inativa (pré-enzima), e só são ativadas pela enzima 
enteropeptidase do duodeno. 
O intestino delgado (no duodeno) libera hormônios-
quando muito ácido- para regular a secreção 
pancreática, a secretina (chega até o pâncreas e faz 
o induzir a secreção de bicarbonato) e 
colecistocinina (vai até o pâncreas pelo sangue e o 
induzir a produzir mais enzimas digestivas. Outra 
função é estimular a liberação da bile pela vesícula 
biliar. 
 
 
11 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
Fígado 
Maior glândula que existe no corpo. É situado na 
cavidade abdominal, abaixo do diafragma. 
Tem funções extremamente importantes como, é o 
órgão no qual os nutrientes absorvidos no trato 
digestivo são processados e armazenados para 
serem utilizados em outros órgãos. Grande parte do 
sangue chega ao fígado pela veia porta (70-80%), 
uma porção menor chega pela artéria hepática. Tem 
a posição ideal para captar, transformar e acumular 
metabólitos e para a neutralização e eliminação de 
substâncias tóxicas. 
▪ Eliminação ocorre pela bile- secreção 
exócrina; 
▪ Produção de proteínas plasmáticas 
produzidas pelos hepatócitos (células do 
fígado), fatores de crescimento, proteínas 
carregadoras etc. -secreção endócrina. 
O pâncreas é revestido por uma cápsula de tecido 
conjuntivo (cápsula de Glisson) que se torna mais 
espessa no hilo, onde entram a veia porta e a artéria 
hepática e por onde saem os ductos hepáticos 
(transportam a bile) e os linfáticos (transportam a 
linfa). O tecido conjuntivo da cápsula se estende até 
os lobos hepáticos que se penetram e formam os 
lóbulos hepáticos, estruturas menores, é uma 
delicada rede de fibras reticulares que circunda as 
células e os sinusóides. Este tecido é bem 
desenvolvido no porco, por isso o fígado do suíno é 
mais endurecido que o do bovino. 
Parênquima hepático organização 
LÓBULO HEPÁTICO CLÁSSICO 
São parâmetros estruturais, cordões de hepatócitos 
entremeadas por capilares sinusóides- fluxo de 
sangue (em alguns animais os limites dos lóbulos 
não são bem demarcados). 
No espaço portal existe a tríade portal (ramificação 
da veia porta, artéria hepática e ductos biliares), o 
sangue chega ao centro pela ramificação da veia 
porta e ramificação da artéria hepática, passando 
pelos capilares sinusóides (mistura de sangue 
venoso com sangue arterial) entregando oxigênio, 
nutrientes e recebendo a secreção endócrina do 
fígado. A veia centro lobular (para onde confluem 
os capilares sinusóides) leva o sangue até a veia 
cava inferior, logo, para todo corpo. 
Já no sentido inverso, no interior do lóbulo, os 
canalículos biliares se juntam para formar o ducto 
biliar no espaço porta. 
 
 Os hepatócitos são células polarizadas 
queapresentam o polo apical voltado para o 
canalículo biliar, local de secreção de bile e 
seus domínios basolaterais voltados para o 
sinusóide. 
 Os macrófagos do fígado são responsáveis 
pela digestão de hemácias velha, produção 
de fatores que estimulam o sistema 
imunológico, destruição de bactéria no 
fígado etc. 
 Células de Ito tem como função armazenar 
lipídeos, produzir colágenos, 
glicosaminoglicanos, proteínas, fatores de 
crescimento etc. 
LÓBULO PORTAL 
Considera o fluxo de bile. É o contrário do fluxo de 
sangue, vai do centro para a periferia. 
Seu centro é um ducto biliar e suas extremidades 
são 3 veias centrolobular de 3 lóbulos clássicos 
vizinhos. 
 
 
 
12 Mari Tatsch- Histologia Veterinária 
 
ÁCINO HEPÁTICO 
Baseia-se no suprimento sanguíneo dos hepatócitos, 
a quantidade de sangue com nutrientes e oxigênio 
que nutre essas células. 
Os hepatócitos que recebem mais nutrientes e 
oxigênios são da zona um (mais a frente). 
 
 
Questões 
1- O fígado é uma interface entre o sistema 
digestivo e o sangue, os nutrientes no intestino 
delgadochegam ao fígado pela artéria hepática: 
Falso 
2- As células de Kupffer e as células de Ito são 
importantes no metabolismo do fígado, porque 
fazem fagocitose e armazenam lipídios, 
respectivamente: Verdadeiro 
3- As células serosas do pâncreas produzem 
diversas pré-enzimas que serão ativadas no lúmen 
intestinal: Verdadeiro 
4- No pâncreas, a secreção rica em água e íons 
(células dos ductos) e secreção das pré-enzimas 
(células serosas) são reguladas diferentemente: 
Verdadeiro

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