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O que é psicologia social e comunitária? ● Qualidade de vida (relação entre indivíduo, comunidade e sociedade) ● Ciência comprometida com a realidade estudada ● Interpreta o mundo com a intenção de transformá-lo ● abarca várias perspectivas de trabalho, contando que não seja consultórios ou instituições ● Comunidade: conjunto de seres vivos inter-relacionados que habitam um mesmo lugar, tendo os mesmos interesses, crenças, atitudes. ● Brandão e Costa (2005, p.2): “dimensão espaço/temporal na qual os sujeitos são compreendidos com foco em suas relações, sendo constituídos por meio destas, em uma constante dialética entre individual e coletivo”. ● comunidade - microespaço dentro de um macroespaço onde as pessoas vivem e se reproduzem, constituindo-se de relações de todos que ai coabitam, vida que pulsa no grupo ● Composta por símbolos e ideologias, subjetividade social, e pessoal, históra, modos de vida, tempo livre, cultura, instituições relações sociais e econômicas ● Gomes - Local de construção do saber psicológico comunitário e da aplicação de técnicas psicológicas eficazes na compreensão da construção desse saber ou da sua reconstrução, sendo resultado da relação da psicologia com a demanda dos sujeitos no espaço comunitário ● Uma área da psicologia social ● Definição da Montero(desenvolvedora da psicologia política): ○ Estudo dos fatores psicossociais que possibilitam fomentar e manter o controle e poder dos indivíduos em exercer sobre o seu ambiente, com o objetivo de solucionar problemas; ○ Laços de identidade, constroem e delimitam a comunidade ○ Antigamente havia previsibilidade Serrano- Garcia - investigação das formas de integração do ser humano em sociedade e como a integração se altera ou pode se alterar e não sendo entendidas como individuais e sim coletivamente Psicologia social comunitária é campo de trabalho interdisciplinar comprometido política e socialmente com o desenvolvimento de saberes e práticas em direção ao estabelecimento de relações igualitárias e emancipatórias (Campos, 1996) Ornelas - ao analisar o conceito de comunitário a nível de intervenção social e não individual, adicionamos ao social a perspectiva política ● Intervenção social ligada à ação política e reformas sociais ● Várias nomenclaturas ( Psicologia nas Comunidades, Saúde Mental Comunitária, Psicologia Comunitária, Psicologia Social e Comunitária), mas todas preconizam a aplicação prática da psicologia à situações sociais concretas, com ênfase na qualidade de vida das comunidades, colocando-a à frente do individual. Korchin (1976) - intervenção social ligada à ação política e às reformas sociais, deu ênfase às intervenções centradas nos sistemas e não ao indivíduo. Antecedentes históricos: ● Criou corpo a partir de 1960, invadindo o cenário das ciências humanas e sociais, principalmente o campo da saúde mental mas apenas em 1970 se situa como referencial analítico; ● Muitas transformações, não só na Saúde Mental, mas como também na sociedade em geral; ● Questões novas relacionadas com os problemas sociais, ritmo de mudança acelerado e abrangente, levando a compreensão de que as teorias até ali utilizadas se tornassem inadequadas ● Presidente Kennedy propõe para reintegrar os doentes mentais em 1963, o que deu origem à Lei dos Centro de Saúde Mental Comunitários - criação de um novo paradigma de intervenção na comunidade; ● A concepção de cuidados com uma base comunitária foi inspirada com o serviço prestados aos soldados da II Guerra Mundial (estratégia de lidar com o que acontece no local em que está a problemática) ● Estudos epidemiológicos (Dohrenwend e Dorenwend, 1969; Strole at. al. 1962; e Leighton 1963) mostraram uma relação inversa entre status social e as perturbações psicológicas, assim como essas situações ocorrem em lugares em que a desorganização social era maior ● A relação entre os problemas sociais e a Saúde Mental, levou à progressiva substituição do modelo biológico e individual, por uma intervenção educacional, de crítica social, de implementação de reformas e planejamento social ● Programas de luta contra a pobreza (anos 60): objetivo de mudança social e assistência direta à população (community Central) ● O termo Psicologia Social surge em 1965 - conferência em Boston - Swampscott e definem 3 grandes prioridades: 1. Intervir a nível da Prevenção Primária; 2. intervir a nível da comunidade; 3. intervir numa perspectiva de mudança. América Latina Anos 60: Movimentos sociais espalham ideias políticas e econômicas, para uma psicologia mais sensível socialmente e para que considere o sujeito humano como um ser mais ativo. Anos 70: Trabalhar com, na e para a comunidade, buscando uma teoria que unisse a teoria com a prática, com objetivo de obter a transformação da realidade social O psicólogo na comunidade ● Trabalho desenvolvido por Silvia Lane: ● 1970 - trabalho com, na e para a comunidade; ● Guareshchi - estudar compreender e intervir no cenário da comunidade ● Psicólogo comunitário ao estudar e entender as condições internas e externas que impedem a pessoa a se tornar sujeito na comunidade; ● O grupo é capaz de lutar pelos seus direitos e transformar a realidade na qual ele vive, percebendo-se como sujeito que tem direitos e deveres, ou seja, exercendo a sua cidadania ● Quando a psicologia está nesses espaços, ela se engaja com a luta dessa comunidade por condições que garantem a sobrevivência desses sujeitos/comunidades com dignidade, o que as políticas públicas ainda não conseguem garantir Modelos teóricos: 1. Norte americano - movimento em prol da saúde mental, de inspiração multidisciplinar; 2. Cognitivista - psicologia do desenvolvimento social 3. Ação comunitária que utiliza um método derivado do materialismo histórico - psicologia de transformação social 4. Ecológico - Paradigma científico e com um conjunto de valores, partindo de que o ambiente produz efeitos no comportamento dos humanos Alguns princípios fundamentais: 1. Autogestão dos sujeitos; 2. O centro de poder (empoderamento) recai sobre a comunidade liberando-se qualquer forma de paternalismo, autoritarismo e intervencionismo 3. União entre teoria e prática para objetivar uma explicação integradora Objetivos 1. Investigação eintervenção para transformar 2. Motivação para que os indivíduos se organizem e tenham a percepção da necessidade em transformar/mudar; 3. Autogestão, utilizando próprios recursos da comunidade para solução dos problemas; 4. Socialização e o sentido do trabalho organizado Estratégias: 1. Educação popular: tomada de consciência: “Educação não transforma o mundo, educação muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo” (Paulo Freire) 2. Trabalho com grupos organizados para determinados objetivos 3. saúde mental comunitária objetiva ajudar os grupos com maior situação de risco 4. Realização de atividades produtivas com o objetivo da autogestão, permitindo maior autonomia 5. Desenvolvimento comunitário com a ideia de gerar trabalho organizado Como atua? Parte da estrutura social existente e considera como seu objetivo criar ou mudar os serviços ou organizações, para que, a prestação de serviços se torne mais eficaz, menos estigmatizante e proporcione crescimento e desenvolvimento psicológico; Intervenção social poderá ser operacionalizada a partir de orientações ou ações com o sentido de modificar sistemas sociais e políticos na saúde, educação, bem-estar… (Kelly, 1966; Bloom, 1973; Caplan, 1964). (ORNELAS, 1997, p.383) Ao pensarmos em uma intervenção, devemos olhar para o conhecimento que se tem e é produzido no local a se intervir, como as representações sociais que os sujeitos possuem, assim como o senso comum dos indivíduos. Não deve haver imposição de saberes, e sim uma troca, sendo uma prática dialética e participativa. DIMENSÃO POLÍTICA - Aplicabilidade e finalidade do conhecimento produz e fornece elementos para compreender o para quê e em benefício de para quem ● Essa dimensão refere-se à: 1. Esfera pública 2. A cidadania 3.Ao caráter político da ação comunitária Permitindo a expressão e o fazer ouvir; criando-se espaços de diálogos, podendo se manifestar e serem ouvidos, o que antes era silenciado. AtuaçãoProfissional Atuar com coerência à proposta de transformação social assumindo uma ação pedagógica - formativa já que deve ter um caráter preventivo na implementação de projetos políticos que resultem em mudanças na vida cotidiana das pessoas; (VILELA; SATO. 2012) ● Ênfase nos recursos pessoais e comunitários (empowerment) ● Intervenções centradas nas demandas da comunidade (promoção e prevenção) ● Trabalho interdisciplinar e transdisciplinar ● Estudo sobre o efeito das organizações sociais e instituições sobre os indivíduos ● Interesse no funcionamento da comunidade diante das problemáticas (resiliência) Metodologia: Pesquisa-ação: Pesquisador inserido no local de estudo, relevante para intervenção junto à comunidade; ● Trabalho em grupo de cunho preventivo ● Promoção da autogestão é característica principal dessa metodologia É na diversidade que encontramos a humanidade e podemos cuidar uns dos outros estratégias meramente assistencialistas e paternalistas não resolvem como nunca resolveram os problemas pobres e dos excluídos. Texto 1 -Psicologia comunitária - Origens, fundamentos e áreas de intervenção A perspectiva da Saúde Mental Comunitária, segundo Bloom (1973), pode ser descrita em termos de: 1. Sua localização (na comunidade), 2. Nível de intervenção (numa comunidade global ou grupo específico, por exemplo, área geográfica ou uma população em risco), 3. Tipo de serviços (serviços preventivos) e a forma como são prestados (serviços indiretos, através da consultoria e educação), 4. Sua estratégia (o maior número de indivíduos possível), 5. Tipo de planejamento (focalização em necessidades prevalentes em populações de alto-risco e coordenação de serviços), 6. Seus recursos humanos (utilização de profissionais e não-profissionais como estudantes e pessoas, de alguma forma, ligadas ao grupo-alvo), 7. Processos de decisão (responsabilidade partilhada) 8. Suas concepções etiológicas (realce das causas ambientais das perturbações emocionais). A perspectiva ecológica, não entende o comportamento humano como o efeito linear de uma só causa isolada, e tem por base a testagem de hipóteses causais. James Kelly (1966), ao propor uma analogia entre a Psicologia Comunitária e a Ecologia, identificou quatro princípios para a abordagem da intervenção comunitária: 1. Relaciona-se com o fato de os componentes de uma unidade social serem interdependentes, isto é, as mudanças num dos componentes de um ecossistema, produzirão mudanças noutros componentes desse mesmo ecossistema, por exemplo, a Desinstitucionalização dos Doentes Mentais das Instituições Psiquiátricos teve efeitos importantes noutros sistemas para além do da Saúde Mental; teve repercussões a nível do sistema judicial, de Saúde e dos serviços de apoio social Levine e Perkins, 1987 - O princípio da interdependência, refere-se não somente à existência de uma influência mútua entre os componentes da comunidade, mas também à sua interação dinâmica ao longo do tempo. Relaciona-se com o carácter cíclico dos Recursos (cycling of Resources) e sugere que no sistema biológico, a transferência de energia revela os componentes individuais que constituem o sistema e as suas interrelações; a energia é transmitida através deste ciclo, ou seja, o que resta numa etapa serve de base para a fase seguinte do ciclo. 2. Adaptação: que realça a especificidade dos recursos que o meio proporciona e como estes podem facilitar determinados comportamentos e constranger outros. Assim, a adaptação é o processo pelo qual os organismos podem introduzir variações nos seus hábitos ou características, para lidar com os recursos disponíveis ou em mudança. E esse conceito se relaciona com o conceito de Nicho, que se refere ao habitat, no qual uma criatura pode viver, pelo que quanto maior for a diversificação do habitat, maior será o nicho. Mills e Kelly (1972), defendem que o conceito de nicho nos leva a pensar no desenvolvimento de papéis funcionais numa organização social e na provisão de recursos adequados às características da população que ocupa esse nicho. O nicho dos indivíduos, alarga o âmbito e a probabilidade de se adaptar à vida na comunidade. 3. James Kelly: relaciona-se com a Sucessão, que implica a avaliação dos ambientes ou contextos como algo não estático. Enquanto que a interdependência nos ensina a entender a comunidade antes de tentar alterá-la, a sucessão implica que tal mudança, tanto natural como artificial, possa contribuir para uma maior compreensão do contexto. A utilização deste princípio da Sucessão, pode alertar para a utilidade de novos recursos, como por exemplo, os grupos de Ajuda Mútua. Segundo este princípio, os problemas e as limitações com que nos defrontamos residem na capacidade de visionar e criar novos contextos. (RESILIÊNCIA) No seguimento dos trabalhos de Kelly (1966) e Levine (1969), desenvolveram-se a partir dos pressupostos da Ecologia, cinco princípios-base para a prática da Psicologia Comunitária: 1. Reconhece que um problema surge num contexto ou numa situação. 2. Relaciona-se com a noção ecológica de interdependência, implica que as pessoas e os contextos funcionam como parte do mesmo sistema integrado. Este princípio, sugere que a capacidade adaptativa dos indivíduos num determinado contexto é limitada, tanto pela natureza da organização social, como pelo acesso aos recursos, sendo necessário introduzir mudança 3. Focaliza-se na eficácia do suporte, e sugere a modificação da nossa perspectiva sobre as formas de prestação de ajuda. 4. Direciona-se para os objetivos e valores do agente prestador de suporte ou serviços, e devem ser compatíveis com os objetivos e valores do contexto. Cada contexto contém propósitos explícitos e implícitos. 5. Relaciona-se com a prestação do Suporte que se deve estabelecer numa base sistemática, utilizando os recursos naturais do contexto ou introduzindo novos recursos que podem passar a ser parte integrante do contexto. Sugere-nos este princípio, que se deve procurar compreender a natureza dos recursos e como a comunidade estabelece o ciclo desses mesmos recursos, adoptando-se uma afirmação da preferência por um tipo de mudança que perdure no tempo e mantenha a capacidade para ajudar na resolução de problemas. Psicologia Comunitária e a Teoria da Crise Pode ser analisada e integrada numa perspectiva comunitária, ao argumentar que as situações de crise surgem em resultado de uma falha na socialização e de dificuldades de resposta às circunstâncias, acontecimentos inevitáveis tendem a gerar tensão emocional e, na generalidade, requerem adaptação. Fase aguda: período de grande vulnerabilidade que pode ser dividida em: 1. impacto inicial - reconhecimento de que o indivíduo está perante uma situação que requer uma resposta, pode estar acompanhada por um estado de choque ou entorpecimento, e logo depois, um estado de tensão assim que o indivíduo reconhece que tem que agir 2. Aumento de tensão - o indivíduo utiliza suas respostas de resolução de problemas, podendo ser a dependencia do outro, colocando-o para tomar suas decisões, ou também, pode procurar informações e alternativas para resolução da situação após a resolução, a tensão se dissipa e o indivíduo pode considerar ter crescido ou se desenvolvido antecipação, natureza do problema, A crise surge quando os métodos individuais para lidar com as emoções e com os problemas, demonstram ser desadequados, e a pessoa pode se sentir ineficaz, ansiosa, receosa e culpabilizada com o resultado das suas ações Conceito de adaptação: O processo de adaptação pode ser facilitado pelo alargamento do nicho ou pelo aumento das competências individuais O termo adaptação social, implica transações estruturadas entre o indivíduo e o meio, e pode ser influenciada pela acessibilidade a recursos sociais Áreas de intervenção Psicologia Comunitáriae o Suporte Social Os trabalhos de Blazer (1982) e Lynch (1977), realçaram o facto de que a solidão e o isolamento podem levar a situações extremas. A própria natureza de uma comunidade parece também ter influência nas redes individuais, Diversos estudos demonstraram que a presença de suporte social estava consistentemente associada a um menor risco de problemas psicológicos (Broadhead et al., 1983; Cohen & Wills, 1985; Kessler et al., 1985). A intervenção social poderá então ser operacionalizada a partir de influências, orientações ou acções concretas no sentido de modificar sistemas sociais e políticos, com incidência em áreas como a saúde, a educação, o bem-estar físico e emocional, domínios religiosos ou judiciais (Kelly, 1966; Bloom, 1973; Caplan, 1964). Deste modo, a intervenção social (Seidman, 1983) terá que ter em conta os seguintes níveis: 1. O objetivo ou destinatário da intervenção, 2. O estado inicial, 3. O tipo de mudança que se pretende, 4. Os objetivos ou metas, 5. O âmbito de aplicação 6. As técnicas e estratégias utilizadas 7. A duração do desenvolvimento e Participação Comunitária. O resultado imediato da intervenção social é a mudança social e em última instância a mudança individual. Etapas úteis na descrição do processo da intervenção comunitária 1. Necessidade de investigação de todos os aspectos da comunidade selecionada, de modo a caracterizar qual o tipo de comunidade onde se vai intervir; 2. Implica a determinação do grau de concordância entre os interesses expressos pelo programa e os interesses expressos pela comunidade; 3. A identificação das fontes atuais e potenciais de conflito entre grupos, tendo em conta que as mudanças provocadas pela dinâmicas se alteram permanentemente, com o intuito de elementos prestigiados tenham a oportunidade de se influenciarem mutuamente sobre as atividades propostas pelo programa de intervenção, de modo a que isso possa produzir efeitos nas decisões a nível local, governamental e em outras instâncias de poder; 4. Identificação de métodos e técnicas desenvolvidos que comprovem a capacidade de captar o interesse dos diferentes grupos por temáticas relacionadas com o programa; 5. Os outros domínios deste processo são o envolvimento dos membros da comunidade na planificação e execução do programa, assim como a delimitação dos limites da execução sendo a intervenção então, de caráter restritivo. Perguntas relevantes a se fazer: (1) Quais as áreas fundamentais de intervenção?; (2) Quais as necessidades prioritárias sentidas pelo grupo-alvo? (3) Quais os problemas do grupo e que soluções técnicas específicas devem ser implementadas?; (4) Quais são e onde se localizam os elementos em maior risco? Desenvolvimento eParticipação Comunitária A troca de recursos dentro das redes na comunidade é uma estratégia que tem demonstrado ser de utilidade, se se aplicar o princípio ecológico da reciclagem dos recursos, transformando os que já existem em vez de trazer novos recursos do exterior. Intervenção preventiva: 1. Participação comunitária - processo no qual afetam os indivíduos - deve conter um processo, ou seja, a participação dos cidadãos, um estrutura, um conselho de cidadãos, e um domínio, um desenvolvimento comunitário; 2. Dimensão HUmanizada 3. Voltada para a resolução de problemas Perguntas relevantes a se fazer: 1. Quem participa na comunidade ou não e porquê? 2. Em que medida a interacção do indivíduo com a situação influencia a sua participação? 3. Quais os efeitos da participação dos cidadãos no contexto específico em causa? 4. Quais os fatores que se apresentam como sendo relacionados com o contexto? 5. Quais as características das organizações que alcançam sucesso, por oposição às que são inactivas? Empowerment e Comunidade Julian Rappaport (1992,p. 2) consiste em identificar, facilitar ou criar contextos em que as pessoas isoladas ou silenciadas possam ser compreendidas, ter uma voz e influência sobre as decisões que lhes dizem diretamente respeito ou que de algum modo, afetem a sua vida. Área de intervenção crucial; Permite o entendimento da especificidade e da qualidade das relações dos indivíduos da comunidade Observável longitudinalmente Zimmerman: conceito com três dimensões: 1. a capacidade percepcionada de influenciar o sistema social e político 2. O conhecimento e as competências interativas para dominar esses sistemas 3. ações individuais que os influenciam Zimmerman: Quatro fundamentos: 1. Presença de um sistema de valores que inspire o crescimento pessoal 2. Sistema que proporcione o acesso à papeis sociais multifuncionais 3. Sistema de suporte baseado nos cidadãos como pares, que os acompanhe e proporcione um forte sentimento de comunidade 4. Uma liderança inspiradora, talentosa, partilhada e comprometida, com o contexto e seus membros Há quatro categorias de empowerment: empowerment Formal - Quando instituições apresentam mecanismos que influenciam decisões públicas que estejam relacionadas com os cidadãos e suas instituições sociais, criando assim novas oportunidades para os cidadãos participarem em processos decisórios empowerment intrapessoal - sentimento de competência da própria pessoa, sendo condição essencial para a participação da pessoa na comunidade empowerment Instrumental - capacidade individual para participar e influenciar um processo de tomada de decisão empowerment Substantivo - habilidade para tomar decisões que resolvam problemas e produzam os resultados desejados