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FILOSOFIA E ÉTICA PROFISSIONAL
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina Filosofia e Ética. Esta disciplina está no campo das ciências sociais, mais precisamente das ciências sociais aplicadas, dentro desta a disciplina Filosofia e Ética.
Estudaremos a história do desenvolvimento do conhecimento ocidental e como ele impacta atualmente na sociedade. Desbravaremos um vasto e riquíssimo ramo do conhecimento que nos proporcionará entrar em contato com muitos temas que já fazem parte do cotidiano, como a ética e responsabilidades sociais.
Neste caderno de estudos, utilizaremos os autores Mattar (2004), Chaui (2006), Ashley (2005), Arantes, Halicki e Sadler (2011), Gallo (2003) e Sertek (2006) para conhecer os princípios básicos da Filosofia e da Ética e suas relações com as organizações.
Neste sentido, o roteiro de estudo proposto para a disciplina pretende levá-lo a uma reflexão teórico-metodológica sobre a filosofia e ética a partir dos temas e conceitos abordados e seus principais representantes.
Bom estudo!
	Objetivo
Conhecer os princípios básicos da Filosofia e da Ética, levando você a refletir sobre como as ideias desenvolvidas e transformadas ao longo da história da humanidade influenciam nossas vidas e nossas decisões pessoais e profissionais.
 
	Habilidades e competências
· • Dominar os referenciais teóricos da disciplina Filosofia e Ética.
· • Enfrentar situações-problema nas organizações com criatividade e conduta ética.
· • Construir opções éticas e sustentáveis, criatividade e vontade de aprender novas habilidades continuamente.
· • Conhecer os referenciais teóricos da Filosofia e Ética.
· • Aplicar as noções de ética na tomada de decisões na vida profissional.
· • Desenvolver consciência crítica e responsabilidade social.
 
	Ementa
Fundamentos filosóficos. Conhecimento, filosofia e ciência. Tendências atuais. A política. A moral. Perspectivas filosóficas das doutrinas éticas.
Unidade 1 - A origem da Filosofia: aspectos históricos
Objetivo
Conhecer os antecedentes históricos do surgimento da filosofia ocidental.
Iniciamos nossa disciplina lançando um questionamento: Você se recorda da origem do termo filosofia? Mattar (2004) nos esclarece que o vocábulo filosofia vem do grego e é composto por duas palavras: philía e sophia. Philía quer dizer amizade e sophia quer dizer sabedoria. Assim, o termo filosofia significa amor à sabedoria.
A partir dessa definição, vamos investigar como ocorreu o desenvolvimento da filosofia propriamente dita ao longo dos séculos. Segundo Marilena Chaui (2006), a palavra filosofia foi inventada pelo filósofo grego Pitágoras de Samos, no século V a.C. Para Pitágoras, os homens poderiam desejar alcançar a sabedoria tornando-se filósofos, mas somente os deuses poderiam alcançar a perfeição do conhecimento.
Essa busca pelo conhecimento levou alguns gregos descontentes com as explicações míticas e religiosas que a tradição defendia a colocarem indagações sobre o mundo e a buscarem respostas para elas. E isso era feito por meio da razão. Para os filósofos gregos, a razão era o único meio seguro para se chegar ao conhecimento. Assim, conforme Chaui (2006), a filosofia nasceu quando alguns pensadores gregos começaram a questionar as explicações religiosas sobre o mundo e se deram conta de que os fenômenos poderiam ser analisados por meio de operações mentais de raciocínio comum a todos os homens.
A partir desse momento, o mito e a religião são substituídos pela razão. Segundo Mattar (2004), razão em grego vem do termo lógos, que significa tratado, estudo, ciência. Desse modo, tem-se que quando lógos passa a substituir o mito, no grego mýthos, na explicação da realidade, o mýthos passa a significar fábula.
	Essa forma de pensar a realidade por meio da razão é um fato histórico! Isso significa dizer que nem sempre foi assim, ou seja, que isso não é algo natural, mas construído pelo homem que, em um determinado momento da história da humanidade, substituiu a explicação mítica da realidade pela explicação racional.
 
A explicação racional da realidade impõe a necessidade de demonstração por meio do desenvolvimento da teoria. Conforme Mattar (2004), essa necessidade de demonstração pode ser associada à utilização da escrita no lugar da cultura oral. Para destacar a importância da escrita nessa nova forma de compreensão do mundo, Mattar (2004) cita Pierre Lévy (1993, p. 83) e nos propõe uma reflexão sobre as relações possíveis com o trabalho do administrador:
A escrita foi inventada diversas vezes e separadamente nas grandes civilizações agrícolas da Antiguidade. Reproduz, no domínio da comunicação, a relação com o tempo e o espaço que a agricultura havia introduzido na ordem da subsistência alimentar. [...] Caçando ou colhendo, obtêm-se imediatamente as presas ou colheitas desejadas. O fracasso e o sucesso são decididos na hora. A agricultura, pelo contrário, pressupõe uma organização pensada do tempo delimitado, todo um sistema de atraso, uma especulação sobre as estações. Da mesma forma, a escrita, ao intercalar um intervalo de tempo entre a emissão e a recepção da mensagem, instaura a comunicação diferida, com todos os riscos de mal-entendidos, de perdas e erros que isto implica. A escrita aposta no tempo.
Podemos então nos perguntar como somos influenciados por um conhecimento tão antigo quanto o conhecimento filosófico? Chaui (2006) nos ajuda a responder a essa questão. Para essa autora, a aspiração a um conhecimento racional e sistemático é uma empreitada tipicamente grega e ocidental. Esse conhecimento, por razões históricas, veio a se tornar ao longo dos séculos o modelo de pensamento da chamada cultura europeia ocidental, e, em virtude da colonização das Américas, também incorporamos o modo de pensar grego por meio dos ensinamentos da filosofia.
	O fato de a filosofia ser uma invenção grega não significa que outros povos antigos, como os hindus, os egípcios, os chineses, os árabes, os africanos, entre outros, não possuíam sabedoria e formas próprias de explicação da realidade.
 
Mattar (2004) destaca que a filosofia grega, conhecida como uma sabedoria ocidental, sofreu influências de ideias vindas do Oriente ao longo de sua formação. Isso porque antes dos gregos existiram povos como os egípcios, os sumérios, os babilônios, os assírios, os caldeus, os hebreus, os hititas, os egeus, os fenícios e os lídios, que possuíam uma rica diversidade de mitos e religiões que encontram vários pontos de contato com a filosofia grega em geral.
E como a filosofia chegou a nós? Chaui (2006) indica que a colonização europeia nas Américas nos fez herdeiros do legado que a filosofia grega deixou para o pensamento ocidental europeu. Para Chaui (2006, p. 27), esse legado nos deixou algumas contribuições, listadas a seguir.
· • A ideia de que a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais. Assim, por exemplo, graças aos gregos, no século XVII da nossa era, o filósofo inglês Isaac Newton estabeleceu a lei da gravitação universal de todos os corpos da natureza. A lei da gravitação afirma que todo corpo, quando sofre a ação de outro, produz uma reação igual e contrária. Essa lei é necessária, isto é, nenhum corpo do universo escapa dela e pode funcionar de outra maneira que não desta; e essa lei é universal.
· • A ideia de que as leis necessárias e universais da natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento.
· • A ideia de que nosso pensamento também opera obedecendo a leis, regras e normas universais e necessárias, segundo as quais podemos distinguir o verdadeiro do falso.
· • A ideia de que as práticas humanas (a moral, a política, as técnicas e as artes) dependem da vontade livre, da deliberação e da discussão, da nossa escolha.
· • A ideia de que os acontecimentos naturais e humanos são necessários, porque obedecem a leis naturais ou da natureza humana, mas também podem ser contingentes ou acidentais, quando dependem das escolhas e deliberações dos homens, em condições determinadas.
· • A ideia de que os seres humanos,por natureza, aspiram ao conhecimento verdadeiro, à felicidade e à justiça.
 
Por fim, Chaui (2006) observa que a filosofia surge quando se descobriu que a verdade do mundo não era algo misterioso que necessitasse ser revelado pelos deuses. Assim, a filosofia surge quando os gregos descobrem que o conhecimento depende do uso correto da razão ou do pensamento e que, além da verdade poder ser conhecida por todos, podia, pelo mesmo motivo, ser ensinada ou transmitida a todos.
	
	Saiba mais
A China é um país de cultura milenar em que não há somente uma religião, mas várias. Uma das mais conhecidas filosofias chinesas é o confucionismo, que também se tornou religião. Outras duas filosofias muito apreciadas na China são o taoísmo e o budismo. Os taoístas se apropriaram das crenças populares chinesas e da estrutura do budismo, uma filosofia indiana criada por Sidarta Gautama (Buda). No século III a. C., o budismo chegou à China, onde foi adotado como religião. Para ampliar seus conhecimentos sobre a interessante cultura oriental, sugerimos a leitura do texto “As religiões da China antiga”, do escritor e historiador Mircea Eliade, disponível clicando aqui.
 
Nesta unidade, conhecemos os antecedentes históricos do surgimento da filosofia ocidental. Na próxima unidade, vamos estudar os principais conceitos filosóficos desenvolvidos pelos pré-socráticos, pelos sofistas e por Sócrates.

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