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Aula - 3_4 - Finanças Internacionais_28 08 e 04 09 2023_v 1

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Administração 
Finanças Internacionais
werther.bjunior@sp.senac.br 
Finanças Internacionais
As taxas de juros e a formação da taxa de câmbio
A taxa de juros é uma variável muito relevante na 
economia, representa o custo do dinheiro para 
empresários, famílias e governos. Em razão do 
grau de interdependência na economia global, o 
comportamento das taxas de juros em âmbito 
local acaba recebendo influências dos 
movimentos no cenário internacional. Nessa 
medida, as taxas de juros também influenciam o 
comportamento das taxas de câmbio.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
As taxas de juros representam o quanto as 
pessoas podem renunciar ao consumo de modo 
imediato recebendo um prêmio por essa decisão. 
Por outro lado, representa o quanto uma pessoa 
ou empresa deve pagar para ter acesso a 
recursos que possibilitem ampliar sua capacidade
de gasto.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
A determinação das taxas de juros na economia 
está associada aos papéis ou às funções que a 
moeda exerce na economia, lembrando que a 
moeda tem como principal função atuar como 
equivalente geral da economia e possibilitar que 
trocas sejam estabelecidas entre os agentes 
econômicos. No entanto, além dessa função, as 
moedas assumem a função de reserva de valor. 
Essa função representa a possibilidade de 
proteção do poder de compra da moeda. Ou seja, 
as pessoas podem guardar a moeda como 
garantia de consumo futuro.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
Os valores monetários que não entram no processo 
produtivo ou não são gastos podem ser caracterizados 
como recursos poupados.
É nesse sentido que entra no circuito o papel das 
instituições financeiras.
Dentre as funções exercidas pelas instituições financeiras 
podemos destacar aqui o papel que exercem ao receber 
depósitos dos agentes econômicos superavitários e em 
seguida, emprestar recursos para os agentes deficitários 
ou que demandem recursos, além de atuar na 
intermediação. Caso sejam pessoas jurídicas esses 
gastos podem assumir a forma de investimentos e no 
caso das pessoas físicas, o papel de consumo. 
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
Cabe ao sistema o papel de realizar essa intermediação,
e a diferença entre a captação (depósitos) e os 
empréstimos é a taxa de lucro dos bancos, na forma de 
juros ou também conhecida como spread bancário. O 
spread bancário não é composto apenas pela taxa de 
juros. Fatores como impostos, despesas administrativas,
taxas de lucros, taxa de inadimplência podem determinar 
o comportamento desse componente.
Assim, a taxa de juros representa o prêmio que o 
investidor deve receber por renunciar a liquidez, ou seja, 
a possibilidade de utilizar os recursos financeiros de 
imediato e emprestando para outros agentes.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
Quando uma pessoa empresta um recurso, toma a 
decisão de renúncia do consumo de modo imediato e 
nesse sentido recebe como prêmio a taxa de juros. No 
entanto, para que a operação seja vantajosa é necessário 
observar o processo de desvalorização da moeda. Ou 
seja, além da taxa de juros deve-se levar em 
consideração a inflação ocorrida no período.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
A situação pode ser ilustrada da seguinte maneira: uma 
pessoa decide emprestar um valor de R$ 100,00 por um 
período de um mês e cobrar uma taxa de juros de 10% ao 
mês. Assim, no mês seguinte ela recebe R$ 110,00 
(principal + juros). Porém, nesse período ocorreu uma 
inflação de 5%. Desse modo, parte do ganho imaginado 
ao se iniciar a operação foi corrido pelo poder de compra. 
A operação a seguir destaca a distinção entre taxa de 
juros nominal e taxa de juros real.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
A taxa de juros nominal representa o custo ou a taxa 
cobrada pelo empréstimo independentemente do nível de 
inflação existente. 
A taxa de juros real representa o valor que será 
recebido, descontando-se o efeito da inflação.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
Calcula-se a taxa de juros real a partir da fórmula:
 
Taxa de juros real = (1 + taxa de juros nominal) – 1 X 100 
 1 + taxa de inflação
 
Neste exemplo, teríamos a seguinte situação: 
Taxa de juros real = (1 + 0,10) – 1 x 100 = 4,8 %
 (1 + 0,05)
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
A taxa de referência na economia, a Selic, é determinada 
pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que foi 
instituído no Brasil em 1996 (MARIANO, 2012). Trata-se 
da taxa básica da econômica porque serve de piso para 
as aplicações e é utilizada pelo governo brasileiro para 
remunerar papeis da dívida pública. O governo também 
utiliza essa taxa para corrigir débitos de devedores em 
tributos, como por exemplo o Imposto de Renda.
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
No mercado internacional a taxa de juros mais utilizada 
em transações financeiras é a Libor (London Interbank 
Offered Rate). A taxa corresponde à média das taxas 
interbancárias oferecidas pelos bancos multinacionais 
que operam em Londres. 
Finanças Internacionais
Taxa de juros (nacional x internacional)
No entanto, apesar de sua predominância, existem outras 
taxas importantes no mercado internacional como a Pibor 
(Paris), Mibor (Madri), Sibor (Cingapura) e Fibor 
(Frankfurt). As taxas de juros desses mercados estão 
relacionadas às euromoedas. As euromoedas são as 
unidades monetárias de um país com depósitos em outro 
país. Segundo Eiteman, Stonehill e Moffett (2013), os 
mercados de euromoedas cumprem a função de manter a 
liquidez elevada no mercado internacional e disponibilizar 
empréstimos de curto prazo para empresas.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
A teoria da paridade de juros ou IRP (Interest Rate Parity) 
apresenta a relação possível de se estabelecer entre o 
mercado de cambio nacional e monetário internacional 
(EITEMAN; STONEHILL; MOFFETT, 2013, p.166).
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
De modo mais simples, a teoria procura explicar a 
correlação entre as taxas de juros de dois países. Essa 
correlação seria igual à diferença entre as taxas de 
câmbio imediata e futura. Dessa maneira, na medida em 
que há uma diferença nas taxas de dois países 
deveocorrer o mesmo processo no que se refere à taxa 
de câmbio, e, consequentemente, o país com maior taxa 
de juros deve ter sua moeda desvalorizada no futuro.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
Em termos práticos a taxa de paridade de juros é 
normalmente apresentada do seguinte modo:
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
Em um exemplo prático, poderíamos imaginar uma 
situação em que existisse livre circulação de capitais e 
regime de câmbio flexível. O investidor poderia tomar a 
decisão de investir em papéis do governo dos Estados 
Unidos ou do Brasil. As condições apresentadas seriam, 
considerandoas taxas em agosto de 2022:
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
Taxa de juros no Brasil = 13,75%
5,15
5,72
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
5,15
Caso o investidor tomasse a decisão de realizar um 
investimento de R$ 190 mil quais seriam as alternativas?
Poderia tomar a decisão de investir nos papeis do Brasil ou 
dos Estados Unidos. 
Considerando a taxa de Câmbio presente o valor 
corresponderia a 190.000/5,15 = U$ 36.893,20.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
5,15
Se aplicasse no Brasil teria ao final do período = R$ 
190.000,00 x 1,1375 = 216.125,00.
Considerando a taxa futura de câmbio de R$ 5,72 teríamos 
o valor de 216.125,00/5,72 = U$ 37.784,00.
Caso aplicasse nos Estados Unidos, teria ao final do 
período= U$ 36.893,20 x 1,025 = 37.815,00.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
5,15
Se aplicasse no Brasil teria ao final do período = R$ 
190.000,00 x 1,1375 = 216.125,00.
Considerando a taxa futura de câmbio de R$ 5,72 teríamos 
o valor de 216.125,00/5,72 = U$ 37.784,00.
Caso aplicasse nos Estados Unidos, teria ao final do 
período = U$ 36.893,20 x 1,025 = 37.815,00.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
O exemplo ilustra uma situação de convergência das 
taxas de câmbio em função da igualdade existente entre 
as variações da taxa dejuros do mercado interno e 
externo e a variação da taxa de câmbio.
Se não fosse verificada a condição de proximidade entre 
os valores aplicados no Brasil e nos Estados Unidos, o 
que poderia ocorrer? 
Caso ocorram fatores que façam que a taxa de câmbio 
tenha um comportamento diferente, por exemplo uma 
grande desvalorização, não haverá mais equilíbrio no 
cálculo. No entanto, nessa situação, tende a ocorrer fuga 
de capitais do país. Significa que os investidores levariam 
seus recursos para investir nos Estados Unidos.
Finanças Internacionais
Paridade das taxas de juros
O movimento de saída de capitais do país tende a fazer 
com que ocorra aumento na taxa de câmbio presente e o 
mesmo processo tende a ocorrer com as taxas de juros, 
de tal modo que uma nova paridade possa ser 
estabelecida.
Finanças Internacionais
Fluxo de capital
Podem ocorrer entradas e saídas de recursos entre os 
países de várias formas. As empresas podem tomar a 
decisão de enviar recursos aos países nos quais obteriam 
condições favoráveis em relação ao retorno do capital. A 
forma predominante de fluxos de capital é o investimento 
estrangeiro direto (IED), quer seja na entrada ou na saída
de recursos.
Finanças Internacionais
Fluxo de capital
O IED representa o volume de recursos que os 
investidores alocam em outros mercados, no setor 
produtivo da economia. Os recursos podem ser 
destinados para aquisição de novas unidades produtivas 
ouestabelecimento de parcerias (joint ventures) com 
investidores locais. Há uma hierarquia na econômica 
mundial em relação ao fluxo de capitais.
Finanças Internacionais
Fluxo de capital
As nações com estruturas econômicas mais dinâmicas 
apresentam maior capacidade de atração de recursos na 
modalidade de IED.
Representa “uma estratégia de internacionalização em 
que a empresa estabelece uma empresa física no exterior 
através de posse de ativos produtivos, tais como capital, 
tecnologia, trabalho, plantas e equipamentos”.
(CAVUSGIL; KNIGHT; RIESENBERGER, 2010, p.26).
Finanças Internacionais
Fluxo de capital
Finanças Internacionais
Fluxo de capital
Além de aspectos relacionados ao grau de 
desenvolvimento econômico do país, existem outros 
indicadores que contribuem para a intensificação do fluxo 
de capitais como:
• tamanho e possibilidades de expansão do mercado;
• estabilidade política e institucional;
• legislação relativa a direitos intelectuais e de propriedade;
• infraestrutura e logística que viabilize a expansão dos 
negócios;
• custos de produção, padrão de níveis de inflação e 
estrutura tributária.
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
O diferencial de preços entre mercados ou entre preços 
internos e preços externos acaba por influenciar o poder 
de compra de uma determinada moeda. 
Na prática, significa saber o potencial de compra de uma 
determinada moeda em cada mercado. Por exemplo, seria 
possível com US$ 100,00 comprar os mesmos bens e 
serviços nos Estados Unidos, China e Brasil?
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
Existe na macroeconomia uma ferramenta que possibilita 
uma aproximação dos valores entre as moedas. Trata-se 
do conceito de Paridadedo Poder de Compra (PPC). Este 
conceito foi desenvolvido pelo economista sueco Gustav 
Cassel e corresponde a uma tentativa de estabelecer 
essas comparações. A existência de um indicador com tais 
características permite efetuar comparações relacionadas 
ao poder de compra das famílias e de renda per capita.
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
Para que seja possível aplicar o mecanismo é importante 
destacar alguns pressupostos como a existência da lei do 
preço único. Ou seja, seria possível estabelecer o 
cálculo da paridade desde que não ocorra situações de 
barreiras ao livre comércio, como por exemplo, as 
tarifas e taxas. 
Assim, segundo a lei do preço único, “os preços de uma
mercadoria devem ser iguais quando expressos numa 
mesma moeda”. (CARVALHO; LEITE, 2017, p. 373).
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
A cálculo da paridade levando-se em consideração a 
existência do preço único poderia ser realizado a partir da 
utilização da fórmula:
E
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
Vamos pensar em um exemplo de um aparelho celular 
que custe R$ 1.000,00 no Brasil e o mesmo produto esteja 
sendo comercializado nos Estados Unidos por U$ 200,00 
e que a taxa de câmbio no Brasil estava em R$ 5,15.
Aplicando esses valores na fórmula:
Finanças Internacionais
Preços internos x preços externos
O que significa esse resultado?
Caso o valor obtido fosse = 1 teríamos uma situação de 
igualdade entre os preços internos e externo e dessa 
maneira a taxa de câmbio estabelece esse equilíbrio. No 
entanto, o resultado de 1,03 indica que a taxa de câmbio 
está elevada. 
Ou seja, o consumidor dos Estados Unidos poderia 
comprar o aparelho no Brasil por um preço inferior a U$ 
200,00.
Finanças Internacionais
Teoria dos mercados eficientes
Um grande desafio para os investidores no mercado 
financeiro, especialmente no caso do mercado de capitais, 
é determinar de que modo ocorre a formação de preços 
dos principais ativos financeiros. Uma teoria muito 
utilizada no mercado é a chamada hipótese do mercado 
eficiente. 
Uma premissa existente nessa teoria é a de que de 
certo modo os preços dos ativos correspondem ao 
conjunto de informações disponíveis a respeito desse 
mercado.
Finanças Internacionais
Teoria dos mercados eficientes
Um exemplo prático dessa teoria pode ser aplicado 
observando-se o comportamento do mercado de capitais 
no Brasil. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no 
Brasil, estabelece que todas as empresas que têm suas 
ações negociadas na Bolsa de Valores (B3) devem seguir
um conjunto de regras em relação à divulgação de 
informações contábeis.
Esse conhecimento por parte do mercado pode influenciar 
o valor das ações dessas empresas.
Finanças Internacionais
Teoria dos mercados eficientes
A teoria busca estabelecer três possíveis níveis de 
eficiência em termos
de mercado:
1. Eficiência fraca: destaca que o mercado é eficiente para 
refletir o comportamento dos preços dos papéis das 
empresas, tendo em vista as informações disponíveis. 
Estabelece que os retornos são independentes e, dessa 
maneira, os eventos futuros não são influenciados por 
eventos passados.
Finanças Internacionais
Teoria dos mercados eficientes
2. Eficiência semiforte: segundo essa modalidade, 
informações novas são automaticamente absorvidas de tal 
modo que os investidores não obtêm resultados acima da 
média do mercado, tendo como base as informações 
disponíveis.
3. Eficiência forte: abrange todas as hipóteses relativas ao 
fato de que os preços sempre vão refletir de modo 
automático a todo tipo de informação (pública ou privada). 
Dessa maneira, os investidores não conseguiriam retornos 
superiores aos observados no mercado, mesmo que 
tivessem acesso a uma nova informação.
Finanças Internacionais
Teoria dos mercados eficientes
A premissa dessa teoria é de que na medida em que 
as informações ocorrem, de certa maneira, já são 
precificadas. Ou seja, de modo quase que instantâneo 
os preços já acabam incorporando o conjunto de 
informações disponíveis.
Finanças InternacionaisFormação da taxa de câmbio a prazo
A formação da taxa de câmbio a prazo apresenta como 
principal determinante as condições macroeconômicas e 
alterações nos mercados dos países mais relevantes no 
âmbito das finanças internacionais.
Exerce grande influência nas taxas de câmbio a prazo a 
paridade entre as taxas de juros.
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
É possível listar um conjunto de fatores que exercem 
influências nas taxas de câmbio a prazo. Na verdade, 
trata-se da tentativa de estabelecer previsões em torno do 
comportamento da taxa de câmbio. A atividadeé 
complexa, pois envolve algumas questões como a 
estrutura do balanço de pagamentos, regime cambial e 
normas de regulação do câmbio entre os mercados.
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
Além da influência das taxas de juros as diferenças nas 
taxas de inflação entre dois países podem influenciar a 
taxa de câmbio. Podemos utilizar como exemplo a 
evolução das taxas de inflação do Brasil e dos Estados 
Unidos e o comportamento da taxa de câmbio.
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
Podemos observar, com base nas disposições dos dados, 
que entre 2015 e 2021 houve um aumento da taxa de 
câmbio no Brasil. No mesmo intervalo foi possível 
observar taxas de inflação mais elevadas no Brasil em 
relação aos Estado Unidos. A inflação explica em parte 
como deve se comportar a taxa de câmbio.
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
De acordo com Eiteman, Stonehill e Moffett (2010), é 
possível listar um conjunto de fatores que podem 
influenciar o comportamento da taxa de juros a prazo:
• As taxas de juros que remuneram os títulos da dívida, 
pois podem atrair mais divisas para o país.
• Perspectivas de crescimento da economia, que pode 
estimular o ingresso de IED.
• Riscos políticos, ou seja, a garantia de estabilidade 
política é um fator que contribuiu para a atração de capital 
estrangeiro.
Por outro lado, uma crise pode levar a fuga de 
recursos e movimentos especulativos.
Finanças Internacionais
Formação da taxa de câmbio a prazo
Vale destacar que decisões do governo 
relacionadas a alterações nas políticas 
econômicas também podem ser determinantes 
no comportamento das taxas de juros. 
Vimos que movimentos de aumento nas taxas 
de juros podem contribuir para a queda na 
taxa de câmbio devido ao aumento da entrada 
de divisas no país.
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
A partir de 1999, no enfrentamento da forte crise 
cambial, o governo brasileiro abandonou o regime 
vigente de bandas cambiais e instaurou o modelo 
de câmbio flexível. 
De imediato houve uma forte desvalorização da 
moeda local, que prosseguiu até o ano de 2002.
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
Após a posse do novo governo, no início de 2003 
houve um movimento inverso nas taxas de 
câmbio e, em 2004, com o crescimento 
econômico mais expressivo as quedas foram 
mais intensas. Um movimento observado na 
economia brasileira nesse período foi o carry 
trade. 
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
O ingresso intenso de volumes de divisas em um 
mercadocom taxas de câmbio flexíveis pode 
provocar quedas nas taxas decâmbio. 
Basicamente o mecanismo funcionava da 
seguinte maneira:
um grande investidor capta recursos emprestados 
no mercado externo em dólares a uma baixa taxa 
de juros. Ao ingressar no mercado interno, esses 
recursos contribuíam para o aumento das divisas 
e consequentemente para queda nas taxas de 
câmbio. 
CARRY TRADE
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
Depois do ingresso desses recursos, o investidor 
troca os recursos por reais e efetua a compra de
títulos públicos, que por sua vez oferecem taxas 
mais elevadas que o custo do empréstimo.
CARRY TRADE
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
Quando ocorre o vencimento do empréstimo, o 
investidor vende os papéis do governo nacional, 
recebendo as taxas de juros e realiza a operação 
inversa de compra de dólares para efetuar o 
pagamento da dívida no mercado externo. 
CARRY TRADE
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
Nesse processo, como ocorreu maior fluxo de 
entrada de recursos, a taxa de câmbio no 
momento do pagamento da dívida captada no 
exterior tende a ser menor do que no momento do
ingresso. Dessa maneira, o investidor ganha pela 
variação da taxa de câmbio e pelo diferencial das 
taxas de juros.
CARRY TRADE
Finanças Internacionais
Estudo de caso: o carry trade na economia brasileira
CARRY TRADE
Finanças Internacionais
Referências 
BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Tesouro direto. [s.d]. Disponível em: 
https://www.tesourodireto.com.br/ 
CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. R. Negócios internacionais: estratégia, 
gestão e novas realidades. São Paulo: Pearson, 2010. 
CARVALHO, M. A; LEITE, C. R. Economia internacional. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
CARVALHO, G. Introdução às finanças internacionais. São Paulo: Pearson, 2008. 
EITEMAN, D. K.; STONEHILL, A. I.; MOFFETT, M. H. Administração financeira 
internacional. 12. ed. Porto Alegre. Bookman, 2013. 
GLOBAL-RATES. Disponível em: https://www.global-rates.com/pt/taxa-de-
juros/libor/dolar-americano/2006.aspx
INFLATION.EU. Informação atualizada sobre a inflação. [s.d.]. Disponível em: 
https://www.inflation.eu/pt/ 
IPEADATA. Base de dados macroeconômicos, financeiros e regionais do Brasil. 
IpeaData. [s.d.]. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie. 
aspx?serid=40940&module=M. 
MARIANO, J. Introdução à economia brasileira. São Paulo: Saraiva, 2012. 
UNCTADSTAT. Investimento estrangeiro direto: fluxos de entrada e saída e estoque. 
[s.d.]. Disponível em: https://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/ tableView.aspx. 
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