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P á g i n a | 156 
 
ARQUIDIOCESE DE TERESINA 
PAROQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA 
COMUNIDADE SÃO LUCAS 
PASTORAL DA CATEQUESE 
INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ CRISMA 2022/2024 
CATEQUISTA: ADRIANO DA SILVA 
 
27. PECADOS CAPITAIS: AVAREZA. 
P á g i n a | 157 
 
ORAÇÃO INICIAL/FINAL (ver página 67) 
Marcos 7, 22 – 23 
Provérbios 15, 27 
Jeremias 51, 13 
Provérbios 28, 16 
Romanos 1, 29 
§1866 Os vícios podem ser classificados segundo as virtudes que contrariam, ou ainda 
ligados aos pecados capitais que a experiência cristã distinguiu seguindo S. João Cassiano e 
S. Gregório Magno. São chamados capitais porque geram outros pecados, outros vícios. São 
o orgulho, a avareza, inveja, a ira, a impureza, a gula, a preguiça ou acídia. 
A avareza 
Avareza é oposto à generosidade. Uma pessoa avarenta tem medo em perder algo que possui 
e dificuldade de abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca. Acha que perder 
algo pode ser um desastre e tem cuidado com seus pertences como uma pessoa egoísta. 
A avareza é tomada também como desordenada cobiça de quaisquer bens e, neste sentido, é 
um pecado genérico, pois todo pecado é um voltar-se desordenadamente a algum bem 
passageiro. Assim a avareza é tomada em sentido geral, como desordenado afã de “ter” uma 
coisa qualquer, e em sentido específico, pelo afã de propriedade de posses que se resumem 
todas no dinheiro. 
Qual é o remédio para o pecado da avareza? 
Dando continuidade a nossa série de estudos sobre os pecados capitais, tomemos 
conhecimento, agora, do pecado da avareza e de qual é o remédio para combatê-lo: o 
desprendimento. 
Jesus, já no Sermão da Montanha, alertou os discípulos quanto ao pecado da avareza. 
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-
se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza.” (cf. Mt 6,24). O 
avarento faz do dinheiro e da riqueza seus deuses; e nada é mais importante para ele do que 
seus bens. 
São Paulo, na Carta aos Colossenses, chama o pecado da avareza de pecado de idolatria. 
“Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixões, desejos maus, 
cupidez e a avareza, que é idolatria” (Cl 3,5). O amor a Deus é desvirtuado pelo amor aos 
bens materiais. O problema não está em possuir dinheiro, pois ele é necessário para as 
necessidades do ser humano; o pecado está em fazer do dinheiro seu próprio deus. Em outras 
palavras, podemos dizer que o mal não é o dinheiro em si, mas o amor a ele. O mal consiste 
em buscar o dinheiro como um fim, não como meio. 
Amor do avarento ao dinheiro chega a tal ponto, que ele tem coragem de fazer qualquer 
coisa em nome do dinheiro, inclusive tirar a vida do outro. Quantas pessoas passando 
necessidade por consequência do pecado da avareza! A pessoa não se contenta com o que 
tem, quer sempre mais e mais. 
O catecismo não exita em dizer: “Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim 
último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo 
dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos 
conflitos que perturbam a ordem social”. (Catecismo, n. 2424). 
Precisamos combater a avareza de nosso coração, porque ela é um mal tanto para nós 
mesmos e, acima de tudo, para os outros. Além do mais, ela poderá nos levar para o inferno. 
P á g i n a | 158 
 
“Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento verdadeiros idólatras! – 
terão herança no reino de Cristo e de Deus.” (Ef 5,5). O Senhor foi claro, quem dela praticar 
não herdará o reino de Cristo. 
Infelizmente, “a riqueza é o grande deus atual; a ele rendem homenagem instintiva a 
multidão e toda a massa dos homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, 
segundo a fortuna, medem também a honradez (…). Tudo”. (Catecismo, n.1723). 
Santo Agostinho nos ensina algo belíssimo! O “homem não se torna bom por possuir coisas 
boas. Ao contrário, o homem torna boas as coisa que possui, ao usá-las bem”. Ele ainda 
dizia: “não andes averiguando quanto tens, mas o que tu és”. É perceptível a crise em nosso 
tempo, existe um claro conflito entre o “ter” e o “ser”. Para muitas pessoas, o que importa 
mesmo é o ter. Não tomaram ainda consciência de quem elas são de fato. 
Desprendimento 
Entre os remédio contra o pecado da avareza a Igreja coloca a esmola, além do jejum e da 
oração. Vale citar várias passagens bíblicas onde a esmola ocupar um lugar privilegiado. 
-Quem se apieda do pobre, empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício. (Prov. 19,17). 
-Dá esmola de teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois, assim fazendo, Deus 
tampouco se desviará de ti.” (Tob 6,8). 
-A esmola será para todos os que a praticam um motivo de grande confiança diante de Deus 
altíssimo. (Tob 4,12). 
-Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará por ti a fim de te preservar de todo mal. 
Para combater o teu inimigo, ela será uma arma mais poderosa do que o escudo e a lança de 
um homem valente. (Eclo 29,15-16). 
Uma belíssima oração de pós-comunhão nos ajuda a refletir sobre o desapego dos bens 
materiais, e assim vencer o pecado da avareza. “Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos 
vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar, desde agora, o que é do céu; e 
caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”. O segredo está 
exatamente nisto: “caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”. 
Precisamos nos prender aos bens eternos e não aos bens passageiros deste mundo.

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