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P á g i n a | 192 
 
ARQUIDIOCESE DE TERESINA 
PAROQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA 
COMUNIDADE SÃO LUCAS 
PASTORAL DA CATEQUESE 
INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ CRISMA 2022/2024 
CATEQUISTA: ADRIANO DA SILVA 
 
37. DONS DO ESPÍRITO SANTO: 
CONSELHO. 
P á g i n a | 193 
 
ORAÇÃO INICIAL/FINAL (ver página 67) 
 
PALAVRA DE DEUS COMENTADA 
Provérbios 12, 15; Provérbios 19, 20 – 21; Provérbios 1, 1 – 6 
Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam 
e se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar 
dentro da virtude e perfeição cristã. 
No Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, reside o Amor Supremo entre o 
Pai e o Filho. Foi pelo Divino Espírito Santo que Deus se encarnou no seio de Maria 
Santíssima, trazendo Jesus ao mundo para nossa salvação. Peçamos à Maria, esposa do 
Espírito Santo, que interceda por nós junto a Deus concedendo-nos a graça de recebermos os 
divinos dons, apesar de nossa indignidade, de nossa miséria. Nas Escrituras, o próprio Jesus 
quem nos recomenda: "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt 
VII, 7s). 
Uma reflexão medieval profundamente inspirada sobre 3 dos 5 septenários do Tesouro da 
Igreja! Hugo de São Vítor, famoso mestre medieval, deixou-nos esplêndidos comentários e 
sermões, além da sua célebre obra “Didascalion”. Um dos seus vários opúsculos trata dos 
Cinco Septenários que haveria no tesouro da Igreja: 
✓ os sete pedidos do Pai-Nosso; 
✓ os sete vícios capitais; 
✓ os sete dons do Espírito Santo; 
✓ as sete virtudes; 
✓ as sete Bem-Aventuranças. 
Poeticamente – porque esse excelente autor medieval sempre fala com poesia –, ele nos 
explica que os sete vícios capitais são comparáveis aos sete rios da Babilônia, que espalham 
todo o mal, gota a gota, por toda a terra, já que deles defluem todos os pecados. Por isso, 
lembra ele, a Escritura nos diz: 
“Junto aos rios da Babilônia nós nos assentamos e choramos, lembrando-nos de ti, ó Sião” 
(Sl CXXXVI, 1). 
Hugo de São Vítor coloca os vícios capitais em certa ordem lógica, a fim de relacioná-los 
com os sete pedidos do Pai-Nosso. Assim ele ordena os vícios capitais: soberba, inveja, ira, 
preguiça ou tristeza, avareza, gula e luxúria. 
5 – Avareza versus “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos 
devedores” e o dom do Conselho 
Da preguiça virá, então, a avareza, a cobiça desmesurada de bens materiais. Quem não tem 
fome e sede de justiça terá fome e sede de ouro, e fará da fortuna a sua justiça. E à ausência 
de consolação e de alegria interiores se somará a inquietude pela aquisição e pela 
conservação dos bens materiais, que só trazem falta de paz, inquietação, apreensão de males 
e perturbação de espírito. 
A sede de bens materiais somente cresce com a posse deles, e jamais o homem estará saciado 
pela riqueza. A riqueza é uma água que faz crescer sempre mais a sede por ela. 
Avareza é a vontade excessiva de acumular dinheiro e obter bens materiais. Uma pessoa 
avarenta coloca o Reino de Deus em segundo plano e tem a riqueza como meta de vida. 
A avareza - ou usura - pode levar uma pessoa a cometer outros pecados como: a mentira, a 
ganância, a prostituição e até mesmo o homicídio. 
P á g i n a | 194 
 
A avareza faz com que as pessoas se tornem mesquinhas, o popular pão-duro. A falta de 
generosidade gera má fama e mancha a reputação do cristão (Provérbios 22:1; Atos dos 
Apóstolos 20:35). 
"Um abismo chama o outro" (Salmos 42:7) e por causa do dinheiro muitos caem na armadilha 
do Diabo. Quem ama o dinheiro nunca se satisfaz (1 Timóteo 6:9-10; Eclesiastes 5:10). 
Para combater essa miséria e essa quinta doença – tão baixa – da alma, Cristo nos mandou que 
pedíssemos, em quinto lugar: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos 
nossos devedores”. 
Nesta oração, Jesus nos incentiva a demonstrar arrependimento de forma constante, diante de 
Deus. Assim, nossas palavras devem seguir este caminho: “Perdoa as nossas dívidas, assim 
como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). Isso mesmo! É uma via de mão dupla. 
Devemos pedir perdão a Deus todos os dias, e também devemos liberar perdão todos os dias 
para quem nos magoar. Não haverá perdão para nós, se não perdoarmos. 
Com essa prática, desenvolvemos parte do caráter de Deus: perdoador. Este deve ser um dos 
nossos objetivos. A vida é muito curta. Não há tempo para nutrir rancor, ódio, mágoa ou 
ressentimentos. Através da oração, devemos pedir que o Senhor Deus gere em nós um coração 
perdoador. 
Pois é bem justo que quem não é avarento no que lhe é devido não seja também inquietado 
pelo que deve. O misericordioso com os seus devedores alcançará misericórdia para si. E 
quando pedimos a Deus o perdão de nossas dívidas, no mesmo grau em que estamos dispostos 
a perdoar o que se nos deve, o que pedimos e recebemos é o dom do Conselho. 
Por esse dom do Espírito Santo sabemos e temos força para exercer de bom coração a 
misericórdia para com quem nos ofende, e do modo mais conveniente, e na hora oportuna, 
para lhes fazer o bem em troca do mal que nos deram. 
5 - Conselho 
Permite à alma o reto discernimento e santas atitudes em determinadas circunstâncias. Nos 
ajuda a sermos bons conselheiros, guiando o irmão pelo caminho do bem. Hoje, mais do que 
nunca está em foco a educação da mocidade e todos reconhecem também a importância do 
ensino para a perfeita formação da criança. As dificuldades internas e externas, materiais e 
morais, muitas vezes passam pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma 
responsabilidade, portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins 
superiores, para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade 
de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos aos 
mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É sob a 
influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os primeiros atos das 
virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência, do amor ao próximo. 
O dom do Conselho é como um fôlego 
O dom do Conselho é como um novo fôlego na consciência, sugerindo o que é lícito e mais 
adequado para a alma (cf.São Boaventura, Collationes de septem donis Spiritus Sancti,VII,5) 
Por esse dom, somos impulsionados a direções que apontam os caminhos de Deus e nos 
fazem sábios diante da vida, impulsiona-nos a procurarmos Deus e levarmos os outros a Ele. 
Esse dom está vinculado à virtude da Prudência e a fortalece, guia a alma por dentro, 
esclarecendo-a sobre o que fazer, especialmente quando se trata de escolhas importantes (por 
exemplo, de responder a uma vocação) ou um caminho a ser seguido entre dificuldades e 
obstáculos.